Fanfic: Menina Má - Vondy | Tema: rebelde

Dulce apertou o nó de seu roupão enquanto fazia o caminho até a porta do quarto para ir á cozinha, estava faminta e aquela havia sido uma noite terrível. Mal havia dormido, pensara a noite toda num modo de conseguir mais alguns dias com Ruth, já que sua única saída havia se desfeito em pedaços. 

Antes que pudesse chegar a porta, algo chamou sua atenção. Em cima de sua penteadeira havia um bilhete com seu nome escrito em letras maíusculas e com batom, franzindo a testa ela pegou rapidamente o papel.

''É com muita alegria que escrevo esta carta, sem palavras para poder expressar o tamanho do meu asco por você. Gostaria de lhe mandar á merda pessoalmente, mas não queria correr riscos, então tenha ciência de que a partir de hoje eu não trabalho mais para os Martim. Estou fora, Dulce. Mas não comemore ainda, deixei um presentinho para Arthur antes de sair, espero que não fique com ciúme. Acho que ele fará um bom uso do meu gravador. E, antes que eu me esqueça, obrigada pelos 200 mil doláres e as jóias, não foi bem o que eu exigi mas será o suficiente para eu poder recomeçar com minha tia bem longe daqui. Espero que você não seja feliz nunca.

Te odeio, Ruth.''

Desesperada, Dulce correu até o closet e ao se abaixar em um canto mais escondido, viu que a meleta de dinheiro que Juan lhe dera junto com suas econômias não estava mais ali. A mesma coisa com as gavetas, suas jóias haviam sumido. 

- Maldita! - praguejou correndo para ir até o quarto do filho e fugir com ele antes que Arthur acordasse, mas era tarde demais.

Antes que ela sequer atravessasse o quarto, a porta se abriu com um estrondo, revelando um Arthur furioso. O homem ofegava, abriu a boca duas vezes para falar mais nenhuma palavra saiu, completamente afetado. 

Dulce correu em direção a porta, mas Arthur foi mais rápido e a agarrou pelos braços.

- Então é verdade!? Eu não sou o pai do Leonardo!? 

- Me solta agora, Arthur - murmurou olhando para baixo, o homem rangeu os dentes, sacudindo-a. 

- Como teve coragem de usar uma coisa tão sagrada como um filho para as suas loucuras!? 

- E porque acha que eu escolhi você? Porque eu sabia que eu podia controlar você do que eu jeito que eu quisesse, porque você nunca foi mais do que um idiota com dinheiro! - gritou no mesmo tom. 

- Desgraçada! - jogou-a na cama - Não dá para acreditar, Dulce, você me enganou esses anos todos! Eu dei meu nome para aquele bastardo enquanto ele era filho do maldito Christopher! 

- Sim! Christopher é o único pai do meu filho e o homem que eu amo! Não sabe como eu me arrependo de ter cometido essa loucura, por ele claro, por você eu não me arrependo de nada! - furioso, Arthur a pegou pelos cabelos quando tentou escapar mais uma vez.

- Mas eu vou fazer você se arrepender de todo mal que tem feito, pois eu vou te desmarcarar na frente dele e quando seu querido Christopher souber vai te desprezar tanto quanto eu! 

- Nunca vou me arrepender do que fiz á você! Você acha que eu não me divirto vendo como eu posso te manipular do jeito que eu quero? Pode dizer o que quiser, ninguém nunca vai acreditar! 

- Mamãe, o que está acontecendo? - Leonardo apareceu no quarto, assustado com a cena. 

Arthur já não via o garoto com os mesmos olhos e foi preciso muita força de vontade de sua parte para não cometer uma loucura, olhar o pequeno Léo agora para ele era como ver o próprio Christopher.

Aproveitando a distração do marido, Dulce acertou sua cabeça com o pente de madeira que estava em cima da penteadeira fazendo o mesmo cair no chão desmaiado. 

Apressadamente ela correu até o filho pegando-o no colo e indo até o seu quarto. 

- Rápido, meu amor, coloque o máximo de roupar que conseguir aqui, tabom? A mamãe só vai por uma roupa e já volta - disse pegando uma pequena mala do homem aranha de cima do guarda-roupas. 

- Onde vamos? E porque o papai não vai com a gente? - Dulce engoliu em seco, abaixando-se para ficar na altura do menimo.

- Nós vamos ter que passar um tempinho longe do papai, mas ele logo se encontrará com a gente, tabom? Agora arrume suas coisas, você pode fazer isso? - sorriu para ele que asentiu, Dulce beijou sua testa antes de correr novamente para o quarto. 

EITA

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