Fanfics Brasil - Capitulo 2 - No começo (3/7) Meu Romeu - Adaptada

Fanfic: Meu Romeu - Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 2 - No começo (3/7)

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Minha nova falsa ousadia pesa sob seu olhar. Ela me deixa, suja e tensa, e eu

paro de rir.

O menino gay me empurra de lado e vira para outra pessoa. Perdi meu

charme vulgar de popozuda.

O garoto alto também se vira e se senta com as costas para a parede. Tira

um livro esfarrapado do bolso. Eu pesco o título: Vidas sem rumo. Um dos meus

favoritos.

Eu me viro para o grupo barulhento, mas eles já estão em outra.

Estou dividida entre recuperar a posição e descobrir mais sobre o menino do

livro.A escolha é tirada de mim quando a porta à minha frente se abre, e uma

mulher entra. Ela tem ares de estátua com cabelo preto curto e lábios vermelhovivo,

e nos avalia com o foco de um raio laser. Lembra a Betty Boop, se Betty

Boop fosse intimidadora a ponto de te fazer mijar nas calças e tivesse uma

prancheta de couro envernizado.

— Tudo bem, escutem.

Os cacarejos se silenciam.

— Se eu chamar seu nome vá para dentro.

Ela dispara os nomes, sua voz é clara e segura.

Quando ela grita “Uckermann, Cristopher”, o garoto alto sai da parede. Olha brevemente

para mim quando passa, e me faz querer segui-lo. Eu me sinto falsa e

desconfortável sem ele.

Nomes continuam vindo. Calculo que mais de sessenta pessoas passam pela

porta, incluindo “Stevens, Zoe”, que berra antes de entrar. Eu estremeço quando

ela grita “Tay lor, Dulce”.

Enquanto pego a bolsa, ela diz:

— É isso para esse grupo. Todos os outros aguardem aqui, vocês serão

chamados por outros instrutores.

Ela me segue pela porta e a fecha atrás de si.

Estamos numa grande sala negra. Um espaço multiuso.

Na parede mais distante há uma longa arquibancada reversível. A maior

parte do grupo está sentada lá, conversando baixinho.

A contagem final é oitenta e oito. Sessenta meninas e vinte e oito meninos.

Nenhum deles parece tão nervoso quanto eu me sinto.

Eu me acomodo, perdida num mar de garotos da cidade mais experientes.

Minhas pernas começam a tremer de novo.

A instrutora está à nossa frente.

— Meu nome é Erika Eden, e sou diretora do departamento de interpretação.

Nesta manhã vamos trabalhar um pouco com personagens e improvisação. No

final de cada cena, comunico a vocês quem vai ficar. Sei o que estou buscando, e

se vocês não tiverem isso, vão embora. Não estou pegando pesado, é apenas

como as coisas são. Não preciso dizer que a Academia Grove aceita apenas os

trinta melhores candidatos dos dois mil que vão fazer os testes nos próximos dias,

então deem o melhor de si. Não estou interessada em teatralidade banal e

emoção falsa. Me deem algo que valha a pena ou vão embora.

Meu medo de falhar murmura que eu deveria ir embora. Mas não posso.

Preciso disso.

Passamos a próxima meia hora fazendo exercícios focados. Todo mundo está

tentando desesperadamente não parecer desesperado. Algumas pessoas são mais

bem-sucedidas do que outras.

Zoe é barulhenta e confiante, como se sua aprovação já estivesse certa.

Provavelmente está. Cristopher Uckermann é intenso. De forma incrível. Suas interações

disparam uma energia contida, ele é uma usina nuclear usada para acender uma

única lâmpada.

Tento manter tudo real e natural, e na maior parte das vezes eu consigo. Estou

indo bem.

Após cada cena, pessoas são cortadas. Algumas levam numa boa e outras

despencam e se inflamam. É como uma zona de guerra.

O grupo diminui rapidamente. Erika é rápida e eficiente, e toda vez que ela

chega perto de mim acho que vou embora. De alguma forma, consigo

sobreviver.

Quando paramos para o almoço, estamos todos em silêncio. Até Zoe. Nos

sentamos em círculos, as cabeças cambaleando com os monólogos. Tentamos

ignorar que a maior parte de nós não vai chegar às chamadas amanhã. Algumas

vezes meu rosto queima, e levanto o olhar para ver que Uckermann, Christopher está olhando

para mim. Ele imediatamente desvia o olhar e fecha a cara. Eu me pergunto por

que ele parece bravo.

De volta à sala, somos organizados em pares. Estou com um garoto chamado

Jordan, que tem espinha e língua presa.

Cada dupla recebe um enredo, e o restante de nós observa. É como um

esporte sangrento. Todos esperamos que os outros se ferrem, para que tenhamos

mais chance.

Zoe e Christopher são colocados juntos. Interpretam estranhos numa estação de

trem. Conversam e flertam enquanto Zoe balança o cabelo. Obviamente ela tem

talento para agir como uma puta desesperada.

Jordan e eu interpretamos irmãos. Não tenho irmãos, então é meio legal. Nós

implicamos um com o outro e rimos, e tenho de admitir que somos bem bons.

Erika nos elogia, e o resto do grupo aplaude sem muito ânimo.

No final da rodada, pessoas são cortadas e lágrimas rolam. Suspiro, aliviada,

quando percebo que restam apenas trinta de nós. As chances estão melhorando.

Os parceiros são trocados. Fico com Uckermann, Cristopher. Ele não parece feliz com

isso. Senta-se ao meu lado com a mandíbula bem travada. Acho que nunca notei

a mandíbula de um menino antes, mas a dele é impressionante.




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Autor(a): anjocolorido

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Ele se vira e me pega olhando fixamente para ele, e sua expressão mistura cenho franzido com vou-te-matar-e-arrancar-toda-sua-pele. Eu me viro. Vamos ser uma porcaria como parceiros. Erika caminha na frente do grupo. — Para esta última sessão, todo mundo vai receber a mesma tarefa. Seu enredo é “imagem no espelho”. Soa f&aa ...


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