Fanfic: Meu Romeu - Adaptada | Tema: Vondy
No começo
Hoje
Nova York
Diário de Dulce Tay lor
Querido diário,
Tristan sugeriu que eu use você para ajudar a analisar os acontecimentos da
minha vida que me levaram a ser o indivíduo desajustado que sou hoje. Ele quer
que eu olhe para os relacionamentos insalubres que me tornaram ranzinza e
emocionalmente indisponível. Então acho que vou começar com a estrela de todos
os meus arrependimentos.
Cristopher Uckermann.
Na primeira vez que o vi, eu estava simulando sexo anal com alguém que tinha
acabado de conhecer.
Ui. Isso ficou estranho.
Me deixa explicar.
Estava fazendo teste para uma vaga na Academia Grove de Artes Dramáticas,
uma faculdade particular que oferece cursos de dança, música e artes visuais e
também abriga uma das escolas de teatro mais prestigiadas do país.
Fica numa propriedade em Westchester, Nova York, e na história recente
formou alguns dos mais talentosos astros de teatro e televisão.
Eu sonhava em estudar lá desde sempre, então, no meu último ano, quando
todos os meus amigos estavam se inscrevendo em faculdades para serem médicos,
advogados, engenheiros e jornalistas, eu me inscrevi para ser atriz.
Grove foi minha primeira escolha por vários motivos, e não foi o menos
importante deles ficar a um país inteiro de distância dos meus pais.
Não que eu não os amasse, porque amava. Mas Judy e Leo têm ideias bem
específicas sobre como devo viver minha vida. Por ser filha única e, como tal,
programada para fazer tudo e mais um pouco para ganhar sua aprovação, eu
basicamente vivia para satisfazer os ideais não realistas deles.
Quando cheguei ao último ano, eu nunca havia experimentado álcool, fumado
cigarro, comido nada além daquelas saudáveis merdas vegetarianas sem gosto,
nem tinha dormido com nenhum garoto. Eu estava sempre em casa na hora certa,
mesmo que eles me ignorassem completamente ou discutissem entre eles ou nem
estivessem lá.
Minha mãe resolvia problemas. Ela sempre sentia que deveria melhorar a si
mesma, ou a mim. Eu era desajeitada, então ela me matriculou em aulas de balé.
Era gorducha, então ela observava cada garfada que eu dava. Era tímida, então
ela me fez frequentar aulas de teatro.
Odiava tudo que ela me forçava a fazer, exceto teatro. Isso ficou. Por acaso eu
era bem boa nisso. Fingir ser outra pessoa por algumas horas? É, isso era o
máximo.
As principais contribuições de Leo para minha criação consistiam em
instruções estritas sobre aonde ir, quem ver e o que fazer. Tirando isso, ele me
ignorava. A não ser que eu fizesse algo muito certo ou muito errado. Rapidamente
aprendi que haveria menos gritaria e menos castigo se eu fizesse a coisa certa.
Tirar boas notas o fazia feliz. Assim como ganhar prêmios de interpretação e
oratória.
Eu me esforçava. Mais que todos os meus amigos e mais do que uma filha
deveria se esforçar para atrair a atenção do pai. É certo dizer que todos os meus
bloqueios quanto a agradar pessoas vieram dele.
Meus pais não ficaram felizes com meu plano de ir para a escola de teatro,
claro. Creio que as palavras exatas do Leo foram: “Uma ova”. Ele e minha mãe
aceitavam o teatro como um passatempo, mas, com minhas notas, eu podia
escolher profissões bem pagas. Eles não entendiam por que eu jogaria isso fora
por uma profissão em que noventa por cento dos formados ficavam sem emprego
para sempre.
Convenci os dois a me deixar fazer o teste negociando sobre me inscrever
também no programa de direito da Washington State. Isso me comprou um bilhete
de ida e volta para Nova York e a leve esperança de deixar para trás meu costume
de buscar aprovação.
Quando comecei o processo de inscrição, sabia que as chances eram
pequenas, mas eu tinha de tentar. Havia outras escolas que eu ficaria feliz de
frequentar, mas eu queria a melhor, e essa era a Grove.
Tristan sugeriu que eu use você para ajudar a analisar os acontecimentos da
minha vida que me levaram a ser o indivíduo desajustado que sou hoje. Ele quer
que eu olhe para os relacionamentos insalubres que me tornaram ranzinza e
emocionalmente indisponível. Então acho que vou começar com a estrela de todos
os meus arrependimentos.
Cristopher Uckermann.
Na primeira vez que o vi, eu estava simulando sexo anal com alguém que tinha
acabado de conhecer.
Ui. Isso ficou estranho.
Me deixa explicar.
Estava fazendo teste para uma vaga na Academia Grove de Artes Dramáticas,
uma faculdade particular que oferece cursos de dança, música e artes visuais e
também abriga uma das escolas de teatro mais prestigiadas do país.
Fica numa propriedade em Westchester, Nova York, e na história recente
formou alguns dos mais talentosos astros de teatro e televisão.
Eu sonhava em estudar lá desde sempre, então, no meu último ano, quando
todos os meus amigos estavam se inscrevendo em faculdades para serem médicos,
advogados, engenheiros e jornalistas, eu me inscrevi para ser atriz.
Grove foi minha primeira escolha por vários motivos, e não foi o menos
importante deles ficar a um país inteiro de distância dos meus pais.
Não que eu não os amasse, porque amava. Mas Judy e Leo têm ideias bem
específicas sobre como devo viver minha vida. Por ser filha única e, como tal,
programada para fazer tudo e mais um pouco para ganhar sua aprovação, eu
basicamente vivia para satisfazer os ideais não realistas deles.
Quando cheguei ao último ano, eu nunca havia experimentado álcool, fumado
cigarro, comido nada além daquelas saudáveis merdas vegetarianas sem gosto,
nem tinha dormido com nenhum garoto. Eu estava sempre em casa na hora certa,
mesmo que eles me ignorassem completamente ou discutissem entre eles ou nem
estivessem lá.
Minha mãe resolvia problemas. Ela sempre sentia que deveria melhorar a si
mesma, ou a mim. Eu era desajeitada, então ela me matriculou em aulas de balé.
Era gorducha, então ela observava cada garfada que eu dava. Era tímida, então
ela me fez frequentar aulas de teatro.
Odiava tudo que ela me forçava a fazer, exceto teatro. Isso ficou. Por acaso eu
era bem boa nisso. Fingir ser outra pessoa por algumas horas? É, isso era o
máximo.
As principais contribuições de Leo para minha criação consistiam em
instruções estritas sobre aonde ir, quem ver e o que fazer. Tirando isso, ele me
ignorava. A não ser que eu fizesse algo muito certo ou muito errado. Rapidamente
aprendi que haveria menos gritaria e menos castigo se eu fizesse a coisa certa.
Tirar boas notas o fazia feliz. Assim como ganhar prêmios de interpretação e
oratória.
Eu me esforçava. Mais que todos os meus amigos e mais do que uma filha
deveria se esforçar para atrair a atenção do pai. É certo dizer que todos os meus
bloqueios quanto a agradar pessoas vieram dele.
Meus pais não ficaram felizes com meu plano de ir para a escola de teatro,
claro. Creio que as palavras exatas do Leo foram: “Uma ova”. Ele e minha mãe
aceitavam o teatro como um passatempo, mas, com minhas notas, eu podia
escolher profissões bem pagas. Eles não entendiam por que eu jogaria isso fora
por uma profissão em que noventa por cento dos formados ficavam sem emprego
para sempre.
Convenci os dois a me deixar fazer o teste negociando sobre me inscrever
também no programa de direito da Washington State. Isso me comprou um bilhete
de ida e volta para Nova York e a leve esperança de deixar para trás meu costume
de buscar aprovação.
Quando comecei o processo de inscrição, sabia que as chances eram
pequenas, mas eu tinha de tentar. Havia outras escolas que eu ficaria feliz de
frequentar, mas eu queria a melhor, e essa era a Grove.
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Autor(a): anjocolorido
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Seis anos antes Westchester, Nova York Os testes para Grove Minha perna está tremendo. Não de leve. Está chacoalhando. Descontroladamente. Meu estômago está revirando, dando nós e quero vomitar. De novo. Estou sentada no chão com as costas para uma parede. Invisível. Não pertenço a este l ...
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