Fanfic: Nós vamos sobreviver! (hiatus) | Tema: Drama, Zumbis, Sobrevivência, Terror, Romance

Que merda foi aquela? -Perguntou Chirs olhando para nós -

É... eu também queria saber - Respondeu Amanda indignada -

Evelynn, podemos ir embora? - Perguntou Chris -

Acho que sim... - Respondeu Evelynn virando e olhando para sua mãe - Não há muito mais o que fazer agora.

Tá ficando maluco, Chris? - Perguntei - Viu como aqueles caras estavam bem armados? Viu como eles eram ruins? Se nós batermos de frente com eles... não vai dar bom.

Kevin tem razão, não podemos sair agora. - Disse Amanda -

Podemos ao menos esperar lá em baixo? - Disse Evelynn voltando a olhar triste para sua mãe -

Claro, vamos. - Respondeu Chris -

Descemos e esperamos na sala de estar. Chris e Amanda não paravam de olhar pela janela, eu estava encostado na porta que dava ao corredor, enquanto Evelynn estava calada sentada no sofá e olhando para o teto. Evelynn não disse uma palavra em momento algum, já haviam se passado dez minutos e ela não havia falado nada. O impacto da morte de sua mãe obviamente foi forte. Dez minutos tinham se passado. Olhando pela janela, era possível ver que os zumbis já estavam chegando em nossa rua devido os gritos que o homem deu. 

Está na hora de ir. - Disse Chris pegando o rifle -

Então, todos nós começamos acompanhá-lo. Assim saímos da casa. A maioria dos zumbis estavam longe, apenas dois mostravam perigo pois um estava na frente do carro e o outro na porta do motorista. Um pouco a frente do carro era possível ver o corpo do homem que foi atropelado. Ele estava completamente torto, como se não sobrasse nenhum osso inteiro em seu corpo. Ele ainda estava de olhos abertos, porém morto. Sangue saia de sua boca, nariz e ouvidos. Logo que saímos da casa, os zumbis nos viram e começaram a andar em direção a nós. 

Kevin, eu cuido do que está dando a volta por trás do carro, você pega o da frente, ok? - Disse Chris - Amanda, abra o carro e Evelynn fique atrás de Kevin. - Disse Chris jogando as chaves do carro pra Amanda -

Então comecei a andar em direção ao zumbi.  Ele já esticava os braços para me pegar. Usando a parte de metal do meu machado, eu o empurrei forçando o machado em seu peito. Não foi o suficiente para que o zumbi caísse no chão, mas ele ao menos se desequilibrou. Aquilo já bastava. Segurei o machado com mais firmeza e o ataquei. Eu o acertei na parte de cima de sua cabeça cujo estava baixa. Diferente de antes, o golpe foi tão forte dessa vez que eu tive dificuldades pra retirar o machado da cabeça de zumbi. Não demorou muito para que o chão fosse sujado pelo seu sangue podre. Olhei para trás, e vi Evelynn. Sua face era de era de nojo e medo, ela tapava a boca com sua mão enquanto tentava evitar olhar aquilo. Era normal, já que foi a primeira vez que ela viu algo daquele tipo. Após isso, Amanda vem em nossa direção dando a volta no carro e abrindo a porta do motorista. Olhei para Chris e ele estava indo em direção ao zumbi. Ele não perdeu tempo, acertou um chute no peito do zumbi fazendo com que ele caísse de costas no chão na hora. Novamente Chris pisa no peito do zumbi evitando que ele levantasse. Mas dessa vez Chris não mata o zumbi imediatamente. Por alguns segundos Chris olha para o zumbi, como se estivesse preparado pra descontar sua raiva em cima dele. Naquele momento, eu percebi que, mesmo não conhecendo a mãe de Evelynn, ele ficou ressentido pelo o que aconteceu a ela. E então ele puxa uma faca de sua cintura. O zumbi começa a agarrar sua perna, como se estivesse tentando fazer Chris tirar o pé de cima dele. Então, Chris acerta uma facada no meio da testa do zumbi. Aos mãos do zumbi que estavam agarrando a perna de Chris imediatamente amolecem e caem. Mesmo com outros zumbis andando em nossa direção nós conseguimos entrar dentro do carro. Então, Chris liga o carro e começa a acelerar. Conseguimos sair ilesos. Ficamos calados durante a alguns segundos. Até que Amanda percebe que Chris entrou numa rua diferente, e então pergunta:

Chris, pra onde estamos indo?

Pra um posto de gasolina. - Respondeu Chris - Não temos combustível suficiente para voltar. 

Tá brincando, não é? - Perguntei -

Infelizmente não... - Respondeu Chris com angústia -

Vamos fazer isso da maneira mais rápida possível, ok? - Disse Amanda -

O que sugere? - Perguntou Chris -

Trouxemos três galões, eu, Kevin e...

Amanda olhou para Evelynn e viu que ela nem estava prestando atenção. Viu que ela estava olhando pela janela, sem reação alguma a nada.

Bem, - Continuou Amanda evitando a falar o nome de Evelynn - Eu e Kevin enchemos os galões, você enche o tanque do carro, ok?

Parece bom. - Respondeu Chris - Mas quando chegarmos lá, fiquem atentos. Ok?

Certo. - Respondemos - 

Então continuamos em direção ao posto de gasolina. Diante todo caminho Evelynn não disse nem uma palavra e nem parou de olhar pela janela. Eu me sentia mal, afinal, nunca tive pais, então, não fazia a menor ideia de como confortá-la. Chegando no posto, não havia nada que demonstrasse problema. Nenhum zumbi, nenhum predator. Então saímos do carro e pegamos os galões. Evelynn estava dentro do carro e Chris já tinha começado a encher o tanque, até que... Um choro, parecia muito com o de uma criança, um choro é emitido por uma das mercearias que haviam no posto. Apesar de ser dia, o lado de dentro da mercearia estava completamente escuro, pois não tinha energia.

Escutaram isso? - Perguntou Amanda -

Sim... - Respondeu Chris - Parece muito com uma criança.

Devemos ir olhar? - Perguntei -

Melhor não... - Respondeu Chris -

Chris... é uma criança. - Disse -

Droga... - Disse Chris receoso - vamos. Mas fiquem em alerta.

Preparei a escopeta e comecei a mirar em direção a mercearia. Andávamos com cautela, seja por conta do medo ou segurança. Quanto mais nos aproximávamos, mais alto o choro ficava. As portas da mercearia eram de ferro, com pequenos ladrilhos de vidro e automáticas. Devido a falta de energia na mercearia, apenas parte das portas estavam abertas, fazendo com que só pudéssemos passar de lado. Com uma certa dificuldade nós conseguimos entrar. O choro ficava cada vez mais alto. Haviam três corredores separados por prateleiras em nossa frente cujo estavam completamente saqueadas, sabíamos que não podíamos perder tempo, afinal, o choro poderia atrair zumbis. Então decidimos que cada um procuraria em um corredor. Amanda sacou uma faca cujo estava com ela. Chris prendeu seu rifle nas costas e tirou sua Beretta do coldre. Eu continuei a mirar com minha escopeta. Então começamos a andar pelos corredores. Apesar das prateleiras estarem nos separando, nós andávamos um do lado do outro para manter uma distância segura. Passo após passo, conforme andávamos pelos corredores, nós percebemos que o choro vinha de trás do balcão. Sem pensar duas vezes fomos até lá. Ao sair dos corredores ficamos um do lado do outro. Olhamos para o balcão e começamos a nos aproximar. Estávamos bem na frente do balcão, quase encostando nele, sua vitrine estava complemente quebrada, e o chão sujo de sangue seco. Mas o choro parecia vir do chão, então nós nos aproximamos um pouco mais, e com os mesmos movimentos nos encostamos no balcão e começamos a mirar para baixo. Ali estava a causa do choro. Assim que percebeu nossa presença aquela coisa parou de chorar. Era do tamanho de uma criança de 6 anos, mas era completamente cinza e careca, tinha a cabeça e olhos brancos enormes. A escuridão, o choro, todo o clima do lugar fez aquilo ficar assustador. Bem lentamente aquela coisa começa a vira para nós. Ela não chegou a olhar para nós durante dois segundos e soltou um grito. Era alto e perturbador. Aquele grito com certeza ecoou pela mercearia, deixando o som mais alto, e por vários quarteirões. Nossa primeira reação foi tapar os ouvidos e apertar os olhos numa tentativa de diminuir a perturbação que aquele som causava. O grito foi suficiente para me deixar com tontura, visão turva e uma insuportável dor de cabeça. Tentei mirar naquela coisa para atirar, ao menos afastá-la, já que enquanto gritava ela não se movia. Mas a escopeta parecia mil vezes mais pesada. Então Chris levanta sua Beretta e começa a mirar. Ainda tampando um dos ouvidos ele atira. O som da arma perto do grito parecia com um pequeno estalo, como se eu estivesse estalando os dedos. Ele acertou na perna daquela coisa. Diferente de tudo que tínhamos visto até agora, aquela coisa reagiu a dor, ela deu um grito de dor, olhou para nós e depois fugiu para uma porta que havia do outro lado do balcão. Rapidamente voltamos a mirar. Mas não avançamos. Ainda mirando, começamos a andar de costas, porém dessa vez todos no mesmo corredor. Chegando perto da porta da mercearia, nós ouvimos um gemido, não, era diferente de um gemido, era muito mais furioso. Então viramos novamente para a porta da mercearia e olhamos para o lado de fora. Ali estava, era um Predador, ele correu até a porta da mercearia e chocou com ela com extrema força. Ele tentou entrar, mas devido a falta de inteligência que ele enfrentava, apenas um de seus braços passavam pela porta, seu braço balançava, como se estivesse tentando nos pegar ou nos ferir. De alguma forma, o predador fez com que a porta se fechasse um pouco mais. O que antes passava nosso corpo de lado, agora só passa nosso braço.  Evelynn saiu do carro, mas não se aproximou. 

NÃO VENHA EVELYNN! - Gritei ainda mirando para o Predador - O que vamos fazer? - Perguntei olhando para Chris -

Não temos escolha... - Respondeu Chris - Vamos matá-lo.

E depois? Como vamos sair? - Perguntou Amanda -

Depois de Amanda perguntar, todos ficaram calados e pensativos.

Já sei... As ferramentas... - Disse - As ferramentas que estavam no porta malas do carro! Lembra? Eu as coloquei quando veio nos buscar...

Entendi... - Disse Chris - Podemos forças a porta colocando um pé de cabra entre elas, assim ela abriria... 

Nesse momento, alguns zumbis começaram a surgir das ruas ao nosso redor.

Kevin... - Disse Chris olhando para mim -

Já sei!

Após responder Chris, atirei com a escopeta no Predador. Dessa vez o coice da escopeta não me fez dar um passo para trás, foi como se ele tivesse sido mais fraco, ou talvez eu já estava esperando por ele. Mais uma vez a cabeça do Predador explodiu, porém seu corpo não havia caído no chão, pois seu braço que estava entre as portas ficou pendurado e não deixava que isso acontecesse. Além disso, o tiro que dei causou um buraco entre as portas.

EVELYNN! - Gritei colocando aos mãos em volta da boca - TEM UM PÉ DE CABRA NO PORTA MALAS DO CARRO, VOCÊ PRECISA TRAZER ATÉ AQUI!

OK! - Respondeu Evelynn gritando enquanto corria até o porta malas -

Enquanto Chris e Amanda tirava o Predador da porta Evelynn trazia o pé de cabra até nós. Assim que chegou na porta da mercearia Evelynn perguntou:

Vocês estão bem? 

Enquanto isso, os zumbis nos cercavam mais e mais.

É estamos... - Respondeu Chris fazendo força para tirar o Predador -

Então... - Disse Evelynn - Isso é um predador? Nojento.

Enquanto conversávamos um zumbi se aproxima de Evelynn. Ele provavelmente estava do lado da mercaria, já que não tínhamos visão dele. Faltando pouco para agarrar Evelynn, eu desesperadamente eu gritei:

Cuida---

Antes mesmo que eu pudesse gritar, Evelynn vira para o zumbi e o acerta com o pé de cabra. Por impulso ou não, foi o suficiente para fazer o zumbi cair. Evelynn aproveita a oportunidade e começa a bater com o pé de cabra na cabeça do zumbi. Foram vários golpes uma após o outro, fazendo com que a cabeça do zumbi praticamente virasse pó. Evelynn ficou tão agressiva que eu nem a reconheci. Após matar o zumbi Evelynn se vira para nós novamente. Seu corpo, roupas e rosto estava sujo de sangue, mas ela não parecia se importar muito com isso, ela me olhava e agia como se nada tivesse acontecido.

Boa... - Disse estranhando -

O que foi? - Respondeu Evelynn com um certo tom de bom humor - Eu também sei ser durona quando é preciso.

Certo... eu percebi - Respondi rindo -

Alguns segundos depois Chris e Amanda conseguiram tirar o Predador da porta. Então Chris pegou o pé de cabra e o colocou atravessado entre as portas. Eu e ele começamos a empurrar para um lado, fazendo com que o outro se abrisse. 

Certo, já é o necessário. - Disse Chris devolvendo o pé de cabra a Evelynn - Podemos passar de lado.

E assim passamos, um após o outro e sem problema algum. Ao sairmos, notei que o número de zumbis a nossa volta aumentou bruscamente. Eram dezenas. Não tínhamos escolha a não ser correr para o carro, mas mesmo assim era arriscado. O carro estava cercado de zumbis, se parássemos para mata-los com nossas armas brancas, os outros zumbis nos cercariam. Cada segundo ali valia ouro.

O que vamos fazer? - Perguntou Amanda olhando para os zumbis ao nosso redor -

Pra que pensar? Vamos correr até o carro, que chance temos? - Disse Evelynn -

Certo... - Disse Chris começando a correr até o carro - Amanda e Evelynn, venham atrás de mim, Kevin... nos dê cobertura e não economize munição.

Então começamos a correr até o carro em fila. Um dos zumbis estava se aproximando de Chris, então Chris mira para ele e atira. Após tomar um tiro na testa o zumbi cai morto. Conforme andávamos, mais e mais zumbis nos cercavam, e agora já não tinha mais volta. Precisávamos chegar até o carro. Quatro zumbis cercavam o carro, dois um pouco a frente de Chris e outros dois bem próximos ao porta malas do carro. Então Chris efetuou dos disparos seguidos, acertando a cabeça de um dos zumbis e o matando, já o outro foi atingido no ombro e continuou avançando até nós. Chris só tinha uma bala na Beretta, e havia três zumbis a nossa frente. Avancei para frente de Amanda e Evelynn para matar os dois zumbis que estavam próximos ao porta-malas do carro. Mirei e atirei, acertei sua cabeça, fazendo com que a parte superior de sua cabeça fosse arrancada e fazendo com que o zumbi caísse para trás devido ao impacto. Após eu ter dado o primeiro tiro, Chris atira novamente, matando o segundo zumbi que estava em sua frente. O lado direito do carro, cujo era o lado do passageiro estava livre. Então Amanda e Evelynn entraram no carro e fecharam as portas. Chris começou a correr pela frente do carro em direção a porta do motorista. Então mirei para o outro zumbi que estava próximo ao porta-malas do carro e atirei. Desta vez acertei o peito do zumbi. O zumbi foi jogado com muita força para trás, como se um cavalo tivesse dado um coice nele. Mesmo não estando morto, o zumbi não apresentava ameaça mais. Então corri para a porta do carro. Eu e Chris chegamos praticamente no mesmo segundo. Assim que Chris fez um movimento para pegar na maçaneta da porta, um grito surge de cima do telhado onde ficavam as bombas de gasolina. O grito veio bem de cima da gente. Era um predador. Sem demorar muito o predador pula em cima de Chris, pronto para encravar suas garras nele, como um leão caçando uma zebra. Pensei em mirar, mas não daria tempo suficiente para mim e Chris fazer isso.Tudo aquilo começou a acontecer em câmera lenta. Então comecei a correr em direção a Chris. Chris olha para mim e acena para que eu parasse, mesmo que eu quisesse, eu não conseguiria. O Predador estava no ar, bem perto de Chris. Foi quando eu me choquei com ele, empurrei o Predador com meu próprio corpo, fazendo com que nós dois caíssemos. Enquanto ainda estava no chão e recobrava os sentidos, percebi que o Predador já estava de pé, em minha frente e pronto para atacar. Ele mirou suas garras em minha cara e afastou seu braço, como se estivesse pegando impulso e força para me atacar. Chris tentou atirar, mas sua arma começou a estalar, a munição de sua Beretta parecia ter acabado.. A única coisa que pensei em fazer foi tentar mirar com a escopeta e atirar no Predador. Mas seria inútil, não dava tempo. Antes mesmo que Chris pudesse pegar seu rifle, Evelynn surge, com suas duas mãos ela segurava o pé de cabra, fez um movimento semelhante a um rebatedor de baseball. Ela acertou, bem na cara do Predador fazendo com que ele recuasse. Foi tempo suficiente para que eu mirasse, mas antes mesmo que eu pudesse atirar, Chris atira. Apesar do rifle não ser tão forte quanto a escopeta, foi o suficiente. O tiro atravessou a cabeça do Predador, fazendo um buraco. Então me levantei, segurei a mão de Evelynn e a puxei até a porta do carro. Conseguimos entrar, todos nós. O número de zumbi em nossa volta aumentou mais uma vez. Amanda ja tinha ligado o carro, fazendo que Chris só precisasse acelerar. Atropelando vários zumbis, o carro balança, como se estivessemos passando por uma rua esburacada. Mas conseguimos sair, são e salvos. Então olhei para a Evelynn e a  abracei. 

Você salvou minha vida, sabia? - Disse sorrindo -

De nada. - Disse Evelynn respondendo ao abraço - Quando precisar é só chamar. 

Chris olha pelo retrovisor do carro e dá um breve sorriso. Começamos o nosso caminho de volta para casa. Durante alguns minutos, nossa viagem foi tranquila. Evelynn finalmente começou a conversar com nós novamente, como se tivesse esquecido de sua mãe. Até que, chegando no fim da tarde, já anoitecendo, chegamos em uma avenida cujo estava bloqueada por veículos pegando fogo, eram cerca de 13 carros. Aquela avenida era essencial para voltarmos para casa, sem ela, não havia volta. Pegamos nossas armas e saímos do carro. Aquilo não parecia ter sido uma explosão ou acidente. O metal dos carros estavam intactos. Com certeza alguém colocou os carros ali e colocou fogo. Sem se afastar um do outro, começamos a andar e procurar alguma brecha na barragem. Amanda nos chamou, ela estava bem próxima dos carros, disse que tinha encontrado algo. Chegando lá, vimos que era uma placa. Estava escrito " A cidade é nossa. Tudo e todos que estão nela também ". Ao lado da frase havia uma faca ensanguentada encravada na placa. Chris se aproximou mais da placa e pegou a faca. Era uma faca de sobrevivência, muito usada por soldados e campistas

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O que vamos fazer agora? - Perguntou Evelynn -

Não temos escolha, - Disse Chris limpando o sangue que tinha na lâmina da faca em sua roupa - vamos voltar. 

Chris não podemos... - Disse Amanda - Quero dizer, vocês viu o que aqueles caras fizeram? Atropelaram um homem a sangue frio, e agora fecharam toda a avenida... 

Como sabe que foram eles? - Perguntou Evelynn -

Quando viemos ontem, nada disso estava aqui. - Respondeu Amanda - E se tivesse sido um acidente, com certeza teríamos escutado.

Não temos escolha, Amanda. - Disse Chris guardando a faca em sua cintura - Não podemos passar, não agora.

Não podemos ficar aqui também. - Disse sentando no capô do carro e cruzando os braços - Se aqueles caras nos acharem... Quem nos garante que fariam o mesmo que fizeram com aquele cara?

Não podemos voltar para nossa casa, - Disse Chris andando até a porta do carro - Vamos para a casa da Ev-

Não. - Disse interrompendo Chris - 

Tem algum plano melhor? - Perguntou Chrisa ndando até  a porta do carro -

Tá vendo aquela torre? - Perguntei apontando para a torre ao longe - O lugar onde ela fica é bem cercado, com cercas, portões e muros altos. Podemos ir para lá.

Vamos tentar. - Disse Chris entrando no carro - Vamos, o que estão esperando?

Então entramos novamente no carro e seguimos em direção a torre. Amanda abriu o porta-luvas, pegou o rádio e com muita interferência avisou a todos o que estava acontecendo. Todos estavam bem. Sem nenhuma ameça. Evelynn olhava pela janela pensativa, já Chris olhava somente para a estrada, mas olhando pelo retrovisor, dava pra perceber que ele estava indignado com tudo que tinha acontecido. 

Berrante... - Disse em voz baixa -

O que? - Perguntou Evelynn olhando para mim -

Esse vai ser o nome daquela coisa que gritou. - Respondi -

Você ainda está pensando nisso? - Perguntou Amanda guardando de volta o rádio no porta-luvas - 

Como não pensar? Eu estou com dor de cabeça por causa daquela coisa até agora. - Respondi coçando a cabeça -

Eu também, - Disse Chris - aquilo foi perturbador.

A minha passou a alguns minutos. - Disse Amanda -

Agora que notei, - Disse Evelynn olhando para o retrovisor - Não chegaram a encher os galões de gasolina, não é?

Droga! - Disse Chris dando um soco no volante - Esqueci disso.

Calma, - Disse Amanda colocando a mão no ombro de Chris - não é sua culpa, aconteceu muita coisa lá trás. 

Acham que o pessoal em casa ficará bem? - Perguntou Evelynn -

Não sei, - Respondi - mas Victoria com certeza vai explodir.

Após eu dizer isso, Evelynn me olhou e deu um breve sorriso. O resto de nosso caminho foi preenchido por silêncio. Assim que chegamos no lugar que eu havia dito, saímos do carro. Os muros eram realmente altos, em seu topo havia uma espécie de cerca com algumas navalhas. O portão estava trancado, porém era possível pular, pois diferente do muro, não haviam cercas. Encostei no portão, me agachei e juntei as mãos, Chris as usou como um degrau, assim pular o portão ficaria mais fácil. Ao se preparar para pular, Chris me pediu para que entrasse e dirigisse o carro, o colocando para dentro assim que ele abrisse o portão. E assim fizemos. Do lado de dentro, havia um enorme campo, preenchido apenas pela torre, algumas caixas de energias e duas cabines feitas por containers. Ao entrar no primeiro container vimos que ele estava completamente escuro, mas após Evelynn encontrar um disjuntor e ligá-lo o lugar se ilumina. Chris foi até o outro contêiner ver o que achava, era uma espécie de armário. Tinha algumas roupas de operários lá, ele trouxe e forramos no chão. Não era muito macio, mas ainda sim era melhor que deitar em puro chão. Por sorte, havíamos deixado um estoque de comida no carro. Aproveitamos o momento de calma e comemos. Já era noite, eu estava de pé olhando pela janela da cabine e os outros estavam deitados, Amanda já tinha caído no sono.

Kevin... quase me esqueci... Seu aniversário é daqui a dois dias. - Disse Chris -

Ah, é verdade Kevin! - Disse Evelynn se sentando animada - Você tinha mencionado!

Sim... - Respondi - E já vou logo avisando, não quero festa surpresa. - Disse com ironia -

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

É estranho, não é? - Disse Evelynn - Tudo que era normal para nós... agora é estranho.

Sim... - Respondi sentando do lado de Evelynn - O mundo mudou.

Sinto falta do meu trabalho. - Disse Chris -

Sinto falta de poder me preocupar com meu futuro. - Disse - E olha que eu odiava aquilo.

Sinto falta de assistir "Burn!". - Disse Evelynn -

Espera, você assistia? - Perguntei animado - 

Vai começar... - Disse Chris se virando para dormir -

É claro que sim! - Respondeu Evelynn empolgada - Aquele anime era foda! Os personagens... o peso da história... os conflitos... Era muito bom!

Eu não fazia a menor ideia que você assistia. - Disse - Também, você se pre foi tão misteriosa. 

Está reclamando de que? - Disse Evelynn com ironia - Você gostava disso.

Olhei para o rosto de Evelynn e sorri. Então me levantei e andei até minha "cama".

Acho que vou dormir, - Disse me deitando - amanhã o dia será duro.

Também vou. - Disse Evelynn se deitando.

Boa noite - Disse -

Boa noite. - Respondeu Evelynn -

E assim foi nosso dia. Comecei a pensar em como Evelynn estava se sentindo. Apesar de estar apresentando um bom humor, achei que aquilo era só faixada. E nesses pensamentos, caí no sono.