Fanfic: Flerte Perigoso (Adaptada) | Tema: Ponny

— Espere!

— Alfonso levantou-se e começou a se vestir. Apanhou a saia e a blusa que estavam no chão e estendeu-as a Anahí. Assim que vestiu a roupa, ela se surpreendeu com a atitude carinhosa dele, abotoando o que restara da blusa, destruída no auge do descontrole. Andou até a porta com ela e disse, sem tocá-la.

— Adeus!

Anahí olhou para o marido, em busca das palavras que pretendia dizer, uma palavra que pudesse livrá-la para sempre da dor que sentia naquele momento.

— Adeus? — perguntou, o coração partido em milhões de pedaços. Alfonso sorriu e respondeu com voz suave:

— É uma despedida, não é?

E conduziu-a para o lado de fora, fechando a porta entre eles. Anahí parou no caminho entre as duas casas, recusando-se a acreditar no fim. Não seriam capazes de se amar daquela maneira se não houvesse uma emoção real e intensa dentro de cada um deles. Era loucu­ra ir embora e tentar viver longe dele. Pertencia a ele... completamente e para sempre.

Já era hora do jantar, mas a refeição ainda não estava servida, quan­do Anahí perguntou por Alfonso.

— Sabe onde ele está, Christopher? — perguntou Dul.

— Talvez não saiba que horas são. Sabe como é Alfonso quando mergulha no trabalho. Quer que eu vá procurá-lo, querida?

— Por favor.

Cinco minutos depois, Christopher retornava.

— Nem sinal dele. Deve ter saído, mas o carro está lá fora.

— Tem certeza de que ele não está na casita?

— A porta está aberta, eu entrei e verifiquei... Mas não se preo­cupe, deve ter ido dar um passeio pela praia.

Alfonso não voltou para o jantar, e quando Anahí foi até a casita, certificou-se de que realmente não estava lá. Apreensiva, voltou pa­ra casa grande e ficou esperando.

Meia-noite.

— É melhor irmos dormir — disse Dulce. — Ele deve ter ido para a cidade a pé. Já fez isso antes, sabe? Está preocupada, Anahí? Pensei ter ouvido dizer que não se importava com ele...

— Descobri que me preocupo e muito. Não adianta resistir, Dul. Simplesmente não posso viver sem ele.

Dul abraçou-a com um sorriso de satisfação.

— Sempre soube disso, querida tola. Você o ama desde o primeiro encontro... todos nós sabemos disso. Só espero que já tenha con­tado a ele... O coitado está vivendo no inferno.

— Nunca quis fazê-lo infeliz. Foi ele quem começou com tudo, quando fez aquilo...

— O que ele fez, Anahí?

— Não sabe? Pode achar que sou louca por dar tanta importân­cia a um fato como esse, mas... Bem, lembra-se de quando fui a Ibiza para fazer uma surpresa a Alfonso, logo depois de nossa lua-de-mel?