Fanfic: Nós vamos sobreviver! (hiatus) | Tema: Drama, Zumbis, Sobrevivência, Terror, Romance

Chris se ajoelhou na frente da porta e abaixou sua cabeça. Ele fechou uma de suas mãos com toda a força e deu um soco no chão. Não teve nenhuma reação de dor. Mesmo estando de costas para nós, dava para perceber que ele estava chorando. Nunca em toda minha vida vi Chris daquele jeito. Vê-lo desabado me fez desabar também. Andei até seu lado, me abaixei e coloquei minha mão no seu ombro. Ao olhar pro seu rosto, dava para ver lágrimas caindo de seu rosto até o chão. Ele tremia... Como se estivesse morrendo de frio. Tentei falar algo, mas simplesmente não consegui, ver Chris assim me deixou sem reação. Evelynn andou até nós e se ajoelhou na frente de Chris. Ela levantou o rosto de Chris usando uma de suas mãos. Olhando nos olhos de Chris Evelynn o apressa. Mas Chris simplesmente abaixou seu rosto novamente. Evelynn levantou o rosto de Chris novamente, porém usando as duas mãos dessa vez, para impedir que abaixasse a cabeça novamente .Ela voltou a olhar dentro dos olhos de Chris e disse:

Chris... Precisamos ir.

Chris não disse nenhuma palavra, somente continuou olhando para Evelynn.

Olha, - Continuou Evelynn - sei que isso pode estar sendo difícil pra você, eu sei, perdi alguém recentemente também, mas... Amanda morreu salvando nossas vidas, ela poderia simplesmente ter se soltado dos zumbis e passado... Não entende? Ela morreu por nós... Impediu que aquela porta se abrisse por nós! E se continuarmos aqui vamos fazer tudo isso ser em vão. Levante-se e honre-a!

Ainda sem dizer nada, Chris se levantou e deu as costas para a porta. Evelynn e eu nos levantamos em seguida. Ele começou a andar calmamente pelo corredor e nós fomos logo atrás. Todo o caminho de volta a oficina foi preenchido por silêncio e tensão. Ao chegar na oficina, Chris abriu o capô do caminhão com toda sua força e raiva, ficamos atrás dele apenas observando. Demorou alguns minutos para que Chris colocasse a correia de volta no lugar. Então ele voltou a fechar o capô do caminhão e se virou para nós.

Kevin, vamos fazer a mesma coisa de quando te tiramos de casa. - Disse Chris limpando suas mãos de graxa - Vou dirigir o caminhão e você se mantém atras de mim.

Espera aí... Tá dizendo que essa criança sabe dirigir? - Disse Micael apontando para mim - 

Haha! - Respondi com uma risada irônica - saiba que amanhã eu faço 18...

Micael, venha comigo. - Disse Chris enquanto entrava e ligava o caminhão -

Tem certeza? - Perguntou Micael - Vai deixar eles dois irem sozinhos?

Não tenho motivos para não confiar neles. - Respondeu Chris - 

Ouvir aquilo do meu irmão foi algo incrível, principalmente num momento como aquele. Não resisti e andei até o carro sorrindo. 

Certo então. - Disse Micael entrando no caminhão - 

Assim começamos nosso caminho até a avenida. Já era um fim de tarde, o céu estava alaranjado e completamente limpo.

Foi muito legal o que fez lá trás pelo Chris. - Disse olhando para Evelynn -

Sim... - Respondeu Evelynn - Mas... É estranho, não é?

Não entendi.

Não tê-la aqui, é completamente diferente.

Tem razão... Merda... Isso é realmente muito ruim. - Disse - Quero dizer, podia ter acontecido com qualquer um.

Seu irmão está abalado. 

Creio que a incapacidade de fazer algo é o que mais esteja mexendo com ele. Chris sempre gostou e se orgulhou de ajudar as pessoas. Mas quando viu Amanda daquele jeito... Sendo incapaz de ajudar ou fazer algo a respeito... Tenho certeza de que ele desabou por dentro.

Já estávamos na avenida e Chris começou a acelerar seu caminhão cada vez mais. Me posicionei um pouco mais ao seu lado para ver a barreira. E ali estava, a barragem de carros estava a poucos metros de nós, só que dessa vez não havia fogo, provavelmente já havia se apagado. Retornei para trás do caminhão e me mantive lá, me preparando para o impacto. Então Chris finalmente chocou seu caminhão contra a barreira. Dois carros foram jogados para os lados devido ao impacto. Passamos... Finalmente passamos. O caminho estava livre para irmos agora. Estávamos felizes, comemorando no carro, até que pensei em Amanda, tinha feito tanto pra passar por aquela barreira... Depois de nos afastarmos um pouco da barreira Chris parou seu caminhão, saiu e andou até nós. Fui para os bancos de trás para que ele pudesse dirigir. Se passou uma hora e poucos minutos de viagem até chegarmos em casa. Saímos do carro e nos deparamos com o quão escuro era aquele lugar a noite. A subida até a casa era completamente escura e medonha. Abri o portão para que Chris pudesse entrar com o carro. E então começamos a subir.

Meu deus... Esse lugar é tão deserto e escuro... - Disse Micael tirando uma pequena lanterna de seu colete e ligando-a - 

Sim... - Disse Evelynn passando as mãos repetidamente em seus braços se aquecendo - Nunca tinha percebido isso.

Também não... - Disse vestindo meu casaco nas costas de Evelynn - 

Então... Aquela é a casa? - Perguntou Micael ao ver as luzes da casa aparecendo aos poucos em meio as árvores -

É aquela mesmo. - Respondeu Evelynn -

Nossa conversa nos distraiu a ponto de não perceber que Chris estava muito a nossa frente. Ele simplesmente sumia cada vez mais na escuridão. Ainda longe de Chris, dava pra ver ele entrando dentro de casa. Logo em seguida todos saíram e nos esperam na porta. Nos cumprimentamos e entramos, ficamos na sala. Apresentamos Micael aos outros e os outros a Micael. Mas tudo foi de um modo seco e infeliz. Eles com certeza já sabiam de Amanda, Chris provavelmente havia contado.

Como aconteceu? - Perguntou Joe se sentando no sofá - 

Bem... Tivemos alguns problemas e... - Respondi - Precisávamos de um caminhão, então fomos até o quartel de bombeiros pegar um. Mas o único que estava lá estava sem a correia, então fomos até o deposito procurar por uma. Ah cara.... Já tínhamos achado a correia... Só precisávamos sair daquele lugar! Não sei se quero contar detalhadamente.

O pior de tudo foi que nos últimos segundos ela lutou pra nos manter vivos. - Disse Evelynn com a voz receosa - 

Que droga... - Disse Victoria colocando a mão sua boca - 

Como estão as coisas na cidade? - Perguntou Terry com os braços cruzados e encostado numa parede - Muitos zumbis?

Quem dera se fossem só zumbis... - Disse Micael -

Como assim? - Perguntou Joe -

Nesses dois dias muitas coisas aconteceram. - Disse - Encontramos uma criatura estranha... Ela grita, atrai zumbis e nos causa uma uma maldita dor de cabeça horrível. Além disso... Mesmo os humanos querem nos matar...

O que!? - Perguntou Terry assustando se escorando no sofá - Como assim humanos?

Alguns idiotas tentaram matar ou prender Chris e Evelynn... - Repsondi - Cara... o mundo tá insano!

Como assim "tentaram matar?" - Perguntou Victoria - Explica isso direito, Kevin!

Eu... Eu não sei ao certo... - Respondi - Eles simplesmente chegaram até nós, renderam Chris e Evelynn, e então... 

Então o que? - Perguntou Joe indignado -

Não tivemos escolha, então Kevin e eu os matamos. - Disse Micael de forma tão fácil, forma que eu não conseguiria contar -

O que? - Disse Victoria assustada - Vocês os mataram?

Era eles ou nós! - Respondeu Evelynn - Kevin e Micael não tinham escolha! Além disso, estávamos com pressa por causa daquela maldita horda de zumbis!

Beleza, - Disse Terry - uma horda de zumbis, uma coisa que grita e pessoas tentando matar vocês. Caralho, que azar!

Nem me fale. - Disse respirando fundo - Perdemos e matamos pessoas... Quase morremos... 

Pera aí... Perdemos Pessoas? No plural? - Perguntou Joe -

Após Joe ter perguntado isso, dei uma rápida olhada para Evelynn.

Ah, entendi... - Disse Joe -

Sim... Eu perdi minha mãe. - Disse Evelynn olhando para o chão - Mas não tinha jeito, não precisam ficar tristes por mim. Ela já tinha sido mordida.

Todos nós ficamos em silêncio por alguns segundos.

Aliás, onde está Chris? - Disse erguendo a cabeça para olhar pelo corredor - 

Quando entrou não disse nada, foi direto para o seu quarto. - Respondeu Joe -

E Carlos? - Perguntei novamente - 

Está descansando. - Respondeu Victoria - 

Acho que vou tomar um banho. - Disse me levantando e coçando a cabeça - Preciso de um...

Vou logo após de você. - Disse Evelynn me acompanhando pelo corredor -

Por que não vem comigo? - Perguntei sorrindo -

Muito engraçado, Kevin. - Reagiu Evelynn ironicamente - Se não for, eu vou na sua frente.

Eu estava brincando! - Respondi rindo - Nossa...

Idiota! - Disse Evelynn dando um soco em meu braço - 

Então entramos no quarto que eu e Joe estávamos dormindo. Carlos estava deitado na cama descansando. 

Droga! - Resmunguei enquanto andava até o guarda-roupa -

O que foi? - Perguntou Evelynn - 

Hoje era meu dia de dormir na cama... - Respondi - Mas olha só!

Tá brincando, não é? - Perguntou Evelynn cruzando os braços -

O que? Não... Quero dizer, esse chão é duro e frio, é horrível.

Evelynn se calou, olhou para baixo e começou a chutar o chão levemente com as pontas de seu dedo. Então ela começou falar bem baixo.
"Então... dormir... comigo..".

O que? - Perguntei me aproximando -

Ela levantou a cabeça e vi seu rosto completamente vermelho. Evelynn começou a passar a mão levemente pelo seu braço, como sinal de agonia ou vergonha.

"Vem..."

Evelynn... não consigo entender. - Disse colocando minha mão sobre seu ombro - Tá se engasgando, filha?

VEM DORMIR COMIGO! - Gritou Evelynn - 

Automaticamente depois de dizer aquilo, ela tapou sua boca e arregalou os olhos. A frase com certeza escapou de sua boca. Então olhamos para Carlos, ele se virou, mas não chegou a acordar. Voltei a olhar para Evelynn e sorri.

O que foi? - Perguntou Evelynn envergonhada - 

Nada... - Disse dando um beijo nela - Sua vergonha é algo fofo.

Repentinamente Evelynn me abraçou e colocou seu rosto em meu peito. 

Mas você falou sério sobre dormir com você, não é? - Perguntei -

Sim... - Respondeu Evelynn rindo -

Ótimo... não quero dormir no chão. - Disse rindo -

Você é um idiota... - Disse Evelynn se afastando e andando até a porta do quarto - Assim que tomar banho me avise pra eu ir tomar o meu. 

Então peguei minhas roupas e fui até o banheiro. Me olhei no espelho vi algo que nunca tinha pensado ver antes. Meu rosto estava ensanguentado e sujo. Só de olhar para mim mesmo já dava pra se perceber que eu não era a mesma pessoa. De alguma forma, meus olhos, cujo eram castanhos, estavam pretos e sem vida. Meu cabelo, estava molhado e sujo. Comecei a pensar se essas mudanças eram algo bom. Quero dizer, eu tinha matado alguém, certo? "Porra... por mais que eu não tivesse escolha... Era uma pessoa! Sim! Aquele filho da puta merecia morrer, mas ele podia ter uma família." Era em tudo o que eu conseguia pensar. Então me lembrei do primeiro dia, só pensava em como seria meu futuro e em como administrá-lo. Mas... nada disso importava agora. Que futuro? Haverá um futuro? Pessoas estão morrendo e morrerão cada vez mais. Enchi minhas mãos de água e lavei meu rosto. Apesar de todo o sangue e sujeira saírem, eu ainda tinha a visão do segundo Kevin. Não tinha jeito, eu havia mudado. "Mas isso não é necessariamente ruim, certo?", pensei comigo mesmo. A única resposta que achei foi não. Eu tava fazendo o necessário para sobreviver... não é? Você! É, você! Você que está escutando ou lendo essa história, eu não sei bem qual dos dois documentos que guardei você achou, mas... me responda, você faria o mesmo em meu lugar, não é? Não importava. Tudo havia mudado, inclusive eu. Fechei os olhos com força e balancei a cabeça para esquecer do assunto. Enquanto tomava banho, sentei no chão bem abaixo do chuveiro, olhei para o teto e não resisti... comecei a pensar sobre várias coisas novamente. O tempo passava cada vez mais. Depois de um longo tempo, me cansei, desliguei o chuveiro e terminei. Ao sair do banheiro, vi que Evelynn estava na porta, com suas roupas e uma tolha. Sua cara era de tédio. 

Por que a demora? - Perguntou Evelynn irritada entrando no banheiro -

É... - Disse coçando a cabeça - Acabei me perdendo nos pensamentos. 

Pensamentos, não é? - Disse Evelynn apertando os olhos desconfiada - Vocês garotos são nojentos...

O que? Não! Eu não tava fazendo isso!

Ela nem me deu chance de explicar, simplesmente fechou a porta na minha cara. Comecei a andar pelo corredor todo envergonhado. Fui até o porão para colocar as roupas sujas lá e voltei. Chegando na sala, vi que todos estavam lá. Chris, Carlos, Victoria, Joe, Terry e Micael. Chris ainda estava calado, sentado no fundo da sala, separado de todos. O resto estava reunido conversando. Andei até Chris e sentei numa pequena mesa que estava do lado da poltrona em que ele estava sentado. Chris olhava fixamente para o chão. 

Então, mano... - Disse cruzando os braços - Como você está?

Eu não sei. - Respondeu Chris depois de uma longa respirada - Não me sinto assim desde o que aconteceu com o papai e mamãe. Mas tenho que aceitar, não é? 

Infelizmente sim... - Respondi - Vou preparar algo para comermos.

Assim que cheguei na cozinha me perguntei em como eu iria fazer comida para todos? Apesar de gostar bastante de cozinhar, eu mal fazia comida para mim e Chris em casa... Passei a mão sobre a testa percebendo no que eu tinha me metido. Abri os armários e a única coisa que vi foram arroz, cenouras, batatas e brócolis. Temperei e cozinhei o arroz. Não tinha a menor ideia do que fazer com os legumes. Dei uma segunda procurada nos armários e achei um tempero em pó. Infelizmente era um tempero para carnes. Pensei comigo mesmo, "por que não?". Coloquei os legumes em uma panela com água fervendo e joguei o tempero. Enquanto as coisas cozinhavam, sentei no balcão da cozinha e comecei a ler um jornal antigo que estava ali na cozinha. Ele fala de um acidente que aconteceu num laboratório subterrâneo de nossa cidade há 50 anos atrás. Antes que eu pudesse terminar de ler a matéria, Victoria chegou na cozinha.

O que está fazendo? - Perguntou Victoria -

Cozinhando e lendo... 

Você lê? Ou melhor, você cozinha? - Perguntou Victoria rindo -

Muito engraçada... - Respondi - A graça vai acabar quando provar minha horrível cozinha. O choro reinará!

Entendi... Então, o que está preparando? - Disse Victoria olhando dentro das panelas -

Arroz e legumes... - Respondi -

Tem o cheiro bom... 

É claro, afinal, sou eu quem estou fazendo...

Aham, claro. - Disse Victoria com ironia - Aliás... Você e Evelynn estão....?

É... acho que sim... - Respondi desligando o fogo -

Que legal, Kevin! Você finalmente achou alguém! 

Você fala como se eu fosse morrer sozinho...

E não ia? - Disse Victoria sorrindo -

Vamos... - Disse enquanto saia da cozinha - Vamos avisar aos esfomeados que a comida tá pronta. 

Estávamos todos na sala comendo juntos. Até que Joe parou e olhou pra mim.

Eu tenho uma pergunta.... - Disse Joe soltando o garfo no prato - Por que os legumes estão com gosto de carne?

Ele tem razão. - Disse Chris - É como se estivesse comendo um bife.

Todos começaram a me encarar. Então coloquei meu prato em cima da mesa da sala e respondi.

Beleza... querem tanto saber? A verdade é que eu sou um ótimo cozinheiro! Bom o suficiente pra fazer legumes parecerem carne!

Por um instante todos na sala pararam de comer e trocaram olhares. Um pouco de depois todos começaram a rir.

Qual a graça? - Perguntei - Eu tô falando a verdade!

Você usou o tempero de carne nos legumes, não é? - Perguntou Evelynn -

Sim... - Respondi abaixando a cabeça -

Eu sabia... - Disse Evelynn dando tapinhas em minhas costas -

Uma coisa não podemos negar, está muito bom! - Disse Joe -

Obrigado Joe! - Respondi - Viram só? Minha comida é boa!

É tão nostálgico... - Disse Chris em voz baixa olhando para a comida -

O que? - Perguntei -

Sua comida... Me lembra a mamãe. - Respondeu Chirs -

O que? Não, pera, como assim? - Perguntei empolgado -

As lembranças não são muitas, mas... É idêntico. Mesmo que não seja a melhor comida do mundo, ela passa um ar de tranquilidade... Você cozinha igual a ela.

É bom saber... Quero dizer, agora sinto como se a conhecesse agora, sabe? - Disse sorrindo - É bom...

Com o passar do tempo, nossos assuntos mudavam. Já era tarde, quase todos estavam cochilando nos sofás. Chris e Terry já tinham ido para suas respectivas camas. O resto estava cochilando. Evelynn e eu estávamos abraços deitados nos sofá enquanto Evelynn lia seu livro. Até que Evelynn fechou seu livro e se levantou do sofá. 

Não vem? - Disse Evelynn estendendo sua mão para mim - 

Ainda pergunta? - Disse segurando sa mão e me levantando -

Enfim estávamos no quarto de Evelynn. Seu quarto tinha uma cama de casal maior que as comuns. Estávamos um de cada lado da cama a arrumando para deitar. Até que Evelynn disse:

Mais cedo eu te chamei para dormir comigo e acabei ficando cheia de vergonha, então você me zoou...

Desculpa, mas você tava tão fofa. - Disse rindo -

Então eu vou direto ao ponto. - Disse Evelynn parando de arrumar a cama e olhando seriamente para mim - Nada de sexo!

O que? - Respondi surpreso - Que desnecessário! Você deixou isso bem claro hoje de manhã... 

Bem... - Disse Evelynn cruzando os braços - Não custa nada te lembrar.

Então nos deitamos para dormir. Ficamos um em cada lado da cama. Coloquei as mãos na cabeça e olhei para o teto.

Você é idiota? - Perguntou Evelynn se virando e dando as costas para mim -

O que eu fiz? - Disse espantado -

Só porque eu disse "nada de sexo" não quer dizer que eu queira que você fique tão afastado.

Olhei para Evelynn durante alguns segundos. Então me aproximei e a abracei por trás (sei no que você está pensando, nesse momento tô me perguntando porque escrevo até essas partes). 

Bem melhor. - Disse Evelynn se ajeitando -

E assim dormimos. Quando acordei no dia seguinte, vi que Evelynn já tinha sumido da cama. Então me levantei e sai do quarto. Indo em direção ao banheiro, dava pra se ver no fundo do corredor a sala. Lá estavam todos. Após escovar meus dentes, fui até a sala. Assim que cheguei lá, todos me desejaram um feliz aniversário. Fiquei surpreso, não achei que alguém se lembraria com tudo aquilo acontecendo. Me fez lembrar que ainda somos humanos. Ficamos alguns minutos conversando, até que Micael se levantou e ficou de frente a todos nós.

Então, agora que todos estão aqui, preciso lhes dizer algumas coisas. - Ele disse - Vocês já sobreviveram muito tempo e sem informação nenhuma sobre essas coisas... até agora.