Fanfic: Dangerous Love | Tema: Romance, Bad Boy, Escola, Paixão

 (...)

- Primeira aula de Literatura, é sério? Você sabe que eu detesto Literatura, tinha que começar com essa mesmo? – perguntei a Amélia enquanto analisava o papel com a grade de aulas.

- Deixa de ser chata. Sua sala é aqui. – ela me mostrou e eu arquei a sobrancelha.

- Jura, que você não vai ter essa aula comigo? – eu quase supliquei e ela revirou os olhos.

- Relaxa que ninguém vai te morder, eu tenho aula de Ciências agora. Nos vemos depois. – ela sorriu e saiu em disparada ao outro prédio, o de ciências. Rolei meus olhos e segurei a respiração por alguns instantes, ok eu tinha que entrar na sala. Apertei meus livros contra meu corpo e assim que entrei o professor ainda apagava a lousa, passei rapidamente por ele e parei meus olhos na única carteira vaga que havia na sala, e para o meu desgosto era na frente de Derek. Só poderia ter alguém de brincadeira com a minha cara, ok hoje não era meu dia.

- Senhorita Farley, bom dia! Queira sentar-se por favor. – o professor chamou minha atenção e eu assenti com a cabeça. Mordi meu lábio, ao ter que encarar Derek mais uma vez, que tinha aquele sorriso cínico nos lábios. Me sentei e virei para frente, o professor começou a falar, aquelas coisas de primeiro dia de aula chato, onde o professor apresentava todo o cronograma do ano. Senti alguém puxar minha cadeira para trás e respirei fundo, eu sabia que seria difícil mais dar ibope a ele, só o faria me irritar mais ainda.

Tentei ignorar o fato dele tentar chamar minha atenção, até que ele jogou uma bolinha de papel na minha cabeça. Me virei bruscamente e encontrei aquele sorriso cretino nos lábios dele.

- Será que você pode parar? – o professor agora passava algo escrito na lousa.

- Eu poderia, mais te irritar é bem mais interessante do que essa aula de literatura. – ele piscou e eu tentei me controlar antes que eu fizesse a besteira de voar no pescoço dele.

- Não dá para você fingir que eu não existo, por favor? – ele riu do desespero na minha voz, e eu estava me sentindo mais patética ainda.

- É bem mais legal te irritar acredite. – desisti de tentar argumentar quando mais eu falasse mais ele me alopraria e eu ficaria mais irritada ainda, me virei para frente e tentei me concentrar no que o professor dizia.

(...)

O sinal tocou e eu sai igual um furacão da sala de aula, ter aula de literatura com Derek seria uma experiência mortificante, agora duas aulas seguidas era crueldade pura. Me encostei em meu armário e fechei meus olhos, definitivamente eu deveria ter ficado dormindo hoje.

- Soph, meu amor! – Amélia vinha correndo pelo corredor toda animada. Abri meus olhos e o sorriso desmanchou-se em seus lábios assim que ela viu minha cara de poucos amigos.  – Nossa parece que você saiu do campo de guerra, o que aconteceu? – ela me perguntou preocupada.

- Derek Bertrand e literatura são o suficiente para você? – perguntei a encarando enquanto virava para abrir meu armário. Amélia permaneceu de boca aberta ao meu lado, talvez tentando acreditar na grande sorte que eu tinha.

- Tá de brincadeira, justo sua primeira aula foi com ele? – ela me olhava incrédula. – Faz anos que estudo aqui e ele também e acredite não tive tanto azar quanto você, a não ser pelo ano passado que tinha quase todas as matérias com ele, mas, para uma novata você tá com o pé bem esquerdo né? – ela disse divertida e eu revirei meus olhos, guardando meus livros no armário.

- Tortura, são duas aulas de literatura com ele, isso sim é torturante. – ela segurou para não rir da minha cara. – Próxima aula é matemática – comentei lendo minha grade de horários. – E a sua?

- Vou ter aula de História! Mega chato, mas pelo menos minha invenção na aula de ciências vai dar um ótimo resultado esse ano. – ela disse sorridente e eu revirei os olhos, Amélia era louca por ciências e eu achava isso extremamente engraçado.

- Ok, então boa aula de história! – Amélia saiu pelo corredor dos armários, peguei meu caderno e assim que fechei meu armário tomei um belo susto.

- Quer me matar do coração garoto? – perguntei a Derek que tinha o sorriso sacana no rosto, aquele de sempre que me tirava do sério.

- Não, de susto não pelo menos. – ele piscou e eu revirei meus olhos. Sai andando sem dar tempo que ele pudesse falar mais alguma coisa, mas, logo ele veio ao meu encalço.

- Jura que vai me seguir até minha aula? – o olhei sem paciência e ele riu balançando a cabeça.

- Tenho aula também, eu estudo aqui caso você não se lembre. – ele respondeu irônico e mantinha o andar ao meu lado, e eu nem sei por que ainda estava andando ao lado dele.

- É impossível esquecer, você não me deixou em paz, desde que eu botei meus pés dentro dessa porcaria de escola. – o olhei rapidamente e desviei meus olhos de novo, era perigoso demais ficar encarando-o daquela forma, aquele garoto me tirava do eixo.

- Você é muito estressadinha sabia? – ele falou parando na minha frente, minha tentativa de não encará-lo havia acabado de ser falha.

- Eu estressadinha? Eu estou tentando ter uma segunda-feira normal em uma escola nova, em uma cidade que eu não queria estar e você está me infernizando a vida e quer que eu esteja calma? – perguntei a ele que tinha um sorriso divertido nos lábios. – O que foi? – perguntei sem entender e ele já ria.

- Você fica mais linda ainda estressada assim. – ele piscou e eu bufei, esse moleque era insuportável. Passei por ele com a intenção de ir para a sala de aula mas, ele segurou meu braço. – Espera. – ele pediu fitando meus olhos.

Os olhos cor de jabuticaba conseguiriam deixar qualquer pessoa sem ar, mas, ai eu lembrava que era ele e tentava afastar qualquer tipo de pensamento assim em relação a ele.

-  Me solta. – falei assim que percebi que ele segurava meu braço com força. Ele afrouxou os dedos delicadamente, mas, sem me soltar. Fitei os dedos dele em meu braço e segurei minha respiração, eu queria gritar.

- Vamos parar com isso, quero só ser seu amigo, não precisa me atacar com dez pedras na mão. – ele falou e eu soltei o ar aos poucos, voltando a fita-lo.

- Se quer ser meu amigo porque fica me enchendo desse jeito? – perguntei tentando manter meu tom de voz firme, não poderia demonstrar que essa aproximação me causava alguma coisa.

- Porque eu gosto de te ver irritada, você fica com as bochechas vermelhas, estressadinha. – bufei novamente e me soltei dele.

- Faz um favor? Finja que eu morri que tal? – dei um sorriso irônico enquanto saía andando em direção a sala.

- Seria um desperdício uma morte dessas. – o ouvi falar e pude ter quase certeza de que ele estava com um sorriso de orelha a orelha.

Cheguei na sala com aquele mala em meu encalço, a professora já falava na sala e parou o olhar em nós, assim que nos aproximamos da porta.

- Senhorita Farley, está atrasada. – ela disse e a olhei suplicando para que me deixasse entrar.  Assim que ela viu Derek aparecer em seu campo de visão, tudo pareceu estar perdido. – E vejo que já aprendeu com quem chegar atrasada não é mesmo senhor Bertrand? – ela nos olhava por cima dos óculos.

- Desculpe professora o armário dela emperrou só quis ajudar. – ele disse e ela acreditou ou fingiu pelo menos.

- Podem entrar, mas, fiquem de olho no horário de vocês por favor. – passamos pela porta e fui em direção a última carteira da fileira, pelo menos lá não teria mais como Derek me amolar. Ele passou por mim  e piscou sentando-se na carteira ao lado da minha, eu esqueci das fileiras ao lado, brilhante!

- Meninos, por gentileza, página 33 do livro. Vamos começar com a boa e velha matemática. – a professora falava enquanto procurava um giz para escrever na lousa.

Vi um papel saltitar na minha mesa e olhei em direção a Derek que sorria, céus isso seria uma tortura pior que a do Hitler.  Abri o papel lentamente: “ Me deve uma”  - li e o olhei de novo ele piscou e eu me segurei parar não deixar um sorriso escapar. Derek era um idiota, isso com toda certeza, deixei um sorriso escapar por entre os lábios. E voltei minha atenção a aula.

(...)