Fanfic: Flerte Perigoso (Adaptada) | Tema: Ponny

Anahí baixou a cabeça. O piso era quadriculado, o que aumentou a sensação de ser apenas uma das muitas peças de um jogo. Só preci­sava esperar e alguém viria e a mudaria de posição. Gostaria muito de interromper a partida, mas... como? Dulce colocara a situa­ção de maneira muito clara. Não era apenas a, sua felicidade que es­tava em jogo, mas a vida de sua mãe.

— Eu já disse a Alfonso que concordo com uma nova tentativa — informou com um tom irônico e amargo. — Eu... eu vou voltar para a sala, dar as costas a Manuel e assumir meu lugar ao lado do meu marido durante o resto da noite. Acha que é o bastante?

— Não precisa exagerar. Eu posso falar com Manuel, se quiser. Somos bons amigos. Na verdade, gostaria mesmo de saber o que pre­tendia, comprometendo minha irmã em público.

Ambas sorriram, Dulce com ar protetor e Anahí com resigna­ção, mascarando a infelicidade que a invadia.

E juntas voltaram para a festa.

Quando Anahí encontrou Alfonso, ele estava se afastando de um grupo para cumprimentar outras pessoas. Virou-se ao perceber sua aproximação, deixando os amigos para mais tarde. Victória não estava por perto, e de repente ficaram sozinhos.

— Devia ter me prevenido de que estaria aqui e que a noite seria um teste de relações públicas. Pensei que fosse apenas um jantar en­tre amigos — começou Anahí, tentando se defender.

Alfonso ergueu uma sobrancelha.

— Por quê? Que diferença faria se eu tivesse avisado? Ela encolheu os ombros e baixou a cabeça, encabulada.

— Eu teria desempenhado melhor o papel da esposa perfeita.

— Não se preocupe, ninguém sabe se estamos juntos novamente ou não.

Apesar das palavras, havia uma hostilidade contida no tom de voz e no brilho dos olhos dele.

Mesmo numa situação tão tensa, Anahí não pôde deixar de perce­ber o quanto ele estava atraente no smoking bem cortado. Possuía um charme selvagem, como um animal da selva, um predador à es­pera da vítima.

Subitamente a enlaçou pela cintura e atraiu-a para o seu lado, forçando-a a acompanhá-lo até a beira da piscina, de onde partia uma parede que seguia até o portão da casa. Como uma prisioneira, foi obrigada a caminhar ao longo do muro até que alcançassem um pequeno bosque cheio de árvores, onde Alfonso obrigou-a a virar-se e encará-lo. Puxou-a com tanta força que seu corpos se chocaram. Voltava a ser prisioneira do poder físico que exercia sobre ela. Por um segundo o desejo voltou a invadi-la com intensidade, mas em se­guida recobrou o controle e retrocedeu.