Fanfics Brasil - Capítulo 23 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 23

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10 de Janeiro de 2015. – Primeiro ano da faculdade.



Ponto de vista de Anahí.



Quando abri meus olhos naquela manhã, meu corpo foi capaz de detectar vários tipos de emoções ao mesmo tempo em que eu não sabia que seria capaz de sentir. Primeiro o desconforto dos meus olhos com o contato direto com a luz do sol que atravessava o enorme rombo do teto. Depois uma leve ardência entre minhas pernas, o que fez minha mente, até então sonâmbula, viajar à noite anterior. E então sinto o formigar do meu braço esquerdo e meus olhos caem numa cabeleira castanha enfiada na curva do meu pescoço. Sorrio ao constatar que Dulce e eu estávamos mais do que nunca emaranhadas uma à outra com as pernas entrelaçadas e seu braço esquerdo abraçando possessivamente meu tronco como se temesse que eu fosse fugir durante a madrugada, além, é claro, de seu maravilhoso cheiro de Marshmallow.



E nós estamos nuas.



O calor de sua pele contra a minha fez o meu sorriso aumentar duas vezes mais. Lembrar dos nossos corpos suados em sincronia era uma espécie de troféu que eu havia ganhado, daqueles que eu me recordaria como um dos melhores dias da minha vida. Havia sido perfeito. Tirei uma mecha de cabelo do rosto amassado em meu peito e a coloquei atrás da orelha de Dulce para admirar melhor seu rosto. Se antes havia algum resíduo de dúvida sobre querer tê-la ao meu lado no futuro, essas dúvidas estúpidas foram lançadas ao inferno a partir do momento em que ela se entregou a mim de corpo e alma naquela noite, da mesma forma que eu nunca pensei que me entregaria a alguém de tão livre e espontânea vontade. Uma vez eu li que a noite é dos poetas, das pu/tas e dos que morrem de amor. Eu estava morrendo de amor todas as noites e nem mesmo me importava.



Meu dedo indicador passeou sobre a pele lisa e delicada daquela menina mulher, reconhecendo cada detalhe de seu rosto como meu maior presente.



- Pequena? – chamei enchendo seu rosto de beijos carinhosos. – Hora de acordar, princesa. – Dulce se mexeu incomodada e em seguida fez uma careta, o que me fez rir adorando toda aquela manha. – Pense pelo lado positivo, hoje é sábado e nós vamos poder assistir filme o dia todo agarradas no sofá da sua sala. – respirei fundo sentindo sua respiração contra meu pescoço. – Ou o seu pai vai nos chutar para o quarto, isso também é uma oportunidade.



Ela riu gostosamente contra minha pele provocando vários tipos de arrepios pelo meu corpo. Eu não me lembrava de me sentir tão livre e feliz como naquele momento.



- Você me escolheu, amor. Seus sogros fazem parte do pacote. – murmurou levantando o rosto na altura do meu.





Não pude conter um suspiro com a fofura daquela garota, não se parecia em nada à garota desinibida de ontem à noite. Dulce coçou os olhos infantilmente e eu me inclinei para beijá-la, mas fui empurrada pelo ombro.



- Não se atreva! Não escovei os dentes e provavelmente estou com bafo. – reclamou tapando a boca com uma mão.



Minha única reação foi rir daquela carinha assustada.



- Nós estamos abraçadas nuas e você quer me impedir de te dar um beijo de bom dia? Você sabe que a última coisa que me importa é com seu bafo. – resmunguei empurrando o corpo de Dulce levemente para que pudesse montar seus quadris e prender seus braços acima da cabeça. Eu comecei a rir quando ela trancou os lábios e virou o rosto com as sobrancelhas arqueadas. – Ah, então vai ser assim? Vai mesmo recusar sua mulher?



- Huuuum... – ela murmurou fitando os toquinhos de vela no chão.



Como eu ainda estava um pouco sonolenta, decidi desistir por ora de beijá-la e inclinei meu corpo enfiando meu rosto no pescoço quente dela por um momento, precisava criar a coragem necessária para levantar. Em um movimento brusco, Dulce me empurrou para o lado outra vez e deitou à cabeça em meu peito, nós começamos a rir pela infantilidade daquele ser adorável.





- Eu me sinto tão diferente... – disse ela com a voz abafada por ter pressionado a boca na minha pele. Fiquei imaginando se isso seria uma tentativa de não deixar que eu sinta o tal bafo. – Não quero parecer melosa, mas agora eu me sinto muito mais sua mulher.



Suspirei ouvindo aquelas palavras, Dulce não tinha mesmo a mínima noção do quanto me afetava pelo simples fato de ser ela mesma.



- Eu amo você, princesa.



- Repete.



- Eu. Amo. Você.



Sua mão direita começou a dedilhar minha costela como se eu fosse sua própria música, esse pensamento fez o meu corpo todo esquentar.



- Há alguns meses atrás eu estaria sentada na janela de Juilliard observando o fluxo de pessoas e me perguntando onde estaria o amor. – meu corpo todo se arrepiou com sua voz baixa. – Quem imaginaria que esse amor... O meu amor, chegaria em um Dodge clássico usando jaqueta de couro e coturnos.



Nós rimos não só pela ironia em seus dizeres, mas pelos acasos que nos fizeram ser quem somos hoje. Que nos tornaram um casal apaixonado há moda antiga. Eu arriscaria dizer o casal mais lindo do mundo inteiro só pelo fato de Dulce ser a metade dele, pois nenhuma beleza poderia se comparar aos traços latinos daquela garota que só por me olhar, consegue me arrancar suspiros apaixonados.



- Eu mal estava procurando por um amor. Por culpa de Maitê estou aqui nua e enrolada em uma futura pianista.



Recebi um tapa na costela e quase a joguei do outro lado do quarto.



- Nunca senti necessidade de sexo antes de nós - mordi o lábio inferior imaginando que seu rosto estaria corando. – agora quando estou com você é com se meu corpo reagisse ao seu, é uma sensação tão boa e assustadora ao mesmo tempo, entende?



Seria possível morrer de amor? Se a resposta for positiva estou esperando minha alma deixar o meu corpo agora. Apertei mais seu corpo mole contra o meu e distribui vários beijos no topo de sua cabeça.



- Eu também me sinto assim, amor. – fui sincera e um sorriso bobo brincou em meus lábios. Dulce definitivamente me tinha nas mãos. – O que quer fazer hoje? Podemos aproveitar o final de semana a sós, pensei até mesmo em tirar Maitê do apartamento dela...



- Você não perde tempo, Savinon. – ela riu com a voz abafada e levantou-se enrolada no edredom branco. – Droga! Não trouxemos roupas extras.



Arqueei uma sobrancelha quando Dulce parou de frente a mim com uma careta engraçada, os cabelos totalmente desarrumados e vários chupões na área do pescoço e clavícula.



- Nós vamos ter que usar nossas roupas do baile... – sorri maliciosa e também me levantei enrolada no outro edredom. – Não vai ser tão difícil - peguei o blazer do meu terno e vi o quão amarrotado estava. – só vamos parecer duas loucas que passaram a noite enchendo a cara e depois você se jogou em cima de mim.



Dulce abriu e fechou a boca parando de alisar o vestido nas mãos, senti os olhos castanhos me fuzilarem. Já comentei o quão sexy ela fica quando trinca o maxilar?



- Está me chamando de gorda, Anahí Giovanna Puente Portilla?



Ok. Quando sua namorada resolver te chamar pelo nome inteiro é porque você deve correr e se esconder ou se jogar de joelhos e implorar perdão mesmo que não tenha feito nada. Como eu gosto de correr riscos com o monstrinho que tenho, fingi um sorriso amarelo e dei de ombros temendo internamente pela minha vida.



- Foi à primeira coisa que me veio à mente, não seja perturbada.



Regra número dois: Jamais chame sua namorada de perturbada.



Eu sequer olhei para ela, agarrei o edredom contra meu corpo, recolhi o resto de roupas pelo chão, dois travesseiros e antes que Dulce pudesse arrancar minha cabeça, sai correndo em disparada para fora do quarto com ela gritando meu nome em meu encalço. E eu? Eu apenas ria. Dulce é adorável até mesmo quando está com raiva, ou fingindo estar, porque agora eu podia ouvir rindo quando chegamos à entrada da casa.



Sinceramente? Eu poderia listar todos os motivos para amar Dulce, mas eu provavelmente passaria o resto dos meus dias o fazendo. Sempre haveria um adjetivo ou uma qualidade dela que não poderia ser expressa em palavras. Como quando ela ri e sua voz ecoa por dentro de mim como uma maravilhosa canção colocada no modo repeat em meus sonhos. Como quando ela sussurra próximo ao meu ouvido que me ama e me agradece por fazê-la feliz. Um hábito. Um costume de me agradecer quando na verdade sou eu quem deveria fazer isso todos os dias. Porque Dulce é o meu presente. O melhor de todos, daqueles que dinheiro nenhum pode comprar. Ainda me pego sorrindo abobalhada algumas vezes, a observando e me perguntando como pode uma pessoa ser tão perfeita até mesmo em seus defeitos inexistentes para mim.



- Eu vou te mostrar quem é a perturbada, Giovanna – ela gritou quando conseguiu me alcançar. Eu já estava perto do carro procurando as chaves do mesmo no bolso da calça social em minhas mãos, mas infelizmente, ou felizmente, ela conseguiu me agarrar e me prensar contra o capô do carro. Certo que eu poderia ter saltado para dentro como na noite passada, mas quem disse que estava mesmo fugindo do meu monstrinho? Agora imagine: Ambas enroladas em edredons, segurando várias peças de roupas nas mãos além de dois travesseiros e Dulce praticamente em cima de mim no capô do meu carro





Acreditem ou não, mas eu achei sexy.



- Agora que está tão próxima, poderia me dar aquele beijo apaixonado de bom dia. – provoquei inclinando meu rosto em direção ao seu, mas ela foi mais rápida e gritou surpresa com minha atitude. – Você não queria brincar? Volte aqui, princesa.



- Não Anahí, sério... – eu comecei a rir quando sua expressão mudou de irritada para preocupada. – Não me faça beijá-la com bafo, por favor!



Paramos ao lado do carro nos encarando, eu rindo e ela com aquela carinha de cachorrinho sem dono. Tem como resistir? É claro que não. Puxei seu corpo encolhido contra o meu num abraço e respirei o cheiro de Marshmallow que eu tanto amava.



- Vamos. Temos que tomar café da manhã antes de qualquer coisa. – eu disse abrindo a porta do carro, destrancando a do passageiro para ela e jogando os travesseiros e edredons no banco de trás. – Você vai ter que se trocar no carro agora que me fez correr até aqui.



- Tecnicamente você me provocou e você saiu correndo casa a fora, eu apenas fiz o que manda o protocolo.



Parei de abotoar a calça no meio do caminho para olhá-la com desdém e em troca recebi um sorrisinho cínico.



- Agora me diga como vamos aparecer assim em algum lugar? Eu acho melhor nós voltarmos para a casa dos seus pais e tomar café por lá como pessoas decentes. – resmunguei quando decidi jogar o blazer no banco de trás.



Franzi o cenho numa careta quando vi minha gravata frouxa no pescoço e os dois primeiros botões da camisa abertos. Sim, a gravata era presa à camisa e isso foi o melhor que eu pude fazer. Reclamei mais ainda quando precisei colocar meus sapatos caros com os pés sujos, aquilo fugia totalmente da minha realidade, mas Dulce parecia se divertir com tudo isso. O vestido dela estava quase ou até mais amarrotado que a minha camisa, sem contar em nossos cabelos que mais pareciam ninhos de passarinhos.



- Qual é a graça de voltarmos para casa? – ela disse dando os últimos retoques nos cabelos. – Nós podemos ir ao The Village, tem poucas pessoas uma hora dessas lá. – fiz uma careta com sua opção de café da manhã. – Vamos lá, amor, nós estamos nos divertindo aqui. Qual é a coisa mais louca que você já fez?

Continuei a encarando e me perguntando em que momento ela tinha me mudado. A resposta veio logo em seguida: No terraço de um prédio observando a lua e cantando sobre ela.



- Acho que estou fazendo agora. – eu disse vencida e girei a chave na ignição.



Dulce sorriu abertamente e bateu palminhas como uma criança de cinco anos. Ela não parava de falar sobre os trabalhos da faculdade e a apresentação que estava preparando para a próxima semana, e eu como idiota apaixonada que era, sorria e concordava com tudo o que ela dizia. Nós estávamos como um casal de cinema dirigindo por New York, como quando Dulce começou a fuçar no porta luvas e encontrou meu Ray Ban e, sem pensar duas vezes, o colocou no meu rosto. Ela também encontrou o meu inseparável chapéu preto e o colocou na cabeça.



Parei o carro em um semáforo e liguei o rádio procurando por alguma estação que prestasse até praticamente pular no carro com um grito de Dulce.



- Você se drogou? Quase me mata do coração! – exclamei encarando-a em reprovação.



- Eu amo essa música, Anie. – ela disse fazendo bico e erguendo os braços para cima deixando que sua mão cortasse o vento. - What's your middle name? Do you hate your job? Do you fall in love too easily.



Segurei o riso diante da sua tentativa de me fazer cair de amores, ela sabia como fazer meu coração amolecer. Eu conhecia a música, então deixei que minha voz se juntasse à dela e a de Mary Lambert enquanto dirigia.



De certa forma aquela música se encaixava com o nosso relacionamento e eu só percebi isso na segunda estrofe. Dulce cantava a música tão feliz ao meu lado, eu adorava vê-la assim, tão radiante como se não houvesse preocupação.



Como se fossemos apenas nós.



Estacionei o carro em frente ao pequeno clube e fui surpreendida por Dulce quando a mesma pulou em minhas costas com a desculpa de que os saltos machucavam seus pés. O lugar estava vazio do lado de fora, então interações como essa não me afetariam de forma alguma.



- Bom dia, Eli! – ela cumprimentou o senhor que nos atendeu no nosso primeiro encontro, ao qual ela parecia muito amiga. Ele limpava uma das mesinhas do lado de fora e sorriu ao ver a nossa pequena discussão sobre como ela parecia ter engordado e estava machucando minha coluna. – Como estamos hoje?



Parei em frente ao homem com uma careta de dor e ele rapidamente abriu um sorriso puxando uma cadeira para que eu colocasse Dulce sentada.



- Muito bem, Dulce. Vejo que você e sua amiga também se divertiram muito essa noite. – ele piscou para nós duas e eu me encolhi na cadeira envergonhada enquanto Dulce gargalhava. – Decidiu ceder?



Arqueei minha sobrancelha curiosa sobre o assunto e Dulce deu uma pequena piscadela em minha direção antes de levantar a mão direita para o homem mostrando nossa aliança. Eu me encolhi ainda mais querendo chutar Dulce por debaixo da mesa.



- A Srta. Portilla provou que merecia meu amor. – ela contou animada, o que fez o homem sorrir com sinceridade. – Acredita que ela pediu minha mão aos meus pais e tudo?



Eli sorriu afetuosamente para mim fazendo uma pequena reverencia.



- É exatamente assim que se deve tratar uma mulher como Dulce. Você tem todo o meu respeito, minha jovem.



Particularmente, achei aquilo tudo tão adorável que não resisti em sorrir aos dois cúmplices.



- Vocês dois estão me envergonhando, parem agora. – escondi o rosto entre as mãos e ouvi as risadas deles.



Dulce então arrastou a cadeira até o meu lado e me abraçou pelo ombro.



- Vocês formam um belo casal, se me permitem dizer. – Eli continuou tirando o bloquinho de notas do bolso do avental verde musgo. – O que vão querer?



- Obrigada, Eli. – Dulce  agradeceu tirando minha mão do meu rosto e deixando um beijo na minha bochecha. – Nós vamos querer um prato de Waffles e dois achocolatados, por favor.



Eli fez outra reverência em brincadeira e saiu para buscar nossos pedidos. Dulce e eu nos perdemos com os olhares em uma Coney Island silenciosa e na quebra das ondas no mar. Eu podia sentir os pequenos braços envoltos em meu pescoço e a respiração leve contra meu pescoço, tudo o que eu precisava para um bom dia.



Nós passamos o resto da manhã comendo e discutindo coisas bobas. Depois de bem alimentadas, nós fomos dar uma volta na praia com as roupas que estávamos. Dulce me arrastou, afinal, ela é quem manda aqui. É claro que recebemos olhares curiosos, quem em sã consciência estaria usando metade de um terno feminino e um vestido amarrotado àquela hora da manhã? Fora o chapéu na cabeça de Dulce que a deixava parecida com uma comediante.



Pouco mais perto do almoço, nós decidimos passar na república para que eu pegasse minhas roupas e escovasse os dentes, depois seguiríamos até a casa de Dulce onde passaríamos o resto da tarde.



- Não podemos esquecer o show do The 1975, eu ainda preciso comprar duas camisetas para nós... – ela me contava animada enquanto eu abria a porta do quarto.



Dulce parou de falar e eu congelei ainda no portal com o que aconteceu em seguida. Meu pai estava em pé ao lado da cama, usando seu terno cinza escuro e as mãos no bolso da calça. Fui analisada de cima a baixo e senti meu sangue gelar quando recebi aquele olhar cheio de fúria e reprovação.



Naquele momento eu o temi como nunca antes.



- Nós precisamos conversar, Giovanna – disse ele secamente e olhou para Dulce parada ao meu lado. – Se nos der licença, Srta. Savinon.



Ela balançou a cabeça e saiu do quarto em silêncio. Foi nesse momento em que tirei forças sabe-se lá de onde, peguei o primeiro moletom que vi jogado em cima da cadeira e sai do quarto pedindo licença ao meu pai.



- Dulce ? Me desculpe, eu não sabia que ele...



- Não, tudo bem. Você deve conversar com ele e depois me ligar. Ok? – ela deu um sorriso amarelo e me abraçou rapidamente. – Vou ligar para Maitê me buscar, até depois.



Eu sabia que não estava tudo bem, aquele olhar... Dulce sabia tanto quanto eu que a presença do meu pai não seria boa coisa, ainda mais agora que ele me viu chegar nesse estado e com ela. Estendi meu moletom para ela que aceitou e sussurrou um eu te amo, eu retribui com a voz fraca, baixo o suficiente para que apenas ela ouvisse, e esperei que ela virasse o corredor para respirar fundo e entrar no quarto.



Meu pai continuava lá, parado no mesmo lugar e agora me encarando. Eu podia ver a sua veia no pescoço praticamente saltando. Enrijeci meu corpo, não era capaz de mover um músculo sequer temendo o que estava por vir.



- Estou vendo que investigar o que minha filha anda fazendo com meu dinheiro em New York não foi uma perda de tempo. – ele disse como sempre muito controlado, mas rude. Enrique passou os olhos pelo quarto e voltou seus olhos frios para mim. – O que está fazendo, Giovanna? Que roupas são essas? Você passou a noite com aquela garota?



Dei um passo para trás engolindo em seco, não entendi em que sentido ele quis dizer sobre passar a noite com Dulce, mas rezei para que não fosse o sentido em que realmente aconteceu.



- Teve uma festa... Emma e Maitê também estavam... Elas são amigas de Dulce e nós fomos juntas. – ele sabia que eu estava mentindo, estava visível em minha voz. – Dulce mora perto daqui e eu ia levá-la para casa...



- Eu proíbo você de andar com essa garota! – ele esbravejou me afetando intensamente. – O que as pessoas vão começar a dizer vendo você chegar com ela assim? Vocês estão andando muito juntas e isso não é nada bom para a sua imagem, Giovanna. Sabe o que dizem sobre estes estudantes de Juilliard... – ele fez uma careta de nojo e meu estômago se contraiu de medo.



- Ela é uma boa pessoa, pai. Juilliard não a influenciou em nada, nós somos muito amigas e os pais dela são pessoas de caráter...



- Eu não quero saber quem são ou deixam de ser os pais dessa garota! – sua voz aumentou e eu soube que era o momento de recuar. – Você vai se afastar dessa menina, está me ouvindo? – abaixei a cabeça em silêncio, o que eu poderia dizer? Dulce é a minha namorada, não é como se eu fosse me afastar dela. – Responda!



- Mas, pai...



- Anahí, não me faça perder a paciência com você também! – o senti se aproximar e me encolhi na porta, não queria apanhar, não dele. – Eu pago suas contas e seus caprichos, então trate de me obedecer se não quiser acabar como sua irmã. – senti as lágrimas queimarem meus olhos, mas não as deixei cair para não demonstrar que aquilo estava me afetando mais do que deveria.



- Ok. – eu disse insegura e finalmente ergui meus olhos o encarando. – Eu vou me afastar.



É claro que aquilo era uma enorme mentira, e mentir em nossa família era um ato de traição sem tamanho, mas eu precisava tomar alguma atitude antes que ele tentasse interferir em minha relação com Dulce, e eu não queria isso. Então o deixaria pensar que me afastaria até que ele voltasse à Miami.



A expressão de meu pai suavizou um pouco e ele arrumou a gravata do terno.



- Trate de tomar um banho e se arrumar, nós temos um evento com a associação e eu quero apresentar você a alguém. – balancei a cabeça afirmativamente e tentei passar por ele para entrar no banheiro, mas fui barrada por seu braço direito. Meu corpo se arrepiou todo com o olhar frio que recebi. – O que está acontecendo com você? Por que está se vestindo e agindo assim?



Mantive seu olhar frio apenas por estar com raiva dele, raiva por Taylor, por mim, por Dulce... Com certeza havia muita raiva e mágoa acumulada durante anos.



- Eu estou apenas crescendo, papai. – respondi secamente e segui até o banheiro.



Liguei o chuveiro e me livrei das roupas incomodas. A primeira coisa que fiz antes de entrar em baixo da água quente foi mandar uma mensagem para Dulce avisando que não poderia vê-la hoje, pois teria compromisso com meu pai.



Algo no meu interior me dizia que aquela seria uma longa noite.



************



Narrador.



Dulce se remexeu incomodada na cadeira quando recebeu a mensagem de sua namorada avisando que não poderia vê-la esta tarde. Seu pressentimento sobre a presença de Enrique no dormitório não era bom e tudo o que ela desejava fazer naquele momento era largar Maitê, Zoe e Emma plantadas naquele restaurante onde estavam almoçando e correr até Anahí.



Mal tinha tocado em sua comida desde que o garçom a servira, sua preocupação era maior que qualquer coisa naquele momento. Maitê, ao contrário dela, devorava as asinhas de frango e repreendeu Emma quando esta decidiu pegar uma de seu prato. Então a discussão foi iniciada e sua presença ignorada, o que ela agradeceu por um momento por não precisar se explicar. O problema é que Zoe a analisava desde que a buscou na república e acabou notando que algo sério estava acontecendo. Quando Emma e Maitê decidiram recolher as garras, Zoe  viu o momento perfeito para uma interrogação amigável diante das amigas.



- Sabe que pode nos contar tudo, não sabe? – ela começou vendo o olhar preocupado que Dulce lançava ao celular a cada cinco minutos.



Dulce a olhou tristemente largando o canudo que já tinha praticamente devorado com o nervosismo.



- Aconteceram algumas coisas, apenas isso.



- Defina coisas. – pediu maite fazendo aspas com as mãos.



Nesse momento, ouviram o barulho de algo sendo sugado no fundo do copo e as três olharam para Emma que tentava sugar até o último gole do suco com o canudo. Emma lançou um olhar irritado para elas e deu de ombros.



- Ontem à noite... – respirou fundo e levou uma das mãos ao rosto para que ninguém mais no restaurante pudesse ler seus lábios. Nunca se sabe quando um agente do FBI pode estar atrás de você. – Anahí e eu fizemos amor...



- O que? – perguntou Maitê, ela não tinha ouvido de tão baixa que a voz de Dulce saiu.



A mais nova revirou os olhos e elevou o tom de voz.



- Nós fizemos amor...



- VOCÊS TRANSARAM? – o berro de Maitê foi o que fez todos no restaurante olharem para a mesa delas. Dulce afundou a cabeça nos braços e Emma começou a rir histericamente batendo a mão na mesa como uma foca. – O que estão olhando? Até parece que ninguém nunca transou aqui, eu em.



Zoe prendeu o riso e cutucou Emma para que ela parasse com a risada escandalosa.



- E só agora você decide nos contar? Como foi? Eu quero detalhes. – pediu Zoe toda animada.



- É Dulce, ela enfiou o dedo em você? – foi a vez de Emma provocar arqueando as sobrancelhas.



Dulce corou violentamente.



- Foi normal, gente. Não estava nos planos da noite, mas aconteceu...



- Não me venha com aconteceu, eu quero detalhes. – exigiu Maitê cruzando os braços na mesa como uma pessoa atenta a uma matéria importante de prova.



- O que querem que eu diga? Que eu a chupei? Que nós usamos dois dedos? – disse o mais baixo possível sentindo seu rosto esquentar.



- VOCÊ CHUPOU ELA? QUE NOJO, PU/TA QUE PARIU! GARÇOM A CONTA, POR FAVOR, PORQUE JÁ TÔ IMAGINANDO UMA VAG/INA NESSE CANAPÉ!3



Sim, essa foi Emma. Maitê, Zoe e Dulce largaram o dinheiro em cima da mesa e saíram às pressas do estabelecimento deixando Emma sozinha. Elas estavam rindo e Dulce agradeceu que elas pudessem fazê-la sorrir até mesmo em situações como essa. Pouco tempo depois, Emma saiu xingando pela porta e as quatro garotas entraram no Jeep de Zoe.



- Enfim, você e Anahí tiveram uma noite de amor e pela sua cara ela é horrível de cama. – Maitê retomou o assunto, ela estava no banco do passageiro.



- Não é esse o problema. Ela foi perfeita, Maitê. – suspirou lembrando-se da noite que tiveram. – O problema é que Enrique a estava esperando em seu dormitório.



Emma soltou um gritinho assustado.



- No meu dormitório? Eu não acredito! Deixei várias calcinhas espalhadas por lá... Oh, meu Deus...



Maitê e Zoe ignoraram o surto da amiga.



- Ele foi ignorante com você? – Zoe perguntou.



Dulce negou com a cabeça e encarou o celular à espera de uma mensagem.



- Não, apenas pediu licença e fui embora.



Ela viu a preocupação nos olhos da namorada. Até mesmo Anahí estava assustada com a presença do pai, porque Dulce não ficaria?



A quatro amigas continuaram conversando e dando voltas pela cidade até a mais nova decidir ir para casa e ficar um pouco com os pais. Anahí não deu noticias pelo resto do dia e isso a preocupou imensamente, ela só esperava que tudo estivesse bem a namorada. Fernando estava de folga, e tentou de todas as formas distrair a filha comentando sobre seus filmes preferidos e colocando músicas animadas.



Já era noite, Blanca assistia televisão com Fernando na sala, o homem parecia mais quieto que o normal depois de passar à tarde com suas duas filhas. Cláudia puxou a irmã até a varanda e ambas se sentaram na cadeira de balanço para que Dulce pudesse ajudá-la com o dever de casa.



- Você e a Anie são namoradas? – a pequena perguntou enquanto pintava em seu caderno.



Dulce alisou o cabelo de claudia invejando toda a inocência que transbordava de sua irmã.



- Sim, querida. Anahí é a minha namorada.



- Tem uma garota na minha escola, ela se chama Natalie, hoje ela disse que é errado meninas ficarem com meninas. – o coração de Dulce se apertou, ela não queria que Cláudia presenciasse ou vivesse com aquilo. – Então eu disse que é mentira, porque minha irmã namora uma menina muito legal e que sempre me compra presentes legais.



Uma lágrima escorreu sem permissão. Dulce tratou de limpar, mas Cláudia foi mais rápida e segurou o rosto da irmã com as duas mãos quando a viu limpar o rosto.



- Por que está chorando, Dul? Eu defendi você e a Anie, e sempre vou fazer isso, tá? Natalie não vai mais falar de vocês duas.



Dulce beijou o topo da cabeça da irmã e a abraçou forte recebendo murmúrios em reprovação pelo aperto.



- Estou chorando porque o mundo às vezes não é legal, pequena . Algumas pessoas não entendem que o amor verdadeiro não precisa ser apenas entre um menino e uma menina.



- Eu pensei que felizes para sempre fosse simples...



Dulce riu entre as lágrimas. Sim, era algo tão simples para uma criança, mas que os adultos faziam questão de complicar usando a ignorância para justificar o que não conhecem.



- É simples, Claui. Mas apenas pessoas inteligentes como nós podem ver isso, entende?



A menina concordou e encostou a cabeça no ombro da irmã. Elas passaram um tempo abraçadas até Blanca aparecer na varanda dizendo que era hora de Cláudia dormir. Dulce decidiu verificar o celular que tinha deixado de lado desde que tinha se juntado à Cláudia, e levou um soco no estômago quando leu a mensagem.



Anahí: Mee pedoe eu am vce mt



Ela entendeu aquilo como: Me perdoe, eu amo muito você. Perdoar? Perdoar pelo quê? Ela não entendeu a mensagem e teve medo que Enrique estivesse envolvido nisso. Decidiu ficar mais um pouco sentada na varanda e enviou uma mensagem perguntando se estava tudo bem, mas não foi preciso esperar a resposta, logo os faróis do Dodge iluminaram a noite escura e algo no peito de Dulce se apertou. Anahí estacionou o carro de qualquer jeito e ao abrir a porta, acabou vomitando do lado de fora. Dulce praticamente saltou do banco e correu até a namorada, que para a sua surpresa, estava completamente bêbada.



- Anahí, eu não posso acreditar que você dirigiu bêbada até aqui! – exclamou nervosa passando as mãos pelo cabelo e ajudando a namorada a descer do carro.



- Eo queeria te ver, pequena... – Anahí soluçou, os olhos estavam vermelhos e a bochecha toda molhada, o que indicava que ela andou chorando. – Amo taaanto você.



- Eu também te amo, Anahí. – murmurou passando um dos braços da namorada por seu ombro e ajudando-a a andar até a casa. – Isso não é motivo para você dirigir bêbada por ai, e se algo te acontecesse? Como eu ia ficar? Idiota! Imbecil! Eu vou matar você quando estiver sóbria...



- Shiiiii. – Anahí pediu pressionando o dedo indicador no lábio de Dulce. – Eu... Eu precisava veeer você, eu preciso te contar uma... Uma coisa.



- Depois você me conta. Agora eu vou te ajudar a tomar um banho frio, você precisa descansar.



Dulce abriu a porta da sala e deu graças a Deus pelos pais terem ido dormir. Anahí cantarolava uma música aleatória e a mais nova precisou tapar a boca dela para subir sem acordar a casa toda. Anahí reclamou sobre as pernas e se jogou de barriga para cima na cama, estava mole, ainda chorava sem motivos aparentes e dizia coisas desconexas.



- Eu não mereço você. – ela disse quebrando o silêncio quando Dulce a sentou para poder tirar-lhe o vestido vinho que usava. – Você é tãaao boa e eu... Só consigo arrumar confusão...



A mais nova não entendeu o que ela quis dizer, mas sabia que não teriam uma conversa clara com a garota bêbada.



- Sabe por que você me merece? – perguntou com um sorriso terno nos lábios ao tirar o sutiã e a calcinha da namorada. Precisou ignorar seu corpo em alerta ao ver Anahí nua. – Porque você me faz feliz, bebê. – a ajudou a se levantar e caminhou com a garota triste até o banheiro.



Foi difícil dar banho em Anahí que insistia em ficar abraçada com Dulce  como um coala. No final do banho, ambas estavam molhadas, e a mais nova precisou trocar de roupa também.



Dulce ajudou Anahí a sentar na cama. A loira agora chorava em silêncio com os olhos perdidos, os azuis  que costumavam brilhar intensamente agora eram vazios, sem vida. A mais nova correu até o guarda roupa e pegou uma calcinha boxer e o moletom de Columbia que agora a pertencia. Com todo o cuidado do mundo, ela trocou a namorada e deixou o um beijo carinhoso em sua testa.



- Não quero mais você dizendo coisas como as que acabou de me dizer, entendeu? – disse suavemente, mas com um pouco de mágoa. – Eu que não mereço uma pessoa perfeita como você. Ou já se esqueceu de que é você quem me faz essas surpresas dignas de um filme de romance?



Anahí deitou a cabeça no travesseiro macio e foi coberta pela namorada, que depois de se arrumar, deu a volta na cama e deitou-se em frente a ela.



- Você é muito bonita. – disse Anahí num sussurro sôfrego.



Dulce suspirou e levou a mão ao rosto da namorada com carinho. Seus narizes se tocavam e as respirações eram compartilhadas. Anahí parecia muito com um bebê frágil naquele momento.



- Você não tem ideia do quão linda é, meu amor. – disse Dulce afagando os cabelos da namorada. – Eu não sei o que aconteceu hoje, e vou deixar que me conte amanhã, tudo bem? Apenas durma agora, você merece um descanso depois de um dia cheio. – Anahí suspirou frustrada, os olhos sem brilho mal paravam abertos. – Eu vou estar aqui quando acordar.



- Me desculpe, pequena...



- Eu amo você, Anahí.



Naquele momento, Dulce soube que não importava o que Anahí havia feito, ela a amava demais para não perdoá-la.



Sobre o show do The 1975




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  11 de Janeiro de 2018. Primeiro ano da faculdade. Dulce abriu os olhos sentindo-se incomodada com a falta de calor contra o seu corpo. A primeira coisa que viu assim que seus olhos se acostumaram com a claridade, foi a silhueta de sua namorada sentada no chão ao lado da cama abraçando as pernas flexionadas e o queixo apoiado no joelho. Os olhos azu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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