Fanfics Brasil - Capítulo 15 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 15

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27 de Dezembro de 2017. – Primeiro ano da faculdade.



A noite era fria e a neve ainda caía lá fora cobrindo a cidade que nunca dorme com seu manto branco. Já era noite e a única luz presente do lado de fora era a lâmpada fraca da varanda e a lua que dava formas assustadoras às árvores com galhos espessos e cobertos de neve que cercavam a residência dos Savinon.



Sentados no banco de balanço da varanda estavam Fernando e Dulce estudando um novo livro que o pai da garota comparara numa loja de livros usados, ele sabia que já tinham lido todo o estoque da prateleira da sala, então não hesitou quando viu o nome de Emily Dickinson na capa; seria a primeira poetisa que leriam e o homem não poderia estar mais excitado com a ideia.



- Eis minha carta ao mundo, que a mim nunca escreveu singelas notícias que a natureza deu, com majestade e doçura, sua mensagem se destina. As mãos que nunca verei por amor a ela, doces conterrâneos, julgai-me com ternura.



Dulce lia com seu pai a acompanhando com outro exemplar de poemas, eles revezavam a leitura e aquela era a primeira vez que Anahí a ouvia recitar um poema. A garota estava encostada no batente da porta de entrada com uma xícara de leite quente em mãos e os olhos enterrados no perfil da figura que carregava seu coração. Dulce não só tinha o dom da música, mas quando ela lia... Os sentimentos que eram expostos junto às palavras tinha um grande poder sobre Anahí que por um momento desejou poder ouvir aquela doce voz recitar poemas a ela pelo resto da sua vida. Ela amava tudo sobre Dulce, desde seu fino nariz até seu maxilar trincado sempre que procurava por concentração. Os olhos castanhos... A mais nova dizia que os olhos de Anahi que a encantavam, mas ela não fazia ideia de que os seus prendiam Anahí num mundo paralelo onde finais felizes não eram uma opção ou sorte.



Eles apenas existiam.



- Espiando, Anahí? – a voz de Blanca interrompeu seus pensamentos trazendo-a de volta à realidade da casa escura e fria. – Ah! Eles ainda estão aqui fora? Meu marido e Dulce sempre perdem a hora quando se enfiam nesses livros de poesia. – riu mais para si mesma do que para Anahí ao sentar-se na mesa de jantar da sala arrumando seu robe amarelo. Anahí a acompanhou. – Você quer mais leite?



Anahí negou com a cabeça oferecendo um sorriso à mulher que tanto lhe agradava. Era verdade que Blanca tinha se tornado sua segunda mãe, ainda mais todos esses dias em que esteve hospedada na casa de Dulce para o natal, a mulher sempre fazia questão de perguntar como ela estava e sobre sua família. E Fernando era seu pai, fazendo-a sentir-se confortável quando estava por perto, apesar das piadinhas sobre ela e Dulce dormirem com a porta do quarto aberta, ficar todos estes dias naquela casa só aumentou a certeza de Anahí do quão próximos os dois eram, uma conexão que ela desejou poder ter com seu pai.



- Não, obrigada. – suspirou esforçando-se para ficar acordada e não desmaiar na mesa. Naquela manhã tinha ido pela primeira vez numa igreja com os pais de Dulce, e à tarde os cinco foram patinar no lago congelado do Queen's. Ela poderia dizer que estava cansada e precisava dormir considerando que teriam muito a fazer no dia seguinte com a ideia de tomar café da manhã com Dulce no The Village e a pequena festa de Zoe à noite. – Dulce e Fernando sempre foram assim?



A pergunta escapou de sua boca antes que pudesse notar o que estava dizendo, mas Blanca concordou com a cabeça cruzando as mãos em cima da mesa.



- Fernando fazia parte de uma banda sinfônica quando jovem - ela começou a contar observando a imagem do marido e da filha pelo vidro embaçado da sala. – eu o conheci ainda na faculdade, assim como vocês. Era o último ano e minhas amigas decidiram ir a um pequeno concerto, ele era o violonista e também o mais charmoso, se me permite dizer. – sorriu corando. - Meia hora depois do término da apresentação ele me chamou para sair, e nas semanas seguintes eu o estava apresentando aos meus pais. – riu com a lembrança. – Então eu fiquei grávida de Dulce e Fernando decidiu que era hora de abandonar seus sonhos juvenis para se tornar pai de família. Eu sei que não foi fácil para ele deixar a música, sei disso porque durante toda a gestação ele insistia em tocar piano como se a menina fosse ouvi-lo. E acho que funcionou. – olhou em direção à porta com Anahí seguindo seu olhar. Um suspiro cansado escapou de seus lábios. – No México nós não tínhamos condições financeiras para criar Dulce e seguir um sonho. Fernando precisou abdicar de um dos dois.





Por algum motivo desconhecido, Anahí sentiu uma mísera vontade de chorar. Ela queria correr lá fora e gritar para a mais nova que a amava com todas as forças de seu ser, ainda que não houvesse um motivo especifico para isso.



- Eu tenho certeza que funcionou. – comentou olhando de volta para a mulher. – Dulce tem o dom da música, ela nasceu para isso.



Blanca concordou com a cabeça e continuou:



- Fernando sempre a incentivou com a música. Ele sabia que se não fosse o que ela escolhesse para sua vida, nós a apoiaríamos com a mesma garra. Bom, como você vê, ela puxou totalmente ao pai. Meu marido a acompanhou em todos os concursos que participou e quando ela finalmente completou doze anos, comprou o piano da sala com muito esforço. – seus olhos agora começavam a marejar e Anahí sentiu vontade de abraçá-la. – Quando meu Fernando ficou doente, Dulce foi o que sustentou a esperança nessa casa, nem mesmo eu pude ser tão forte como ela. Naquele momento eu vi que ela estava retribuindo o que ele vinha fazendo por ela todo esse tempo, eu soube que nunca haveria uma conexão tão forte como a se Dulce com o pai. – limpou uma pequena lágrima que escorreu e sorriu para Anahi segurando a mão da mesma por cima da mesa. – Ela nunca teve ninguém antes de você para comparar, mas qualquer um pode enxergar o bem que você faz a ela,  Anahi. Dulce merece você e eu sei que você a merece. Só... Não a machuque, por favor. Dulce não é só minha filha, ela é a coluna que sustenta essa casa e se ela cair, tudo pode desmoronar junto. Ela é uma pessoa extremamente sensível e está depositando em você toda a confiança que existe nela.



A pressão em seu peito apertou e por um momento chegou a sentir falta de ar. Os olhos de Blanca em si não eram de alerta e ameaça, eram suplicantes e esperançosos. O que ela poderia dizer num momento como este?**



- Eu amo Dulce. – disse apertando a mão da mulher em resposta. – Vou fazer o possível e o impossível para vê-la feliz.



Antes que a mulher pudesse responder, Fernando e Dulce adentraram a sala conversando animadamente sobre algo que Anahi não conseguiu entender, apenas sentiu quando braços finos entrelaçaram seu pescoço por trás e recebeu um beijo no pescoço provocando arrepios em seu corpo.



- Vocês podem usar o quarto, não preciso dessa glicose. – resmungou Fernando passando por elas e se jogando no sofá. – Onde está Cláudia?



- Dormindo. – respondeu Blanca prontamente se dirigindo ao marido e sentando-se ao lado dele. – E acho que logo alguém vai estar dormindo sobre a mesa de jantar se não subir logo.



Todos olharam para uma Anahí sonolenta que não fez questão de erguer o rosto, estava concentrada demais com a respiração quente de Dulce em seu pescoço acalmando sua mente como sempre fazia.



- Esperou esse tempo todo por mim? – sussurrou a mais nova fazendo uma trilha de beijos no maxilar da namorada. Anahí assentiu. – Awn, amor, você é tão fofa.



- Eu sei? – respondeu brincalhona, ainda que seus olhos estivessem quase fechados.



Dulce fungou e a puxou pelo braço para que ficasse em pé.



- Venha, vamos para o quarto. – abraçou o lado de Anahi a conduzindo até a escada.



- Porta aberta, meninas. – alertou Fernando do sofá. – Não quero ter que cortar os dedos de Anahi.



Anahí arregalou os olhos e Dulce gargalhou ao seu lado.



- Eu realmente não seria uma mulher satisfeita se minha namorada não tivesse dedos.



Anahí a olhou feio e entrou no quarto quase correndo quando seus olhos encontraram a cama, era tudo o que ela precisava agora, uma boa e longa noite de...



- Hey? – ouviu a mais nova chamá-la, mas não deu ouvidos e se enfiou debaixo dos edredons agarrando o travesseiro contra seu corpo. – Anahí!



Sério, ela amava sua namorada com tudo de si, mas ela precisava ser chata na hora de dormir? Justo naquele momento sagrado que ela vinha sonhando há quase duas horas enquanto a esperava para subir? Dulce não poderia ser uma garota normal e apenas ir dormir também?



Não, ela não poderia.***



- Jesus, pare de ser tão chata e me dê atenção. – resmungou e Anahí sentiu o colchão afundar ao seu lado, mas não se virou. – Anahí? Por favorzinho?



- Huuumpf. – murmurou contra a vontade. – Você pode calar a boca e dormir?



Estranhou quando não teve resposta, mas quase morreu do coração quando Dulce deitou em cima dela deixando todo o peso do corpo a esmagar contra a cama. A mais nova obrigou o corpo de Anahí a se virar até estar de barriga para cima e ela montou em sua barriga, mas Anahí ainda continuava de olhos fechados na esperança de que ela desistisse.



- Como é que fui arrumar uma mulher tão preguiçosa?



- Pode conseguir outra em Juilliard se está insatisfeita com essa preguiçosa. – respondeu naturalmente sem abrir os olhos.



Ouviu Dulce bufar e deitar a cabeça em seu peito.



- Não! Eu prefiro ter minha zangada que não me da atenção. – fez beicinho fazendo uma trilha com o dedo médio e indicador no braço esquerdo de Anahí. – Nós só temos mais dois dias antes das aulas voltarem, não vou mais ter você todos os dias na minha cama...



Era totalmente injusto ela fazer aquela voz de criança abandonada porque no fundo sabia que era o ponto fraco de Anahí. A loira abriu os olhos contando mentalmente para não jogar Dulce do outro lado do quarto e entrelaçou sua cintura com os braços.



- Você é um bebê, sabe disso, não é? – brincou subindo uma mão ao cabelo de Dulce para um leve carinho.



- Desculpe, amor. – pediu erguendo o rosto na altura do de Anahí. – Eu só sinto sua falta quando não está por perto, acho que sou carente de você.



Anahi riu do comentário e puxou Dulce para cima até que a mais nova tivesse enterrado o rosto na curva de seu pescoço, sua mão que antes estava no cabelo foi direto ao pescoço quente provocando pequenos arrepios na mais nova.



- Você sabe que eu vou te buscar todos os dias, e dormir aqui nos finais de semana. Já não é o bastante?



- As pessoas em Juilliard vão começar a desconfiar.



E lá estavam elas naquele ponto que deixava Anahí desconfortável. Mesmo que Anahi não dissesse, ela sabia que a mais nova queria algo mais estável além das alianças, um relacionamento assumido e não algo escondido como o que estavam mantendo. Anahí sabia o quão decepcionante era ter que soltar a mão de Dulce ou agir como amiga perto dos outros, mas seu medo ainda era maior que qualquer coisa. Anahí foi criada num ambiente totalmente rígido, ela aprendeu que as pessoas são más e que a opinião delas pode sim, afetar seu dia a dia, é quase impossível tirar-lhe estes pensamentos uma vez que já tinham intoxicado todo seu cérebro.



- Pequena... – tentou, mas nada saiu. Ela não gostava de deixar Dulce triste, sentia-se a pior pessoa do mundo quando via os olhos castanhos caírem em decepção, mas ela não sabia mais o que fazer. – Desculpe.



Dulce se desvencilhou dos braços de Anahí deitando na cama e se enfiando em baixo do edredom enquanto encarava Anahi, seus narizes se tocavam e as respirações se encontravam numa sintonia perfeita. Os olhos de Anahí refletiam culpa e Dulce podia ver isso, no fundo ela sabia que não era culpa da namorada o medo existente dentro dela.



O problema maior era que Anahi sempre fugia do assunto sobre contar aos pais ou assumir o namoro, e isso machucava Dulce de certa forma. Um relacionamento é constituído por duas pessoas, não funciona se uma delas não se abre a respeito de seus sentimentos mais intensos.



- Eu entendo, desculpe tocar nesse assunto. – mentiu levando sua mão ao rosto de Anahí. – Eu não sei como deve ser para você, mas prometo ser paciente e estar ao seu lado, ok?



Anahí sorriu de lado e deu um beijo leve nos lábios da namorada.



- Você é linda. – disse tão baixo que se Dulce não estivesse perto o suficiente não escutaria. – Eu amo o seu sorriso, amo a forma como seus olhos se fecham quando está sorrindo, amo o som da sua voz, a forma como enxerga o mundo, como está sempre procurando o melhor das pessoas. – segurou a mão de Dulce em seu rosto e beijou a palma. – Eu amo você, amo sua música, amo a forma como lê poesia, amo seu cheiro de Marshmellow, sua pele, cada parte do seu corpo...



O coração da mais nova acelerou com aquelas palavras e ela não pode deixar Anahí terminar, no momento seguinte estava beijando-a apaixonadamente. Sem segundas intenções, apenas um beijo sentimental e carregado de amor. Dulce não tinha dúvidas, elas se amavam numa proporção igual, o suficiente para enfrentarem o que quer que as esperasse lá fora.



E pela segunda vez naquela noite, Anahí sentiu vontade de chorar. Era inexplicável a sensação dos lábios de Dulce nos seus, em suas línguas se entrelaçando; era a fonte de energia que ela precisava. Era como... Um poço da juventude, isso... Sempre que ela precisasse se sentir capaz, forte e jovem, beijaria os lábios daquela pessoa maravilhosa.



- Amor? – Dulce chamou ainda em seus lábios quando sentiu o gosto salgado em meio ao beijo, e, ao abrir os olhos, viu que Anahí estava chorando. – Amor, o que foi?  - Anahí negou com a cabeça e voltou a beijá-la puxando sua cintura para mais perto, mas Dulce fechou a boca e empurrou levemente seu ombro. – Anahí? Olha para mim, por favor.



As esferas azulados reapareceram por detrás das pálpebras e Dulce sentiu seu coração afundar. Deveria ser proibido aquele anjo chorar, foi um dos momentos em que ela soube que faria qualquer coisa para não ver sua namorada naquele estado.



- Eu só amo muito você. – disse controlando a respiração, mas ela não tinha mais vergonha de Dulce, sabia que poderia chorar sem parecer uma idiota. – Não importa o aconteça, não se esqueça disso.



Dulce não entendeu o que ela quis dizer com isso, mas puxou seu corpo para que Anahí deitasse em seu peito.



- Eu sei. Você provou isso no momento em que me olhou pela primeira vez, Anahí. – respirou cobrindo as duas com o edredom. – Você não precisa provar nada, eu posso ver na maneira como me trata.



- Eu te amo. – a voz de Anahí agora era sonolenta, aconchegada ao peito de Dulce e acompanhando a ascensão e queda do peito da mais nova.



- Eu te amo mais.



*******

******

*****





O som estridente do despertador ecoou pelo quarto fazendo Dulce saltar de susto na cama com o coração acelerado e o mundo girando quando abriu os olhos. Odiava ser acordada bruscamente, odiava mais ainda ter que acordar cedo. Tateou a mão no criado mudo até encontrar o aparelho berrante e apertou todos os botões possíveis até finalmente o silêncio tomar conta do quarto fazendo sua mente relaxar. Respirou aliviada procurando por um corpo quente ao seu lado, mas tudo o que encontrou foi um amontoado de travesseiros e edredons.



Estranhou.



- Anahí? – chamou olhando para a porta do banheiro, mas ninguém respondeu.



Olhou a hora pelo celular e bocejou constatando que Anahí já deveria estar pronta no andar de baixo esperando por ela.



Cerca de uma hora depois já tinha tomado um banho quente e estava devidamente pronta para o café da manhã com uma calça jeans clara, all star vermelho e cacharrel branca. Pegou a mochila que tinha preparado na noite anterior para a casa de Zoe e desceu as escadas correndo pulando os degraus como uma criança de oito anos.



- Você vai acabar ficando sem namorada, Anahí. – comentou Blanca da poltrona para uma Anahí totalmente concentrada no desenho que passava na TV. – Bom dia.



Blanca estava deitada no sofá com a cabeça apoiada nas pernas de Anahí e Dulce ergueu uma sobrancelha irônica com essa visão. Quer dizer que Anahí havia conquistado até mesmo sua irmã mais nova?



- Bom dia, minha linda! Eu estou pronta para a aventura. – avisou aproximando-se do sofá e dando um selinho demorado na namorada enquanto Blanca ria da falsa animação da filha.



Anahí usava suas costumeiras calças jeans skinny na cor preta, um blazer bege por cima de uma camiseta dos rolling Stones; nos pés o all star preto e branco todo surrado e os cabelos soltos jogados no ombro direito.



- Bom, pequena, eu preciso ir, ok? – Anahí disse a Cláudia que concordou com a cabeça e ajoelhou-se no sofá para dar um beijo em sua bochecha. – Até amanhã, Blanca.



Dilce também se despediu da irmã mais nova e da mãe, seu pai provavelmente já tinha ido trabalhar então pediu que Blanca a abraçasse por ele. O casal entrou no Dodge de Anahí e seguiram ao The Village ouvindo uma música suave na rádio enquanto conversavam sobre coisas banais. Escolheram uma mesinha do lado de fora do clube podendo contemplar a vista de Coney Island, que àquela hora da manhã estava praticamente vazio se não fossem os funcionários, e uma parte do mar. Taylor ligou enquanto elas tomavam café da manhã, disse que sentia saudades da irmã e pediu que levasse Dulce à Miami no próximo final de semana para que a conhecesse. Anahí ficou tensa com o convite. Taylor queria aproveitar o sábado com a irmã e a cunhada antes de contar aos pais sobre a novidade no domingo, e ela queria mais do que qualquer coisa que pelo menos sua irmã mais velha estivesse por perto.



- Eu não quero pressionar você com esse assunto - ela disse enquanto caminhavam por Coney Island depois do café, cada uma com uma casquinha de sorvete mista. – minha irmã vai contar aos nossos pais sobre o bebê e ela quer que eu esteja lá. – Dulce a olhou atentamente e viu o nervosismo da namorada. - Ela também quer conhecer você antes de tudo acontecer. Então... Pequena, você quer conhecer meus pais? Seria como minha amiga, você sabe que não estou preparada para contar...



Dulce engoliu em seco e voltou a olhar em linha reta, tinham chego à grade que separava o parque da praia coberta de neve. Anahí estava tensa ao seu lado esperando a resposta, seu corpo todo tremia não só pelo frio, mas com medo do que a mais nova diria sobre agir como uma amiga na frente de seus pais.



- Tudo bem. Eu vou adorar conhecer sua família. – beijou o ombro de Anahí, mas Anahi desviou suavemente olhando para dois homens que passavam por elas. – Só não espere que eu conte a eles que Taylor está grávida.



As duas sorriram e Anahí respirou aliviada, ao menos Dulce não estava brava com ela.



- Vamos, acabe logo esse sorvete antes que ele derreta. – reclamou encostando seu sorvete de baunilha no nariz da mais nova e saindo em disparada com uma Dulce revoltada atrás dela.



Logo a tensão se esvaiu completamente e elas estavam brincando de novo. Dulce conseguiu alcançar Anahí atrás de uma barraca fechada e a encostou na lona passando praticamente todo o sorvete pelo rosto de anahi que gritava e se debatia tentando desviar, mas Dulce era forte e conseguiu segurá-la sujando todo o seu rosto com sorvete.



Quase na hora do almoço, Dulce implorou à Anahí que comparasse sanduíches, os dela vegetarianos, claro, e deu instruções para que a namorada seguisse com o carro por uma estrada localizada perto de sua casa. É claro que Anahí reclamou de por o carro numa estrada de terra acidentada como aquela, mas Dulce explicou que era porque ninguém mais vinha aqui.



- Você me trouxe a um lugar em ruínas para almoçar, que romântico! – disse Anahí irônica.



Dulce revirou os olhos.



Anahí apertou os olhos quando desceu do carro observando o lugar em que estava. Era um rancho abandonado e em ruínas; na entrada havia um arco totalmente destruído onde no topo deveria ficar o nome do lugar, mas a placa estava pendurada e enferrujada. O terreno era cercado por árvores e havia apenas uma figueira que parecia muito antiga perto do que parecia ser um estábulo também em ruínas. Os olhos de Anahí quase saltaram da órbita quando viu uma casa estilo vitoriano; metade do telhado estava destruída e o que deveria ser o branco das paredes da casa, estava encardido e descascando.



- Como achou isso? – perguntou extasiada com a beleza do lugar que, apesar de estar praticamente coberto por mato e neve, tinha uma magia incrível de quem quer que tenha morado lá.



- Eu costumava passar por aqui no caminho de casa, é um bom atalho se seguir pela cerca branca. – disse Dulce abraçando a si mesma com frio. -  Nunca entrei lá dentro, acho que as pessoas já devem ter saqueado tudo o que se tem direito.



Anahí concordou com a cabeça e olhou para a mais nova que batia os dentes soltando o vapor frio pela boca.



- Toma - disse tirando seu moletom de Columbia do banco de trás antes de trancar o carro. – eu sempre deixo esse moletom no banco de trás, sei que você é teimosa e sai sem blusa de frio.



Elas sorriam uma para a outra com amor antes de Dulce bicar os lábios da namorada que passou o braço direito em seu ombro a abraçando de lado para seguirem o caminho até a casa.



- Eu pretendo comprar essa casa um dia. – afirmou em tom de brincadeira. – Vou reconstruir aquele estábulo e criar cavalos pardos, como em Diário de uma paixão.



- Pelo que me lembro do livro, Noah não criava cavalos. E tenho certeza que esse lugar deve ser barato. – comentou Anahí risonha enquanto analisava as colunas grossas que sustentavam a casa. – Por que não está a venda?



- Ah, ela está. – apontou para uma placa fincada no chão logo na entrada do rancho, mas ela estava coberta de neve e ilegível devido ao tempo. – Qual é, Anahí. Nós moramos em New York, quem trocaria as luzes da grande cidade por uma casa no campo?



Ela tinha razão, infelizmente as pessoas naquela cidade se importavam mais com a atração que a cidade tinha a oferecer a ficar preso entre árvores numa casa antiga onde observar as estrelas seria a única atração.



Dulce e ela seriam estas pessoas.



- Nós vamos ter bancos de balanço aqui na entrada como na casa de seus pais, não é? – perguntou interessada quando chegaram à varanda.



Dulce a olhou com adoração por ela ter entrado na brincadeira.



- Este era o plano. Então eu posso ler meu livro enquanto você toca seu violão à noite. – abriu a porta que rangeu. Enfiou a cabeça lá dentro verificando se estava seguro. – Vem, acho que podemos entrar.



Abriu a porta por completo surpreendendo-se ao se deparar logo na entrada com um piano coberto de poeira que Dulce reconheceu ser um Steinway Model Z. Aquela parecia ser a sala pelos dois sofás de madeira que se encontravam no centro do cômodo e uma lareira na parede oposta. Elas observaram tudo com muita atenção, cada rico detalhe que esculpia aquela casa.



- Incrível. – Anahí murmurou como se pudesse chamar atenção de alguém se falasse alto.



Exploraram cada cômodo de mãos dadas, hora ou outra tapando o nariz pelo forte cheiro de mofo. O andar de cima era o mais interessante, havia três quartos e todos estavam mobiliados com os móveis de madeira antigos; o banheiro principal continha uma banheira vitoriana manchada, uma pia no mesmo estado e uma privada quebrada ao meio. A parte do teto que faltava era a da suíte, o piso de madeira do quarto estava cheio de neve, mas o cômodo não havia móvel algum.



- Esse definitivamente será o nosso quarto. – Anahí disse sorridente. – E vamos pintar aquela parede de vermelho. – apontou para a parede oposta.



- Eu adoro vermelho! – exclamou Dulce alegre. – Sei que vão nos chamar de loucas quando verem a coisa ridícula que vai ficar, mas que se dane, é o nosso quarto.



- Essa é a minha garota.



Elas riram como duas idiotas e continuaram a exploração do quarto. A porta da sacada estava sem vidro e Anahí precisou forçar para que ela abrisse.



- Caramba... – disse olhando a vista revestida de árvores cobertas por neve. – Esse lugar é...



- Lindo. – terminou Dulce, mas seus olhos na verdade estavam presos no perfil delicado da namorada que mais parecia uma criança feliz.



Anahí a olhou flagrando o olhar nada discreto em cima dela. Dulce corou, mas Anahí sorriu e enlaçou a cintura da pequena encostando sua testa na dela.******



- Obrigada por ser maravilhosa. – deu um beijo em sua bochecha. – Eu poderia gritar em plenos pulmões nesse lugar que amo você.



Dulce achou graça e segurou os ombros de Anahí deixando seus olhos se perderem nas esferas azuis.



- Você não faria isso, não p-



- Eu amo Dulce María! – gritou alto o suficiente para Dulce assustar e enterrar o rosto no peito de Anahí com vergonha, mesmo que não houvesse ninguém para escutar. – Eu, Anahí Giovana, estou apaixonada por Dulce María!



- Anahí! – gritou a mais nova segurando o rosto de Anahí entre as mãos. – Você é louca. – riu a puxando pela mão para dentro do quarto. – Ai! - exclamou quando tropeçou numa parte solta do assoalho.



- Tudo bem, amor? – Anahí perguntou preocupada segurando firmemente Dulce nos braços. – Essa merda estava solta... – abaixou-se verificando o pedaço de viga e estranhou o que viu.  – Amor...



Dulce ajoelhou-se ao lado de Anahí  procurando com os olhos o que a namorada apontava e uniu as sobrancelhas ao avistar um paco de cartas presas por um elástico em baixo do assoalho. As duas se entreolharam confusas e Anahí pegou as cartas com cuidado.



- Quem escondeu isso não queria mesmo que fossem encontradas. – constatou espalhando algumas cartas no chão depois de tirar o elástico. – São todas datadas em 1943.38



- E todas são do mesmo remetente, Harry Davidson. – Dulce mostrou um dos envelopes para a Anahí. – Também são todas destinadas à Sarah Janell Carlin.



Os envelopes estavam sujos de terra, manchados pelo tempo e boa parte das cartas quase ilegíveis devido ao grafite ter sucumbido ao tempo. Elas recolheram todas as cartas e desceram até a sala onde era mais aquecido, Anahí sentou em estilo indiano encostada contra a parede e Dulce em frente a ela.



- França, 21 de Maio de 1943. – leu Dulce chamando a atenção de Anahí . – Minha querida Sarah, algumas lágrimas chorei ao me ver perdido e desgraçado durante as horas tão terríveis que passei. Eu me vi cercado pela morte, vi meus amigos morrerem e inimigos serem decepados. Pensei muito em você, meu único amor. Nestas horas aflitas que passei, pensei e lembrei-me das últimas horas junto a ti, na véspera de minha despedida. Naquela data, sem saber o que era a guerra, me perguntei se tornaria a te ver outra vez. Pois daqui a uns dias faz um ano que cheguei à França, e ainda hoje me pergunto se tornaremos a nos ver juntos...



- Harry lutou na guerra. – concluiu Anahí surpresa enquanto olhava a parte ilegível da carta nas mãos da pequena. Ela era fascinada pela guerra, seu tio tinha sido um veterano e sempre lhe mostrava a farda do exército americano da época quando o visitava na infância. Anahí pescou outra carta e pigarreou antes de ler. – França, 18 de Junho de 1943. Minha doce Sarah, perdão pela demora, estamos nos deslocando todos os dias para não deixar vestígios e o contra ataque ainda não cessou. Peço para que não esqueças tudo o que vivemos caso minha vida seja tirada por soldados alemães, pois nunca me esquecerei do teu magnífico sorriso até mesmo quando tiver esquecido o meu próprio nome. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, o meu melhor presente e é o meu bem mais precioso. Eu te amo, com amor, Harry.



Dulce suspirou olhando o perfil de anahi com uma pequena angústia crescendo no peito. Imaginou como deve ter sido para Sarah ver o seu amor partir sem uma certeza de retorno; colocou-se no lugar da mulher imaginando Anahí partir, logo chegando à conclusão de que não suportaria. Tinha se tornado dependente da loira, e sabia que estava ferrada por isso.



Anahí a olhou com um sorriso genuíno nos lábios, daqueles sorrisos que te faz sentir vontade de apreciá-los todos os dias como o pôr do sol enfeita o céu.



- Você acha que ele conseguiu? – perguntou com a voz baixa, fraca. – Acha que eles tiveram o final feliz?



- Eu não sei. – Anahí sussurrou com o rosto muito próximo ao dela. – Eu torço para que sim.



- Acha que vamos ter o nosso final feliz?



Anahí a esticou as pernas no chão e puxou Dulce aninhando-a em seu colo como um bebê.



- Nós não somos eles. – disse sentindo seus lábios nos da mais nova. – Mas eu sei de uma coisa; nós vamos nos formar, fazer um lindo casamento íntimo e você vai ser a noiva mais linda do mundo! – riu capturando o lábio inferior de Dulce entre os seus. – Vamos comprar esta casa e reformá-la, mas acho que teremos de aumentar o número de quarto se vamos mesmo ter sete filhos.



- Sete filhos, Anahí? Você ficou louca? – perguntou a mais nova com expressão assustada. – Vamos começar apenas com Ethan. Ou Sarah, caso seja uma menina.



- Ok. Ok. Você é quem manda. – revirou os olhos. – Enfim, vamos ter Ethan ou Sarah correndo para cima e para baixo, eu vou chegar do trabalho e ver minha linda esposa praticando em seu piano, vou beijá-la com toda a saudade que senti o dia todo enquanto estava escritório. Depois do jantar vou me sentar com Ethan, ou Sarah – Dulce  riu e Anahí continuou. – na varanda e lhe ensinar a tocar violão, ou ouvir você lendo seus poemas. O que acha? Ah, é claro, um domingo podemos visitar seus pais e no outro os meus. E nos dias em que você precisar trabalhar fora, vamos precisar de uma babá, mas acho que Emma vai adorar cuidar do nosso filho.



- Promete que vamos fazer isso um dia?



O coração de Anahí se apertou. Ela queria, ela queria muito prometer que ficariam juntas para sempre sem nenhuma interferência, mas ela também sabia que era covarde o suficiente para não poder prometer, que não dependia apenas de sua vontade... Droga! Ela odiava a influência que a sociedade e os pais tinham sobre ela.



- Nós vamos lutar por isso. – respondeu quando Dulce enfiou o rosto na curva de seu pescoço. – Nós vamos lutar juntas, pequena.



02 de fevereiro de 2021. – Rancho de Dulce María Savinon.



- Love hurts, love scars, love wounds' and mars, any heart not tough or strong enough to take a lot of pain, take a lot of pain. Love is like a cloud, holds a lot of rain, love hurts, oh, oh love hurts... - a velha vitrola reproduzia a voz de Dan McCafferty como um lembrete de que o amor a tinha destruído de todas as formas que pudesse ser destruída.



A cada batida do ponteiro um segundo de vida era levado; uma batida do ponteiro por uma batida de seu coração, esse era o acordo. Há muito tempo o tic tac do relógio empoeirado na parede havia se tornado parte da sua rotina de sentar na cadeira e observar a chuva. Uma vida solitária, alguns diriam, para uma mulher de 25 anos. Parte de uma vida, diria ela. A casa silenciosa e vazia parecia assustadora agora com a chuva violenta lá fora, um galho batia freneticamente no vidro do quarto reproduzindo um som irritante e os raios iluminavam o cômodo em alguns momentos fazendo sua sombra esguia refletir na parede vermelha.



Ela odiava essa cor agora.



Trazia-lhe as malditas lembranças.



Talvez fosse por isso que tinha deixado sua cama em frente a ela, para que toda vez em que se deitasse cansada demais para se lamentar sobre sua vida de merda, pudesse olhá-la e nunca deixar que a lembrança torturante em sua mente morresse aos poucos como deixara acontecer com seu coração.



A TV ligada no mudo fora esquecida no canto do quarto, esquecida como todas as outras coisas em sua vida precisavam ser. Tinha abandonado seu sonho de ser musicista ainda naquele dia, ou preferia pensar que o tinha apenas guardado na gaveta. Sua mãe e sua irmã eram mais importantes e elas precisavam da antiga Dulce de volta.



Blanca estava em depressão profunda e os remédios eram caros demais. O trabalho como musicista tinha progredido muito desde que se formara em Juilliard, ela estava escalada para liderar a orquestra de New Orleans na apresentação do Central Park, o salário que recebia ajudou na compra do rancho há um ano antes e nas despesas na casa de sua mãe. Seu trabalho foi reconhecido mais tarde quando foi convidada pela Universal Music Group a ter seu primeiro disco solo. Dulce se tornou a melhor e mais jovem pianista dos Estados Unidos. Suas fotos estavam no The New York Times, Teen Vogue e foi capa da revista Time. Ela não era famosa ao ponto das pessoas correrem atrás dela com papéis pedindo autógrafos e ter grupos acampando na porta de sua casa, mas seu nome era reconhecido e sua música apreciada.



Mas o trabalho exigia muito dela, precisava viajar praticamente toda a semana à New Orleans e já não sentia segurança em deixar Cláudia sozinha com sua mãe. Vê-las sofrer não era uma opção. Sua ascensão à fama foi rápida, mas sua queda também.



Última observação do futuro                              



Era a última vez em que Dulce se permitia ser fraca.



 **********



Música que toca no rádio: love hurts - nazareth



 



 



 



 



 





Ester Cardoso : Eu sei que é horrível saber que a Dulce sofreu. E  que cada lágrima dela foi causada, pela Anie. Mas logo você irá saber o motivo disso. E creio que você vai admirar aínda mais Anahí. Não a odeie.  Pois ela ama a Dulce acima de qualquer coisa. E creio que  mais lágrimas ainda estão por vim, mas também irão ocorrer muitos momentos importantes espere, tenha paciência e confie em mim, amor. E prepare seu coração.




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27 de Dezembro de 2017. – Primeiro ano da faculdade. Já era noite quando o Dodge estacionou em frente à casa da família Saldanha. A casa era localizada no bairro Prospect Heights sendo um dos mais caros de New York, mas Dulce não ficou surpresa com esse fato, sabia que a família de Zoe tinha dinheiro desde que conheceu o chal&eacut ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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