Fanfics Brasil - Apollo Connor O Fotógrafo (Adaptada - VONDY)

Fanfic: O Fotógrafo (Adaptada - VONDY) | Tema: VONDY


Capítulo: Apollo Connor

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E stou concentrado num processo mega importante de lavagem de dinheiro, quando sou interrompido da minha leitura, pela Valéria.



— Senhor Apolo, venho para avisá-lo que seu exame está marcado para daqui trinta minutos.



Valéria é minha secretária empresarial e pessoal. Cuida do meu escritório e,literalmente, de mim, não me deixa faltar a uma consulta e a um exame. Tenho Valéria como uma mãe, não que ela tenha idade para isso, pois tem a mesma idade que eu, mas cuida de mim com tanto carinho, que aprendemos a nos amar como irmãos.



— Tudo bem, Valéria, já estou indo para meu martírio.

— Como reclama. Isso porque o laboratório fica a algumas quadras daqui. Ah, só para lembrar, sua consulta com o doutor Rafael já está marcada para a próxima terça.

— Mas já? Nem sei o porquê tenho que ficar indo nessas consultas.

— Apolo, você sabe muito bem o porquê tem que ir às consultas com o doutor Rafael. Não seja teimoso.

— O.K, você venceu. Já estou indo para o laboratório.



Saio do escritório em direção ao laboratório, vou a pé mesmo, pois como Valéria disse, fica há apenas algumas quadras.

Há cinco anos tive um problema no sangue no qual faço tratamento até hoje. Todo mês, tenho que fazer exames e passar com o doutor Rafael, meu hematologista. Tenho uma vida comum e saudável, desde que eu tome meus remédios. Chego ao laboratório, e para minha infelicidade, está lotado, vou perder um bom tempo aqui. Assim que vou retirar a senha, percebo que tem cerca de trinta pessoas na minha frente. O jeito é sentar e esperar.Quando me viro, percebo duas lindas criaturas sentadas, e para minha sorte, tem um

lugar vago ao lado da morena. O negócio é puxar um assunto para ver se o tempo passa e, quem sabe, eu consiga um encontro com a moça ruiva tímida ao lado da amiga, que parece ter saído de uma revista de moda.



— Boa tarde, qual a senha de vocês?



Sei que a pergunta é bem clichê, mas não tem forma melhor do que puxar um assunto falando bomdia ou falando do tempo.

A morena é bem mais falante que a ruiva e descubro que ela se chama Pâmela e a outra Dulce. Eu as convido para um café no meu escritório, que é gentilmente recusado pela Dulce. Vejo que a Pâmelafica contrariada, mas decide ficar com a amiga.

Faz muito tempo que não me relaciono com ninguém, desde que fiquei doente, me foquei somente no meu tratamento e no escritório. Namorei sério somente uma vez e me doei tanto, que acabei sofrendo mais do que tinha planejado com o término do namoro. Beatriz é uma mulher maravilhosa, de uma família bem tradicional. Muito linda e educada. Éramos sócios de um belo escritório, pois  assim como eu, ela também é advogada. Terminamos, quer dizer, ela terminou comigo assim que

ficamos sabendo da minha doença. Parece cruel o que ela fez comigo, de me largar no momento que eu mais precisava, mas nessa mesma época, ela recebeu um convite irrecusável para fazer um mestrado na Espanha, e eu não poderia acompanhá-la nessa viagem. Então o óbvio aconteceu, ela foi e eu fiquei. Não vejo a Bia há uns cinco anos. Rapidamente, chamam a senha das meninas.



Vejo que a Dulce está esmagando a mão da amiga. Uma mulher desse tamanho com medo de fazer um exame. Rio da imagem que vejo a minha frente, ela, com os olhos marejados e assustados, segurando a mão da amiga para que ela não saia do seu lado. Fico lá fora, ouvindo as mães falarem dos seus filhos, os idosos falarem das suas dores e reclamando da quantidade de consultas que o convênio libera; gestantes falando sobre a hora do parto. Literalmente, sala de espera de laboratório não é um bom lugar para se fazer amizades.



Pego meu celular e vou dando uma lida no meu exemplar de Os Miseráveis de Victor Hugo, que para mim, é o melhor livro escrito até hoje. Os minutos passam e percebo uma certa agitação dentro da sala de coleta, vejo Pâmela saindo da

sala e solicitando que a atendente chame uma ambulância.



— Aconteceu alguma coisa, Pâmela? — pergunto, me aproximando.

— A Dulce desmaiou. Preciso levá-la ao hospital. Estou de carro, será que tem como você levá-la para mim ou ir a acompanhando na ambulância?



Sem ao menos pensar, aceno positivamente a cabeça. Sei que não as conheço direito, apenas trocamos algumas palavras, mas me senti muito à vontade com elas. Em cinco minutos, a ambulância já está na porta do laboratório. Vou com a Dulce na ambulância e a Pâmela vai dirigindo o minúsculo carro dela. Chegamos ao hospital e entramos direto na emergência. Passo-me por irmão dela e então posso ficar a acompanhando. Por sorte, a Pâmela havia me dado os documentos da Dulce, senão estaria numa enrascada.



Assim que o médico termina de examiná-la, se dirige a mim, dando-me permissão para ficar ao lado dela e me dizendo para não ficar preocupado, que foi apenas uma queda de pressão. Que óbvio. Fico observando-a enquanto ela, lentamente, vai se recuperando do susto. Sei que é estranho dizer isso, mas me sinto bem em estar aqui, sendo o acompanhante de uma moça linda e desconhecida. Pâmela se junta a mim no instante em que Dulce abre seus olhos verdes. E que olhos... É de uma

cor tão intensa, que me passa tranquilidade e receio. Ela me parece tão frágil e tão forte, tão menina e tão mulher. Estou nos meus devaneios, quando a ouço dizer:



— Muito obrigada, Apolo, aposto que agora tem mais de quarenta pessoas na sua frente.



Eu nem se quer estou preocupado com meu exame, tudo o que eu quero, é apenas acompanhar as meninas até em casa e pensar no que o destino está preparando para mim.



— Não se preocupe com isso, Dulce.

— Nega, que vexame foi aquele? Desmaiar e ter que sair levada por uma ambulância... E olha o curativo que a enfermeira colocou no seu braço! Me lembro que colocavam curativo das princesas em mim quando eu tinha tipo... cinco anos.

— Obrigada pela parte que me toca, Pâm. E só para constar, eu estou morrendo de vergonha e ainda gosto muito das princesas.



Rimos muito da Pâmela brincando com a Dulce, até que, uma hora depois, somos liberados porque ela já está de alta hospitalar. Saindo do hospital, lembro-me que estou sem carro. Paro de acompanhá-las no mesmo instante que a Pâmela abre a porta do seu carro miniatura para a Dulce  entrar.



— Você não vem, Apolo? A Dulce pode ir sentada atrás já que suas pernas são mais compridas que as dela. Pode ser, Dulce?

— Não quero atrapalhar vocês, posso pegar um táxi. Espero vocês um dia desses no meu escritório para um café.

— Vamos, Apolo, o carro é pequeno, mas é como coração de mãe, sempre cabe mais um.



Vejo o semblante de cansaço estampado no rosto da Dulce e resolvo não forçar a barra. Decididamente eu iria de táxi, e, ansiosamente, esperaria que um dia voltássemos a nos encontrar. Ligo para um táxi e aguardo cerca de dez minutos até ele chegar. Andamos por algum tempo até chegar ao meu escritório. Percebo as luzes acesas e já passam das cinco horas da tarde, Valéria deve estar me esperando. Eu entro, ela vem até a mim me perguntar sobre o exame, conto tudo para ela, que me ouve pacientemente. Só aí me dou conta que não peguei o contato das meninas. E agora, só o destino se encarregaria de fazer com que nos encontrássemos de novo. E para minha sorte, eu acredito em destino.

 




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Autor(a): Bea Tinoco

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • rosana_daiane_ Postado em 11/12/2019 - 17:02:24

    Tem continuação????

  • Nat Postado em 15/11/2017 - 10:49:39

    Bea Tinoco, vc não vai mais continuar a história!? Por Favor! Não desiste! Eu queria muito saber o final! CONTINUA, por favor!*-*

  • Nat Postado em 08/09/2017 - 20:14:24

    Não acredito que o Christopher teve participação no trauma da Dulce! Meu Deus! CONTINUA!*-*

  • Nat Postado em 25/08/2017 - 20:06:49

    Por favor CONTINUA! Quero saber quem esta mandando essas coisas para o Christopher! Tadinhos não acredito que eles terão que fazer uma matéria sobre o "boa noite cinderela"! Eu também achei que o Christopher ia aceitar a ideia de ele e Dulce se conhecer melhor antes entrarem em um relacionamento, mas o burro nem pensou nessa possibilidade! Ele tem controlar! Magine se por um acaso ele dá o remedinho pra Dulce!? Mesmo que ele não fizesse nada com ela, acho que ela nunca o perdoaria! Tem como vc fazer maratona!?(claro, se vc tiver tempo pra postar bastante capítulos)*-*

  • raissaperroni Postado em 22/08/2017 - 22:59:20

    Cadê você? Não desiste não, aparece

    • Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:47:09

      oi raiii, nao desiti nao flor!

  • Nat Postado em 21/08/2017 - 16:20:54

    Cadê vc!? Por favor não me diga que vc desistiu de postar! Continua por favor!*-*

    • Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:46:49

      Oi nat, nao desiti nao .contiuando

  • tahhvondy Postado em 21/08/2017 - 11:29:16

    continua amando

    • Bea Tinoco Postado em 24/08/2017 - 20:46:18

      Oi flor!! continuandoo

  • Nat Postado em 18/08/2017 - 14:44:56

    Fiquei com peninha do Christopher, mas acho que ele foi muito precipitado! Acho que os dois deviam começar a resolver os fantasmas do passado e aos poucos ficarem juntos! A Beatriz é confiável!? Como o Apollo e o Christopher se conheceram!? A Dulce vai descobrir o vicio esquisito que o Christopher tem!? CONTINUA!!!*-*

  • raissaperroni Postado em 18/08/2017 - 13:33:30

    estou com pena dele tbm, acho que depois desse bolo ele não vai mas querer toca no assunto de namoro com a dulce, ele deve voltar a tratar ela mal

  • raissaperroni Postado em 18/08/2017 - 13:17:34

    estou tremendo Muito, sinto que alguma coisa muito ruim vai acontecer. quando a mãe não gosta nunca da certo. só me diga uma coisa, vai ter um final feliz entre vondy?


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