Fanfic: Nós vamos sobreviver! (hiatus) | Tema: Drama, Zumbis, Sobrevivência, Terror, Romance

Era uma manhã de março, a poucos dias de meu aniversário. Assim como toda manhã eu estava na escola. Terceiro ano, formatura, trabalho e faculdade. Era tudo em que eu conseguia pensar enquanto olhava pela janela de minha sala de aula. O professor estava a frente do quadro, dando sua aula, porém tudo que ele dizia, apenas ecoava e sumia em minha cabeça. Toda minha preocupação sobre tudo não me deixavam prestar atenção em outra coisa. "O que eu vou cursar?" " Será que conseguirei trabalhar e fazer faculdade?" "E se eu não conseguir alcançar meus objetivos?" "Será que devo abandonar o trabalho?". Essas eram as únicas frases que vinham na minha cabeça, mas todo esse pensamento foi interrompido por causa da inspetora do colégio. Ela nos disse que todas as turmas da escola deviam ir até o auditório, pois a diretoria havia algo importante parada dizer. Mas mesmo depois de dar o aviso, eu continuava sentado em minha cadeira, olhando pela janela e perdido em meus pensamentos novamente enquanto todos da sala recolhiam suas coisas e saiam da sala.

Kevin? - Disse Victoria olhando para mim - Você não ouviu a inspetora? Devemos ir para o auditório.

Victoria era uma aluna famosa na escola, diferente de mim. Ela era representante de nossa turma e a mais inteligente também, alguma coisa me dizia que ela não gostava muito de mim. Mas diferente do que vocês possam imaginar, ela não era uma nerd, na verdade ela era muito diferente. Seus cabelos eram longos e pretos, seus olhos castanhos, e sua pele era branca. Ela não era muito alta, tinha cerca de 1,60 de altura. Apesar de tudo, ela era bem bonita, e claro, assim como sempre, ela tinha um namorado. Além disso, Victoria sempre teve uma personalidade forte, assim como uma enorme mania de mandar nas pessoas. Apesar de nós dois não conversarmos muito, nós nos conhecíamos bem, afinal estudamos juntos desde a sétima série.

Sim, eu já vou. - Respondi enquanto continuava a olhar para a janela -

É mesmo? - Disse Victoria cruzando os braços - Então eu ficarei aqui até você sair da sala.

Faça o que quiser, senhora representante - Respondi enquanto apoiava o queixo sobre minha mão fechada -

Você é idiota, Kevin? - Victoria sentava em cima de uma das mesas enquanto dizia isso - Você sempre foi assim, né? Sempre tocou o foda-se para tudo e todos em seu redor, por quê?

Nesse momento, eu me levantei de minha cadeira e comecei a recolher minhas coisas. Após terminar de recolher tudo, coloquei uma das alças da mochila em meu ombro direito e a respondi.

Não é que eu não ligue para as pessoas ao meu redor, só não perco meu tempo com quem não vale a pena.

Comecei a caminhar em direção a porta da sala de aula, então Victoria se levantou da mesa em que estava sentada e me acompanhou. Os corredores da escola estavam cheios de alunos, uns indo para o auditório e outros não. Ainda ao meu lado enquanto descíamos a escada, Victoria pergunta:

Quem não vale a pena, não é? - Enquanto dizia, Victoria olhava fixamente para os degraus da escada - Eu estou entre essas pessoa, não é? Quer dizer, você nunca puxou assunto comigo nem nada.

Tá de brincadeira, não é? - A respondi olhando para seu rosto - Vic, você sempre me odiou, sempre me olhou com um olhar de desgosto.

Sério? - Ela olhou para mim com os olhos arregalados - Não foi de propósito! Juro! E... Espera, eu escutei direito? Você me chamando de Vic? 

O que foi? - A respondi com um sorriso - Não é assim que todos te chamam?

Ela começou a rir e olhou para frente enquanto colocava seu cabelo por trás de sua orelha esquerda. Obviamente estava envergonhada. Por conta de toda vergonha, o resto do caminho até o auditório foi em completo silêncio. Chegando no auditório, vimos que ele estava completamente lotado, não havia nem mesmo lugar para sentar. Quase não havia lugar para entrar. Mas nós conseguimos, estávamos de pé ao lado da porta. Não demorou muito para que a diretora subisse no palco e começar a falar.

Pedi para que todos se reunissem aqui porque há algo estranho acontecendo na cidade - Disse a diretora ajeitando seu óculos - Pode parecer loucura, mas... Atos de canibalismo estão ocorrendo em toda cidade. 

Todo o auditório começou a falar assim que ela terminou a frase, então a inspetora subiu ao palco também e pediu por silêncio enquanto batia palmas. 

Enfim, - Continuou a diretora - não podemos chamar a polícia ou até mesmo nos conectar com a internet, isso porque as redes estão completamente lotadas. 

O que devemos fazer então? - Gritou um aluno que estava no fundo do auditório - Vai nos mandar pra casa?

Não, claro que não. - Respondeu a diretora - É perigoso demais. Eu pensei nisso, mas soube que os ataques estão cada vez mais constantes, por isso não vou mandá-los para casa. Nós vamos ficar na escola, não importa quanto tempo, vamos ficar aqui até alguém chegar. 

E novamente todo o auditório começou a falar. Quase todos estavam questionando a decisão da diretora. Alguns pegaram seus celulares e começaram a tentar ligar ou tentar contato com alguém, mas parecia que ninguém conseguiu.

Nós temos família, sabia? - Gritou uma aluna - Precisamos saber se eles estão bem, e você quer nos manter aqui? O que nos impede de simplesmente sair por aquela porta?

Eu entendo, - Respondeu a diretora - mas isso é para o bem de vocês. E, enquanto estávamos aqui, pedi para que os funcionários fechassem a escola. Nem mesmo acesso ao pátio vocês terão.

Foi inteligente o que a diretora fez, afinal, fora o pátio, o resto da escola era completamente fechada. Na verdade, nem tudo era fechado, haviam algumas sacadas no segundo andar, mas nada além disso.

Ei, Vic! - Eu disse enquanto a cutucava e o resto do auditório conversava e gritava - Onde sua família está?

Meu pai e minha mãe estão trabalhando, - Respondeu ela enquanto guardava seu celular no bolso - e meu irmão está fazendo intercâmbio fora do país. E a sua? Está na cidade?

Bom... - Respondi enquanto coçava a cabeça - Você não deve saber, afinal não conversamos muito, mas meus pais morreram num acidente de carro quando eu tinha três anos. E bem, meu irmão é bombeiro, então acho que ele está bem.

Desculpa Kevin! - Disse Victoria enquanto balança suas mãos - Eu realmente não sabia! Não queria te fazer lembrar de algo como isso...

Naquele momento Victoria abaixou sua cabeça olhando fixamente para o chão.

Não se preocupe - Respondi - Sabe, quando meus pais morreram meus tios adotaram eu e meu irmão, e meu irmão sempre cuidou de mim. Mas vejo que está preocupada com seus pais, não é?

Sim - Respondeu ela ainda olhando pro chão e cruzando os braços - Eles trabalham bem no centro da cidade, as coisas devem estar bem pior por lá.

Seja otimista! Não pense no pior... - Disse enquanto apoiava minha mão no ombro dela -

Tem razão, talvez eu devesse me preocupar comigo mesma, afinal, olha a nossa situação aqui. 

Então, o que devemos fazer? Sabe, você é mais inteligente com essas coisas.

Não sei ao certo Kevin, mas as coisas aqui com certeza não irão durar muito mais. - Disse Victoria - Talvez devêssemos encontrar nossos amigos. 

Certo então - Disse eu enquanto saia do auditório - Vou atrás do Joe e Evelynn, porque não vai atrás do Terry?

Certo, vou indo.

Evelynn começou a estudar comigo no primeiro ano até o segundo. Ela sempre foi uma pessoa misteriosa, mesmo com a gente conversando todos os dias eu não sabia muito de sua vida. Seu cabelo era ruivo, seus olhos eram verdes bem claros e sua pele era branca. Admito que sentia algo sobre ela, e com certeza era por conta de seu ar misterioso. Joe era um amigo de infância, eu o conhecia desde o primário. Ele é uma pessoa leal, em nossas brigas sempre estávamos juntos. Seu cabelo era castanho e seus olhos também, além disso, Joe tinha uma pequena cicatriz em forma de corte em seu queixo, marca de uma briga nossa... Terry era namorado de Victoria, assim como eu era com a Vic, eu não conversava muito com ele, então não sabia muito sobre o mesmo, exceto sobre sua aparência. Seu cabelo era loiro e seus olhos eram verdes, além disso, ele sempre usava um cordão com um pingente em forma de pedra, não sabia bem o que era aquilo. Após encontrarmos nossos amigos, nós fomos para uma sacada que havia no segundo andar da escola e dava vista para o pátio. E lá se passaram três horas. Já era meio dia, nem percebemos as horas passarem, ficamos conversando o tempo todo. Joe não estava com a gente no momento, ele havia ido beber um pouco de água. A diretora ainda não havia mudado de ideia sobre nos trancar na escola, o que me preocupava cada vez mais.

Não aguento mais, - Disse Terry enquanto se debruçava na sacada - preciso sair daqui, esse lugar já está me enlouquecendo. Preciso saber como minha família está...

Tá ficando maluco, não é? - Disse Victoria - Você tá a fim de morrer, Terry? Olha, também estou preocupada com minha fam-

Victoria havia sido interrompida por um soar de sirene cujo ecoava entre os quarteirões.

Espera, estão escutando isso? - Eu disse enquanto me levantava e olhava pela sacada -

Será o seu irmão, Kevin? - Disse Evelynn enquanto olhava para mim -

Não... não pode ser - Respondi - Não se parece com uma sirene de bombeiro...

Tem razão, - Disse Victoria enquanto alternava olhares entre as casas cujo ficava em frente a escola como se estivesse procurando de onde estava vindo a sirene - se parece mais com a sirene de uma viatura...

E então a sirene para, e logo após disso uma sequência de barulhos é criada, como se o veículo que estava emitindo o som tivesse batido.

Só pode estar de brincadeira... - Disse Terry enquanto fechava as mãos para dar um soco no muro da sacada - ESSES JUMENTOS NÃO SABEM DIRIGIR!?

Calma! - Disse Evelynn - É o primeiro sinal que temos de alguém desde que a diretora nos avisou do que tava acontecendo, é um bom sinal, não é?

Não, não é. - Respondi enquanto cruzava os braços - Isso significa que o caos está chegando até nós.

O que quer dizer? - perguntou Victoria - 

Pensa bem, eles bateram, é obvio que algo tinha algo de errado com eles. Isso só pode significar que... as coisas ficarão piores aqui também, quero dizer, nossa escola é bem afastada do centro da cidade, então, talvez seja por isso que não escutamos nada até agora... até agora... Mas, acho que isso vai mudar.

Tem razão... - disse Terry enquanto olhava para o chão debaixo da sacada - Precisamos sair daqui.

Você só pode estar ficando maluco Terry! - Disse Victoria enquanto segurava nos braços de Terry - Lá fora é perigoso, não vê isso? Porra, policiais acabaram de bater o carro, POLICIAIS!

Mesmo que quiséssemos sair, como faríamos? - Perguntou Evelynn -

Podemos pular... - sugeriu Terry -

Nesse momento alguém se aproximou no portão do pátio da escola, tal pessoa estava machucada, suas roupas estavam cobertas de sangue e rasgadas. Ele andava lento. Enquanto se aproximava do portão do pátio, pude notar mais detalhes. Sua bochecha direita estava completamente destroçada, era possível ver os ossos de seu maxilar e seus dentes.

Olhem... - Disse enquanto apontava para tal pessoa -

Meu deus... ele está ferido, precisamos ajudar! - Disse Victoria enquanto se posicionava para começar a correr -

Espera! - Disse Terry segurando o braço direito de Victoria - Olhe bem... ele não pede por ajuda, e está completamente machucado... E seu olhar... sabe, parece que ele nem mesmo está consciente... é estranho.

Parece um zumbi...

Quando disse isso os três olharam para minha cara estranhando o que eu disse. Então tal pessoa se escorou no portão, como se estivesse tentando entrar, porém, é como se ele não fizesse ideia de como abrir o portão. Ele estava apenas empurrando o portão usando seu corpo. Mas, de alguma forma, ele respondia aos barulhos que saiam da escola devido a quantidade de conversas que ali acontecia. Seus olhos ficavam focados aos lugares que mais faziam barulho.

Ei! Viram quem está no portão ? - Disse Joe enquanto se aproximava com pressa - O pessoal do segundo ano avisou a diretora, aparentemente ela vai mandar alguém até lá.

Isso não é bom, - Eu disse enquanto batia os pés no chão - não mesmo.

Ah, o pessoal da turma 3C estão querendo sair da escola a força, - Disse Joe enquanto se escorava no muro da sacada - eles disseram que farão isso caso a diretora não abrir os portões até as 14 horas. 

Então, três funcionários do colégio foram até o pátio. Sem se aproximar muito da pessoa, eles começaram a gritar com ele exigindo para que  fosse embora, mas não adiantou muito, o cara não apresentou nenhuma reação além de gemer e continuar empurrando o portão com o corpo. Não satisfeito, um dos funcionários abriu o portão e saiu para o lado de fora da escola. Os outros dois ficaram apenas olhando e segurando o portão. Então o funcionário ainda do lado de fora continuou a gritar exigindo que fosse embora. Andando lentamente, e com o olhar fixo no funcionário, o ferido vai em direção ao funcionário. O funcionário avisava para ele se afastar. Quando o ferido se aproximou demais, o funcionário deu um soco na cara dele, sem muita reação, o ferido apenas vira sua cabeça e volta a andar em direção ao funcionário, após isso, ele agarra o braço do funcionário e o morde no pescoço. Mesmo estando de longe, foi possível ver a face de dor do funcionário. A reação dos outros funcionários, e até mesmo a nossa foi de pavor, simplesmente não acreditávamos no que estava acontecendo. Então, o funcionário cai no chão, provavelmente já morto. E então ele começa a ser devorado. Os outros funcionários com medo, não tem outra escolha a não ser trancar o portão novamente. Com certeza eles queriam ajudar o amigo, mas o medo os impedia de fazer isso. Então, os outros dois funcionários decidem voltar para dentro da escola. E então todo o falatório e barulho que vinha de dentro da escola aumenta cada vez mais.

É... aquilo com certeza é um zumbi! - Eu disse enquanto olhava o funcionário ser devorado - PORRA, AQUILO É UM ZUMBI!

Gente, a hora é agora! - Disse Terry enquanto se preparava pra pular da sacada - 

Hora de que? - Perguntou Joe -

Terry, espera! Mesmo se nós conseguíssemos sair, pra onde iríamos? - Perguntou Victoria - 

Kevin! Sua casa! - Sugeriu Evelynn - Ela é a mais perto daqui, são apenas dois quarteirões!

Sim... podemos ir para lá. - Respondi -

O que estão esperando então? Pulem! - Disse Terry enquanto pulava da sacada -

Logo após de Terry pular foi a vez de Evelynn, seguido de Joe, e após Victoria. Porém, ao aterrissar, Victoria não caiu de um jeito favorável, o que fez com que ela acabasse torcendo o tornozelo e caísse no chão.

O que aconteceu? - Perguntou Terry enquanto levantava Victoria -

Acho que torci meu tornozelo... - Disse Victoria enquanto massageava seu tornozelo -

Logo após isso eu pulei. Terry ficou encarregado de cuidar de Victoria enquanto íamos na frente. Chegando numa das grades do portão, eu sugeri para que Joe ajudasse o Terry a levantar a Victoria para pular o portão, então ele fez, e enquanto isso eu ajudava Evelynn. Pulamos com sucesso, porém, o zumbi que estava devorando o corpo do funcionário da escola começou a andar em nossa direção. 

Não podemos perder tempo... - Disse Terry enquanto passava o braço de Victoria em volta de seu pescoço - PRA ONDE KEVIN?!

Nossa, que estres, me sigam.

E assim começamos a caminhar para chegar em minha casa. Assim que entramos na primeira rua, já era possível ver alguns zumbis, mas eles não estavam nos dando atenção, provavelmente não tinham nos visto ainda. Eram três deles, dois no meio da rua, e um na calçada que estávamos. Nos posicionamos atrás de um carro para bolar uma estratégia para passar por eles.

Certo, o que vamos fazer? - Perguntou Evelynn - Alguma ideia?

Eu tenho uma, mas... - Eu sugeri - é bem louca. É o seguinte, eu vou pro outro lado da rua, e vou fazer barulho, deve funcionar, julgando pelo outro zumbi que vimos. Enfim, assim que eles passarem vocês correm, ok?

Todos haviam concordado com o plano. E então, fiz um movimento para começar a correr.

Mas espera! - Disse Evelynn segurando minha blusa - E depois? Como vai sair de lá?

Simples, eles são lentos, eu não. - Respondi com um sorriso -

E então eu avancei para o outro lado da rua ainda sem atenção dos zumbis. Eu bati algumas palmas, e eles olharam pra mim. Seus olhares eram vazios, completamente sem vida. Não demorou muito para eles avançarem em minha direção ainda lentos e soando gemidos. Então fui me afastando andando de costas. Já podiam ir, os quatro, os zumbis já estavam longe de onde eles estavam. Então eles começam a andar e ainda sem fazer nenhum barulho. Conseguiram, já estavam longe o suficiente para que eu pudesse parar de distraí-los. Eu poderia dar a volta por outra rua, mas era arriscado, pois eu poderia me encontrar na mesma situação. Dois dos zumbis estavam juntos, um do lado do outro se esbarrando, e o outro estava na rua, quase chegando na calçada onde eu estava. Num movimento de impulso eu corri para o outro lado da rua, ou melhor, para a outra calçada. O zumbi que estava na rua tentou me agarrar mas a tentativa é falha, e com isso ele perde o equilíbrio e cai no chão. Continuei correndo, em direção aos outros que estavam me esperando na esquina. 

Isso foi incrível, cara! - Disse Joe enquanto eu me aproximava - 

Eu sei! - Respondi com uma respiração funda - Mas nunca mais quero fazer novamente....

Kevin, sua casa é naquela rua, certo? - Disse Terry enquanto apontava para a esquina a nossa frente - Olha, chega de brincadeiras, Victoria não pode correr, e não quero que o Kevin se arrisque assim de novo, então vamos seguir com mais cautela, ok? 

Certo... Estamos com sorte, não vejo nenhum outro zumbi. - Eu disse olhando para as ruas ao nosso redor - 

Vamos então - Disse Joe quando começou a avançar -

Chegamos na esquina de minha rua sem nenhum problema, já era possível ver minha casa. Mas não foi isso que nos chamou a atenção. Haviam outros zumbis em minha rua, porém dessa vez em número maior. Eles estavam espalhados pela rua, além disso estavam um pouco mais a frente de minha casa. Não havia como distrai-los ou avançar até minha casa. Então nos agachamos na esquina de minha rua para pensar novamente.

E agora? - Perguntou Terry enquanto olhava para nós - 

Não sei, - Respondi - Estamos um pouco limitados aqui....

Tive uma ideia, estão vendo aquele carro? - Perguntou Evelynn apontando para um carro que estava próximo a minha rua - Estão vendo a luz dele piscando? É um alarme... Essas coisas reagem pelo som, independente do que seja certo? Se fizermos esse alarme tocar eles seriam atraídos para lá e então poderíamos passar.

Deixa isso comigo - Disse Joe pegando uma pedra pesada - Deitem no chão, por mais que eles reajam ao som, se eles nos virem, provevelmente virão até nós.

Os zumbis que passamos estão nos seguindo - Disse Vic olhando para a rua que passamos - Precisamos ser rápidos!

Então Joe arremessou a pedra no vidro da frente do carro, fazendo ele em pedaços. O alarme começou a tocar, e rapidamente os zumbis começam a se mover até eles. Devido a falta de barulho do local onde estávamos, o som do alarme começou a ecoar de quarteirão em quarteirão. Mas, não nos preocupamos com isso no momento, simplesmente corremos até minha casa. Logo entramos. Assim que chegamos na sala todos se jogaram no sofá aliviados. Fui para o banheiro pegar algumas coisas para Victoria e entreguei a Terry, não demorou muito para que ele colocasse algumas ataduras em seu tornozelo. Se passaram mais alguns minutos e o alarme do carro finalmente parou de tocar. Logo fui na janela para ver como estava a situação.

Então... pessoal... venham até aqui, olhem pela janela - Disse enquanto acenava -

Minha rua tinha estava infestava de zumbis, eu podia contar 10, e mais próximo ao carro, os números triplicavam.