Fanfic: O Fotógrafo (Adaptada - VONDY) | Tema: VONDY
Depois da bomba que o Wendel joga em cima de mim, meu dia não flui nada. Nem consigo editar as fotos da Pâmela para entregar. Tiro o telefone do gancho, pois ele insiste em berrar. Preciso de um café ou minha cabeça vai explodir. Passar dois dias com a Dulce, vai ser um inferno, ainda mais indo numa festa regada a sexo, onde é perigoso pegar uma doença sem cura só de olhar para o lado.
Meu celular toca e a vontade de mandá-lo na parede é imensa, só não o faço porque paguei uma nota nesse telefone e porque é minha mãe quem está me ligando.
— Oi, mãe.
— Oi, filho. Está tudo bem? Te ligo e você não me retorna. Estou com saudades do meu garotinho birrento.
— Ando muito ocupado por esses dias. Está precisando de algo?
— Estou. De carinho. Você nunca passa em casa para me ver, não nos falamos pessoalmente faz uma semana. Almoça comigo amanhã, saia com uma velha pelo menos uma vez.
— Mãe, amanhã não posso. Vou viajar e tenho coisas a resolver. Prometo que assim que eu voltar a gente sai para almoçar juntos. Pode ser?
— Pode, filho. Se cuida, tá? E não se esqueça da sua mãe.
— Tchau, mãe.
— Tchau, filho, te amo.
Preciso urgentemente de um café. Vou comprar uma máquina de expresso para deixar na minha sala, porque ir até o refeitório é como pagar penitência e ainda corro o risco de encontrar pessoas indesejáveis lá. Ligo para a Sara que, prontamente, traz a minha xícara fervendo como gosto. Tomo uma Neosaldina para tirar a dor que martela meus neurônios.
Faço uma ampla pesquisa sobre onde irei me enfiar e os resultados não são nada otimistas, tudo se resume a sexo, sexo sem camisinha, sexo consensual com aidéticos, orgias, bebidas, camisinhas furadas e por aí vai. E tudo isso acompanhado pela Dulce. Bela iniciação. Wendel se superou nessa. Termino meus afazeres aos trancos e barrancos. Entro no meu carro e já coloco meu DVD do Épica para tocar. Metal e sexo são as únicas coisas que me fazem relaxar, mas como não posso ter
sexo agora, fico só com a música. Acredito muito em destino e o meu, nesse momento, está conspirando contra mim.
Assim que saio em direção à minha casa, vejo a Dulce caminhando em direção à casa dela. Um anjinho do meu lado
direito pede para que eu dê carona a ela, já o diabinho do meu lado esquerdo quer mais que ela se dane, nem gosto dela mesmo. Assim como nos desenhos animados, o maldito anjinho sempre ganha. Paro o carro e ofereço carona a ela.
— Se você continuar andando nessa velocidade será um prato cheio para os ladrões.
— Muito obrigado pela sua preocupação, Christopher.
— Estou falando sério, Dulce, entre no carro que eu te levo até a sua casa.
Ela reluta, mas acaba aceitando. Percebe-se pelo seu corpo que exercícios físicos não são o seu forte, não que ela seja gorda, ela só não é gostosa. Puxo assunto sobre a nossa viagem para quebrar um pouco o gelo, gostaria mesmo era de escutar o meu rádio no volume máximo. Logo que chegamos à porta, percebo que o carro da Pâmela está lá e
isso me deixa desconfortável. Para ajudar, Dulce me faz uma pergunta, a qual eu não estou esperando, ela queria saber sobre o dia das fotos. O diabinho volta à tona e já dou logo uma resposta curta e grossa. Isso que dá dar brecha para funcionários, depois eles se acham no direito de saber sobre sua vida pessoal e fora do trabalho.
Chego em casa, literalmente, exausto, Thor está com uma calça minha na boca, toda destruída. Já falei para Rosa deixar ele na varanda, mas ela insiste em deixar a porta aberta.Só um bom banho para aliviar minha tensão. Entro no chuveiro e, a única coisa que vem à minha mente, é a viagem de amanhã com a Dulce.
Conforme vou passando o sabonete no meu corpo, uma ereção vai se formando e se fazendo presente. Lavo meu companheiro e sinto que, para aliviar a tensão, só aliviando o tesão. Começo a me masturbar pensando na transa que tive com a Chris, mas conforme os movimentos vão se intensificando, é uma certa ruiva de olhos castanhos e língua afiada que toma conta da minha mente. Daria tudo para sentir a sua boca em volta do meu p/au agora. O gozo vem forte e intenso, sujando o box do banheiro de porra. Jogo uma água para tirar o mais grosso e para a Rosa não desconfiar que ainda faço essas coisas de adolescente. Puts, bater p/unheta pensando na Dulce é fim de carreira, mas não posso negar que dei uma gozada boa.Deito pelado e durmo do jeito que vim ao mundo. Acordo cedinho com o cheirinho do café da Rosa. Visto só uma cueca e vou degustar meu café forte, meu dia seria bem longo e precisaria de toda cafeína possível para conseguir dar conta.
— Bom dia, Christopher, já passei o café do jeito que você gosta.
— Rosa, seu café é o melhor do Brasil. Por sorte tenho você aqui em casa.
— Christopher, fala logo do que você precisa. Quando vem com muito elogio, é porque está querendo algo.— Rosa, você me conhece bem, né? Vou viajar e preciso que você fique com o Thor para mim. Será que você conseguiria?
— Christopher, você sabe que moro num lugar pequeno, mas se você não se incomodar posso ficar
aqui.— Claro que não me incomodo, Rosa, você é como uma mãe para mim. Sinta-se em casa.
Termino o meu café e vou me trocar. A vontade era de ficar em casa o dia todo, deitado na minha cama, curtindo uma folga. Ando meio relaxado por esses dias, nem minha corrida matinal tenho feito. Para ajudar, tem essa matéria horrorosa que o Wendel quer publicar. Peço para a Rosa arrumar a minha mala, que só virei para casa para pegá-la e já ir ao aeroporto.
Entro no carro e nem me dou ao luxo de ligar o rádio. Passo o tempo que tenho, de casa até o jornal, pensando na Dulce e na nossa viagem de hoje à noite.Chego ao jornal e já vou direto para a minha sala. Wendel entra logo em seguida me trazendo as passagens, o nome do hotel e o telefone da empresa que aluga carros.
Já estou puto da vida, porque logo que chego, vejo a Dulce com mais uma flor na mão, tagarelando com a Sara sobre quem havia mandado. Dou uma chamada nas duas e peço para a Dulce vir até a minha sala.
Em questão de minutos, ela entra sem bater.
— Acho que sua mãe tenha te ensinado a não entrar na sala dos outros sem bater na porta.
— Desculpa, senhor Christopher, ela estava semiaberta, então achei que...
— Você não está aqui para achar nada, Dulce. Dá próxima vez te darei uma advertência por escrito. — Meu teste de paciência estava apenas começando. Decidido a não estourar antes do tempo, dou uma inspirada profunda e me acalmo.— Te chamei para te entregar a passagem. Hoje à noite, você deve estar no aeroporto às sete, em ponto. Se precisar, eu passo para buscar você na sua casa para irmos juntos.
— Tudo bem, Christopher, não precisa ir me buscar, a Pâmela ficou de me levar. Se era só isso que você queria comigo, vou voltar para minha sala e estudar mais um pouco sobre o que iremos fazer.
— Pode ir, Dulce. Ah, hoje você pode sair às quatro. — Decido liberar ela mais cedo, para dar tempo a ela de se acostumar com a ideia de viajar com um desconhecido e participar de uma festa daquelas.
Toco direto sem almoço, pois meu estômago não aceitaria nada, devido ao nervosismo. Nunca tive problemas quanto a conseguir aquilo que quero, sendo perigoso ou não.A única coisa que está me preocupando, é levar essa menina por caminhos que, creio eu, ela nunca seguiu. Como sempre, meu dia passa rápido, que nem percebo.Quando olho as horas, já se passam das cinco horas da tarde e eu ainda não saí do jornal. Espero que a Rosa tenha feito um lanche, pois estou
faminto. Sei que voar com a barriga cheia não é uma boa ideia, mas um lanchinho não fará mal algum.
Chego em casa e sinto cheiro de pão com queijo, minha fiel escudeira não me deixaria na mão.
— Hum, Rosa, você sabe muito bem como prender um homem pela barriga.
— Você não achou que eu iria deixar você viajar sem comer, né?
— Só você mesmo para cuidar tão bem de mim.
— Já está na hora de você arrumar uma mulher e se casar. Os anos estão passando e você ficará para tio.
— Rosa, você parece minha mãe falando.
— É sério, Christopher, todo homem precisa de uma mulher ao seu lado. Você já está com mais de trinta anos e eu nunca te vi namorando.
— Rosa, ainda não encontrei uma mulher que seja meu número. Agora chega de papo, que eu preciso viajar.
Rosa e dona Alexandra sempre com essas conversas de que eu tenho que me casar, ter filhos, ficar velhinho ao lado de alguém e coisa e tal, mas as duas são solteironas convictas. Grandes conselheiras amorosas eu tenho.
Termino de comer e corro para me lavar. Somente jogo uma água no corpo e me visto rápido. A viagem está marcada para às sete e trinta, mas como sei que tem toda aquela burocracia complicada,às seis, saio de casa. Deixo meu carro no estacionamento do aeroporto e parto para fazer o check-in. A fila não está tão grande e, em poucos minutos, já sou direcionado para a sala de espera. Procuro a Dulce e não a vejo, pelo visto vai chegar em cima da hora de partimos.
Cinquenta minutos depois, a vejo chegar com a mãe e a Pâmela a tiracolo, todas com os olhos marejados, isso porque será uma viagem breve. Sinto falta do pai dela junto com elas. No dia da comemoração no restaurante, ele pareceu tão presente e hoje nem as trouxe. Ela se junta a mim, após uma longa despedida das acompanhantes. Pego-a olhando fixamente para mim e, como um bom cafajeste que sou, puxo um assunto que sei que vai intimidá-la.
— Tudo bem, Dulce? Tem alguma coisa suja em meu rosto?
— Não, Christopher, você está muito... limpo.
Muito limpo, esse foi o melhor adjetivo que ela encontrou para me dar. Essa menina é uma piada, talvez essa viagem não seja lá tão ruim.Tento ser um cavalheiro, só para confundi-la e, muito claramente, vejo que dá resultado. Preciso da confiança dela e vou conseguir muito em breve.
A viagem é tranquila, durmo devido ao comprimido relaxante que tomei antes de embarcar. Santo remédio, em trinta minutos tenho o melhor sono em dias. São Paulo é a cidade do caos, um trajeto de cinco minutos é feito em quarenta. Para dirigir aqui, tem que ser ninja; as motos não respeitam, os pedestres não respeitam, os próprios carros não respeitam, nem sei como tudo aqui funciona sem causar um holocausto. O hotel que o sacana do Wendel reservou, é uma pensão arrumadinha. Claro que o jornal bancaria a viagem, né? A diária aqui não deve custar mais que setenta reais. O atendente tem cara de tapado e me deixa puto da vida quando me diz que a reserva é de um quarto só e que não tem nenhum outro disponível. Dulce fica impassível e aceita o que quer que seja acordado. Por hoje, terei que dividir o quarto com ela. Subimos para o quarto, que mais parece um chalé de uma estrela, e colocamos as malas num canto. Não tenho disposição para desarrumá-las agora. Decido que a hora de conversar com a Dulce é agora, temos alguns pontos a serem discutidos e preciso contar a ela que a festa será amanhã.
— Dulce, se você tiver um tempo gostaria de passar meu plano com você. Como te disse antes, estamos entrando em uma zona desconhecida para ambos e vou precisar da sua inteira confiança.
— Minha confiança você já tem, Christopher. Vamos dormir na mesma cama, esqueceu?
Não sei onde ela arruma tanto bom humor, perante a um assunto tão grave assim. Repreendo-a e passo a ela todo o meu plano. Vejo pavor e repulsa em seus olhos, só que mais do que nunca, teremos que trabalhar juntos para que isso dê certo.
Ela reclama de dor de cabeça e eu me ofereço para arrumar a cama e separar um comprimido analgésico para ela, enquanto toma um banho. Dormir com alguém na cama não será tarefa fácil, sou acostumado a dormir na minha cama King Size, sozinho, e, olhando para essa cama comum, já terei uma noção de como iremos dormir. Quando ela sai do banheiro, não me contenho e dou a maior gargalhada que dei em anos, ela sai com um pijama, que mais parece uniforme de presidiário.
— Se a sua intenção era me seduzir, tenho que dizer que a operação falhou. Prefiro mais uma camisola transparente e nada por baixo dela. Ah, deixei um comprimido para dor de cabeça na mesinha. Vou tomar um banho e logo me junto a você... para dormir.
As caras e bocas que ela faz, devido ao meu comentário, são impagáveis. Vou até o minúsculo banheiro para tomar um banho descente. Penso na festa de amanhã e me bate uma preocupação, Dulce é muito inocente para estar lá.
Saio do banho somente de cueca e a vejo envolvida num cobertor infantil. Deveria ter recusado a matéria, teríamos feito outra qualquer e evitaria esse sentimento de protetor que está me assolando agora.
Deito-me ao seu lado, com o corpo ainda molhado. Sua nuca se arrepia ao mínimo toque dos nossos corpos. Por mais que ela esteja com os olhos fechados, percebo, pela sua respiração, que ela está acordada e puxo um assunto qualquer.
— Já dormiu, Dulce?
— Estava tentando.
— Por que você é sempre rabugenta?
Ela franze o cenho e sei que a incomodo com as cutucadas que dou nela. Adoro o jeito com que ela enruga a testa e como respira antes de me responder. Reparo o jeito que sua boca se move e como ela umedece os lábios com a língua. Perco uns bons segundos olhando a boca que está a poucos centímetros da minha.
— Não sou rabugenta, Christopher. É você quem me tira do sério, me trata mal... E para de me olhar assim, que eu não vou te beijar.
Fui pego no flagra. A única saída é rir, não vou dar a ela o gostinho de saber que, de alguma forma, ela me atrai.
— Você acha mesmo que eu quero beijar você? Dulce, já te falei que você não faz o meu tipo de mulher. Não me leve a mau, mas prefiro as mais gostosas.
Falo e já viro de costas para ela, para o nosso bem, porque não responderia por mim se passasse mais um segundo olhando para sua boca. Estou me sentindo um idiota por estar atraído por ela. Olha só para mim, sou lindo, bem-sucedido, tenho as melhores mulheres sempre, e estou me atraindo por uma completamente o oposto de mim.
Um longo tempo depois, viro-me novamente e ela já está dormindo. Seu rosto está passivo de tranquilidade. Olho detalhadamente seu semblante e vejo que ela não é aquilo que eu insisto em transformá-la. Ela é linda.Decido dormir, mas para isso, preciso da ajuda do Morfeu.Pego um comprimido e, em minutos, estou no mundo dos sonhos.
Acordo suando, mesmo tendo dormido seminu. Dulce está toda embolada em mim. Braços e pernas me envolvendo. Tento me mexer o mínimo possível para pegar meu celular no criado-mudo e tirar uma foto para mostrar a ela. Por mais quente que eu estou, não tenho coragem de acordá-la. Têla nos meus braços, mesmo que dormindo, me deixa satisfeito. Quero protegê-la de alguma forma e, nesse momento, a forma certa, é deixá-la abraçada a mim.
Uma hora depois de ter meu braço babado, Dulce acorda e me pega olhando para ela. Ela pisca várias vezes,antes de se dar conta que está agarrada a mim.
— Bom dia, Dulce.
Ela retira bruscamente os seus braços de cima de mim, com um olhar inquisitivo, como se fosse eu quem tivesse agarrado a ela.
— Estou vendo que alguém não dormiu bem essa noite. Eu, pelo contrário, tive uma noite maravilhosa.
— Bom dia, Christopher.
Ela se levanta e vai para o banheiro. Seus cabelos estão parecendo um ninho de passarinho, seu rosto está marcado pelo travesseiro e seu pijama me parece mil vezes pior do que eu me lembrava. Assim que ela sai, tenho outra visão. Ela está vestida com um shortsjeans até a altura dos joelhos e uma regata rosa. O cabelo já está domado e o rosto sem marcas.
— Me desculpa, Christopher, não gosto de conversar cedo sem escovar os dentes. A que horas vamos sair hoje? O que devo vestir?
— Temos que estar na festa às quatro da tarde. Vista algo sexy. As máscaras eu já providenciei. Não se esqueça do que me prometeu. Precisamos agir com cautela e preciso mesmo que confie em
mim.— Não trouxe nada muito sexy. Preciso sair para comprar algo.
— Te dou uma hora para sair e voltar. Esteja aqui no prazo estipulado, não me faça sair à sua procura. Estamos entendidos?
— Sim, senhor Christopher. Prometo, como uma boa menina, que em uma hora estarei aqui.
— Sem brincadeiras, Dulce, esse é um assunto sério e temos horário para cumprir. Não atrase.
Por mais que eu tente ser gentil, ela não colabora, sempre com essas gracinhas que me tiram do sério. Preciso de algo para me acalmar, o nervoso da festa de logo mais já começa a me assombrar. Assim que a Dulce deixa o quarto, ligo para a recepção e peço que me tragam uma garrafa de whisky. Não vou tomar mais que uma dose, mas é bom ter mais, só por prevenção. Ouço a campainha e vou até lá pegar minha encomenda. Um Tobermory, 15 anos. Abro a garrafa e exalo o cheiro que queima minhas narinas e me dá água na boca. Só uma dose me fará relaxar. Coloco dois cubos de gelo num copo e viro o líquido âmbar que preenche o copo até a metade.
Ainda são onze horas da manhã, mas nada melhor do que o álcool para aumentar o apetite, que nesse momento estava ausente.Meus pensamentos se divergem entre a Dulce, a festa, Pâmela e jornal. Tomo mais umas duas doses e decido que já basta, preciso estar são para proteger a ruivinha. O relógio já marca meio-dia e a Dulce já deve estar chegando. Vou tomar um banho para já adiantar meu lado, pois as mulheres em geral, demoram horas se arrumando para sair, mesmo se forem ao mercadinho da esquina, e eu não estou a fim de mofar esperando ela terminar para começar a me aprontar.
Logo que entro no chuveiro, ouço a porta destravando. Pelo menos ela obedeceu e cumpriu o horário combinado. Não me demoro a terminar e meu estômago já dá sinais que a bebida fez efeito. Saio do chuveiro e vejo que a Dulce nos trouxe almoço, pelo menos ela usou a cabeça para algo útil. Fico somente de roupão e vejo que ela já não se incomoda mais.
— Hum, posso saber o que a senhorita trouxe para nós comermos?
— Como você tem tanta certeza que eu trouxe algo para você comer?
— Você não deixaria seu chefinho morrendo de fome, né?!
— Por sorte, eu preciso desse emprego, Christopher, então se sinta seguro. Não deixarei você morrer de fome.
Comemos o macarrão à bolonhesa e tomamos Coca-Cola. Ouvi pacientemente ela me falar sobre a escolha da roupa e fazer suspense que eu só veria após ela estar pronta, como se eu fizesse alguma questão de vê-la antes. Não sei como tem homens que se casam. Que graça tem passar a vida inteira ao lado de uma mesma mulher, ouvindo-a reclamar, falar de assuntos que não nos interessa, tendo que aturar TPM, ficar sem sexo durante os ciclos menstruais. Definitivamente, essa não é a vida que eu quero.
Dulceentra no banheiro e sei que vai demorar, pois leva uma mala lá para dentro. Coloco meu terno preto, já que a festa exigia um padrão de vestimenta. Tanta frescura para uma festa ilegal. Quarenta minutos depois, a porta do banheiro se abre e, para minha surpresa, a Dulce que entrou lá dentro não é a mesma que sai.
Ela está com um vestido branco na altura das coxas, de uma modelagem grega.Uma sandália de salto alto dourada e os cabelos presos num coque alto, com uns cachos soltos. Uma maquiagem marcante, tipo mulher fatal, com os olhos bem marcados e uma boca natural. Essa é a Dulce que faz meu p/au latejar assim que a vejo. Existem partes do seu corpo que eu jamais imaginei que seriam tão... perfeitos. É, Christopher, a Dulce não é tão ruim como imaginava, por trás das suas roupas largas e cafonas, há uma mulher gostosa e no ponto de ser fodida. Encaro-a por tempo suficiente para ela se sentir incomodada e voltar para o banheiro para se olhar novamente.
— Está tão ruim assim, para você me olhar sem dizer nada?
— Dulce não há palavras que possa descrever o quanto você está gostosa nessa roupa.
— Christopher, você poderia ser um pouco mais cavalheiro.
— E você um pouco menos puritana. Não se esqueça que hoje seremos um casal.
— Você não me deixa esquecer.
O celular dela começa a vibrar, mas como está no banheiro se admirando, não o ouve. Olho na tela e vejo o nome de Apolo. Esse deve ser o tal que fica mandando flores para ela no jornal. Rejeito a chamada e a apago. Hoje ela é só minha, mesmo que seja só uma encenação.
Autor(a): Bea Tinoco
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Não acredito que dormi a noite toda abraçada ao Christopher. Quando acordei e o vi olhando para mim, entrei em pânico, e minha primeira reação, foi sair correndo para o banheiro. Olho-me no espelho e não reconheço a pessoa refletida nele. Meu cabelo está mais bagunçado que o habitual e tenho marcas vermelhas pel ...
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Comentários da Fanfic 63
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rosana_daiane_ Postado em 11/12/2019 - 17:02:24
Tem continuação????
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Nat Postado em 15/11/2017 - 10:49:39
Bea Tinoco, vc não vai mais continuar a história!? Por Favor! Não desiste! Eu queria muito saber o final! CONTINUA, por favor!*-*
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Nat Postado em 08/09/2017 - 20:14:24
Não acredito que o Christopher teve participação no trauma da Dulce! Meu Deus! CONTINUA!*-*
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Nat Postado em 25/08/2017 - 20:06:49
Por favor CONTINUA! Quero saber quem esta mandando essas coisas para o Christopher! Tadinhos não acredito que eles terão que fazer uma matéria sobre o "boa noite cinderela"! Eu também achei que o Christopher ia aceitar a ideia de ele e Dulce se conhecer melhor antes entrarem em um relacionamento, mas o burro nem pensou nessa possibilidade! Ele tem controlar! Magine se por um acaso ele dá o remedinho pra Dulce!? Mesmo que ele não fizesse nada com ela, acho que ela nunca o perdoaria! Tem como vc fazer maratona!?(claro, se vc tiver tempo pra postar bastante capítulos)*-*
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raissaperroni Postado em 22/08/2017 - 22:59:20
Cadê você? Não desiste não, aparece
Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:47:09
oi raiii, nao desiti nao flor!
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Nat Postado em 21/08/2017 - 16:20:54
Cadê vc!? Por favor não me diga que vc desistiu de postar! Continua por favor!*-*
Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:46:49
Oi nat, nao desiti nao .contiuando
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tahhvondy Postado em 21/08/2017 - 11:29:16
continua amando
Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:46:18
Oi flor!! continuandoo
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Nat Postado em 18/08/2017 - 14:44:56
Fiquei com peninha do Christopher, mas acho que ele foi muito precipitado! Acho que os dois deviam começar a resolver os fantasmas do passado e aos poucos ficarem juntos! A Beatriz é confiável!? Como o Apollo e o Christopher se conheceram!? A Dulce vai descobrir o vicio esquisito que o Christopher tem!? CONTINUA!!!*-*
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raissaperroni Postado em 18/08/2017 - 13:33:30
estou com pena dele tbm, acho que depois desse bolo ele não vai mas querer toca no assunto de namoro com a dulce, ele deve voltar a tratar ela mal
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raissaperroni Postado em 18/08/2017 - 13:17:34
estou tremendo Muito, sinto que alguma coisa muito ruim vai acontecer. quando a mãe não gosta nunca da certo. só me diga uma coisa, vai ter um final feliz entre vondy?