Fanfics Brasil - Capítulo 40 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 40

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Era o dia perfeito para se estar no Central Park no período da tarde quando famílias passeavam por lá com crianças e animais; casais passeavam de mãos dadas ou sentavam na grama verde apreciando a beleza do belo parque. Também era o lugar de pessoas solitárias que caminhavam despreocupadas com o mundo e presas em sua própria bolha esperando pelo dia em que encontrarão alguém para amar, alguém para dividir os dias e o espaço em suas vidas.



Para ser sincera, aquele era o lugar perfeito apenas para se estar.



Respirar. Refletir. Sonhar.



Era assim para Dulce e Anahí também. A advogada estava sentada com as costas apoiada em uma árvore perto de um lago com Dulce entre suas pernas e o pequeno Ethan sentado no estômago de Dulce. Era um encontro casual, logo Anahí teria que seguir para o tribunal, pois suas férias haviam chego ao fim, e decidiu encontrar-se com Dulce deixar que a menor levasse Ethan para sua casa.



- Eu não acho que você deveria ficar triste com isso, - dizia Dulce para o pequeno garoto que tinha um bico enorme nos lábios e os bracinhos cruzados. – nós nem vimos o filme ainda pra saber o que realmente vai acontecer.



- O pai do Jake leu os quadrinhos, ele já disse que o homem de ferro vai ser do mal. – Ethan interpôs com a voz tristonha. Supostamente o colega de escola de Ethan tinha lhe contado que o Homem de Ferro, super-herói preferido de Ethan, seria o vilão no próximo filme do Capitão América.



Anahí ofereceu o saquinho de jujuba para Dulce e Ethan que negaram e então segurou a mão do filho por cima do ombro de Dulce.



- Eu vou comprar os quadrinhos pra você quando voltar do trabalho, ok? Assim vamos saber o que realmente acontece.



- E eu posso ler pra você! – Dulce disse como se fosse uma ótima ideia. – Posso ler sempre que nos vermos.



Ethan deu de ombros ainda desanimado e disse:



- Eu não gosto do Capitão América.



- Hey! – Anahi se fez de ofendida levando a mão direita ao coração. – Ele é o mais forte e justo entre os vingadores, querido.



- Ele usa pijamas e beija meninos, mamãe.



As duas mulheres surpreenderam-se com o linguajar do garoto e arquearam as sobrancelhas. Ethan por outro lado continuava com os braços cruzados sem entender a reação de suas mães.



- Quem disse isso pra você, Ethan? – Anahi perguntou séria, mas já fazia uma ideia de quem teria esse tipo de palavreado perto de seu filho.



- Eu ouvi a tia Emma dizendo pra tia Santana quando elas estavam lá em casa. – ele deu de ombros. – É errado?



Ok, assunto perigoso. Dulce entendeu o clima que a conversa com um garoto de 4 anos estava tomando e decidiu intervir antes que Anahi ficasse desconfortável demais para falar sobre um assunto que, querendo ou não, teria que ser discuto em determinado momento se elas decidissem ficar juntas.



- Não é errado ele beijar meninos, mas sabe o que realmente é errado?



- O que?



- Não fazer cócegas no Ethan!



O garoto não teve tempo para pensar e logo Dulce projetou seu corpo para o lado deitando-o cuidadosamente sobre a grama e o atacando com cócegas no estômago. Ethan rapidamente desfez a carranca e começou a gargalhar se debatendo e pedindo a ajuda de Anahí.



- Sua mãe não pode salvá-lo, garoto. Você está em minhas mãos agora...



- Maaamãaae... Mamãaae... Mãaaaaaae...



O coração de Anahí vibrou com a cena de sua amada e seu filho brincando como uma família de verdade, não havia dúvidas de que ela os amava intensamente e que seriam sim, muito feliz juntos. Sem conseguir conter o leão feroz em seu peito, decidiu juntar-se à guerra de cócegas.



- Solte meu filho, Dulce Savinon! – Anahi exclamou e abraçou Dulce por trás tirando-a de cima do garoto. As duas rolaram na grama por dominância, mal pareciam duas mulheres de 26 anos com emprego sério e família.



Ethan aproveitou o momento e levantou gargalhando da cena patética de suas mães, mas Dulce percebeu o ato e conseguiu ficar em pé com Anahi, e para a surpresa da loira, foi agarrada pelo tronco e pendurada no ombro de Dulce.



- Dulce! Me solte agora, Savinon! – se debatia e balançava as pernas como uma criança mimada. Ethan gritou quando viu o olhar feroz de Dulce e saiu correndo com a mulher logo atrás com Anahi no ombro. – Eu vou cair, socorro! Dulceeeee!



Lá estava a adolescência de volta ao corpo das mulheres que tanto tinham se distanciado. É incrível a forma como o destino age, mais incrível ainda era o laço que as unia desde o primeiro momento em que seus olhos se encontraram no auditório de Juilliard. Ali, naquele pequeno momento, suas almas foram cruzadas de forma irreversível. A verdade é que o mundo não é o conto de fadas que acreditamos ser, ele é cruel e muitas vezes vai pisar em você, mas a forma como encarar isso somos nós que escolhemos. Levantar ou continuar caído? Lutar ou render-se?



Ficar ou ir embora?



Anahí queria muito ficar.



- Muito bem, crianças. – disse uma Anahi com a calça jeans e a camisa branca cheia de folhas e capim. Eles estavam na calçada após uma manhã de muito divertimento em família. Dulce tinha Ethan sentado em seu ombro, o garoto comia algodão doce, o assunto vingadores esquecido momentaneamente e um boné dos Giants na cabeça. Agora eles prestavam atenção como se Anahi fosse a mãe passando instruções para os filhos. – Nada de doces, chicletes ou qualquer outra porcaria antes do jantar, entenderam?



- Entendido. – Dulce e Ethan bateram continência, uma mania que os dois haviam adquirido quando Anahi vinha com ordens.



- Ótimo. Ás sete Santana vai buscá-lo, então esteja pronto e de banho tomado. – aproximou-se dos dois e pegou Ethan no colo enchendo-o de beijos.



- Ew, mommy! Eu não sou mais um bebê. – riu e deu um grande beijo melado na bochecha da mãe.



Anahí o deixou no chão e o garoto correu equilibrando o algodão doce para o banco de trás do carro que estava com a porta aberta. Agora restavam apenas as duas mulheres se encarando, definitivamente ainda havia certo receio entre elas quando estavam sozinhas, talvez o bloqueio de 6 anos demorasse um pouco mais para ser desfeito.



- Não o deixe dormir mesmo que esteja cansado ou à noite eu terei trabalho com meu monstrinho. – Anahi advertiu e recebeu um sorriso tímido de Dulce em troca. – O que foi?



- Nada. É só que você costumava me chamar de monstrinho quando namorávamos. – deu de ombros e as duas começaram a rir com a lembrança do apelido.



- Ou Oompa Loompa...



- Eu odiava esse, Anahi. – Dulce parou de rir na hora e apontou o dedo para a loira que já estava vermelha de tanto rir. – Você sempre foi ridícula com apelidos.



Os sorrisos se desfizeram aos poucos e a tensão se desfez restando o confortável silêncio entre elas. Era bom. Sempre foi uma coisa boa esses momentos em silêncio apreciando a companhia uma da outra, era quando palavras se desfaziam em necessidade.



- Eu quero te mostrar uma coisa hoje à noite, será que posso passar lá quando sair do trabalho? – foi uma surpresa a atitude de Anahi, ela parecia um pouco mais confiante conforme os dias se passavam e Dulce amava esse lado de Anahí. – Pode ser ás nove?



Dulce sorriu mordendo o lábio inferior e abaixou os olhos timidamente.



- Ás nove parece perfeito, Anie.



Anahí também sorriu e puxou Dulce pela mão até estarem próximas o suficiente para deixar um beijo carinhoso na testa de Dulce. O momento perfeito para sentirem um pouco mais da proximidade e do entrelaçar das respirações. Anahí não poderia admitir em respeito a Alfonso, mas ter Dulce tão perto e não poder tocá-la devidamente como sua obra de arte preferida vinha sendo seu inferno pessoal.



- Acho que eu deveria ir. – Anahi disse em um sussurro. Era quase difícil respirar com sua mão direita cravada na cintura de Dulce.



- Talvez.



Continuaram se olhando e ignorando o mundo que existia em volta. Ethan assistia a cena com o rosto colado no vido, ele não entendia o que estava acontecendo, era como um afeto entre pessoas e o garoto gostava de ter Anahi e Dulce por perto, talvez ele gostasse tanto quanto gostava de música e dinossauros.



Anahí  deu alguns passos para trás, mas sem desgrudar os olhos de sua amada. Era uma cena engraçada para as duas, pareciam mais um casal adolescente com dificuldades para se despedir e Dulce só sabia rir de uma Anahí toda atrapalhada.



- Até mais tarde. – Anahí  voltou a se despedir, pois era impossível não ter uma boba apaixonada por aquele ser magnifico.



- Até, Anahí.



E ambas seguiram caminhos opostos dispostas a enfrentarem o tempo que levaria até o momento em que se encontrariam a noite.



*****

****

***



- Anahí e Dulce são um ex casal. – Alfonso disse sem rodeios e assistiu Santana cuspir o café que tinha acabado de levar à boca no carpete do escritório.



O advogado tinha tomado a decisão de se manter em silêncio por um tempo e observar o comportamento de sua esposa desde que encontrou fotos comprometedoras da mesma com Dulce María Savinon. Uma semana havia se passado e seu noivado decaiu significativamente. Foi um choque inicialmente saber que Anahi se relacionava com mulheres antes de viajar para a França, ela nunca comentou nada sobre o assunto com ele e Santana, mas analisando melhor a situação, ela nunca falava sobre sua vida em New York. Sentiu-se traído pela amizade que pensava ter construído com Dulce, ela se mostrou atenciosa com Ethan e determinada a recuperar a amizade de Anahí, era uma boa forma de começar uma vida em um país diferente. Alfonso não tinha certeza se estava sendo traído ou não, mas o comportamento frio de Anahí nos últimos dias dizia muito sobre o que estava acontecendo. Ela sempre arrumava desculpas para o sexo, os beijos sempre partiam da parte do advogado e ainda sim eram frios, como se pertencessem à outra pessoa.



E talvez eles pertencessem.



O problema é que Alfonso estava apaixonado demais para questioná-la, ele tinha medo da resposta que receberia e ainda mais de ser deixado para trás.



- Como é que é? – Santana arregalou os olhos no seu melhor teatro, ou talvez ela não estivesse fingindo se contar pelo fato de que seu irmão havia descoberto tudo. – A Anahí Portilla? – Alfonso arqueou as sobrancelhas como se perguntasse se sua irmã estava mesmo falando sério. – Digo, é claro que é nossa Anahí, mas isso é um pouco estranho... Né?



Ok, talvez artes cênicas não fosse seu dom, mas o lado positivo é que Alfonso estava distraído demais em seus pensamentos para se tocar do nervosismo da irmã. Ele andava de um lado para o outro rodando a aliança no dedo, sua maior preocupação era o casamento que estava previsto para menos de um mês.



- Eu não sei o que dizer sobre isso, Santana. Eu me sinto traído só pelo fato de ter recebido Dulce em minha casa... – encostou-se à mesa e cruzou os braços, os olhos atentos em algum ponto fixo no chão. – Vocês são melhores amigas, ela não disse nada todo esse tempo?



Santana ajeitou o blazer preto que usava e coçou o cabelo preparando-se para o pior.



- Por quê? Você acha que ela disse? Pf, eu teria te contado. – riu ironicamente, mas sem nunca deixar de analisar as expressões do irmão. – Não seria mais fácil você perguntar a ela se há algum problema?



- Eu não posso.



- Por quê?



- E se houver? E se ela disser que não podemos mais continuar com o casamento? – suspirou vencido. – Eu sei que ela nunca me amou como eu a amo, mas eu simplesmente não posso deixa-la ir agora que estamos tão perto. Eu pensei que fosse o suficiente para Anahí  e Ethan, talvez eu tenha errado em algum momento, mas tudo o que mais quero é formar uma família com eles, entende isso?



A mulher engoliu em seco permitindo-se sentir pena do advogado. Alfonso se culpava por algo muito maior que ele mesmo, algo que venceu o tempo e barreiras invisíveis através do amor construído em algum momento do passado. Não era fácil ver seu irmão ser enganado, ele amava Anahí e estava disposto a assumir um filho por esse amor, mas Alfonso não poderia tomar um lugar que ainda há dono.



- Uma vez você disse que não ficaria entre Anahí e a felicidade, mano...



- Agora eu sei que falar é bem mais fácil. – retrucou um pouco mais alterado. – Dulce não vai me tirar o que demorei anos para construir, eu não posso deixar isso acontecer. Anahí é minha noiva e se isso faz de mim o vilão da história, que seja.



- Ok, faça o que você quiser. – Santana deu de ombros, nervosa pelo que poderia acontecer. – Você é meu irmão e Anahí minha melhor amiga, não espere que eu tome partido porque não vou. Você já é grandinho o suficiente para saber o que faz ou deixar de fazer, apenas tenha consciência de que Anahí pode nunca ter pertencido a você. Tenha consciência de que talvez, e só talvez, ela sempre foi de outra pessoa e que essa outra pessoa só voltou para buscar o que é dela. – disse apontando o dedo para o irmão que abriu a boca chocado com as palavras. – Agora me dê licença, eu preciso correr e comentar isso com Emma no whatsapp.



E saiu deixando Alfonso enfurecido para trás com a certeza de que Santana sabia bem mais do que demonstrava.



*****

****

***



Léo corria livremente pelo campo logo atrás do rancho cortando o vento frio de Agosto, o som da ferradora contra o solo sendo abafado pela grama fofa e os gritos histéricos de Ethan eram tudo o que Dulce precisava para sentir-se completa naquele dia. Dulce cavalgava com o garoto sentado à sua frente, as mãozinhas segurando as rédeas com Dulce como se juntos formassem uma grande equipe. Eles passaram à tarde assim, Ethan não desistia dos cavalos e Dulce não se opunha. Lavaram alguns cavalos mais mansos, correram pelo gramado, tomaram café da tarde e arriscaram tocar um pouco de piano.



Dulce estava apaixonada mais do que se imaginava por Ethan. Em alguns momentos de distração do garoto ela apenas o observava e imaginava como seria ter acompanhado sua gestação, o nascimento, as primeiras palavras e os primeiros passos. Como seria dar uma moeda por cada dente de leite e levá-lo ao cabelereiro para cuidar dos pequenos cachos.



Anahí fez um ótimo trabalho como mãe.



- Podemos chamá-lo de Rex? – Ethan perguntou enquanto Dulce alimentava uma égua que estava grávida.



- Você não pode chamar todos os animais do mundo de Rex, Ethan. – Dulce brincou.



- Posso sim, assim como existem várias pessoas com o mesmo nome, ué. – colocou as mãos na cintura e Dulce riu. – Posso ficar com ele



- Bom, não acho que teria espaço para um cavalo no seu apartamento, certo?



Ethan pareceu pensar por um momento.



- E se eu falar com a mamãe pra gente morar aqui?



Dulce quase teve um colapso com a simples frase inocente.



- Ok, tem certeza que você quer morar comigo? Eu vou te atormentar todos os dias, garoto. – brincou, e correu até a mangueira para ligá-la. Ethan foi sua vítima. – Eu vou fazer coisas como essa.



- Aaaah! Tia Dulce! – ele gritou e saiu correndo se debatendo com o jato de água que recebeu de Dulce, mas já era tarde e ele estava todo encharcado. – Você me molhou, mamãe não vai gostar disso.



Dulce largou a mangueira e pegou o garoto com o braço direito deixando-o pendurado e rindo divertido.



- Ela nunca vai ficar brava se não souber. Agora já para o banho, seu projetinho de Anahí.



Eles tomaram banho juntos e não dispensaram a espuma por todo o banheiro. Há muito tempo Dulce não se sentia tão feliz e livre como costumava ser uma vez, era bom sentir-se criança outra vez. Logo após o banho, Dulce pediu pizza pela insistência de Ethan, meia calabresa e meia vegetariana, e assim jantaram na sala assistindo desenhos antigos. Já passava das sete e Santana ainda não havia chego, Ethan pediu por mamadeira e deitou na cama de Dulce já com seu pijama de dinossauro. A ordem sobre não deixa-lo dormir tinha sido clara, mas os olhinhos pequeninos indicavam um Ethan morrendo de sono e Dulce não sabia negar nada ao garoto.



- Tenta não dormir agora, meu anjo. – Dulce sussurrou acariciando os cachos de Ethan. Eles estavam de frente um para o outro e Ethan a observava enquanto mamava. – Acho que sua mãe vai briga com nós dois.



Os olhos de Ethan pesaram e ele os fechou momentaneamente, mas logo os abriu tirando a mamadeira da boca.



- Você podia ser minha mamãe também, - ele disse e o coração de Dulce disparou. – quando a mamãe Anahí brigasse comigo você ia ser legal. E quando você brigasse comigo ela é quem seria legal. Isso seria divertido.



- Você pode me chamar de mamãe se quiser, Ethan. Eu posso ser qualquer coisa que você queira. É só pedir.



- Podemos pedir pizza todos os dias?



- Só se você prometer fazer a lição de casa.



A felicidade foi tanta que o garoto sentou na cama e jogou seu corpo contra o de Dulce.



- Vamos fazer guerra de água e andar a cavalo também?



- E quem sabe construir uma piscina no fundo de casa? – Dulce sugeriu o abraçando e prendendo-o contra o corpo. – E te abraçar assim todos os dias como meu ursinho de pelúcia.



A guerrinha não durou muito, logo a campainha soou e os dois bufaram tristes pela despedida. Santana os esperava na varanda batendo o pé impacientemente, ao seu lado uma loira de olhos azuis que segurava sua mão transmitindo a calma que ela precisava.



- E ai, tia Santana. – Ethan deu um toque na mão da tia e correu abraçar Brittany. – Oi Brittany. – ele sorriu timidamente.



- Boa noite, campeão. Como você está? – a loira brincou apertando o nariz do pequeno que corou.



- Bem. Você está bonita hoje.



- Moleque! – Santana rugiu cerrando os olhos para o garoto. Dulce acompanhava tudo achando graça do pequeno Portilla. – Você não tem amor à vida, não? Vai procurar uma pirralha.



- San. – Brittany advertiu e sorriu para Dulce. – Olá, Dulce.



Dulce acenou para as duas e recebeu Ethan em seu colo para se despedir.



- Você já sabe, não é? – Dulce arqueou as sobrancelhas esperando pela resposta e Ethan respondeu sussurrando:



- Não nos molhamos, não comemos pizza e eu não dormi.



Santana e Brittany observaram tudo surpresa pela conexão que Dulce e Ethan tinham criado, geralmente o pequeno Portilla levava tempo para se abrir com as pessoas e com Dulce foi em poucas semanas.



- Bom garoto. – Dulce o abraçou. – Boa noite e até amanhã na aula, pequeno.



- Pequeno não. – ralhou Ethan e sorriu. – Até, tia.



Brittany o pegou novamente e trocou olhares cumplices com Santana.



- O que você acha de apostarmos corrida até o carro de sua tia? – a loira perguntou e o garoto logo se animou sendo colocado no chão. – Boa noite, Dulce.



Os dois saíram em disparada pelo campo até o carro deixando que o silêncio caísse entre Santana e Dulce. Elas se olharam e pela seriedade da mulher, Dulce soube que havia algo errado. A luz fraca da varanda iluminou revelou uma expressão cansada de Dulce, como se ela estivesse exausta psicologicamente de caminhar em círculos. Santana sabia disso. Todos podiam ver o quanto ela estava tentando e arriscando com a chance de receber nada em troca.



- Eu sugiro que você seja rápida. – Santana disse sem rodeios. – Não há tempo para joguinhos de conquista, não há tempo para mais nada, Dulce. Se você a quer, pegue-a.



- Mas...



- Pegue-a. – Santana cortou com um olhar cheio de significados. E sem dar tempo para Dulce responder, saiu andando em direção ao carro.



*****

****

***



Os olhos grudados na janela do quarto não ajudavam em nada a ansiedade pelo que estava por vir. O relógio na parede marcada nove e dez, o que indicava que Anahí estava atrasada para o pequeno encontro que teriam no meio da noite. Ela teria desistido? Teria acontecido algo? As palavras de Santana ainda rondavam sua mente sem uma explicação exata. Talvez tivesse sido muito precipitado aprontar-se meia hora antes, nem mesmo os restos de pizza da janta lhe causavam fome e recusar pizza era algo realmente significativo para Dulce.



Tic tac e ela não estava ali. Tic tac e ela poderia estar nos braços outro. Tic tac o desespero a consumia por dentro.



Tic tac e um farol iluminou o rancho.



Dulce não deixou tempo para identificar o carro, ela correu até a porta e calçou seus velhos all star vermelho que costumava usar para sentir-se confortável. Desceu as escadas e deixou os dedos correrem pelas teclas do piano no caminho até a porta, seu coração agora se igualava às batidas do sino Big Bang de tão forte que estalavam em seu peito. Ao abrir a porta, surpreendeu-se ao encontrar não só uma Anahí linda em suas roupas casuais, mas um Mustang 67 preto estacionado logo atrás.



- O que achou da minha mais nova aquisição? – Anahí perguntou sorridente apontando para o carro.



- Esse é ainda mais bonito que o Dodge. – Dulce disse, o queixo ainda caído pela beleza do carro. – Isso é tão você, tão a minha Anahí.



Calou-se quando se deu conta do que havia dito. Às vezes era difícil segurar a língua quando estava em estado de transe como agora, mas Anahí não se abateu e sorriu ainda mais largo para Dulce.



- Venha, vamos dar uma volta. – abriu a porta para Dulce que deixou um beijo em sua bochecha antes de entrar. O interior tinha um cheiro amadeirado e era muito bem cuidado e limpo. Os bancos de couro eram a parte preferida de Dulce.



- Quando você o comprou? – perguntou assim que Anahi entrou no carro e o ligou. – Alfonso sabe disso?



Anahí deu de ombros e ligou o som que automaticamente reproduziu o CD de blues que estava de player.



- Eu estava negociando por telefone há uns dois dias com um colecionador, na verdade ninguém sabe sobre o carro além de você. – riu e assim que o carro parou no semáforo, esticou o corpo no banco de trás buscando por uma sacola do Starbucks. – Abra, comprei café forte como você costuma tomar. – Dulce aceitou de bom grado o café e sentiu-se feliz por Anahi ainda lembrar-se de seus gostos. – Não acho que eu poderia ser verdadeiramente feliz sem ser eu mesma, então o que seria de um mim um bom carro clássico?



- Não existe Anahí Portilla sem carro clássico e Johnny Cash. – Dulce brincou.



- Exato. – Anahí estalou os dedos. – Assim como não existe Dulce Savinon sem o piano e Billie Holiday.



Ah, o jovem amor. Ele traz tantas inconsequências quando estamos cegos por ele.



O capô do carro servia como assenti para as duas mulheres que observavam a cidade de New York do pico. Era um lugar deserto ligado à uma estrada abandonada que poucas pessoas conheciam, na verdade Anahi o descobriu em uma viagem secreta com Emma e Maitê quando ainda jovens em uma de suas viagens para NY antes de se mudarem definitivamente. E agora ela estava ali com Dulce, apreciando o silêncio e dedilhando o violão preto que trouxera consigo.



Dulce sempre amou que Anahí tocasse para ela.



Então era isso que Anahí faria debaixo do céu estrelado e de sua mais fiel testemunha: a lua.



Shed a tear cause I'm missing you



Derramei uma lágrima, porque sinto sua falta



I'm still alright to smile



Continuo bem para sorrir



Girl, I think about you every day now



Garota, eu penso em você todo dia agora



Was a time when I wasn't sure



Houve um tempo em que eu não tinha certeza



But you set my mind at ease



Mas você acalmou minha mente



There is no doubt you're in my heart now



Não há dúvida de que você está no meu coração agora



A voz rouca de Anahi levava Dulce à outra dimensão, uma vida em que elas compartilhavam tudo juntas.



Said, Woman, take it slow



Eu disse, Mulher, vá devagar



And it'll work itself out fine



E tudo se resolverá por si só



All we need is just a little patience



Você e eu apenas precisamos de um pouco de paciência



Lá estavam elas, as lágrimas que Dulce costumava guardar apenas para Anahi sendo liberadas pela emoção que a letra da música e a voz melódica de Anahí transmitiam. Se aquilo não era amor, então ele não existia.



I sit here on the stairs



Sento aqui nas escadas



'Cause I'd rather be alone



Pois prefiro ficar sozinho



If I can't have you right now I'll wait, dear



Se eu não posso te ter agora, eu esperarei, querida



Sometimes I get so tense



Às vezes fico tão tenso



But I can't speed up the time



Mas não posso acelerar o tempo



But you know, love, there's one more thing to conside



Mas você sabe, amor, existe mais uma coisa a se considerar



Os olhos azuis agora brilhavam intensamente sem desgrudar um minuto sequer dos castanhos, eles estavam dialogando entre si, trocando juras de um amor proibido.



Little patience



Um pouco de paciência



Need a little patience



Precisamos de um pouco de paciência



Just a little patience



Apenas um pouco de paciência



Some more patience



Mais um pouco de paciência



A música foi finalizada lentamente, Anahí desviou os olhos para a cidade e deixou-se sentir a imensidão de sentimentos do momento. Estava com vergonha de Dulce, não queria parecer uma abusada que traí o noivo cantando músicas para outras pessoas. O problema é que não eram outras pessoas. Era Dulce. Sua Dulce. E elas eram apenas elas. Uma mistura estranha de rock e música clássica, de laços e toucas, de violão e piano, quente e frio, Anahí e Dulce.



- Eu sentia falta da sua voz. – Dulce cortou o silêncio e deixou seu braço descansar na perna cruzada de Anahí. – Ela é bonita demais para não ser usada para a música.



Anahí balançou a cabeça afetada pelas palavras de sua amada.



- Por favor, não sou eu que vou arrasar no teste para a orquestra de New York. Eu já disse que vou com você?



- Oh! – Dulce tapou o rosto com as duas mãos envergonhada e ouviu as risadas gostosas de Anahí. – Você só me envergonha, Anahi.



- Vamos lá, Oompa Loompa. Já sabe que música vai tocar?



- Não. Estou fazendo um setlist com as melhores músicas e ouvindo uma por dia pra ver de qual eu não enjoo.



Anahí ficou olhando a mulher como se ela fosse algum tipo de alienígena.



- Eu sempre soube que você era estranha, mas não tanto.



Dulce pulou do capô e virou de frente para Anahí com os braços cruzados e um bico engraçado nos lábios.



- Ok, Anahí. Quem é que compra um carro antigo do nada e sem ninguém saber mesmo? Sua inútil. Quem foi embora para outro país por 6 anos?



Anahí também saltou parando de frente para Dulce, perto até demais para o lugar vazio, escuro e abandonado em que se encontravam. Era um desafio plantado entre elas. O consciente de Dulce decidindo jogar sujo com Anahí, desfazendo o clima calmo entre elas, mas Anahí sabia que esse momento chegaria, ela sabia que a qualquer momento Dulce explodiria porque ela a conhecia, Anahí conhecia Dulce melhor que ela mesma.



- Eu odeio você. – Dulce explodiu em lágrimas e foi amparada pelos braços de Anahí que a aconchegou em seu peito.



- Eu sei. – Anahí sussurrou, seus dedos presos no emaranhado de cabelo castanho.



- Eu odeio tanto você... – Dulce repetia, mas suas mãos diziam o contrário, elas percorriam toda a extensão das costas de Anahí procurando pelo contato, apreciando cada centímetro daquele corpo que lhe fazia falta.



Dulce e Anahí estavam com as emoções à flor da pele. Tudo estava acontecendo ao mesmo tempo e isso as afetava de forma que nem elas mesmas entendiam. Isso as deixava vulnerável, bipolar, agressivas, impulsivas e ainda mais apaixonadas.



- Dulce... – Anahí suspirou quando sentiu o aperto da menor ao seu corpo, mas logo o quente foi substituído pelo frio da noite.



Caminhando em direção ao Mustang estacionado na estrada, de repente o calor se fez presente. A sensação de proximidade era muito mais que um simples desejo. De fato, era necessidade. Anahí apertou as mãos em punhos, sentindo o suor nelas. Respirou fundo. O perfume de Dulce e o andar estavam sendo suficientes para fazê-la perder o controle que há muito vinha mantendo.



- Eu não aguento mais. - Anahí disse de repente. Dulce parou em seco, virando-se lentamente com uma confusão nítida em seu rosto.



Anahí deslizou a ponta língua pelos lábios, seus olhos estavam escuros e Dulce sentiu em sua espinha o significado daquelas palavras. Anahí encarava seus lábios.



- O que? - perguntou dubitativa, sem deixar seus olhos desviarem dos lábios rosados de Anahí. Como um predador, Anahi deu um passo à frente, ficando a milímetros do corpo de Dulce.



- Eu não aguento mais de vontade de você, Dulce. - um sussurro, foi exatamente a forma que Anahi conseguiu pronunciar aquela frase.



- Anahí... Nós não... - Dulce suspirou fechando os olhos com força, tentando controlar seu corpo. - Você vai se casar. - Anahí apertou os dentes ao ver como Dulce lhe dava as costas e andava ainda mais rápido em direção ao carro.



Mas ela não estava preocupada com isso. Não agora. E então, acelerando seus passos, puxou Dulce pela mão fazendo seu corpo girar com facilidade, chocando contra o seu.



- Foda-se. Eu quero você. E quero agora. - Dulce prendeu a respiração sentindo seu corpo se desfazer nos lábios de Anahí, que a prensou contra o carro, apertando os corpos.



Imediatamente, Dulce levou seus braços aos ombros de Anahí que agarrava a cintura da menor com possessividade e saudade. Com um resquício de sanidade, Dulce tentou empurrá-la.



- Anahí, eu disse que não ia... - mas Anahí a prensou novamente com mais força, empurrando o quadril.



- Eu quero te beijar. - Dulce suspirou sentindo seu coração acelerar. - E quero te fazer minha agora, nem que seja a última coisa que eu te peça.



- Eu prometi. - justificou. Anahí usou a mão direita para colocar o cabelo de Dulce atrás do ombro, tendo seu pescoço livre.



Aproximou-se beijando a zona abaixo da orelha com ternura, e deslizando o nariz pela extensão.



- E eu estou te deixando livre para quebrar essa promessa. - Dulce fechou os olhos com força e agarrou a blusa de Anahí do mesmo jeito. A caricia estava deixando cada vez mais molhada, a língua de Anahi encontrava seu pescoço facilmente entre algumas mordidas. Dulce estava entregue, seu corpo quente e desesperado por mais contato. Mas algo martelava em sua mente e ela novamente tentou empurrar Anahí, que cansada de tanta resistência, desceu as mãos para bun/da de Dulce, levantando-a com facilidade para que ficasse sob o capô.



Encaixando-se entre as pernas de Dulce, a encarou com a respiração ofegante.



- Esquece essa promessa. Eu estou aqui. Ele não é você, Dulce. - Dulce também estava ofegante. – Ninguém nessa merda de mundo é você. - o hálito de Anahí chocava contra seus lábios de tão próximas que elas estavam. Dulce queria falar, apenas por orgulho ou dignidade, mas nada saía.



Era muito mais forte.



- Anahi... - se aproximou ainda mais. - Eu... - um sussurro.



E então Anahi puxou o lábio inferior de Dulce com os dentes, apertando-os com força.



- Eu amo você. - Dulce fechou as pernas em torno da cintura de Anahí e enfiou as mãos entre o cabelo da loira, que deslizou as mãos pelas coxas de Dulce, ladeando a cabeça de leve. E como ela não se afastou, Anahi obteve sua resposta. Com o lábio inferior de Dulce entre os seus, iniciou um beijo lento e provocante, sugando o lábio e afastando-se minimamente para deslizar a língua sob o mesmo. Dulce fechou os olhos e no segundo seguinte, sentiu a língua de Anahi invadindo sua boca, assim como as unhas da mulher debaixo de sua blusa, arranhando seu abdômen. Ela já estava entregue, e ambas sabiam.



O beijo continuou enquanto Anahí manteve as unhas no cós da calça de Dulce, que arfava e lutava por conseguir o domínio no beijo, bagunçando os cabelos de Anahí, colocando-se cada vez mais pra frente ou apertando as pernas na cintura da loira. Anahí estava se deliciando com a intensidade do beijo, saboreando a língua de Dulce com calma, e quando sentiu a Dulce arfar contra sua boca, introduziu a mão direita na calça, sentindo o sexo completamente molhado pulsar em sua mão.



- Deus, Dul. Você está tão molhada. - Dulce arfou sentindo os dedos deslizarem entre seus lábios. Sem conseguir reprimir o gemido que o contato lhe causara, mordeu o lábio inferior de Anahí com força, sentindo seus dedos alcançarem seu clitóris. Anahí continuou com a massagem lenta, sentindo o rosto de Dulce encaixar em seu pescoço com a respiração leve. - Por muito que você esteja sexy sob esse capô, eu quero sentir seu corpo em cima do meu. - Dulce já nem sequer escutava direito. Seu corpo queimava clamando por Anahí, e por isso não se opôs quando Anahi a colocou no chão, abrindo a porta rapidamente e sentando-se no banco de trás.



Afoita, Anahi puxou Dulce para seu colo, e com a mesma vontade e desespero, começaram a tirar as roupas. Camisas por um lado, beijos desajeitados enquanto Dulce levantava o quadril para que Anahi deslizasse sua calça junto com sua calcinha, ao mesmo tempo em que usava a boca para percorrer o pescoço de Dulce, que logo estava nua em cima de Anahi tirando o sutiã da mesma de forma desajeitada, sentindo a calça deslizar debaixo de si. Pela postura, Dulce estava mais alta que Anahí, curvando a cabeça para baixo para não chocar contra o teto. Os seios, um tanto crescido com o passar dos anos, estavam quase esmagando o rosto de Anahí que, apertando a bun/da de Dulce com força, rodeou o mamilo esquerdo de Dulce com sua língua, saboreando-o. Dulce estava excitada e com a sensação, remexeu-se incomoda sob o colo de Anahí que a apertou forte, mantendo-a quieta enquanto prosseguia com sua tortura. As mãos de Dulce bagunçavam o cabelo de Anahí e a apertava contra si, rebolando lentamente sob as coxas da mulher na tentativa frustrada de desfazer seu incômodo. Anahí deslizou a boca para o seio direito, succionando, lambendo, mordendo... Dulce gemia e empurrava a cabeça da mulher ainda mais. Sentia as unhas em sua bu/nda e coxas, onde Anahi arranhava e apertava de uma forma lasciva.



- Anahi... - suplicou, e sem parar com sua tortura, Anahi entendeu. Deslizou a mão direita pela parte interna da coxa de Dulce, arranhando de leve e chegando ate a virilha. Até então Dulce já estava rebolando. - Oh! - gemeu forte quando sentiu os dedos de Anahí novamente em seu sexo. Com a mão esquerda, Anahi arranhou por completo as costas de Dulce, admirando com devoção o balançar dos seios de Dulce enquanto ela subia e descia lentamente sob seus dedos. Dulce precisou se apoiar no banco, fincando as unhas no couro para facilitar seus movimentos. Fechava os olhos por inercia, mas se forçava a olhar para Anahí, apenas para saborear ainda mais a sensação de tê-la ali, admirando-a com o mesmo amor de sempre. À medida que os movimentos ficavam mais rápidos, Anahi também gemia sentindo o sexo de Dulce apertando-se contra seus dedos, arranhando qualquer parte livre que encontrava baixo sua mão. - Anahi... - Dulce jogou a cabeça para trás sentindo seu orga/smo se aproximando, e Anahí não conseguiu evitar. Estava tão excitada quanto, e então com a mão livre, iniciou uma massagem em seu próprio sexo, gemendo ao compasso de Dulce que rebolava com mais rapidez.



Os corpos já estavam suados e Dulce estava esperando por Anahi que fechou os olhos e apoiou a cabeça no banco. Quando já não aguentava mais, Dulce se deixou ir sob os dedos de Anahi que no momento seguinte, a acompanhou.



- Dulce!... - clamou manhosa enquanto se deixava ir, sentindo o corpo suado de Dulce cair sobre o seu, e não duvidou em abraçá-lo com força, escondendo seu rosto no pescoço da mulher apenas para sentir o cheiro de seu perfume, agora, misturado ao cheiro de sexo. E esperou pacientemente a que retomassem as respirações, deslizando as unhas pelas costas dela, desta vez com suavidade, sentindo a felicidade que esperou durante tanto tempo preenchê-la.



Anahí não se arrependia do que tinha acabado de acontecer, ela era louca pelo sexo com Dulce e aquele momento, no banco de trás do Mustang entre as respirações descompassadas, os lábios inchados, corpos suados, elas sabiam que ser louca por sexo é ser louca por amor, por toque, por beijo, por tudo o que é gostoso sentir na vida.



O problema de viver o hoje sem pensar no amanhã são as consequências.



******

*****

****



Dulce abriu os olhos ainda sonolenta e sentiu a ardência nos olhos com a luz do sol que invadia sua janela. Mais uma vez tinha esquecido de fechar a merda da cortina, não que estivesse pensando em algo noite passada quando foi deixada na porta de casa por Anahi e um beijo de despedida.



Elas tinham feito amor.



Isso significava que Anahi deixaria Alfonso, certo?



Nos deixamos levar pelo momento e acabamos fazendo coisas que não faríamos se estivéssemos sóbrios de nossa própria mente.



A campainha insistia em tocar e Dulce amaldiçoava os quatro ventos por quem quer que esteja à sua porta uma hora daquela em uma manhã de terça feira. Seu corpo ainda doía pelo pequeno espaço do banco de trás do Mustang, nada que não valesse a pena.



- Já vai!



O certo a fazer é lidar com as consequências que criamos. Você é responsável pelo que você cria. Não adianta chorar pelo leite derramado. Ditados assim.



Ao abrir a porta de casa, Dulce deparou-se com uma BMW preta estacionada logo à frente, e na sua varanda estava Alfonso com as mãos nos bolsos da calça e o semblante fechado. Dulce franziu o cenho sobre a presença do rapaz em sua casa e procurou com os olhos por Anahi e Ethan, mas constatou que ele estava sozinho.



- Alfonso? – Dulce chamou um pouco confusa pela situação. – O que faz aqui?



- Vim pedir para que deixe Anahí em paz. – ele disse de uma vez, as palavras atingindo Dulce em cheio. Os dois se enfrentavam agora de igual para igual por um mesmo coração. – Eu descobri tudo e quero que se afaste dela.



No final de tudo, é você quem escolhe. Correr ou ficar?



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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