Fanfic: Menina Má - Vondy | Tema: rebelde

Dulce atravessou as portas do banco, indo direto até uma das funcionárias.

- Eu quero sacar uma quantia - disse retirando os óculos de sol e pegando seus documentos na bolsa.

- Dulce Maria Martim Saviñon? - a funcionária perguntou lendo sua identidade, Dulce asentiu, impaciente - De quanto seria o valor, senhora?

- 500 mil dólares. Inteiros. - a funcionária arregalou os olhos imaginando para que uma mulher de porte como aquela precisaria de tanto dinheiro.

- Desculpe, senhora, mas esses bens estão no nome de Arthur Martim e só podem ser retirados com a presença do mesmo - Dulce encarou a mulher à sua frente como se tivesse duas cabeças.

- O que está dizendo? Eu sou a herdeira de Santiago Garcia, tudo que tem aí é meu.

- Sim, senhora, eu entendo. Mas a pouco tempo foi feita uma transferência de nomes, assinada pela senhora mesma.

- Você está louca! Eu nunca assinaria uma coisa dessas! Cadê o banqueiro!? Eu quero falar com ele imediatamente e cuidarei para que você seja demitida, incompetente!

- Mas senhora...

- O que está acontecendo aqui? - um homem gorducho e calvo interrompeu a mulher.

- Esta senhora não acredita quando digo que os bens que eram de Santiago Garcia não são mais dela.

- Deixe-me ver - disse colocando os óculos e se aproximando do computador - Realmente, senhora, minha funcionária não está errada. Esses bens são de Arthur Martim.

- E as joais? Quando foi feita essa transferência?

- Há poucos dias atrás. Eu mesma atendi o senhor Martim, ele tinha o documento assinado pela senhora passando tudo para o nome dele e pela nossa política essa quantia que a senhora deseja obter só pode ser sacada com a presença do dono. Sinto muito.

- Desgraçado! - praguejou, sentindo os olhos queimarem com lágrimas de ódio. Sentiu sua vista ficar turva e se segurou na bancada. Estava completamente pobre, não podia ser.

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- Devolva imediatamente o que é meu, seu ladrão! - esbravejou ao entrar no consultório do marido. Assim que saira do banco pediu para o motorista ir o mais rápido possível para a clínica, pegaria de volta seu dinheiro nem que tivesse que ser a força.

- O que quer agora? - suspirou coçando a cabeça.

- Quero o que é meu, Arthur! Como ousou fazer uma transferência do meu dinheiro para o seu nome?

- Ah, então já descobriu - riu - Não entendo sua revolta, você mesma assinou o documento.

- Mentiroso! Eu nunca assinaria uma coisa desse tipo, isso é crime! Vou te denunciar por falsificar minha assinatura!

- Você deveria ler os contratos antes de assina-los, Dulce. Principalmente os de casamento.

- O que!?

- As pequenas letras. Ideia de minha mãe, me lembre de agradecer a ela. Nunca achei que fosse precisar usar aquela pequena cláusula, mas agora, caiu como uma luva, não?

- Está me dizendo que você e a infeliz da sua mãe armaram para tomar o que é meu!?

- Confesso que fui contra, mas como ela nunca confiou em você e insistiu muito, eu fiz.

- Desgraçado, maldito, eu te odeio! - gritou - Quer me ver no chão, Arthur? Vai precisar de muito mais do que isso, imbecil!

- Finalmente estou te vendo como você realmente é. Vamos, continue - sorriu.

- Você é um medíocre que sempre se conformou com as migalhas de amor que eu te dava, não sabe como eu me arrependo todos os dias de ter abandonado Christopher para me casar com voce!

- Ah, então esse é o nome do seu amante? - levantou-se, furioso - Engraçado, Dulce, se queixa tanto de ter se casado comigo mas viveu como uma rainha esses anos todos. Nunca lhe faltou nada, sempre viajou para onde queria.

- E eu te paguei com cinco anos da minha vida por isso, te fazendo muito feliz e eu fiz isso tão bem, que você nunca percebeu que eu não te amo. O castigo foi para mim, não para você!

- Quer dizer que nunca deixou de amar Christopher? Porque estão se casou comigo? Você me dá nojo!

- Meus motivos não te interessam! Se você fosse mais homem, talvez eu tivesse esquecido Christopher de vez!

Cego de raiva, Arthur acertou o rosto da esposa que caiu no chão

- Me bata o quanto quiser, seu covarde! Mas isso nunca, escute bem, nunca irá mudar o fato de eu amar Christopher loucamente! - gargalhou massageando o local atingido pelo soco.

Arthur apertou um pequeno botão em cima da mesa e em questão de segundos dois seguranças enormes apareceram no consultório.

- Tirem essa mulher daqui!

- Não se atrevam a me tocar pois vão se arrepender! - disse enquanto se levantava - Eu vou pegar de volta tudo o que você me roubou, Arthur, e quando isto acontecer, guarde bem minhas palavras, vou te destruir! - saiu.