Fanfic: Menina Má - Vondy | Tema: rebelde

Naquela noite, depois de por o filho na cama, Dulce se dirigiu até a joalheria Garcia's, odiando ter que ceder, mais uma vez, contra sua vontade. 

A secretária estava se preparando para ir embora quando Dulce chegou ao andar presidencial, interrompeu a ação da mulher de avisar sobre a presença dela ao chefe e entrou direto. Surpreendeu-se ao ver a figura de outro homem conversando com Juan, os dois pareciam já estar se despedindo.

- Que surpresa, Dulce - Juan falou primeiro, franzindo o cenho. 

- Tenho que falar com você, a sós - especificou analisando o outro homem.

- Sim, claro. Este é Oscar Montenegro, o famoso pintor de quadros - apresentou - Oscar, esta é Dulce Martim

- Oh, claro, já ouvi muito sobre você, Oscar - ofereceu sua mão para um aperto, sorrindo de forma sedutora.

- E eu sobre a senhora, seu marido é um médico impressionante - sorriu de volta, apertando sua mão - Bom, eu já vou indo, foi um prazer, Dulce. Até logo, Juan - saiu.

- Tem mesmo que seduzir todos os homens á sua volta? - Juan perguntou em uma risada. 

- Não é proposital, creio que seja um dom - sorriu orgulhosa de si mesma, mas logo desmanchou o sorriso, tomando uma expressão séria - Acho que já sabe porque estou aqui, não?

- Resolveu aceitar minha proposta? - Dulce não deixou de notar o sorrisinho triunfante nascer nos lábios do homem e o odiou ainda mais. Engolindo em seco, ela asentiu. 

- Mas antes, quero uma prova concreta de que serei rica novamente e de que me dará o dinheiro ainda esta noite, se não, nada feito - Juan sorriu.

- Não quero parecer convencido, mas sabia que voltaria atrás, então tomei a liberdade de conseguir a anulação contratual - abriu uma das gavetas tirando uma pasta de dentro e entregando para ela - Basta a assinatura de Arthur, e pronto, tudo será seu novamente. 

- Assim, tão fácil? - perguntou enquanto lia. 

- Bom, sempre há uma parte burocrática. Terá que apresentar este documento assinado ao banco, nada impossível de se resolver - enfiou as mãos nos bolsos da calça social, sentando-se na mesa, em seguida apontou para um canto do escritório - Naquela maleta está tudo o que você precisa, basta passar este final de semana comigo e será sua.

Dulce olhou para a maleta no canto escuro e olhou para o homem sorridente á sua frente, pensando se aquela era realmente a decisão certa a se tomar. 

- Acabe logo com isso, não quero que dure mais que o necessário - disse enquanto desabotoava sua blusa, Juan sorriu mais ainda, sem se mover.

- Achei que só nos encontrariamos no fim de semana.

- Meu prazo é até sabádo. Irei lhe dar uma noite de adiantamento, então sugiro que acabe logo com isso antes que eu pegue o dinheiro e aquela pasta e saia correndo daqui. 

Juan caminhou lentamente até Dulce, como se ela fosse sua presa, acariciou gentilmente seus ombros, empurrando a blusa de botões para o chão. Seus olhos brilharam com a visão do colo macio repleto de sardas e não perdeu tempo para começar a beija-las.

Dulce fechou fortemente os olhos,imovél, sentindo a bile subir, torcendo para que acabasse logo. 

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Quando acordou já era de madrugada. Piscou algumas vezes até se lembrar do porque estava li e sentiu o enjoo vir mais forte. Juan estava á poucos metros, ajeitando a gravata, ao notar que a mulher já havia acordado, caminhou até a maleta e a pasta e os jogou no chão perto dela. 

Dulce sentou no pequeno sofá, para abrir a maleta, levanto consigo o paletó do homem para cobrir o corpo.

- Que brincadeira é essa, Juan? Aqui não tem nem metade do dinheiro! - exclamou, raivosa.

- É o que você vale - riu - Na próxima, se se esforçar um pouco mais, lhe pago o resto. Até mais, se quiser 

- Desgraçado! Maldito! - gritou se levantando, correndo até Juan para lhe sorcar no peito. No movimento, o homem segurou seus pulsos com uma mão e com a outra agarrou seu rosto, imobilizando-a. 

- Não me leve a mal, Dul. Eu gostei, sim, muito - cheirou seus cabelos, segurando-a mais forte quando tentou lutar - Agora entendo a obsessão que Santiago tinha por você, sempre achei que fosse exagero da parte dele, mas não, agora está claro o porque de tanta paixão. Mas não se preocupe, não sou tolo como ele para permitir que você vire a minha cabeça, controlo muito bem as minhas emoções, o ponto é que acho que meu amigo foi o único capaz de ama-la verdadeiramente, álias, você não, quem você fingia ser - debochou - Posso até lhe pagar o resto na nossa próxima noite, Dulce, mas só se for uma boa menina e me agradar do jeito que eu sei que você sabe fazer, afinal, foi assim que você chegou até aqui, não foi? Usando o corpo, porque é só isso que você é, um rostinho bonito - limpou uma lágrima que escorreu por sua bochecha, em seguida, jogou-a novamente no sofá e saiu, aos risos. 

Dulce abraçou os próprios joelhos e se permitiu chorar. Jurou para si mesma que se vingaria de todos os seus inimigos. Um por um.

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