Fanfics Brasil - Apollo Connor O Fotógrafo (Adaptada - VONDY)

Fanfic: O Fotógrafo (Adaptada - VONDY) | Tema: VONDY


Capítulo: Apollo Connor

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Essa semana tenho consulta com o doutor Rafael. Os resultados dos meus exames de sangue não são muito otimistas.

Desde que descobri que tenho Imunodeficiência Primária, minha vida se resume a tratamentos com imunoglobulina a cada vinte e oito dias e alguns antibióticos, antifúngicos e antivirais. Qualquer gripe me derruba e fico de cama. Apesar de essa ser uma doença que geralmente se descobre na infância, só fui informado que era portador da Imunodeficiência Primária

há cinco anos, quando sofri demais com uma pneumonia.



A partir daí, as consultas com o doutor Rafael se tornaram mensais.



— Apolo, seu pai está na linha. Insistiu em falar com você e nada do que eu disser vai fazê-lo desligar.



— Sei bem como ele pode ser chato, Valéria. Pode passar a ligação.



Minha relação com o senhor Aurélio nunca foi algo prazeroso e longe de ser uma relação amistosa. Desde que minha mãe morreu, quando eu tinha dez anos, ele nunca foi um pai presente. Eu entendo que ele trabalhou para me dar o melhor e foi o que eu tive. Estudei nos melhores colégios internos do mundo. Isso mesmo, com dez anos, ainda em luto pela minha mãe, fui morar no Instituto Le Rosey, na Suiça, onde o custo anual da escola chega a USD$ 106.570, sem contar o internato. Um

bom dinheiro, mas que não cobre a falta de um abraço no dia dos pais ou um puxão de orelhas após uma travessura. Lá fiquei até ter idade para entrar numa faculdade.



— Alô. Pode falar, Aurélio Connor.



— Oi, filho, para que tanta formalidade com seu velho? Até eu com oitenta anos sou mais espirituoso do que você.



— Pai, estou muito ocupado, se você já puder adiantar o assunto, ficarei grato.



— Apolo, meu filho, a Babizinha quer ir conversar com você sobre o nosso casamento. Ela sabe que você é contra, mas quer ter a oportunidade de falar com você sobre o amor dela por mim.



— O amor pela sua fortuna, né? Mas diga a sua noiva que não precisa gastar o salto do sapato dela para vir até aqui. Não tenho nada para conversar com ela.



— Apolo, as coisas não são desse jeito, eu estou velho, mas não estou morto. Tenho direito de amar mais uma vez antes de morrer.



— Aurélio, se o senhor não se importar, tenho assuntos realmente importantes para resolver.



— Tudo bem, filho. Volte para esse seu serviço. Você sabe que com o dinheiro que eu tenho, nem você e nem várias gerações suas precisariam trabalhar, mas seu orgulho não te deixa aproveitar aquilo que construí.



— Guarde sua fortuna para as gerações da sua piriguete caçadora de velhos já com o pé na cova.



Mais uma vez nossa conversa termina com ele desligando na minha cara. As pessoas cobram tanto que sejamos verdadeiros, mas não estão preparados para ouvir as verdades.



Não sei o que meu pai tem na cabeça de acreditar que uma mulher de vinte anos, em plena vitalidade, ama um velho de oitenta anos que precisa recorrer a um Viagra uma vez na semana para poder dar uma.



Essa semana mal começou e eu já estou de cabeça cheia. Não vi a Dulce hoje, mas mandei a Valéria mandar a ela um ramalhete de tulipas coloridas dando boas-vindas ao novo emprego.



Depois que a Beatriz foi para a Espanha, não tive nenhum relacionamento sério, todos foram apenas amores de verão e só. Mas com a Dulce parece ser diferente, desde que a vi naquele laboratório, sinto algo crescendo dentro de mim.



A manhã passa voando e nem me dou conta que adentramos à tarde sem uma pausa para o almoço. Valéria é meu braço direito no escritório e fica comigo até quando decido que o dia foi produtivo. Nenhuma ligação ou torpedo da Kiara. Resolvo dar a ela um espaço.



Passo numa livraria e me compro um exemplar de O Quinze da Rachel de Queiroz, temos ótimos autores brasileiros que deveriam ser mais prestigiados e terem um melhor destaque nas livrarias.



Atualmente, os brasileiros dão mais atenção aos livros estrangeiros de conteúdo erótico e deixam grandes preciosidades como essas escondidas no fim das prateleiras.



Chego em casa e um vazio toma conta de mim. O ruim de morar sozinho é não ter com quem compartilhar as coisas do dia a dia. Tomo um banho, esquento uma lasanha de micro-ondas e termino a noite assistindo séries na televisão.



Acordo pela manhã com o sol invadindo meu quarto.Como não teria nenhum cliente pela manhã, decido dormir até quando quiser. Minha tentativa de acordar tarde foi falha, às oito já estou em pé.



Ligo para a Valéria e peço para que ela envie um botão de rosa branca para o jornal o qual minha linda trabalha. Mulheres amam flores e a Dulce não é diferente. Espero poder vê-la hoje à noite, quem sabe um barzinho. Mesmo que ainda seja terça-feira, não vejo mal algum em se divertir um pouco.



Aguardo a tarde toda por um telefonema que não vem. No mínimo, ela deve estar muito ocupada para me ligar ou mandar um torpedo. Na verdade, ela nem tem uma relação comigo e eu estou aqui me martirizando por um relacionamento que não existe.



Um pouco depois das sete horas da noite, recebo um torpedo e meu coração dispara ao ler o nome de quem me enviou. Leio e releio o torpedo em busca de alguma mensagem que deixei passar. Mas nada me chama a atenção. Apenas as palavras que dizem: Boa noite, Apolo. Não vou inventar

desculpas pelo fato de não ter te ligado, a verdade verdadeira é que não tive tempo. Nesse exato

momento estou embarcando num avião rumo a São Paulo para fazer uma matéria para o jornal.

Assim que eu chegar, a gente pode combinar de sair. Muito obrigada pelas flores. Beijos. Kiara


<3,não tem nada nesse texto que me faça perceber se há algo por trás dele. Teria que esperar até ela voltar para poder vê-la novamente.



Na quarta, perto da hora do almoço, tento falar com ela e tenho a chamada rejeitada. Decido por não deixar mensagem na caixa postal, porque eu, particularmente, acho isso um saco. O ruim é não ter sequer uma informação sobre ela.



Lá pelas seis da tarde, ligo e novamente tenho a ligação rejeitada, só que dessa vez, tenho uma resposta imediata. Uma foto da Dulce dormindo nos braços de um homem e a seguinte legenda: É muito bom dormir e acordar nos teus braços, meu amor. A princípio, não entendo o que tinha acontecido, achei que a mensagem havia sido encaminhada para a pessoa errada, só depois me dou conta que ela havia sido endereçada a mim propositalmente. De duas uma, ou a Dulce quis me dar um

recado da pior forma possível ou ela não é aquilo que pensei.



Olho para a foto que está estampada na tela do meu celular e o rosto do homem o qual a Dulce está abraçada não me é estranho. Numa época não muito distante, eu tinha um amigo que se parecia com esse homem.



Odeio ficar encucado com algo, meu dia não rende e minha cabeça fica cheia. De hora em hora, olho para a foto, me martirizando, de certa forma. Não tenho nada com ela, mas o fato de ela estar com outro, me incomoda muito.



Decido não ligar mais. No mínimo, foi ter uma lua de mel com o namorado que eu desconhecia que existia e, para me dispensar, disse que foi a trabalho. Passo num barzinho para tomar uma cerveja. Já não basta o casamento do meu pai com uma “caçadotes”, agora vem a Dulce e me joga um balde d´agua fria. Tonto fui eu em acreditar em destino e em

amor. Já deveria estar vacinado após o tombo que levei com a Beatriz.



Por falar na Bia, ela me ligou hoje, mas estava ocupado demais para atendê-la. Pedi para a Valéria anotar o recado, porém, me esqueci de retornar. Pego o celular e deslizo o dedo na agenda, se o número dela ainda for o mesmo, consigo falar com

ela.



Olho o relógio e vejo que já são oito e meia da noite, sinal que lá já é uma e meia da manhã, pelo que eu conheço, a Bia ainda deve estar acordada. Aperto para ligar e o telefone chama. No quinto toque, ela me atende, com a voz embargada de sono. É, eu já não conheço mais a Bia.



— Apolo?



— Boa noite, Bia. Desculpa-me te ligar a essa hora.



— Apolo, você não precisa se desculpar, eu tinha acabado de ir deitar, nem estava dormindo ainda. Mas a que devo a honra da sua ligação?



— A Valéria me disse que você me ligou à tarde.



— Você anda ocupado demais, Apolo.



— Talvez seja porque minha sócia me deixou na mão...



— Não seja por isso.



— Como assim, Bia?



— Te liguei para dizer que semana que vem estou voltando para o Brasil e te pedir um emprego no seu escritório.



— Isso é sério?



— Muito sério, Apolo. Não tenho mais nada que me prenda aqui na Espanha.



— Fico muito feliz com a notícia, Bia. Diga-me quando vem para que possa buscá-la no aeroporto.



— Provavelmente chego aí na quinta. Mas você ainda não me falou se vai me empregar.



— Bia, as portas do meu escritório estarão sempre abertas para você.



— Obrigada, Apolo. Nos vemos então semana que vem.



— Vou te deixar ir dormir. Boa noite, Bia.



— Boa noite, Apolo.



Desligo e fico vagando nos meus pensamentos. A volta da Bia me atormenta e me deixa de certa forma abalado. Nos falamos algumas vezes ao telefone ao longo desses cinco anos, mas vê-la é algo que eu ainda não sei se estou preparado.



Bebo mais uma cerveja, que desce na minha garganta, gelando todo o percurso até chegar ao estômago. Sinto-me um pré-adolescente que gosta de uma amiguinha da escola, mas tem outra que também abala seu coração.



Bia e Dulce são duas mulheres completamente diferentes, mas com uma facilidade enorme de me deixar apaixonado por elas.



Olho novamente a foto que recebi e forço a minha memória a reconhecer o homem que está com ela. Tenho um lampejo e meu subconsciente se recorda de quem é esse rosto. Como pude me esquecer do meu ex-amigo Christopher Uckermann?



 



 



 



Eitaaaa,gente o Apollo conhece o chris! E aí? O que vcs acham? O que será hein?




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Autor(a): Bea Tinoco

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • rosana_daiane_ Postado em 11/12/2019 - 17:02:24

    Tem continuação????

  • Nat Postado em 15/11/2017 - 10:49:39

    Bea Tinoco, vc não vai mais continuar a história!? Por Favor! Não desiste! Eu queria muito saber o final! CONTINUA, por favor!*-*

  • Nat Postado em 08/09/2017 - 20:14:24

    Não acredito que o Christopher teve participação no trauma da Dulce! Meu Deus! CONTINUA!*-*

  • Nat Postado em 25/08/2017 - 20:06:49

    Por favor CONTINUA! Quero saber quem esta mandando essas coisas para o Christopher! Tadinhos não acredito que eles terão que fazer uma matéria sobre o &quot;boa noite cinderela&quot;! Eu também achei que o Christopher ia aceitar a ideia de ele e Dulce se conhecer melhor antes entrarem em um relacionamento, mas o burro nem pensou nessa possibilidade! Ele tem controlar! Magine se por um acaso ele dá o remedinho pra Dulce!? Mesmo que ele não fizesse nada com ela, acho que ela nunca o perdoaria! Tem como vc fazer maratona!?(claro, se vc tiver tempo pra postar bastante capítulos)*-*

  • raissaperroni Postado em 22/08/2017 - 22:59:20

    Cadê você? Não desiste não, aparece

    • Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:47:09

      oi raiii, nao desiti nao flor!

  • Nat Postado em 21/08/2017 - 16:20:54

    Cadê vc!? Por favor não me diga que vc desistiu de postar! Continua por favor!*-*

    • Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:46:49

      Oi nat, nao desiti nao .contiuando

  • tahhvondy Postado em 21/08/2017 - 11:29:16

    continua amando

    • Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:46:18

      Oi flor!! continuandoo

  • Nat Postado em 18/08/2017 - 14:44:56

    Fiquei com peninha do Christopher, mas acho que ele foi muito precipitado! Acho que os dois deviam começar a resolver os fantasmas do passado e aos poucos ficarem juntos! A Beatriz é confiável!? Como o Apollo e o Christopher se conheceram!? A Dulce vai descobrir o vicio esquisito que o Christopher tem!? CONTINUA!!!*-*

  • raissaperroni Postado em 18/08/2017 - 13:33:30

    estou com pena dele tbm, acho que depois desse bolo ele não vai mas querer toca no assunto de namoro com a dulce, ele deve voltar a tratar ela mal

  • raissaperroni Postado em 18/08/2017 - 13:17:34

    estou tremendo Muito, sinto que alguma coisa muito ruim vai acontecer. quando a mãe não gosta nunca da certo. só me diga uma coisa, vai ter um final feliz entre vondy?


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