Fanfics Brasil - Capítulo 33 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 33

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A chaleira apitou indicando que o chá que irradiava o aroma de hortelã pela casa estava pronto. Dulce serviu duas canecas, as colocou numa bandeja de plástico e lançou um último olhar para Cláudia que estava esparramada no sofá assistindo a reprise de Friends. Dulce carregou a bandeja até o segundo andar na primeira porta a esquerda do corredor e bateu duas vezes antes de empurrar a porta entreaberta com o corpo, revelando um quarto mal iluminado pela janela fechada e o brilho da TV ligada. Blanca Savinon se encontrava sentada na enorme cama de casal com os olhos fixos na TV, revendo, que pelas contas de Dulce era a 74° vez, alguns vídeos caseiros. Esse tinha se tornado seu novo hábito desde que Fernando faleceu, a forma que a mulher encontrou de sempre manter seu marido por perto, todos os dias. Sua depressão tinha melhorado muito desde que Dulce deixara o emprego de garçonete para se torna professora e pode pagar o tratamento de mãe, os remédios e sessões tinham feito Blanca voltar a conversar e compartilhar seus sentimentos. Ela ainda não saía do quarto, mas gostava de passar horas conversando com suas filhas e Claudia vinha sendo seu porto seguro cozinhando, limpando e cuidando da mãe com apenas 11 anos.



- Eu trouxe chá de hortelã, seu preferido. – disse Dulce sorrindo para a mãe que retribuiu. Dulce deixou a bandeja em cima da cama e subiu do outro lado ajeitando-se contra a cabeceira e entregando uma caneca à mulher. – Como está hoje?



Blanca aceitando a caneca e encarou o chá por longos segundos e quando respondeu, seus olhos estavam perdidos na TV.



- Eu não tive pesadelos essa noite também... Talvez isso seja um avanço.



Os pesadelos de que ela falava se tratava dos sonhos sobre Fernando que tiravam seu sono e a deixava extremamente nervosa. O psicólogo disse se tratar do fato da mulher não deixar Fernando ir em memória, sonhar com ele se tornava uma forma de tortura para si mesma.



- Eu fico feliz por isso! – sorriu amplamente e bebericou seu chá, queimando a língua em seguida e praguejando-se por ser uma droga na cozinha. – Foi só trocar o calmante e a senhora voltou a dormir tranquilamente, aquele outro era fraco demais.



A mulher concordou com um aceno de cabeça e continuou encarando a TV. Ela não fazia por mal, era uma desatenção que tinha adquirido com a depressão e claudia e Dulce tinham consciência de que os diálogos com a mãe seriam monólogos até um avanço.



- Claudia ganhou o concurso de poesia ontem, ela deve ter contado isso. – disse casualmente e seguiu os olhos de Blanca à TV. – Eu sempre soube que ela tinha talento com as palavras. Lembra do jardim de infância? Ela sempre fazia as apresentações primeiro por ser a mais inteligente. – riu com a lembrança de acompanhar os pais nas apresentações da irmã. Logo seu sorriso morreu e arrependeu-se de tocar no assunto, mas quando voltou seus olhos para a mãe, Blanca parecia inerte ao mundo ao seu redor.



Suspirou. Sentia falta das conversas jogadas fora com a mãe, sentia mais ainda falta dos momentos em família que eram sempre importantes em certa época de suas vidas. Pensar nessa época trouxe as lembranças de Anahí e seu encontro no dia anterior na sala de aula. Sentiu um frio no estômago ao lembrar-se de que Ethan era filho de Anahí. Filho. O garotinho de 4 anos tinha sido gerado pela pessoa que ela mais amou em seus 25 anos de vida.



- Eu encontrei Anahi. – soltou como se contasse sobre seu dia.



Blanca virou o rosto para a filha e a encarou por um tempo.



- Anahi? – ela perguntou parecendo confusa, mas a verdade é que ela sabia muito bem de quem se tratava.



- Sim, minha ex namorada. – dizer isso soava tão estranho. Dulce mal falou de Anahí desde que fora abandonada, então se privou de usar esse termo quando se tratava da loira. – Ela é mãe de um dos meus alunos, louco, certo? – Blanca não esboçou nenhuma emoção, então ela continuou. – Ela está noiva e tem um filho. – disse como se mal acreditasse nas próprias palavras. – Ontem o noivo dela, Alfonso, me chamou para um jantar hoje e eu aceitei. Eu estraguei tudo, não foi? – franziu o cenho e deixou a caneca na bandeja, assim como sua mãe. – Todo meu esforço para me manter afastada dela esses anos e agora eu simplesmente estrago tudo entrando em sua vida outra vez.





Ouvindo de si mesma a fez cair na real o tamanho do estrago que tinha feito no momento em que aceitou aquele jantar. Se tivesse negado, sua relação com Alfonso e Anahí seria estritamente de pais e professora. Elas se veriam quando Anahí  fosse buscar Ethan, se cumprimentariam e só. Ainda existiria aquele muro invisível entre elas que impedia Dulce de agarrá-la como sentiu uma insana vontade naquela sala.



Blanca, que ainda tinha os olhos presos na filha como se ela contasse algo realmente interessante, suspirou baixinho e segurou a mão de Dulce.



- Anahi é uma boa menina. – disse simplesmente e voltou sua atenção para a TV.



Dulce desistiu de um diálogo mais prolongado com a mãe e decidiu assistir aos vídeos caseiros com a mente em outro lugar. Era estranho ver sua mãe chamando Anahí  de boa menina depois do que aconteceu em 2018, a mulher proibiu Dulce de aproximar-se de Anahí e xingou todas as vidas passadas de Anahí por abandonar sua filha assim, de uma hora para a outra. Elas passaram anos sem tocar naquele nome e quando Dulce diz que Anahi retornou, Blanca age como se fossem os velhos tempos. Talvez fosse a depressão confundindo sua mente, afinal, Anahi não era mais uma menina.



Já passava das 19:40pm quando Dulce deixou sua antiga casa e dirigiu sem pressa nenhuma pelas ruas de New York em direção ao endereço anotado no papel que Alfonso tinha deixado no dia anterior. As mãos de Dulce suavam no volante e sua perna esquerda saltava no assoalho, dessa vez ela não tinha ligado o rádio e isso realmente significava alguma coisa. Significava que ela estava indo se encontrar com Anahi. E seu noivo. E seu filho. E sua cunhada.



Oh, não...



De repente aquela jaqueta jeans era apertada demais, ou seria seu peito se contraindo cada vez mais enquanto procurava pelo número do prédio certo. Ficou surpresa com o luxo em que Anahí vivia agora, o prédio abrigava cerca de 30 andares e de fachada acompanhava um extenso jardim que terminava na guarita da portaria. Dulce apresentou-se ao segurança pela janela e pediu que avisasse ao senhor Herrera que ela havia chego. Não demorou muito e o segurança liberou sua entrada permitindo que ela estacionasse em uma das 4 vagas do apartamento de Anahí.



A cada dois passos, Dulce vacilava e sua consciência gritava para voltar ao carro e inventar uma desculpa de última hora. As coisas não precisavam ser assim, ela não tinha pensado direito quando aceitou, talvez o tenha feito para ver a reação de Anahí, ter o gostinho de vê-la desesperada por sua causa. Ou apenas por saudade. Mas, a segunda opção deveria ser ignorada por questão de sobrevivência.



- Dulce! – ouviu seu nome e foi tirada bruscamente de seus pensamentos conflituosos. Santana a aguardava no saguão com um enorme sorriso cheio de segundas intenções e os braços cruzados abaixo dos seios. Dulce sorriu naturalmente por achar graça do esforço da mulher em impressioná-la e acenou. – Seja bem vinda ao Bronx. – franziu o cenho confusa. – Pronunciei certo?



- Gosto da forma como pronuncia o x, seu sotaque é forte. – sorriu ao lembrar-se de suas origens e estendeu a mão à mulher.



Santana soltou um som anasalado e indicou o caminho até o elevador.



- Eu espero que isso não seja uma cantada, caso contrário Anahi me mataria. – brincou, mas Dulce levou a sério e quase engasgou quando entrou no casulo de metal.



- O que disse? – perguntou assustada.



Seria possível Anahi ter contado tudo justamente à cunhada? Pensar nessa possibilidade fez seu cérebro trabalhar a mil por hora e não processar a resposta da mulher.



- Vocês são grandes amigas de faculdade, não? Foi isso que a branquela disse, me corrija se eu tiver sido enganada porque eu juro que mato...



- Não! Está certo, desculpe minha falta de atenção. – recuperou-se rapidamente e sorriu disfarçando o desespero. – Eu só tive um dia cheio e minha cabeça está a mil por hora.



Santana balançou a cabeça em compreensão e não disse mais nada quando a porta do elevador abriu revelando o apartamento. Dulce não se surpreendeu com o designe, não esperava nada menos de um casal de advogados. A decoração da sala em preto e branco, o tapete bege felpudo e os móveis duas vezes maiores que os de sua casa era o contraste do tipo de pessoa que Anahi havia se tornado. Logo de cara Alfonso as aguardava com um sorriso enorme e roupas mais casuais. Uma polo laranja, calça jeans e sapatênis, diferente dos ternos que ele costumava usar.



- Tia Dulce!



Dulce desviou os olhos para a loira de olhos azuis que passou pela porta do que parecia ser a cozinha com um garotinho sentado no ombro. No mesmo instante Alfonso e Santana foram esquecidos quando tudo o que Dulce podia ver era a cena mais cativante do mundo. Anahí parece ter tido o mesmo tipo de pensamento quando estancou no meio do caminho e seu sorriso morreu. Lá estava a batalha de olhares novamente e ambas estavam perdendo.



- Por que eu não estou surpreso pela felicidade de Ethan com sua presença? – Alfonso brincou e caminhou até a Dulce cumprimentando-a com um beijo no rosto e a direcionando até a cozinha. – Sinta-se em casa, por favor.



Com Santana de um lado e Alfonso de outro, Dulce caminhou displicentemente até Anahí com os olhos cravados no chão, mas relaxou quando viu o pequeno Ethan estender os braços pedindo por colo.



- Olá, pequeno. Como é bom ver você! – Ethan deu um beijo estalado em seu rosto e um abraço apertado. – Oh, isso tudo é saudade?



- Sim, tia. A senhora quer vê meu melhor amigo dinossauro? – ele perguntou todo animado e segurou o rosto de Dulce na expectativa.



- Ver. – Anahí o corrigiu e finalmente ganhou a atenção de Dulce. – Boa noite, Dulce. – ela disse com os olhos inexpressivos, quase como se mal a conhecesse.



A expectativa na sala era grande. Os irmãos esperavam que uma velha amiga perdoasse as más atitudes de Anahí e que tudo voltasse a ser como antes. Ethan queria apenas sua professora preferida para brincar e Anahí... Anahí se torturava internamente para não perder o controle.



- Boa noite, Anahi. – Dulce respondeu indiferente e sorriu para Ethan. – E eu vou adorar conhecer seu melhor amigo, pequeno.



Ethan sacudiu as pernas indicando que queria descer e saiu correndo como um jato pelo corredor da casa.



- Esse menino vai levar algum móvel junto um dia desses. – o comentário veio de Alfonso que balançou a cabeça em diversão e apontou para a porta da cozinha. – Eu fico feliz em ter mais uma vítima para experimentar meus pratos especiais, Anahi nunca me deixa convidar uma de suas amigas com medo que eu as envenene.



- Talvez porque você seja bem capaz disso. – Santana comentou e puxou um banco da bancada para Dulce se sentar, imitando o ato logo em seguida. – Seja sincera e cuspa quando sentir a queimação na garganta, Dulce.



Dulce riu dos irmãos, ela tinha certeza de que se divertiria muito mais com eles se a situação não fosse outra. Se Anahi não tivesse encostada na geladeira com os olhos cravados em si enquanto Alfonso mexia algo na panela.



- Se estiver ruim vocês nunca vão saber, não sou muito sincera nesse quesito. – fez uma careta e recebeu um som de agradecimento de Alfonso.



- Você ganhou mais dois pontos comigo, Dulce. – ele brincou e virou-se procurando pela noiva. – Anahí , ofereça algo para Dulce beber enquanto o jantar não fica pronto, por favor.



E lá estava o homem criando uma situação entre sua noiva e a ex namorada na tentativa de surgir um assunto entre ambas. Anahí respirou fundo e abriu a geladeira puxando uma jarra de suco de uva



 Eu espero que ainda seja o seu favorito. – foi tudo o que Anahi disse quando pegou um copo no armário e serviu Dulce com suco de uva. – É natural da fruta.



Dulce quase caiu do balcão quando Anahí a queimou com seu olhar e por ainda lembra que seu suco favorito sempre fora o de uva.



- Me fale mais de você, Dulce. – Santana cortou o clima tenso e Dulce continuou encarando Anahí  até a mesma voltar a encostar-se à geladeira. – Você namora?



- Santana! – Alfonso a advertiu com um olhar feio.



- Não tem problema. – Dulce respondeu e cruzou os dedos em cima do balcão. – Eu tenho meus casos, digamos assim. Não tenho pique para um relacionamento sério.



Santana fez bico e Alfonso parecia divertido com a resposta. Anahí era a única cética que mal parecia estar naquele mundo. O advogado, que parecia muito interessado no que tinha ouvido, rebateu.



- Conta outra. Você nunca namorou sério?



O ar faltou por alguns segundos e o clima pesou. Dulce ficou estática no balcão com o corpo congelado, ela não sabia o que dizer e pior ainda, tinha medo de levantar os olhos e encontrar a imensidão azul esperando sua resposta. E foi o que aconteceu. Dulce encontrou uma Anahí totalmente diferente da fria que tinha encontrado quando entrou naquele apartamento, agora Anahi tinha o semblante triste, sua expressão era de dar pena.



- Uma vez. – obrigou-se a dizer com os olhos fixos em anahi, aproveitando que Alfonso arrumava a mesa de jantar e Santana o ajudava. – Eu abri o meu coração uma vez na adolescência.



- E o que aconteceu? – Santana, que tinha passado por elas e as tirado do transe pessoal, perguntou.



Dulce olhou em volta e viu os três pares de olhos atentos em sua resposta.



- Não deu certo. Ela não teve coragem o suficiente de ficar comigo e me deixou. – respondeu cética, quase trincando os dentes querendo que Anahí fosse atingida por suas palavras. – Ela quebrou o meu coração e não se importou de juntar os pedaços.



Dizer aquelas coisas foi o jeito que encontrou de sentir-se aliviada, de vingar-se, de aliviar seu coração. Parte de Dulce, a recente, a que impedia qualquer pessoa de entrar em seu coração, queria fazer Anahí sentir toda a dor que sentiu um dia. E ao mesmo tempo, a Dulce pura e sonhadora se desfazia em pedaços por ver seu bem mais precioso tão afetada como Anahi estava agora, inventando uma desculpa qualquer de que precisava ir ao banheiro.



- Ela? – Alfonso perguntou surpreso e olhou para a irmã com desdém.



- Oh, sim. Eu sou lésbica. – disse naturalmente e seguiu os irmãos até a mesa de jantar. – Espero que isso não seja um problema?



Alfonso e Santana logo assumiram um olhar de culpa e arregalaram os olhos.



- É claro que não! Santana também é desde que a conheço por gente, não é? – o advogado olhou em desespero para a irmã que logo tratou de assentir e sorrir abertamente.



Ethan entrou correndo na cozinha com os braços para trás e um olhar sapeca. Ele usava calça jeans, camisa preta e all star. Dulce nunca imaginou que poderia se apaixonar ainda mais por ele.



- A senhora vai conhecer o T-Rex. – ele tirou o brinquedo das costas e o estendeu para Dulce que prontamente o aceitou. – T-Rex, essa é a minha professora de música e ela chama Dulce. Tia Dulce, esse é o T-Rex.



Dulce fingiu olhar nos olhos do brinquedo e apertou a mãozinha pequena do T-Rex fingindo uma seriedade inexistente.



- É um prazer conhecê-lo, T-Rex. Espero que o senhor cuide muito bem do meu pequeno Ethan, ok?



Ethan cruzou os braços indignado e revirou os olhos.



- Eu já disse que não sou pequeno, tia. – fez bico. – Eu já sei as falas do homem de ferro e quando tio Poncho não está eu é que sou o homem da casa.



Tio Poncho.



O que?



- Eu sou o homem da casa até mesmo quando Alfonso está, pirralho. – Santana cortou bagunçando os cabelos do garoto que deu de língua. – Oh, o que foi isso? Um garoto atrevido?



Ethan arregalou os olhos e saiu correndo em disparada pela casa com Santana em seu encalço. Dulce e Alfonso riram da situação e logo o silêncio recaiu na mesa.



- Você deve se perguntar o porquê daquele ser ter o mesmo sangue que eu. – ele brincou sentando-se à mesa e Dulce sentou na outra extremidade. – A verdade é que somos meio-irmãos. Ela nasceu no México e eu na França, meu pai...



- O pai dele comeu minha mãe numa viagem de negócios. – Santana se intrometeu quando entrou novamente na sala com um Ethan pendurado em seu ombro.



- Olha a boca perto do meu filho! – Anahí chegou logo atrás tirando Ethan das garras da mulher. Ela tinha o semblante mais relaxado e até sorriu casualmente para Dulce que não entendeu nada. – Sobre o que conversavam?



Alfonso ergueu a sobrancelha esquerda verificando se estava tudo bem e recebeu um sorriso em resposta.



- Eu estava contando à Dulce  como me tornei irmão dessa coisa. – Alfonso apontou para Santana que sorriu cinicamente e sentou-se a mesa de frente para Dulce com Anahí  e Ethan do seu lado direito.



Anahí riu como se conhecesse a historia de trás para frente, sua face relaxada e o sorriso espontâneo fez o coração de Dulce acelerar mais do que deveria no momento.



- Você contou que sua mãe quase caiu dura quando uma latina metida à briguenta bateu na porta da sua casa procurando por seu  pai.



Santana fechou a cara para a cunhada e encheu a boca de macarrão para não proferir um palavrão na mesa.



- De qualquer forma, meu pai se propôs a pagar a faculdade dela se Santana prometesse não fazer escândalo. – Alfonso continuou. – Foi assim que ela acabou em Sorbonne.



- E conheci a branquela, que decidiu ter Ethan e tempos depois noivou do meu irmão idiota. – Santana terminou e recebeu olhares de reprovação do irmão e da cunhada.



Decidiu ter Ethan. Ok, agora as coisas estão mais estranhas que o normal. Então o garoto não era filho de Alfonso? Anahí tinha engravidado de outro cara? Dulce sentiu a angustia bater em seu coração de forma sutil.



- Vocês são ótimas pessoas, eu me divirto muito com a relação dos dois. – Dulce tentou consertar o clima que se instalara na mesa. Ethan era o mais barulhento, o garoto brincava com o T-Rex na mesa enquanto lambuzava a boca de macarrão.



- Sim, eu tento transar com o máximo de garotas possível enquanto meu irmãozinho querido está de coleira. – a mulher brincou apontando para o anel de compromisso inexistente em seu próprio dedo.



- Um dia você vai encontrar alguém por quem se apaixonar e vai parar de me encher o saco, maninha. – Alfonso rebateu com uma piscadela.



- Se apaixonar é para idiotas. Toda essa baboseira de amor verdadeiro, pft! Me diga onde está minha alma gêmea, pois só as encontro em camas de motéis.



Alfonso revirou os olhos com o comentário desnecessário da irmã e Anahi tapou os ouvidos do filho. Dulce sentia-se incomodada não só com o assunto, mas a presença dos noivos gerava um conflito interno que nem ela mesma entendia.



- Não há um lugar exato a ser procurado, você apenas a encontra. – Anahi se manifestou enquanto limpava a boca de Ethan com o guardanapo. Voltou os olhos para a mesa e corou ao sentir-se observada. – Sabe... Você pode estar andando por ai e esbarrar em sua alma gêmea, seus olhos se encontram e você pensar: Ai está você. Ou... – arriscou olhar para Dulce que a ouvia atentamente. - Ouvi-la tocar algo que prenda seu coração... Algo que a faça suspirar e ter certeza de que estava procurando por ela a vida toda...



A indireta atingiu em cheio o alvo. Dulce trancou o maxilar e sentiu seu estômago dar piruetas manifestando algo que tinha adormecido há anos, aquelas borboletas que tinham retornado ao casulo, elas mesmas. Elas tinham acordado por Anahí mais uma vez. Alfonso parecia impressionado com as palavras da noiva e ao mesmo tempo feliz, imaginando que tinham sido sobre ele e Santana, bem...



- Essa foi à coisa mais gay que eu já ouvi em toda a minha vida, meu Deus do céu! – largou o garfo e a faca no prato. – Dulce, me perdoe pela minha cunhada, ela tem ataques de filosofia algumas vezes e esquece que eu não sou obrigada a ouvir tanto homossexualidade em uma mesma frase, e olha que eu sou gay!



Nem mesmo o ataque de Santana fez Dulce rir dessa vez, pois seus sentidos gritavam apenas por Anahi.



- O engraçado do ser humano é que mesmo quando pessoas julgam encontrar sua alma gêmea, ainda podem ser covardes o suficiente para desaparecerem sem deixar absolutamente nada para trás. – rebateu cismada e ganhou olhares de choque de Alfonso e Santana.



Ethan tinha descido da cadeira e agora brincava com dois carrinhos de plástico e o dinossauro no chão da sala. O lábio inferior de Anahí tremeu e ela fuzilou Dulce.



- Ou podem ter motivos suficientes para fazê-lo pelo bem da pessoa amada. – retrucou no mesmo nível de cinismo e viu Dulce cerra os olhos.



- Eu preciso ir ao banheiro. – Dulce disse levantando-se por fim e pedindo pelo olhar que Alfonso a indicasse o caminho.



O homem, que até então parecia impressionado com a pequena discussão entre velhas amigas, pediu a Ethan que acompanhasse Dulce, e assim o pequeno garoto o fez, deixando Anahi, Santana e Alfonso em silêncio na mesa.



- O que foi? – Anahi perguntou despreocupada, mesmo que estivesse queimando por dentro em desespero.



- Eu acho que quem deveria fazer essa pergunta somos nós. – Santana disse e parecia abismada. – Há algo entre vocês que nós não sabemos? – e essa pergunta quase matou Anahi do coração. – Você roubou o namorado dela na faculdade? Roubou um esmalte, matou o cachorro dela, sei lá... ?



- Não seja estúpida. – revirou os olhos. – Dulce é uma pessoa difícil.



Alfonso balançou a cabeça negando as palavras da noiva.



- Ela tem sido muito gentil desde que chegou, você deveria ir atrás dela e tentar consertar seja lá o que tenha acontecido. – disse bondosamente e Anahí quase gritou com ele para não ser tão legal com a situação.



Afim de não iniciar uma discussão, Anahi apenas levantou e caminhou pela casa sentindo cada célula do seu corpo trabalhar mais rápido com a ideia de estar a sós com Dulce. A primeira conversa delas não tinha saído como planejado e... Na verdade, não havia nada planejado. Encontrar com Dulce não fazia parte de seus planos no momento e ela nunca estaria preparada para tal coisa.



Como esperado, Dulce não estava no banheiro. Anahí procurou pelos corredores, na sala de jogos e até mesmo em seu quarto, mas nada da pianista e de seu filho. A última opção de procura fez Anahi fechar os olhos e puxar todo o ar antes de prosseguir até o quarto de Ethan. E lá estava Dulce María meio sentada na cama com as costas apoiada na cabeceira com Ethan ao seu lado. Os dois pareciam ter uma conversa muito interessante para que o garoto aceitasse ficar no colo por tanto tempo



-... E eu comprei todos os super-heróis, mas mamãe disse que o homem de ferro ia chegar só no natal. – o garoto contava e Anahí decidiu ser silenciosa para escutar um pouco mais.



- Quando eu era pequena gostava mais do Capitão América... – Dulce contou, e Anahí sorriu com a facilidade que Dulce tinha para soa tão natural com uma criança de 4 anos. – Mas, depois eu assisti os filmes e comecei a gostar mais do Homem de Ferro, ele é engraçado e



- E tem armadura! – os dois completaram juntos sorrindo.



Anahí sentiu seu peito se encher de amor. Logo sua mente tratou de criar uma fantasia onde era casada com Dulce e todas as noites Dulce deitava-se com Ethan para conversar antes de dormir enquanto Anahí preparava a mamadeira. Ela não devia deixar-se afetar tanto quando tinha um noivo que a amava e acreditava cegamente que ela também o amava de volta. Esses sentimentos torturosos não deviam se manifestar quando sua vida tinha dado um guinada para frente.



- Eu posso saber sobre o que as duas crianças estão conversando? – Anahí disse animada chamando atenção de Dulce que saltou da cama no mesmo instante envergonhada.



- Mommy! Mommy! Mommy! – Ethan gritou ficando em pé na cama. – A tia Dulce pode assistir Homem de Ferro um dia comigo?



Anahí fingiu pensar e sorriu logo em seguida.



- Ok, mas só se você tomar banho e escovar os dentes como um adulto. – advertiu brincalhona e Ethan pulou mais uma vez de alegria. – Peça ao Alfonso que dê banho em você, meu amor. A mamãe vai conversar com a tia Dulce agora.



- Ok. Até depois, tia. – Ethan abriu os bracinhos para Dulce que o abraçou e o encheu de beijos no pescoço arrancando gargalhadas gostosas do garoto.



Ele saiu do quarto chamando por Alfonso e as duas mulheres continuaram encarando a porta onde Ethan tinha desaparecido até Anahí decidir quebrar o silêncio.



- Dulce...



- Não. – Dulce a cortou bruscamente enfiando as mãos nos bolsos da calça e lançou um olhar frio para a Anahí . – Não estrague as coisas, por favor.



Anahí recuou um passo surpresa com as palavras rudes. Onde estava a doce Dulce?



- Você sabe que nós precisamos conversar sobre tudo isso, não sabe? – tentou quase num sussurro e viu Dulce balançar a cabeça em desdém.



- Sobre o que? Sobre o quão fraca, covarde e cínica você é? Sobre como me abandonou aos prantos em cima de um maldito terraço e 6 anos depois aparece com um noivo e um filho agindo como se nada tivesse acontecido? O que você quer, Anahí ? Que eu me sente na mesa de jantar com sua família e finja que não nos beijamos infinitas vezes, que não fui sua primeira namorada e que não fizemos amor? Que você não foi minha primeira em tudo? – cuspiu quase todas as palavras que vinha apertando seu peito desde que chegara naquele lugar. Anahí tinha sido atingida pelas palavras.



- O que quer que eu diga? Não fui eu quem a convidou para o jantar, Dulce. – defendeu-se magoada com as palavras. Dulce não tinha ideia sobre o falava. – Alfonso acha que somos amigas de faculdade e que agora não nos falamos porque eu guardei muitos segredos. Ele só quer nos aproximar...



- Ótimo, pois diga a ele que eu não a perdoei por ser uma péssima amiga. – quase gritou e quando se deu conta de seu ato, olhou quase em desespero para a porta. Anahí aproveitou a distração de Dulce para aproximar-se na tentativa de tocar-lhe o braço, mas Dulce recuou como se sua mão fosse brasa. – Não encoste em mim, Anahi! Nunca mais encoste em mim!



Sob influência de suas palavras, Dulce saiu batendo o pé firmemente do quarto de Ethan com um único objetivo: Ir embora. Ela precisava sair daquele lugar ou a qualquer momento faria alguma besteira da qual não se arrependeria, e essa era a pior parte, pois tinha criado uma afeição por Alfonso.



- Onde você vai? – Anahí perguntou enquanto seguia Dulce pelos corredores do apartamento, torcendo para que não desse de cara com Alfonso ou Santana.



- Eu vou embora. – respondeu firme e sem olha para trás. Bateu diversas vezes no botão do elevador pedindo a Deus que ele aparecesse logo. – Diga a Ethan que eu precisei ir embora, e avise Alfonso e Santana que nossos laços são estritamente profissionais. Eu não quero e não posso ultrapassar essa linha.



- Ótima, então eu a acompanho até o carro. – Anahí disse fuzilando as costas de Dulce que daqui a pouco quebraria o botão do elevador.



- Não precisa!



- Eu faço questão! – sua fala foi tão firme que apenas ouviu Dulce resmungar e entrar com tudo dentro do elevador quando as portas abriram.



Anahí  entrou logo atrás e parou ao lado de Dulce ficando  de frente para as portas que se fecharam. O silêncio caiu como uma manta sobre as duas mulheres que mal ousavam se encarar pelo reflexo do metal. A musiquinha de piano que tocava no alto falante do elevador não ajudava muito a situação, não quando seus hormônios gritavam pelo corpo uma da outra.



30... 29... 28... 27...



Os elevadores de hoje em dia não poderiam ser mais rápidos, não?



Anahí não estava tão instigada aos hormônios, estava ferida pela forma como fora tratada pela pessoa por que ela arriscou tudo. Seus pensamentos corriam a mil numa forma de revelar a verdade sem estragar tudo outra vez, e essa solução nunca aparecia... Talvez fosse destino Dulce nunca descobrir a verdade.



Talvez a forma certa de seguir a vida fosse deixar a Dulce odiá-la sem...



- Fo/da-se!



Seus pensamentos foram bruscamente cortados quando sentiu a pancada violenta de suas costas contra a parede do elevador. Essa foi a última coisa que viu antes de ter os lábios tomados pelos de Dulce sem nenhum pingo de carinho. Anahí sentiu toda a sua alma ser sugada quando sentiu a língua quente de Dulce invadir sua boca sem permissão e suas mãos explorarem seu corpo com maestria e uma pegada tão forte que o gemido surgiu em sua garganta involuntariamente e morreu nos lábios de Dulce.



Não tinha como reagir aos toques e caricias que recebia. Não quando Dulce tinha as unhas fincadas em suas coxas, e quando Anahí tentou reagir agarrando o colarinho de Dulce, mas foi bruscamente empurrada outra vez e teve os braços presos acima da cabeça, restando assim os lábios esfomeados de Dulce chupando, mordendo, tomando tudo da loira para si depois de tanto tempo. Seu corpo ferveu ao sentir Dulce forçando os quadris contra os seus por pura necessidade de contato, era magnético, dois imãs poderosos e inseparáveis.



Como sentira faltas desses beijos. Não violentos como esses, mas ainda os mesmos lábios, o mesmo sabor, a mesma língua... Seria possível guardar o sabor de um beijo na memória? Pois se fosse, Anahí  guardaria para sempre o de Dulce consigo. Pois nada se comparava aos beijos de Dulce, o mundo poderia explodir e o tempo voar, mas estes lábios carnudos seriam sempre a sua perdição.



O beijo foi interrompido da mesma forma que fora iniciado.



A campainha do elevador tocou e as portas se abriram ao mesmo tempo em que as duas mulheres se separaram bruscamente. Anahí tentava manter-se em pé enquanto Dulce marchava para fora na velocidade da luz.



Aos tropeços de suas pernas e pensamentos, Anahi conseguiu apertar os passos atrás de Dulce que se aproximava do carro com fogo nos olhos.



- Você pode parar de fugir e me explicar o que exatamente aconteceu agora mesmo? – perguntou esforçando-se para ser firme, mas falhando miseravelmente. Dulce não respondeu, tentava a todo custo abrir a porta do carro com as chaves, mas o desespero atrapalhava seu ato. – Pare de ser covarde e me enfrente, Dulce!



Ao ouvir a palavra covarde, Dulce virou-se de supetão ficando a centímetros de Anahí, tinha raiva, angustia e medo estampado em seu rosto, e isso com certeza deixou Anahí ainda mais assustada.



- Não me chame de covarde quando isso se aplica a você, Portilla – rosnou e empurrou Anahí.



- Você me beijou! – Anahi exclamou possessa de raiva com a forma que estava sendo tratada e Dulce fechou os olhos franzindo o cenho.



- Eu te beijei para me dar a certeza de que não te amava mais. – respondeu por fim voltando a tentativa de abrir o carro.



Quando conseguiu, ouviu a voz fraca de perguntar:



- E você ama?



Dulce olhou apenas uma última vez para Anahi antes de responder:



- Amo. – todos os sentimentos de 2017 foram ativados em si. Anahí travou. – Mas, eu me amo mais.



Entrou no carro, bateu a porta e acelerou o carro deixando não só um pedaço de seu passado para trás, mas também o começo de um novo futuro.




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Tentação é um estímulo ou indução a um ato que pareça atraente, ainda que seja inapropriado ou contradiga alguma norma ou convenção social sendo, consequentemente, proibido. - Anahi, eu não posso acreditar no que está me dizendo. - essa foi a voz de Emma vinda do viva-voz do Iphone de Mait&e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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