Fanfics Brasil - Capítulo 10 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 10

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Duas horas mais tarde e Anahí estava parada em frente ao espelho do quarto analisando criticamente o que usava; uma camisa jeans de manga longa da mesma cor, calça preta destroyed e nos pés sapatênis brancos. Os cabelos caramelos estavam mais lisos que o normal e caíam soltos até a altura da cintura; a maquiagem era composta apenas por lápis de olho forte, rímel e um batom cereja.



– Você poderia usar um vestido ou algo do tipo. – Emma comentou quando saiu no banheiro, ela usava um vestido vermelho um pouco acima dos joelhos de alça fina apenas para dormir na casa de Troy. – Você sempre está em calças e camisas, depois não gosta quando te chamo de hipster.



Anahí a fuzilou com o comentário. Odiava ser chamada disso por Emma, pois no meio em que vivia, hipters eram considerados aberrações, assim como qualquer outra coisa que não se encaixasse na classe alta e elegante dos formados em direito. Pelo menos era o que tinha aprendido em seus dezoito anos. Não demorou muito para que deixassem o prédio que estava abarrotado de estudantes sem ter o que fazer da vida além de badernar em uma noite de sexta.



Anahí deixou Emma na casa de Troy e seguiu direto para a casa de sua amada, por sorte estava vinte minutos adiantada e não precisaria ter pressa na pista, aproveitando ao máximo sua calma enquanto colocava uma música no rádio do carro e cantarolava junto ao cantor.



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Usar roupas coladas sempre tinha sido um problema para Dulce desde sempre, claro que seria muito melhor seu all star sujo e um short jeans do que aquele vestido preto de manga curta com um decote V na frente que não ajudava em nada seus seios pequenos. Não estava nada mal e precisava admitir isso, Zoe e Maitê tinham feito um trabalho impecável até mesmo no coque meio solto que usava.



– Você está maravilhosa, Dul. – disse Zoe finalmente sentando-se depois de entregar o Scarpin prata de salto médio para a pequena e vê-la impressionar-se com o próprio reflexo. – Espero que Anahí não tenha problemas de coração.



Maitê começou a rir com a namorada e Dulce as olhou sem entender qual era a piada, mas não se importou, estava deslumbrante e até mesmo Cláudia que tinha estado o tempo todo no quarto desceu as escadas correndo para avisar aos pais que a irmã estava linda.



– Agora, lembre-se do que vou dizer: Se arruinar meu vestido, eu arruíno sua vida. Ok? – Maitê murmurou apontando pincel de forma ameaçadora, nesse mesmo instante a campainha soou no andar de baixo e as três amigas de entreolharam risonhas. – Sua Julieta chegou.



Em resposta, ganhou um tapa estalado no ombro que só não foi retribuído por estar arrumada. Elas ouviram a conversa de Fernando, Blanca e Anahí quando Cláudia reapareceu correndo no quarto avisando eufórica que a loira já a estava esperando.



– Bom, eu acho que é isso. – suspirou a pequena para si mesma no espelho. – Esse é oficialmente meu primeiro encontro.



– E espero que o último. – Maitê e Zoe concordaram de seu canto. – Vai, vai.



Dulce desceu as escadas com suas duas amigas e Cláudia  logo atrás, na medida em que se aproximava dos últimos degraus era possível ouvir a risada rouca de Anahí e voz animada de seu pai, os dois haviam se tornado bons amigos e isso só servia para deixar a pequena ainda mais alegre. Ela viu a silhueta de Anahí sentada na poltrona enquanto seus pais estavam no sofá de três lugares logo à frente, os olhos de Anahí rapidamente caíram na escada e foi como se o mundo todo desaparecesse ao redor. Dulce soube que Anahí estava encantada quando sua boca abriu e seus olhos azulados  ficaram mais brilhantes do que nunca enquanto passeavam por todo seu corpo.



Então Dulce sorriu quando finalmente chegou à sala sendo recebida por uma exclamação de seus pais e os gritinhos alegres de Cláudia. A pequena ficou parada ao pé da escada com os olhos travados nos de Anahí que em seu primeiro lapso de consciência, colocou-se pé e caminhou até ela com a boca ligeiramente entreaberta.



– Hey, você. – Anahí cumprimentou com a voz falha.



Dulce não pode deixar de sorrir com a forma tímida de Anahí.



– Hey, você. – cumprimentou de volta achando graça da reação da loira, e aproximou-se depositando um pequeno beijo na face de Anahí que rapidamente ganhou tons rosados.



Maitê e Zoe tinham ido parar ao lado de Blanca e Fernando que estavam em pé agora perto da porta apenas observando a cena, era óbvio que todos naquela sala apoiavam um relacionamento e que estavam torcendo para que algo a mais acontecesse.



– Você está linda, Dulce . – disse ainda abobada com a beleza que aquela garota conseguia exibir mesmo quando pensava que não poderia ser mais linda.



– Obrigada, Anahí . Você não está nada mal.



E era verdade, ela simplesmente amava a forma como Anahí se vestia, era quase seu oposto perfeito que combinava totalmente com o semblante bad girl que a loira  exibia.



– Bom, acho que é melhor nós irmos, não é mesmo? Vocês tem a noite toda para conversarem e o táxi acaba de chegar. – maite comentou lá do fundo tirando a atenção das garotas uma da outra.



Blanca correu abraçar a filha e depois Anahí dizendo o quão lindas estavam e que se divertissem essa noite. Fernando deu uma piscadela para Anahí e  deu um abraço em Dulce, até Cláudia sorriu para a Anahí e deu-lhe deu um tímido abraço de despedida.



– Por que tem um táxi nos esperando? – indagou Anahí enquanto as outras duas se despediam dos pais de Dulce . – Você não me falou nada sobre isso.



Dulce brincou com a gola da camisa de anahi antes de puxá-la para fora de casa onde uma lua minguante e um céu finalmente limpo as aguardavam.



– E estragar a surpresa? Seu carro pode ficar aqui, você sabe que não tem perigo.



Ambas acenaram para os que ficaram na porta de casa e caminharam até o táxi que as aguardava. Anahí  gentilmente abriu a porta de trás para Dulce  lançando um último olhar ao seu carro antes de também entrar.



– Poderia ao menos ter me avisado que iriamos de táxi para esse lugar misterioso, assim eu teria tempo de me despedir do carro. – disse se fazendo de triste. Por um lado realmente estava sentida, seu ciúmes com o Dodge era quase doentio.



– Sim, bem, nós não vamos de táxi. – Dulce a olhou com ironia. – Ele vai nos deixar no metrô.



Anahí  continuou a encarando, esperando o momento em que ela diria que estava brincando, mas esse momento não veio. Em que mundo ela sonharia em andar de metrô? Nem de ônibus ela sabia andar, dificilmente de táxi, e agora Dulce tinha enlouquecido e queria arrastá-la junto.



– Você só pode estar brincando, Dulce ! Eu nunca fiz isso. Qual o propósito de andar de metrô sendo que poderíamos apenas ir de carro?



– Anahí,  esse é exatamente o ponto. – explicou aproximando-se mais da loira no banco de trás, sua mão descansando na coxa da mesma. – Eu quero que as coisas funcionem entre nós, mas para isso quero que você conheça mais de mim, não a garota que sonha alto com Juilliard ou música...mas quero que também conheça minha história porque ela faz parte de quem eu sou. Nós vamos de metrô porque eu quero lhe mostrar um pouco da minha realidade.



De certa forma aquilo a tocou. Seus olhos percorreram toda a cidade pelo vidro do carro em total silêncio, há muito tempo, ou talvez nunca, alguém a tinha inspirado a ver o lado bonito das coisas, os mínimos detalhes. Anahí nunca cogitou a ideia de andar de metrô por que... Não era preciso. Seus pais sempre tiveram vários carros na garagem e não a deixavam frequentar serviços públicos.



Conclusão, ela era uma perfeita garota mimada.



O táxi estacionou em frente à entrada da estação onde Dulce  pagou o motorista e lançou um olhar encorajador a Anahí segurando sua mão em seguida. Como era de se esperar, o lugar estava lotado de pessoas, era quase impossível se locomover, mas como Dulce  já estava acostumada ao horário de pico, guiou Anahí  até a plataforma para que esperassem o metrô com destino a Downtown e Brooklyn. Elas não conversaram muito o caminho todo, ao invés disso, Dulce  ofereceu um lado de seu fone de ouvido à Anahí e as duas garotas ouviram músicas aleatórias o tempo todo até chegar ao destino final. Era claro o incômodo presente no rosto de Anahí  quando várias pessoas se apertaram ao seu lado, mais ainda quando um mendigo passou por elas pedindo por dinheiro e Dulce  gentilmente lhe ofereceu dois dólares. Em seu mundo, as coisas eram rápidas, limpas e sem acúmulo de pessoas. Havia pessoas de todos os tipos, homens engravatados, homens mais simples, mulheres carregando crianças no colo, mulheres usando social, até mesmo um casal de hippies abraçados mais ao canto enquanto o homem se apoiava no pilar de ferro.



O metrô finalmente parou liberando as duas garotas que desceram em uma plataforma quase vazia para o alívio de Anahí . A rua em que caminhavam agora era movimentada de pessoas que não tinham nada a ver com a classe social de Anahí, que ainda mantinha-se calada com a surpresa do momento em que estava vivendo. E Dulce  respeitava aquilo. A surpresa maior foi quando Anahí se deu conta de onde estavam, era o Brooklyn, um dos bairros que seu pai provavelmente a deserdaria se soubesse que estava. Por um momento, Anahí  pensou em pedir para voltar e combinar outro lugar, mas Dulce  parecia tão determinada em abrir-se a ela que nenhuma palavra foi dita.



– Eu gosto de vir aqui sempre preciso fugir um pouco – começou a pequena abraçando o próprio corpo enquanto caminhavam pela rua escura. – é um dos poucos lugares que consigo me conectar de verdade.



– Você não traz amigos?



– Qual deles? Rachel? Ela é do tipo que prefere boates e shows. Maitê  e Zoe seriam uma boa opção, se sair com elas não fizesse de mim uma vela. – riu. – Não, é melhor eu vir sozinha. Mas quer saber um segredo? Eu gosto. Me faz pensar mais, refletir sobre as pessoas e o mundo. Acho que se eu não fosse musicista, talvez me tornasse uma filósofa, o que acha?



– Sócrates que se cuide, você tem umas teorias muito mais loucas que as dele. Ouch, Dulce . – Anahí gemeu quando recebeu um tapa no braço, as duas riram e a tensão foi esquecida. – Eu não sei, acho que você poderia ser o que quisesse...



Mas ela precisou parar de falar quando avistou onde tinham finalmente chego ao dobrarem a esquina. Todas aquelas luzes coloridas, música, dezenas de pessoas chegando com os carros e a pé; os olhos de Anahí  brilharam com a surpresa que teve. Elas estavam em Coney Island. Ela não conhecia muito de NY, nunca tinha estado naquele lado da cidade, mas agora tudo o que ela queria fazer era abraçar Dulce , aquilo era simplesmente mágico.



– Eu não posso acreditar! – exclamou sorrindo quando pararam em frente à entrada. – Esse lugar é mágico!



– Realmente é. Mas hoje nós não vamos ao parque, eu vou te levar ao meu lugar preferido no mundo todo. – explicou Dulce puxando-a até o outro lado da rua onde havia um pequeno clube com uma cerquinha de ferro preta em volta e várias mesinhas do lado de fora enquanto o letreiro em luzes de neon avermelhadas dizia: The Village, the best of the jazz. – Esse é um clube de Jazz, qualquer um pode me encontrar aqui nos meus piores momentos. É o meu lugar.



Elas entraram pela porta dupla sendo recepcionadas por uma deliciosa musica animada da banda que se apresentava ao vivo no pequeno palco mais ao fundo. O lugar não era muito grande, mas aconchegante. A luz era fraca e havia várias mesas espalhadas ao redor do perímetro com poucas pessoas acomodadas, no centro ficava a pista de dança que estava vazia por ainda ser começo de noite.



– Tem uma mesa vazia ali. – a pequena apontou para uma mesa um pouco mais perto do palco, Anahí imaginou que Dulce  gostasse de estar perto dos músicos e ficou feliz por conhecer um pouco mais esse lado romântico dela. – Eu já sentia saudade de estar aqui.



Sentaram-se à mesa pequena de dois lugares e logo um garçom negro de cabelos grisalhos que trajava um uniforme verde musgo e avental preto se aproximou com um sorriso genuíno nos lábios.



– Srta. Savinon! Há quanto tempo não a vejo por aqui. - o garçom disse um pouco animado fazendo uma pequena reverencia a garota.



Dulce pareceu animada em vê-lo, como se eles se conhecessem desde sempre.



– Eli! – ela quase gritou sorridente, o que fez a Anahí  conter um riso. – Eu estive tão ocupada com a faculdade que mal tive tempo de vir aqui. Anahí, este é Eli, nos conhecemos na minha primeira noite aqui quando ele me pegou admirando o piano.



O homem deu de ombros com um grande sorriso.



– Primeiro eu pensei que essa jovem garota poderia querer roubá-lo, então vi o caderno de música em suas mãos e o desejo mais do que evidente de tocar aquele piano. – ele contou com animação fazendo Dulce esconder o rosto entre as mãos e Anahí sorrir. Dois anos, querida Dulce , já faz dois anos.



– Era um Weinbach! Como eu não poderia admirá-lo? – ela contestou olhando de Eli para Anahí . – Então Eli me ofereceu refrigerante por conta da casa e puxou assunto sobre o que eu estava escrevendo, foi amor à primeira vista. – fechou a mão em punho erguendo-a no ar apenas para que Eli tocasse. – Eli, esta é Anahí, uma amiga.



A loira lançou um sorriso acolhedor ao homem que fez outra reverência fazendo Dulce  sorrir ainda mais.



– É um prazer, Srta. Anahí .



– O prazer é todo meu, Eli.



– Muito bem, já sabem o que vão pedir?



– Eu quero um queijo mozzarella e tomate como um arranque, por favor. – pediu a pequena sem nem ao menos consultar o cardápio. Anahí  franziu o cenho.



– Um Magret de Canard e um Porto Dow Vintage. – disse Anahí  fechando o cardápio e o entregando a Eli que saiu com os pedidos as deixando finalmente a sós.



– Vinho, uh? – a pequena comentou brincalhona.



– Eu não vou dirigir mesmo. E não é como se alguém fosse me embebedar para se aproveitar disso depois, não é? – rebateu Anahí  fazendo Dulce recuar na cadeira e fechar a cara. – Não precisa ficar com ciúmes, Rachel não está aqui e eu não preciso estar bêbada para querer beijar você.



O comentário pegou Dulce  desprevenida, ela viu o sorriso malandro brincando nos lábios de Anahí . Droga, ela sabia que tinha corado.



– Você é muito fofa.



– Não é?



– Anahí !



– O que foi? Eu realmente sou adorável. – riu apertando o nariz de Dulce em brincadeira e recebendo uma careta em resposta. Quando ficaram sérias, resolveu matar a curiosidade. – Você disse que não vinha mais aqui, o que houve?



13 de Novembro de 2023. - 4th Avenue, Chicago, Estados Unidos.



Ela estava sentada em frente àquela deslumbrante mulher loira que vinha lhe oferecendo convites para aquele bar na 4th Avenue. Elas tinham se conhecido semanas atrás em uma apresentação em Chicago quando sua banda sinfônica precisou de uma solista. Era a oitava mulher com quem saía desde que se recuperou e, infelizmente, tentava de todas as formas encontrar algum vestígio de Anahí em alguma delas. Porém, não estava sentindo-se confortável naquele primeiro encontro, Becca, era o nome da mulher, não se mostrava realmente interessada em saber sobre sua história; apenas sorria forçadamente e, quando segurou sua mão pela primeira vez, não sentiu as malditas borboletas que precisava a todo custo sentir novamente.



Era quase como se elas tivessem ido embora com Anahí .



03 de Novembro de 2017. - Primeiro ano da faculdade.



– Eu realmente tenho estudado muito e... desde que você entrou na minha vida eu não tenho feito muita coisa. – explicou Dulce de forma carinhosa sem tirar os olhos de Anahí . – Não de uma forma ruim, eu só tenho dedicado mais do meu tempo a você, então acho que isso é bom, certo?



Anahí  segurou a mão da pequena por cima da mesa com uma expressão adorável, de quem estava se apaixonando outra vez.



– Eu fico feliz que tenha compartilhado seu tempo comigo e que agora estejamos aqui. É uma honra para mim, Dulce, e eu quero muito que você saiba disso.



A pequena sorriu observando suas mãos ligadas por cima da mesa; sentia-se tão bem nesse momento que poderia revivê-lo para sempre.



– Eu estou fazendo isso porque quero compartilhar muito mais com você, Anahí. – disse pausadamente, tomando seu tomando para ser sincera. – Eu lhe trouxe aqui de metrô porque é o que eu faço. Todos os dias pego o metrô para faculdade, para cidade, para qualquer coisa. Sei que parece algo bobo querer fazer você viver isso, mas eu vivo tudo intensamente, entende? Se vamos fazer isso, quero que você saiba quem eu realmente sou. Meus pais não tem muito dinheiro, eu não frequento lugares caros, tenho apenas três amigas. Duas. Já que Rachel vem tentando roubar você de mim. – sorriu tristemente. – Eu não quero ter um coração partido...é só o que eu peço.



Segurou-se ao máximo para não deixar que as lágrimas caíssem na frente de Anahí , mas foi impossível conter aquela dorzinha no peito de quem estava pedindo para ser amada de volta sem ser machucada.



– Dulce ? – chamou Anahí  com a voz baixa. – Eu quero saber tudo sobre você e sua história, porque independente do que aconteceu, isso trouxe você até aqui, até mim.



13 de Novembro de 2023. - 4th Avenue, Chicago, Estados Unidos.



Era exaustivo demais procurar por detalhes dela em outras pessoas, como, por exemplo, o olhar. Becca não a olhava com a ternura de Anahí, aquele brilho apaixonado não estava ali, Dulce não conseguia enxergá-lo por mais que tentasse e isso era totalmente frustrante.



Um jovem garçom aproximou-se e Becca tinha se oferecido para escolher os pedidos. Também acabou esquecendo de que Dulce era vegetariana, pedindo filé para a mesma.



Anahí nunca esqueceu.



As duas mulheres notaram que o garçom não parava de encarar Dulce e isso acabou a deixando um pouco desconfortável na presença de Becca, mas ao contrário de qualquer expectativa já excedida, a loira não se mostrou enciumada e até mesmo sorriu de forma exagerada ao homem.



03 de Novembro de 2017. - Primeiro ano da faculdade.



E então havia essa garota no outro lado do clube sentada com mais três amigas no balcão que não parava de encarar Dulce. Anahí tinha notado desde que chegaram e sua perna esquerda saltava embaixo da mesa enquanto bagunçava o cabelo quase que freneticamente.



– Sabe, você vai acabar matando a garota apenas com o olhar que está lançando a ela. – a pequena comentou achando aquilo uma graça enquanto servia-se com um pouco mais de vinho.



Anahí fechou os olhos e era quase como se contasse mentalmente.



– Eu pratiquei esgrima e judô quando jovem, poderia facilmente atravessar o bar e acabar com ela agora só pelo maldito olhar safado que está dando a você.



– No entanto? – perguntou Dulce erguendo uma sobrancelha.



Anahí  bufou.



– No entanto, esse é nosso primeiro encontro e eu não vou estragar isso. – suspirou desviando o olhar de volta para Dulce e vendo o sorriso brincalhão dela. – Desculpe-me agir como uma idiota, você deve achar que sou uma piada.



Ela estava totalmente enganada.



– Eu não poderia estar mais feliz, Anahí. Todas as suas manias te tornam uma pessoa adorável, mesmo quando tenta me tirar do sério.



Anahí  revirou os olhos e continuou a comer esquecendo por completo a garota do outro lado do clube.



– Algumas pessoas – de repente a voz de Dulce a fez levantar os olhos do prato. – algumas pessoas idealizam o amor da forma errada. – suspirou afastando um pouco o prato e brincando com uma gota de vinho na taça para não ter que focar nos olhos azulados e perder as palavras. – Eu cresci assistindo meus pais serem amigos a maior parte do tempo, vi minha mãe ser o escudo protetor do meu pai quando ele mais precisou e vi meu pai tratá-la como uma rainha. Eu vejo as pessoas procurarem pelo amor verdadeiro em cada esquina como se fosse uma peça perdida e acho que eles estão enganados. – Anahí tinha abandonado por completo sua refeição perdida na expressão de concentração de Dulce ao dizer aquelas palavras. – O amor não é algo a ser encontrado e sim a ser construído. O amor não se trata apenas do romance em si, mas também do companheirismo e da cumplicidade, algo que não enxergo na maioria dos casais hoje em dia. Mas quando eu olho para você, Anahí – finalmente levantou os olhos e a encarou. – quando eu olho para você enxergo paixão em seus olhos e eu sei que não parece, mas tenho observado a maneira como me trata. Você me trata como uma rainha. – sorriu com a ironia do mundo e ficou surpresa quando a mão de Anahí  pegou a sua outra vez por cima da mesa passando-lhe confiança para continuar. – Eu estou apaixonada porque você me conquistou; você faz essa parte do meu corpo – acariciou com a outra mão o lado esquerdo do peito. - sentir-se viva e, honestamente, eu já sou sua.



A atmosfera era praticamente invisível naquele momento. Havia fogo, paixão, descoberta e felicidade na troca de olhares que tiveram. Palavras eram quase desnecessárias para expressar o sentimento que abraçava Anahí e Dulce.



13 de Novembro de 2023. - 4th Avenue, Chicago, Estados Unidos



Quase três horas tinham se passado e a única conversa que fluía entre as duas era sobre apresentações e eventos. Dulce estava entediada brincando com o copo em cima da mesa, sentia-se embriagada depois de beber tanto, mas era a única opção para aliviar seu tédio. Em momentos como esse ela tinha adquirido um método muito funcional: enquanto a outra pessoa falava, ela apenas balançava a cabeça e concordava, mesmo que não estivesse realmente prestando atenção.



Uma música animada começou a tocar e algumas pessoas tinham se levantado para dançarem, Dulce até mesmo animou-se com a música, que mesmo desconhecida, poderia agitar um pouco as coisas entre elas.



– Vamos dançar um pouco, o que acha? – perguntou mais animada, sentia falta de dançar com alguém e quem sabe ela poderia se conectar com Becca na pista de dança?



A loira olhou para trás observando as pessoas dançarem com uma careta tirando o celular do bolso e desbloqueando a tela.



– Não, obrigada. – disse desviando sua atenção ao aparelho. – Pode ir se quiser, eu não gosto de dançar.



Dulce bateu as costas na cadeira sentindo-se pior do que antes. Becca tinha se mostrado uma pessoa totalmente diferente nos pequenos encontros que tiveram com a banda e, por mais que não quisesse, a pequena tinha criado expectativas.



Mais um nome apagado em sua agenda telefônica.



03 de Novembro de 2017. - Primeiro ano da faculdade.



A banda começou a tocar uma das músicas mais famosas de Ella Fitzgerald para a alegria de Dulce que arregalou os olhos fazendo Anahí quase engasgar com o vinho pelo susto.



– Oh, meu Deus! – exclamou tapando a boca. – Eu amo essa música, é quase um hino das minhas noites de insônia.



– Pensei que só ouvisse Billie Holiday.



– Calada, Anahí ! – a pequena fechou os olhos contemplando a música sem se importar se estava ou não sendo ridícula. – Cry me a river é uma das melhores músicas já criada nesse mundo.



Anahí pensou que talvez Dulce pudesse ter algum tipo de distúrbio que os médicos ainda não tinham descoberto. E se fosse contagioso? Em breve ela estaria balançando a cabeça ao estilo Stevie Wonder. Observando melhor, talvez não houvesse nada no mundo que Anahí quisesse mais que enlouquecer ao lado de Dulce.



Anahí levantou-se da mesa estendendo a mão para a pequena que demorou alguns segundos até se dar conta da garota parada ao seu lado. Quando abriu os olhos, sentiu vontade de chorar em alegria, era um dos seus muitos sonhos clichês: Ser convidada para dançar. Sem hesitar, aceitou de bom grado e deixou-se ser guiada até a pista de dança onde poucos casais dançavam. A melhor parte de se estar no The Village é que ninguém se importa se você é heterossexual ou homossexual, o clube era exclusivamente para pessoas que amavam dançar um bom jazz e estar com quem se ama ou até mesmo sozinho.



Anahí deu uma pequena piscadela para a garota antes de aproximar-se dela e enlaçar sua cintura cuidadosamente com a outra enquanto as mãos de Dulce  encontravam a nuca de Anahí  iniciando um carinho gostoso no local. Era quase protetora a forma como dançavam suavemente no ritmo da música, a boca de Anahí inspirando o cheiro de shampoo dos cabelos macios de Dulce, deixando em seguida pequenos beijos no ombro da pequena.



– Eu não pensei que poderia acontecer tão rápido – sussurrou no ouvido da garota. – mas naquele dia você tocou também o meu coração, Dulce. E eu estou tão absurdamente feliz por isso, por ser você, eu não idealizaria alguém melhor que você. É tão novo sentir essas borboletas no estômago que estou sentindo agora.



As mãos de Dulce se agarraram com mais necessidade na nuca de Anahí ao ouvir essas palavras, então se abraçaram e continuaram a dançar.



– Nós vamos fazer isso funcionar porque somos amigas e essa é a parte mais difícil. – continuou. – E você não está facilitando as coisas nesse vestido curto.



Dulce riu e ainda não disse nada apreciando o fato de sentir-se totalmente protegida do mundo naqueles braços que a rodeavam.



– Eu não me importo com dinheiro e muito menos se você veio ou não de uma família pobre. Confesso que não sou fã número um de metrôs ou qualquer coisa pública, mas estou disposta a aprender mais sobre isso, a conhecer esse lado que nunca me foi permitido chegar perto. Eu posso até ir de metrô para Juilliard com você se quiser, eu vou fazer qualquer coisa por esse relacionamento.



A pequena afastou a cabeça o suficiente para encontrar os olhos que, mesmo com o ambiente mal iluminado, transmitiam um brilho diferente que a atraía com magnetismo.



– Relacionamento? – perguntou surpresa. – Então nós estamos em um relacionamento?



Anahí pensou se deveria ou não ter sugerido isso, mas no momento não havia coisa mais certa a se fazer.



– Você é minha e eu sou sua. Isso me soa como um relacionamento.



– Você é minha? – Dulce parecia uma criança feliz.



– Desde o primeiro momento, Dulce Maria Savinon. – garantiu Anahí voltando a encostar suas cabeças e dando continuidade a dança que lhes permitia aproveitar um pouco do calor do corpo uma da outra e o clima romântico.



13 de Novembro de 2023 - 4th Avenue, Chicago, Estados Unidos



Nada mais poderia ser feito porque aquilo nem deveria ter começado. Era quase insano procurar por características de alguém em outra pessoa, fazer comparações ridículas em sua mente, era quase... Doentio. Dulce sabia que não era certo fazer isso consigo mesma e muito menos com outras pessoas, então vagueou os olhos pelo lugar até encontrar uma plaquinha que indicasse o banheiro.



– Eu vou ao banheiro. – disse infeliz ao levantar-se subitamente, quando Becca fez menção de levantar também, a empurrou de volta na cadeira. – Sozinha. Eu gosto de privacidade, desculpe.



Becca provavelmente pensara que era um convite para uma pequena festa no box do banheiro, mas quando se deu conta de que estava errada, fechou a cara e voltou a mexer no celular.



Dulce saiu correndo entre as pessoas e atravessou a pista olhando para trás somente quando já estava na porta de saída.



Ela suspirou contendo as lágrimas e saiu do lugar sentindo-se suja, miserável, desejando nunca ter estado ali.



03 de Novembro de 2017. - Primeiro ano da faculdade.



Anahí e Dulce agora caminhavam à beira da praia de Coney Island. O casal, como agora se permitiam chamar, andava de mãos dadas e Dulce segurava o par de Scarpin com a mão livre. O coque tinha sido desfeito por uma brincadeira de Anahi que em troca ganhou marcas de batom por todo o rosto.



– Você disse que sua mãe foi o escudo de seu pai quando ele mais precisou... – Anahí começou quando pararam de frente ao mar. Dulce a abraçou de lado e deitou a cabeça em seu ombro. – O que houve?



A praia não estava muito movimentada devido ao horário e o som das ondas era uma boa forma de relaxar a tensão da pergunta delicada.



– Quando eu tinha dezessete anos, meu pai foi constatado com tumor cerebral. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida – sua voz era quase inaudível devido à dificuldade de falar naquele assunto. – Eu abandonei a escola por quase um ano, minha mãe parou de trabalhar e meu pai precisou se afastar do serviço. Nós gastamos até o que não tínhamos com o tratamento, demitimos a babá de Cláudia, vendemos algumas coisas em casa...as coisas realmente pareciam perdidas.



Anahí não se conteve, virou Dulce para ela e a abraçou de frente deixando pequenos beijos por toda a extensão do rosto dela, até mesmo nas lágrimas que começaram a rolar pela face da pequena.



– Foi o único momento em que parei de sonhar desde que me conheço por gente. Foi como...como se a música de repente ficasse silenciosa e os holofotes se apagassem. Eu só conseguia rezar a noite, eu dizia a Deus que tudo bem se eu não conseguisse entrar em Juilliard contanto que meu pai ficasse bem. Eu rezei dia após dia... – soluçou deixando suas duas mãos no peito de Anahí, a testa repousando no queixo de Anahí. – Quando eu passava a noite no hospital, ele me fazia prometer que independente do que acontecesse, eu nunca deixaria a música morrer dentro de mim, que eu iria ao teste e...me lembro de dizer aos jurados que estava dedicando minha audição ao meu pai. Eu sei que era arriscado, mas o fiz mesmo assim porque era o certo. Era por ele que eu estava ali. Dois dias depois ele foi operado e foi um sucesso. – a camisa de Anahi já estava encharcada com as lágrimas furiosas de Dulce, mas ela não se importava, sentia-se comovida ao ponto de também estar chorando silenciosamente enquanto a abraçava o mais forte que podia. – E na mesma semana em que ele voltou para casa, recebi a carta de Juilliard dizendo que fui aprovada.



– Eu sinto muito, Dulce. – Anahí se fez de forte para a pessoa mais linda que conhecia. Segurou o rosto da pequena entre as mãos e enxugou suas lágrimas. – Eu sinto muito pelo que houve e também agradeço a Deus por Fernando estar vivo. Droga, eu sou tão apaixonada por você!



Elas riram entre as lágrimas e voltaram a se abraçar pelo que pareceu uma eternidade. Quando se deram conta de que já era tarde, tomaram um táxi e voltaram abraçadas em silêncio até a casa dos Savinon, estavam exaustas de uma noite reveladora.



– Bom, eu acho que é a minha hora de ir. – Anahi disse abrindo a porta do Dodge e voltando-se para Dulce que abraçava o próprio corpo devido à brisa fria. – Eu tive uma grande noite, Dulce.



– Sim, onde eu chorei na maior parte dela. – brincou a pequena chutando uma pedra. – Eu não sei como são os primeiros encontros, mas estou feliz da forma como fizemos isso.



Anahí puxou Dulce pela cintura para mais perto e beijou seus lábios suavemente antes de dizer:



– Talvez porque fomos apenas as duas patetas que costumamos ser. – deu outro beijo. – Mas também estou feliz por conhecer mais de você. Sua história é linda, assim como você e sua família.



Foi totalmente sincera, ela amava Fernando e Blanca, sem contar que Cláudia era a criança mais adorável do mundo e lhe tratava como uma irmã mais velha. Dulce respondeu com outro beijo que começou de forma lenta e acanhada, levou um tempo até introduzir sua língua na boca de Anahí que suspirou com o contato. Ser dominante era um ato totalmente novo para Anahi e ela precisava admitir que estava gostando até demais, principalmente quando sentia as mãos inseguras de Dulce em suas costas e seu corpo todo arrepiado com a profundidade do beijo.



A luz da varanda foi acesa e as duas pularam para trás quase num salto quando a porta da frente foi aberta. Fernando apareceu com o cabelo bagunçado e uma Cláudia sonolenta no colo, ele sorriu quando viu as duas garotas e acenou para que elas se aproximassem.



– Eu pensei ter ouvido barulho de carro e arrisquei que fosse o táxi. – disse fazendo-se de inocente. – Espero que tenham se divertido.



As garotas trocaram olhares cúmplices.



– Não poderia ter sido mais divertido. –Dulce respondeu estendendo os braços para Cláudia que se aninhou ao colo da irmã. – Pelo jeito essa pequena esperou que eu chegasse.



Cláudia murmurou alguma coisa inaudível no pescoço de Dulce e Fernando riu.



– É melhor eu ir. – Anahi disse dando um beijo na cabeça de Cláudia e desviando sua atenção para Dulce. – Te vejo amanhã?



– Você pode vir aqui depois da aula, Maitê e Zoe também virão. – comentou envergonhada pelo pai estar ouvindo a conversa.



Anahí apenas concordou com a cabeça e deixou um beijo na bochecha de Dulce, mesmo que sua consciência gritasse pelos lábios macios da pequena. Mas Fernando estava com os olhos fixos nela como se soubesse o que ela estava pensando e isso realmente a assustou.



– Vou levá-la para a cama. Boa noite, Anahi.



Dulce se despediu entrando com Claudia, pensava que Anahi iria embora em seguida, mas ao contrário disso, ela esperou até a pequena desaparecer nas escadas com Claudia para estender sua mão a Fernando e dizer sincera:



– O senhor é um bom homem e Dulce o ama muito. Eu só quero que saiba que estarei aqui por ela e por vocês sempre que precisarem, é uma promessa, senhor.



Fernando estava estático quando Anahi soltou sua mão e com um meio sorriso, deixou a varanda. Ela estava mais do que satisfeita pela noite. Tinha superado todas as suas expectativas sendo apenas ela mesma e conhecendo um lado de Dulce que nunca poderia imaginar. Havia tanto coisa no mundo ainda a ser aprendido, se dava conta agora.



Primeiros encontros. Na maioria das vezes ficamos nervosos e ansiosos nos perguntando se a pessoa vai ou não gostar de quem somos, é por isso que nos montamos, é quase um personagem. O problema são os segundos, terceiros, quartos encontros... O que vamos apresentar quando a máscara cair? Se você é sério, seja sério. Se for idiota, seja idiota. Mostre-se, apresente o seu eu para que aquela pessoa possa ser ela também. Não há nada melhor que a sinceridade num primeiro encontro; é quando sabemos se haverá o segundo ou não.



**********



Música da dança: Ella Fitzgerald - Cry me a river




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3 de Dezembro de 2014. - Primeiro ano da faculdade. Um mês se passou desde o primeiro encontro não formal entre Dulce e Anahí  As duas garotas combinaram em manter a relação em segredo enquanto construíam algo sólido somente delas, o que não foi uma tarefa difícil, qualquer estranho poderia notar o grude q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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