Fanfic: Menina Má - Vondy | Tema: rebelde

Já era o sétimo dia após aquele encontro no escritório, e Christopher ainda não a havia procurado. Dulce quase se rasgou de ódio, será que ele realmente não a amava mais? Não, impossível. Ele estava apenas magoado, tinha que ser apenas isso.

Sem aguentar mais tanta agonia, ela discou o número da empresa de arquitetos. Enquanto esperava a recepcionista passar para a linha do escritório de Christopher, ela se escondeu dentro do closet para poder falar mais a vontade. Se algumas das empregadas ouvisse aquela conversa poderiam dar com a língua nos dentes para Arthur e ela estaria encrencada.

- Arquiteto Uckermann - ele saudou.

- Quem você pensa que é para me deixar esperando, seu coisinha atoa?

- Quantas vezes vou precisar repetir que não quero mais contato com você?

- Não foi o que pareceu quando me beijou aquele dia.

- Aquilo foi um erro. Não significou nada. - seu tom era nervoso e Dulce teve certeza de que estava franzindo o nariz, como de costume.

- Mentiroso! Você me ama, imbecil, até quando vai negar para si mesmo? - houve um longo silêncio, seguido por um suspiro de Christopher.

- Adeus, Dulce.

- Não ouse, Christopher! - ela gritou - Se não me encontrar ás cinco na cafeteria da rua 81, eu conto tudo o que aconteceu naquele escritório para sua esposinha.

- Acha que suas ameaças me assustam? Você jamais faria isso pois também seria prejudicada, sei como você é

- Acha que estou brincando? Pouco me importa se serei prejudicada ou não, e só para você saber, eu tenho uma testemunha. Aquela sua secretaria ouviu tudo, eu posso muito bem faze-la dizer tudo à sua mulherzinha com a ajuda de alguns dólares, não? - riu - Até logo, querido - desligou.

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Christopher sentiu o ódio correr mais forte por suas veias quando avistou a pequena figura de Dulce sentada em uma das primeiras mesas do café, observando a vista e despreocupada.

Pensou seriamente em não aparecer, mas não queria arriscar envolver Estela naquela maldita história. Era uma boa mulher e não merecia de jeito nenhum ser submetida as loucuras de Dulce.

- Finalmente você chegou, não aguentava mais ficar aqui tão sozinha e abandonada - disse num revirar de olhos, como se nada estivesse acontecendo.

- Diga de uma vez o que quer e suma da minha vida. - Dulce negou com a cabeça, fazendo um biquinho.

- Vamos, seja um pouco mais cavalheiro e peça ao menos uma xícara de café.

- O que você pretende com essa perseguição? Já não destruiu o suficiente a minha vida? - bateu com o punho na mesa chamando a atenção de algumas pessoas ao redor.

- Você gosta mesmo daquela sonsa? - perguntou - Gosta dela mais que de mim?

- Deixe Estela fora disso. Se vim até aqui foi por ela e somente por ela.

- Responda! - exigiu.

- Não creio que tenha gostado realmente de você - blefou - Você para mim foi como uma doença que, felizmente, estou curado.

- Você fala como se eu fosse a tragédia da sua vida - bufou - Está dizendo estas coisas só para me atingir que eu sei, você nunca soube mentir, ainda me ama.

- Mas é a verdade. Você foi a desgraça da minha vida.

- Mas também fui a única quem soube te fazer realmente feliz - sussurou aproximando seus rostos mas ele se afastou - O que quer para esquecer as mágoas, Chris? Eu te amo tanto, nunca te esqueci.

- Quero que suma, não entendeu?

- Me perdoe por todas as coisas que disse, fiz por amor à você.

- Amor? - riu com ironia.

- Sim, amor. Pois nunca iria me adaptar aquele estilo de vida novamente, Christopher. Se ficasse com você acabaria te odiando por me fazer viver daquele jeito e não queria te odiar, tente me entender - disse, muito séria, enlaçando suas mãos. Ele se afastou bruscamente, a raiva estampada no belo rosto. 

- Você não sabe nada sobre o amor. Meu Deus, só é capaz de amar a si mesma, egoísta - levantou-se, batendo novamente o punho sobre a mesa, desta vez sem se importar com os olhares - Escute muito bem, pois é a última vez que te aviso, suma da minha vida! Não te amo, o que eu sentia por você acabou, entendeu? Adeus - virou-se para ir emborora.

Desesperada, Dulce saltou da cadeira e se agarrou ao corpo de Christopher, tomando-lhe os lábios antes que ele pudesse reagir.

No começo não correspondeu ao beijo e tentou afasta-la a todo custo, mas estava agarrada a ele de tal forma que sua vida parecia depender daquilo.

Se beijaram como nos velhos tempos, em um misto de amor, mágoa e saudade. Foram interrompidos por uma voz carregada de raiva que preencheu o ambiente, tomando a atenção de todos.

- O que significa isso!?

- Arthur?

Chuva de capítulos!!

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