Fanfic: Dangerous Love | Tema: Romance, Bad Boy, Escola, Paixão

(Sophia narrando)

A semana acabou passando rápido e finalmente era sexta-feira, nem podia acreditar que poderia dormir o resto do dia, depois da longa semana de aulas. Eu já estava no caminho de casa, Amélia disse que teria que ficar até mais tarde porque tinha que começar o trabalho de Literatura. A turma dela também teria o tal trabalho e para grande surpresa ela caiu justamente com o Adam, o amigo de Derek, se a nossa sorte continuasse assim teríamos que aguentá-los o resto da vida, isso me dava náuseas só de pensar. Falando nisso Derek havia tentado falar comigo mais algumas vezes, mas, poucas palavras, o que era estranho vindo dele.

O dia estava com uma leve brisa e um sol um pouco tímido. Resolvi ir andando novamente, era bom andar eu gostava disso, era quando eu podia abrir a minha mente e pensar comigo mesma.

— Sophia! – o ouvi me chamar, ele poderia fingir que eu não existo seria tão mais fácil. Olhei para frente e ele estava sentado em sua moto, como se esperasse alguém. Cheguei mais perto e parei de frente para ele, com os cadernos nos meus braços.

— Tá esperando alguém? – perguntei e ele riu.

— Na verdade te esperando. Vem vou te deixar em casa. – ele disse de prontidão, e eu arqueei minha sobrancelha.

— Oi? – perguntei sem entender.

— Isso aí, sobe aí. Vou te deixar em casa, e passo para te pegar as oito em ponto. – ele parecia realmente convencido de que eu sairia com ele.

— Como assim te pego as oito? – perguntei sem entender.

— Me chamaram para uma festa em um barzinho lá no centro, e bem precisamos conhecer um ao outro melhor, por conta do trabalho. – ele parecia tão firme em suas palavras e atitudes, parecia que nada o abalava.

— E quem disse que eu vou com você? – perguntei a ele com um sorriso debochado no rosto.

— Nós vamos, vou passar na sua casa as oito. – ele deu um sorriso confiante e eu bufei, até que poderia ser divertido afinal eu não conhecia ninguém direito naquele lugar.

— Ok. – respondi me sentindo vencida e ele piscou, o vi subir na moto e ele parou para me olhar novamente. Dei de ombros e guardei meus livros dentro da minha bolsa, em seguida subi na moto, me segurando nos ombros dele levemente. Ele deu o sorriso “fatal” e me fitou com o canto dos olhos, puxou minhas mãos lentamente e colocou-as por baixo de sua jaqueta, fazendo com que meus dedos tocassem seu tronco apenas com a camiseta que ele usava impedindo que sentisse o calor da pele dele, mas, mesmo assim conseguia sentir os músculos de sua barriga, tentei me concentrar para parar de pensar nessas coisas.

(...)

O caminho para casa nunca havia sido tão longo, eu mal conseguia respirar, quem diria falar alguma coisa. Assim que chegamos desci da moto, ajeitando meus cabelos que por conta do vento estavam desgrenhados.

— Passo as oito ok? – ele perguntou mais uma vez para ter certeza que eu não iria furar.

— Ok. Obrigada pela carona. – dei um leve sorriso, e fui andando devagar até a porta de casa. Parei e me virei novamente, fitando-o de longe.

— Como sabia que eu iria? – perguntei e ele sorriu, acho que era a primeira vez que não via o sorriso sacana em seu rosto.

— Porque eu queria que você fosse comigo. – ele piscou e eu sorri, um sorriso talvez um pouco maior do que eu já tinha demonstrado na frente dele. Virei novamente e entrei em casa, talvez Amélia tivesse razão: Eu não sabia onde eu estava me metendo.

(...)

(...)

Eu estava me arrumando a algumas horas, essa agonia de não saber qual roupa usar, não que eu ligasse muito para isso, quase nada na verdade, mas, eu estava ansiosa e bem precisava decidir o que usar direito.

Ouvi meu celular tocar e vi o nome de Amélia aparecer no visor, peguei-o rapidamente colocando no viva voz.

— Oi! – respondi um pouco mais animada que o normal assim que ela atendeu.

— Oi cabeça de vento! Nossa que animação, tá pronta para nossa noite de filmes? – ela perguntou animada e eu fiz uma careta para mim mesma em frente ao espelho, enquanto eu terminava de ajeitar minha roupa em frente ao espelho. Era um vestido rendado: Azul royal, com as mangas três quartos. O vestido ia até o meio das minhas coxas e nos pés as sandálias eram prateadas.

 Meus cabelos estavam apenas metade preso, com leves cachos nas pontas. Ok, eu estava me sentindo tremendamente arrumada, e um pouquinho receosa.

— Gatinha, hoje eu não posso vou a uma festa. – fiz uma careta leve antes que ela gritasse comigo.

— Eu sei babaca, só liguei mesmo para te zoar e ver se você ia me contar que o Derek te convidou para a festa no pub. - arregalei meus olhos.

— Como você sabia disso? – perguntei e ela riu do outro lado do telefone.

— Adam me convidou também, na verdade ele disse aparece por lá, e disse que o Derek iria te convidar. Eu resolvi ir também, nos encontramos lá? – ela parecia animada também, ao que tudo indicava eu não era a única que estava ansiosa para essa festa.

— E como você sabia que eu iria? – perguntei rindo.

— Porque você não iria recusar ir com o Derek. – ela disse cantando e desejei que ela tivesse na minha frente para mostrar o dedo do meio a ela. Idiota. – Bom, nos vemos lá um beijo! – nos despedimos e dei uma última olhada no espelho, minha maquiagem estava com os olhos levemente marcados, a boca estava com apenas um brilho. Ouvi meu celular mais uma vez, e vi um número estranho me ligando.

— Alô? – apoiei o celular em meu ombro para terminar de prendar minha pulseira.

— To aqui embaixo, só não vou falar que a espera da carruagem porque não gosto muito dessas coisas clichês de contos de fadas, mas, te espero com uma moto, o que é quase a mesma coisa. – revirei meus olhos, Derek não tinha jeito realmente.

— Não gostos de príncipes. – respondi sem pensar e senti minhas bochechas ganharem o tom levemente avermelhado. – Estou descendo. – desliguei o telefone antes que ele pudesse soltar qualquer piada ao meu respeito.

Desci as escadas rapidamente e me despedi de minha mãe, assim que passei pela porta, o vi parado na frente de casa. A calça jeans escura, com a regata branca que deixava seu corpo mais marcado ainda, demonstrando o quanto seu corpo era definido na medida certa. A jaqueta preta de couro,  e o tênis esportivo davam o ar da festa, ele estava lindo, realmente lindo. Respirei fundo e sacudi minha cabeça era Derek Bertrand a minha frente, e eu deveria me lembrar disso, ou não.

Fui andando em direção a sua moto, e ele parecia me analisar de cima abaixo.

— Belas pernas. – ele respondeu com um sorriso de canto e eu pensei em fuzilá-lo.

— Se começar com a palhaçada.. – antes que eu pudesse terminar de falar ele me interrompeu.

— Está linda. – ele fitou meus olhos e meu coração traidor pareceu dar um salto, não sei o que estava acontecendo comigo, e apesar dos poucos dias, sabia que gostava de sentir isso, era bom e assustador ao mesmo tempo. – Sua sorte é que sua seu vestido vai grudar no seu corpo, se não todos teriam uma visão privilegiada de você. – ele era tão descarado.

— Ei! – resmunguei e ele riu.

— Estou brincando, vem. – ele me ajudou a subir na moto, subindo na minha frente em seguida. Apertei seus ombros levemente, ele segurou minhas mãos com força, às mãos dele estavam extremamente quentes. Eu sabia o que ele faria, colocou as minhas mãos em seu corpo e arrancou com a moto em seguida. A sensação de estar em uma velocidade considerável, com nossos corpos tão perto me causava um tremor gostoso, claro que ele não poderia saber disso.

(...)