Fanfics Brasil - Capítulo 6 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 6

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Dulce simplesmente amava passar os domingos com sua família assistindo aos espetáculos da Broadway. A família Savinon ignorava os comentários sobre a decadência do teatro para a TV, simplesmente não podiam crer nessa bobagem de que a arte havia se tornado algo ultrapassado. E se houvesse algum outro programa favorito da família, este se chamaria ficar em casa cozinhando e cantando. Fernando e Blanca adoravam inventar receitas ou acrescentar ingredientes em pratos já prontos, e consequentemente arrastavam suas filhas junto para a cozinha. Podia-se dizer que eram um desastre, mas não havia tristeza naquela casa. Dulce os amava acima de qualquer coisa.



Foi então naquele domingo de sol enquanto Blanca preparava alguns doces na cozinha e Fernando tocava violão na sala, o dia em que Dulce cantarolava pela casa segurando uma escova de cabelo como microfone com Cláudia sacudindo uma vassoura imitando uma guitarra, aquela foi a primeira vez que ela apareceu.



Houve três breves batidas na porta. Fernando logo largou o violão no sofá e fez com que suas filhas se calassem anunciando que abriria a porta. Ele caminhou de meias pela casa sobre os protestos de Blanca e abriu a porta gentilmente, erguendo uma sobrancelha em seguida quando se deparou com uma jovem loira cujos cabelos caíam até o meio das costas. A garota usava short jeans, all star vermelho e uma blusa de linho cinza. E em suas mãos, uma torta de maçã.



Primeiramente, Fernando ficou extasiado com a beleza da moça que lhe sorria de volta, mas então voltou à realidade.



– Posso ajudar? – perguntou curioso enquanto analisava a garota de baixo a cima.



– Na verdade, pode sim. – ela respondeu com uma voz doce. – O senhor é Fernando Savinon?



Fernando olhou para os lados abrindo e fechando a boca várias vezes seguidas. A beleza e a educação daquela garota tinha o deixado abobado, quase como se estivesse falando com alguém de sua própria família. Ele não pode deixar de sorrir para ela, era contagiante aquele olhar determinado e doce.



– Sim, acho que sim... – a voz do homem morreu, arrancando um breve sorriso da garota que tomou o cuidado de segurar a torta em uma das mãos e estender a outra em cumprimento.



– Muito prazer! Meu nome é  Anahí Portilla. – eles apertaram as mãos. Na verdade Anahí apertou, pois Fernando continuava em seu estado aéreo. – Dulce está em casa? Não quero parecer rude, mas eu gostaria muito de pedir a sua permissão para sair com sua filha esta noite.



Fernando não teve tempo para processar o pedido de Anahí, logo Blanca apareceu por trás do marido com uma ruga na testa.



– Algum problema, amor? – então seus olhos caíram em Anahí e em seu sorriso encantador que fez a voz da mulher também se calar.



Agora o casal tinha a boca entreaberta para a loira de olhos claros como se estivessem frente a frente com a coisa mais linda que eles já tenham visto na vida.



– A senhora deve ser Blanca Savinon, certo? – perguntou Anahí, mesmo sabendo a resposta. A semelhança entre mãe e filha era inegável, Anahí pensou que gostaria de poder ver Dulce naquela idade. – Anahí Portilla, mas podem me chamar de Anahí.



– Olá, Anahí. – o casal Savinon disse em uníssono.



O silencio se abateu por um minuto e a loira sentiu-se constrangida sabendo que estava sendo medida da cabeça aos pés. Queria causar uma boa impressão aos pais de Dulce, parecer casual e despreocupada, e implorou mentalmente que Dulce não a matasse por chegar bem mais cedo do que o combinado.



– Então... – recomeçou Anahí ficando na ponta dos pés um pouco impaciente. –  Dulce está



– Oh sim, Dulce! – Fernando retomou a fala repentinamente. – Estrelinha? – gritou pelo hall de entrada. Blanca continuava sua analise em Anahí. – Você tem visita!



Poucos segundos depois Anahi ouviu sons abafados no andar de cima descendo os degraus e por ultimo um salto. Blanca afastou-se um pouco da porta dando espaço a sua filha que se aproximava, mas sem tirar os olhos da garota loira à sua frente.



– Eu realmente espero que não seja alguém de... Anahi? – o susto de Dulce foi imediato quando levantou os olhos e deparou-se com Anahi parada a soleira da sua porta com uma torta em mãos e seus pais a analisando com curiosidade.



– Vocês se conhecem de onde? – perguntou Blanca com um sorrisinho bobo.



Dulce balançou a cabeça em descrença e tentou arrumar seu cabelo disfarçadamente.



– Ok, pessoal! Não a afobem com perguntas. – pediu a pequena abraçando o braço esquerdo do pai e lançando um olhar repreensivo à mãe. Então seus olhos se voltaram novamente para Anahi. – Me desculpe se te deixaram constrangida, eles são sempre assim.



Anahí tentou responder, mas foi impedida por braços que a rodearam e a puxaram para dentro com animação.



– Venha querida, entre! Posso oferecer alguma coisa? Estou fazendo panquecas e comida vegetariana para o almoço.



Dulce estacou na porta junto de seu pai observando Blanca levar uma Anahi corada para dentro. Ela não sabia dizer se estava feliz por voltar a vê-la, ou frustrada por ter chego tão cedo e a flagrado em estado tão... Casual?



Fernando a olhou risonho e fechou a porta logo em seguida. Cláudia desceu as escadas correndo e parou em frente à mesa de jantar abraçando a perna da mãe, seus olhos escaneando Anahi com curiosidade.



– E você deve ser a pequena Cláudia. – disse Anahí com um largo sorriso deixando o prato em cima da mesa de madeira da cozinha. – Eu já não posso mais afirmar que Dulce é a mais bonita da família. – Cláudia escondeu o rosto e Blanca riu. – Eu fiz essa torta de maçã, Dulce disse que é a sua preferida.



– Céus! Essa garota é perfeita! – comentou Fernando entrando na cozinha com uma Dulce silenciosa demais. Tinha os olhos fixos nos de Anahí que revezavam do homem para a mulher. – Sempre digo para Dulce trazer suas amigas aqui, mas ela nunca me ouve. Devo dizer que é um prazer tê-la em casa?



Anahí piscou para Dulce de uma forma desdenhosa e foi recebida por um par de olhos cerrados em desconfiança. Anahí analisou o lar dos Savinon, e os pais da pequena; ela simplesmente não conseguia parar de sorrir naquela casa onde não existia tensão, e o respeito era algo incrível. Anahí mal os conhecia, e já poderia dizer que se sentia em casa.



– O prazer é todo meu, senhor. – respondeu Anahí um pouco mais extrovertida aproximando-se de Blanca na pia. – Posso ajudá-la a terminar o almoço?



– Eu adoraria. – Blanca ofereceu um avental vermelho para a garota que aceitou de bom grado e virou-se para Dulce, essa que continuava parada no mesmo lugar dissolvendo o que acontecia.



– Ficou bom em mim? – perguntou Anahí risonha ao mesmo tempo em que levantava uma sobrancelha audaciosa.



Dulce precisava ser honesta, estava afeiçoada a Anahí. Algumas vezes se flagrava sorrindo escondido das brincadeiras de seus pais com a loira como se fossem conhecidos há anos.



– Então, Anahí. De onde você é? Estuda em Juillard?



– E por que você nunca nos falou dela antes? – a ultima pergunta veio de Fernando e foi dirigida a Dulce que deu de ombros.



Talvez porque elas se conhecessem apenas há alguns dias.



Blanca ferveu a água e esperou Anahí terminar de cortar as batatas agilmente na bancada. Além de tudo, ela sabe cozinhar, pensava Dulce batucando os dedos na mesa impacientemente e arrancando um olhar curioso do pai.



– Minha família e eu somos de Miami. Eu me mudei para cá esse ano para estudar Direito em Columbia. – contou Anahí tranquilamente passando as batatas picadas para a mulher, então voltou sua atenção ao homem. – Eu comecei a fazer estágio em Juilliard cerca de um mês atrás e Dulce estava lá, tocando maravilhosamente. Na verdade, ela é minha heroína!



Os olhares da cozinha foram diretos a uma Dulce assustada.



– Eu estava apenas tocando...nos conhecemos dias depois. – a pequena respondeu sinceramente. – Espero não me arrepender de ter dado essa abertura em minha vida.



– Posso garantir que não vai.



–...e não me sentir culpada.



– Jamais!



–...e que não desapareça.



– Estarei sempre aqui.



Silencio. Fernando, Blanca e Cláudia olhavam de uma para outra sem entender a interação em forma de discussão das duas garotas, pois ao mesmo tempo em que pareciam discutir, emanavam um grande carinho entre a troca de olhares. A batata ainda demoraria a cozinhar, então os Savinon apenas trocaram um olhar cúmplice e se retiraram da cozinha sorrateiramente.



– Estou encantada com essa garota. – comentou Blanca enquanto subia as escadas.



Fernando entrelaçou suas mãos e sussurrou:



– Você não é a única.



A cozinha agora poderia ser facilmente comparada a um campo de guerra onde dois pares de olhos atacam um ao outro com ferocidade. Elas não sabiam o porquê, mas poderiam passar a vida toda apenas vendo o reflexo uma nos olhos da outra. Era magnético, e ainda sim, calmo.



– Por que chegou tão cedo? – Dulce finalmente falou arrumando o laço em sua cabeça e abaixando os olhos para os pés.



– Pensei em fazer uma surpresa. – a voz de Anahí mudou para algo suave, quase rouca.



Dulce sentiu como se uma corrente elétrica eletrocutasse seu corpo.



– Preciso me lembrar de não confiar em você, então. – riu sem graça. – Vamos para a sala.



Ela tentou passar pelo portal que dividia a cozinha da sala, mas foi barrada por Anahí que a segurou firme pelos braços. Agora estavam próximas, tão próximas que Dulce foi obrigada a se render e sustentar os olhos da garota com os seus apesar da diferença de altura.



– Me perdoe. – Anahí pediu séria. – Eu não quis ser inconveniente, juro. – afrouxou o aperto nos braços da pequena e a trouxe mais perto. – Eu conversei com seu pai sobre sairmos essa noite. Se ele permitir, nós vamos passar a noite fora, fazendo coisas que as pessoas não fazem mais hoje em dia, mas que eu sei que poderia fazer ao seu lado porque de alguma forma somos iguais. Sua música tocou a minha alma, Dulce. E vai ser muito difícil me tirar da sua cola.



Dulce tinha perdido a noção do tempo. Agora não era apenas Anahí que a segurava pelos braços, a pequena também tinha cravado seus dedos na pele de porcelana deixando um rastro avermelhado. A pequena suspirou e fechou os olhos sentindo uma súbita necessidade de carinho.



Pela primeira vez, Dulce tinha seu maldito coração sendo roubado.



– Me abrace, Anahí! – pediu com necessidade e sem esperar a resposta, puxou a cintura de Anahí unindo seus corpos num abraço apertado.



Anahí tinha um cheiro tão bom, um perfume doce.



A família Savinon é conhecida na região por seu carisma, principalmente Fernando que sempre encontrava uma forma de transformar algo ruim em algo bom. Anahí complementaria dizendo que são contagiantes e que criam uma pequena preciosidade naquela casa aconchegante. Blanca de longe tinha se apaixonado pela loira, as duas trocaram receitas durante o almoço e conversaram um pouco mais sobre a família da garota, como a originalidade do nome, trabalho, e se ainda mantinham contato. Cláudia não parava de falar sobre o quão legal era o filme E.T. e que Anahí precisava dormir lá um dia para assistir com ela. Fernando, por outro lado, estava concentrado em saber tudo sobre a faculdade. Em que ano se formaria, se o código penal era mesmo difícil de decorar, entre outras. Eram perguntas bizarras, mas que faziam a loira rir e responder com gosto.



Dulce foi à única que permaneceu calada a mesa na hora do almoço. Era raro quando se mantinha fora de algum assunto, mas naquele momento tinha decidido que ouvir as historias de Anahí era mais importante que sua comida.



– O almoço estava fantástico, Sra. Savinon! – exclamou Anahí animada quando deixou seu prato na pia.



Os olhos de Blanca brilharam e um sorriso bobo nasceu em seus lábios fazendo Dulce revirar os olhos.



– Você me ajudou em grande parte, Anahí. E por favor, me chame de Blanca.



– Como desejar, Blanca. – brincou a garota fazendo a mulher sorrir encantada.



Fernando apontou para Dulce e virou-se novamente para Anahí.



– Tenho certeza que você vai cuidar muito bem dela hoje. – e olhou por baixo dos óculos para Anahí que assentiu um pouco sem graça. – Eu não sei onde Dulce a escondeu, mas obrigado por aparecer, Anahí.



– Obrigada, senhor... – a voz Anahí morreu quando recebeu um olhar reprovador do homem. – Fernando, obrigada. O prazer foi todo meu, e o segredo é que Dulce tem ciúmes. – sussurrou as ultimas palavras. Fernando foi obrigado a segurar o riso.



Dulce não entendeu a piada no começo, então revirou os olhos mais uma vez. Ficou surpresa com a capacidade de seus pais em confiar a vida de sua preciosa filhinha em alguém que acabaram de conhecer.



Então concluiu que não precisava de tanto drama para uma menina tão jovem.



Depois do almoço, Dulce levou Anahí até seu quarto no segundo andar onde a loira pediu para usar o banheiro. Não foi realmente uma surpresa se deparar com um quarto que poderia se facilmente confundido com o de Cláudia. Ele era espaçoso, havia um piano preto simples encostado na parede rosa bebê, ao lado um violão e um violoncelo presos ao suporte. Anahí arriscou pensar que Dulce ainda insistia em aprender a tocar violão apesar de sua má coordenação com o instrumento. A segunda parede era revestida por fotos Polaroid, havia fotos de Dulce com os pais, Dulce com Cláudia, Dulce com crianças desconhecidas, Dulce com Maitê e Zoe, e mais uma infinidade de fotos que deixara Anahí extasiada. As outras duas paredes eram decoradas com cifras de música. A cabeceira da cama de casal era toda enfeitada com luzes natalinas, o que era engraçado, pois faltavam dois meses para o natal.



– Ouch!– disse surpresa parando na entrada do quarto. Sentia-se entrando em um lugar mágico onde até mesmo as cortinas eram rosa. – Esse é o mundo de Dulce María, não sei se posso entrar sem um convite.



Dulce revirou os olhos dando um empurrão em Anahí que cambaleou três passos para dentro rindo e levantou os braços em sinal de inocência.



– Você anda muito abusada ultimamente, talvez eu precise cortar algumas gracinhas suas. – comentou Dulce encostando as costas na cabeceira da cama e cruzando as pernas enquanto Anahí percorria o quarto o analisando. – Você conquistou meus pais.



Anahí deu de ombros.



– Quem eu não conquisto? – brincou pegando a caixinha de música que tinha dado de presente para a garota em cima da cômoda. Para sua surpresa, ela estava mesmo ao lado de um troféu. – Bonita essa caixinha de música, seu namorado lhe deu?1



Sério, como alguém tão bonita poderia ser tão convencida? Ainda mais com aqueles olhos tão intensos e lindos, que passavam confiança e segurança a quem os dirigisse. Dulce odiava pessoas convencidas e estava com uma em seu próprio quarto.



– Mais tarde meus tios vão nos fazer uma visita - a pequena mudou de assunto antes que jogasse um travesseiro na cabeça de Anahí. – Meu pai não gostou muito porque ele também usa os domingos em família, o que normalmente resulta em ler livros em frente à lareira ao som de Billie Holiday ou assistir filmes. Agora sabe de onde tirei toda minha estranheza.



Anahí aproximou-se mais de Dulce apoiando os braços nos joelhos da garota e a cabeça em cima dos braços ficando com o rosto a centímetros da pequena.



– Você não é estranha. Eu adoraria passar um dia apenas lendo um livro com meus pais ao som de Johnny ou qualquer outro rock clássico. – confessou fazendo um bico em seguida, o que arrancou um sorriso de Dulce. – Meus pais vivem trancados no escritório até mesmo quando estou em casa, então...não é grande coisa voltar à Miami. Gostei muito mais de ficar aqui com você e seus pais.



Os olhos castanhos brilharam com aquela confissão. Anahí conseguia ir de irritante à pessoa mais doce do mundo e Dulce gostava disso. Dois extremos que se chocam e formam a garota de olhos azuis.



Ela estava apaixonada, não estava?



– Pode ficar aqui se quiser. – disse sem graça. Seus dedos brincando no braço de Anahi – pode conhecer meus tios e ver como é a tradição da família Savinon quando reunida.



Anahí endireitou-se surpresa com o convite. Não só tinha sido chamada para conhecer os pais, mas como toda a família de Dulce e isso sim era uma honra.



– Vamos fazer isso! – exclamou animada jogando as costas contra a cama. – Quero ouvir vocês cantarem Billie Holiday até o primeiro dormir.



Os olhos de Dulce se estreitaram para Anahi de forma que ela poderia matá-la com apenas um olhar.



– Está sugerindo que Billie é entediante? – perguntou levantando-se e descansando os braços na cintura em postura de ataque. Anahí olhou para os lados sentindo-se ameaçada e ao mesmo tempo achando graça. – Eu tenho certeza que ela é muito mais culta do que esse Johnny ai que você tanto ouve.



Ok, guerra declarada!



Anahí também levantou e ficou de frente para Dulce com a boca aberta ainda não crendo que tinha ouvido aquilo. Que blasfêmia! É a mesma coisa que insultar Jesus aos cristãos.



– Prove isso, Savinon! – exclamou ironicamente chateada. – Prove ou eu vou fazê-la pagar pelo que disse.



As sobrancelhas de Dulce se ergueram satisfeita por ter conseguido atingir a garota de alguma forma.



– Está me ameaçando?



– Estou!



– Ok.



Dulce afastou-se até a prateleira de CDs procurando por algo enquanto Anahi continuava de braços cruzados e um bico enorme nos lábios. Ela poderia jogar Dulce da janela, não poderia? Será que Fernando e Blanca ficariam muito chateados tendo a filha assassinada por ela?



Talvez não.



A garota voltou com um CD em mãos cuja capa estava escrito "The best of Billie Holiday, by: Dulce", e estendeu para a loira que aceitou de má vontade.



– Você fica com um CD meu da Billie e eu fico com um seu do Johnny por uma semana - a pequena explicou apontando para o objeto em suas mãos. – se gostarmos, nos rendemos, senão...



– Guerra! – completou Anahí sem desviar os olhos de Dulce.



– Guerra. – completou a pequena com um pequeno sorrisinho malandro antes de empurrar Anahí contra a cama fazendo-a cair de costas. – Ouch, desculpe.



– Você acha que pode ficar me empurrando como se eu fosse uma boneca ou algo do tipo? – Anahí fingiu raiva quando se levantou andando com passos firmes até Dulce que recuou. – Você só esqueceu que tudo tem volta, Dulce.



– Anahí, não! – pediu Dulce esticando os braços na tentativa falha de tentar parar Anahí que a fuzilava com uma expressão divertida. – Eu prometo não fazer mais isso!



A pequena começou a correr pelo quarto com Anahí ao seu encalce. Eram duas crianças de 4 anos brincando de pega-pega e não adolescentes cursando a faculdade, principalmente de direito. Dulce subiu em cima da cama e se jogou do outro lado, mas foi barrada e soltou um grito quando seus corpos se chocaram as levando direto ao chão.



– Tudo bem. Eu não fazia isso desde os meus treze anos. – comentou Anahí ofegando e rindo ao mesmo tempo em que encarava o ventilador no teto. – Meus músculos estão todos rígidos.



– Você é mesmo muito mole, Anahi. – brincou Dulce dirigindo seus olhos também ao ventilador. Parecia haver algo muito interessante lá já que as duas estavam uma ao lado da outra e se virassem o rosto, poderiam ficar perigosamente perto. – Eu poderia tirar uma foto da sua cara de cansada agora. – assim que terminou de falar, levantou-se sob o olhar atento de Anahí e correu até seu guarda-roupa fuçando em algumas gavetas.



– Eu tenho muito medo quando você decide procurar por algo. – disse ainda acomodada ao chão.



– Calada. – devolveu a pequena voltando com uma Polaroid nas mãos. – Sorria.



E sem pedir, tirou uma foto no exato momento em que Anahí levou as mãos ao rosto com o susto.



– Duuulce! – ela gritou levantando às pressas e tentando a todo custo tirar a câmera das mãos da garota. – Você é muito chata. Meu Deus do céu!



Dulce apenas ria enquanto continuava a tirar fotos de Anahí possessa que fazia de tudo para não deixar seu rosto descoberto.



– Vamos lá, Anahí, onde está à garota confiante de agora a pouco?



Nesse mesmo instante a porta do quarto foi aberta por uma pequena garotinha que coçava os olhos com as costas das mãos. Os olhos de Cláudia estavam vermelhos de sono e os cabelos bagunçados. A garota olhou de Anahi para Dulce e sorriu timidamente enquanto segurava um DVD em uma mão e um urso de pelúcia em outra.



– Eu não consegui ter meu sono da tarde porque ouvi gritos – ela explicou inocentemente caminhando até a cama de Dulce. As duas garotas ainda estavam em posição de combate no meio do quarto e surpresas com a garotinha. – papai disse que vocês estavam brincando de guerra de travesseiros.



– Oh, céus.



Dulce engasgou com a própria saliva com o comentário da irmã e precisou levantar os braços para o alto procurando por ar. Anahí deu palmadinhas em suas costas, mesmo que não entendesse o que estava acontecendo.



— Papai e mamãe não me deixam brincar com eles de guerra de travesseiro - continuou a menina balançando as pernas para fora da cama. – você deixa, Dul?



Dulce ainda estava se recuperando do susto com a mão do coração. Seu rosto todo estava corado e a Polaroid foi esquecida na cômoda para louvor de Anahí.



– Nós...hm, nós não estávamos brincando disso, Cláudia. – disse Dulce sentando de frente para Cláudia na cama e olhando com vergonha para Anahí que só então entendeu o significado de guerra de travesseiros.



Cláudia fez um bico mostrando sua decepção com a resposta da irmã mais velha.



– Você quer assistir Frozen comigo, Anahí? – perguntou esticando o DVD para a loira que achou tudo aquilo muito adorável.



– É claro que eu quero – e olhou para Dulce pedindo permissão. – se a sua irmã concordar, é claro.



Cláudia rapidamente olhou para Dulce com os olhos brilhantes, esperando por uma resposta positiva. Dulce não negaria nada para sua irmã mais nova e Cláudia sabia muito bem disso, por isso a pequena tinha um sorriso convencido no rosto quando a irmã mais velha assentiu.



Anahí tirou o tênis e deitou do outro lado da cama deixando a pequena Cláudia entre Dulce e ela. As três assistiram ao filme totalmente em silêncio. Vez ou outra soltavam exclamações com o Olaf, que secretamente era o personagem favorito de Anahí. O final da tarde passou rápido; Cláudia cochilou uma ou duas vezes e chegou a se aconchegar em Anahí não tendo noção do que fazia enquanto Dulce assistia a cena em silêncio se perguntando se havia algum defeito em Anahí. No final do filme, Dulce e Anahí também caíram no sono e só foram acordar no meio da noite quando ouviram barulho de música e conversas vindo da varanda.



Dulce se trocou no banheiro enquanto Anahí arrumava sua roupa e retocava a maquiagem. Optaram por deixar Cláudia dormindo ou então Blanca a acordaria mais tarde, e a garotinha merecia esse sono depois de não ter consigo dormir com a guerra – literalmente – de travesseiros das garotas.



O resto da noite se tornou um desafio para Anahí e sua preocupação sobre o que pensariam dela. Para seu alívio, a família Savinon foi amável até mesmo perguntando se era namorada de Dulce, e um primo de quinze anos até mesmo tentou flertar com Anahí, mas recebeu um olhar mortífero de Dulce se dando conta de que precisava manter distância. Eram cerca de dez homens, quatorze mulheres e cinco crianças, todos eram primos, tios e avós distantes que vinham de tempos em tempos visitar Fernando e Blanca.



Anahí e Dulce estavam sentadas em volta da fogueira que o tio mais novo da pequena tinha feito no quintal da casa; alguns homens tocavam violão e outros familiares dançavam animadamente assim como Fernando e Blanca enquanto o resto batia palma no ritmo da música. Todos se divertiam muito e Anahí só conseguia pensar consigo mesma que, se fossem alguns dias antes, jamais cogitaria a ideia de existir pessoas assim, tão animadas, cheias de vida e unidas dentro de uma família. Ela se sentia automaticamente incluída naquela família quando algumas pessoas que nunca tinha visto da vida puxavam assunto com ela.



Fernando parou de dançar com a Blanca e puxou Dulce para o meio da roda com animação. A pequena soltou uma exclamação surpresa, mas aceitou começando a dançar de forma desengonçada com o pai enquanto os outros batiam palma e gritavam. Anahí sorria como uma boba vendo a pequena se divertir, sentia como se o seu coração fosse explodir a qualquer momento com aquele sorriso que tirava a beleza das estrelas.



Não demorou muito até Dulce cochichar algo no ouvido do pai e correr até Anahí agarrando suas duas mãos e a puxar até o meio da roda com sua família ovacionando as duas, fazendo a Anahí quase morrer de vergonha. Ela nunca tinha dançado, pelo menos não na frente de várias pessoas bêbadas que só se importavam em estar se divertindo.



– É só mexer o corpo no ritmo da música. – disse Dulce segurando as mãos de Anahí e fazendo-a acompanhar na dança sob as palmas dos outros. Pode-se dizer que eram duas garotas desastradas mexendo o corpo, pois nenhuma tinha ritmo ou jeito para aquilo, o que tornava a cena ainda mais engraçada.



E elas riram, riram muito naquela noite, elas poderiam jurar que não havia nada mais gratificante do que estar uma nos braços da outra dançando entre a família Savinon. O mundo poderia acabar no dia seguinte e elas não se importariam porque estavam vivendo o hoje intensamente.



– Eu disse que você era mole. – brincou quando voltaram a se sentar, Anahí quase não tinha ar nos pulmões. A pequena abraçou o braço dela e aconchegou-se mais perto. – Está com frio?



Anahí negou com a cabeça e recebeu um beijo no rosto que a fez corar quase da cor da fogueira.



Apaixonar-se era tão bom.



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Já se passava da meia noite quando Anahí e Dulce  deixaram a casa dos Savinon. Fernando tinha beijado o rosto da filha mais de cinquenta vezes fazendo-a prometer que se cuidaria e que não faltaria a faculdade outro dia. Blanca protestou sobre a saída noturna das garotas alegando que Dulce ainda era o seu bebê, mas ela sabia que a filha precisava criar asas por conta própria e de amigos leais, ainda mais se fossem amigos como Anahí.



Ou mais que isso.



Ela sabia distinguir.



Anahí estacionou o carro perto de uma praça escura e desconhecida para a pequena. Era possível ouvir ao longe o latido insistente de um cachorro, e um único casal abraçava-se junto ao poste de luz no começo da rua. Anahí obrigou Dulce a descer com os olhos fechados deixando a menina ainda mais assustada, era possível sentir seu coração martelando no peito devido ao nervosismo.



E se Anahí realmente fosse uma psicopata?



– Abra os olhos. – pediu a Anahí depois de caminhar com Dulce por alguns minutos.



Dulce abriu os olhos no auge de sua ansiedade não contento seus pés grudados no chão. É claro que Maitê tinha um dedo naquilo tudo, pois até onde ela imaginava com sua mente fértil, Anahí não escondia uma bola de cristal onde adivinhava todas as suas vontades secretas.



– É um coreto? – perguntou animada com os olhos escaneando o lugar. – Você não existe, Anahí!



– Existo sim! Pode me tocar se quiser, eu realmente não ligo se... – mas Dulce a deixou falando sozinha e entrou no coreto, maravilhada com a estrutura simples e perfeita.



Anahí bufou.



– Obrigada por me deixar falando sozinha.



– De nada.



Já estava virando costume a troca de farpas entre as garotas, sempre implicando uma com a outra mesmo que no fim conseguissem de verdade se tirar do sério. Dulce achou graça da cara de ofendida de Anahí e correu abraçá-la.



– Você é muito boba. Obrigada pelo que está fazendo, eu amei o lugar. – disse sincera agarrando a borda da camisa da garota que envolveu os braços firmes em volta de si.



– Não tem de que. – respondeu Anahí fingindo estar mal humorada. Ainda abraçadas, caminharam até as grades do coreto onde se apoiaram para observar a fonte da praça em silêncio, esperando a raiva fingida de Anahi passar. – Posso te fazer  uma pergunta? – olhou esperançosa para Dulce  que assentiu.



– Claro.



– Você... – tentou reunir o máximo de coragem para fazer aquela pergunta, precisava ter certeza de onde estava se metendo. – Você é lésbica?



Dulce desviou os olhos da fonte diretamente para Anahí. Ela pareceu ofendida com a pergunta, a loira estava começando a se arrepender quando a pequena começou a rir brincalhona.



– Eu estava brincando. – disse. – É tão fácil enganar você.



– Idiota. – resmungou Anahí cruzando os braços.



Dulce fez um bico infantil para o comportamento de sua mais nova amiga.



– Sim, eu sou desde que me conheço por gente.



O peito de Anahí foi tomado por um sentimento de alivio que a deixou soltar todo o ar que prendia desde a pergunta.



– E seus pais sabem?



Dulce assentiu mais uma vez.



– Nunca foi difícil falar sobre esse assunto em casa. – respondeu com carinho ao lembrar-se do dia em que contou a eles. – Estávamos na mesa de jantar e minha mãe estava grávida de Cláudia. Eu me lembro de não ter saído do quarto a tarde toda planejando como contar aquilo. – suspirou. Anahí estava atenta à história. – Quando eu finalmente criei coragem, disse: Mãe, pai...eu gosto de garotas. Sabe o que minha mãe disse?



– O que? – a respiração da Anahí tinha falhado naquele momento.



– Nós sabemos querida, agora me passe a salada...



Anahí petrificou vendo a risada anasalada de Dulce. Aquela família era mesmo irreal, seus pais no mínimo a expulsariam de casa se descobrissem que a filha deles gosta de uma garota, algo que nem ela mesma sabia até um mês atrás.



– Caramba. – foi o que conseguiu dizer.



– Eu sei, eles são demais. – respondeu a pequena tirando uma mecha de cabelo do olho quando a brisa noturna o bagunçou. – Mas e você, Anahí. Gosta de garotas?



Anahí abriu e fechou a boca não tendo uma resposta para aquela pergunta. Qual seria a melhor forma de dizer que estava descobrindo isso ainda sem afastar a garota dela? Ela não gostava de garotas...ela gostava de Dulce. Isso tinha que significar alguma coisa.



Por que tudo se remete a rótulos?



– Eu...eu não sei realmente. – admitiu. Com Dulce era tão fácil ser apenas a garota que estava se jogando no desconhecido. – Eu nunca me apaixonei por ninguém...apenas seguia o que fui induzida como certo e ficava com garotos para não ser a diferente. – sentiu-se envergonhada de sua história, então se virou de costas para a grade e abraçou o próprio corpo. – É muito mais fácil ser alguém moldado, a ser você mesmo. As pessoas não sabem me interpretar.



Dulce também se virou lentamente e segurou a mão direita de Anahí dizendo num gesto mudo que estava tudo bem, que ela a entendia.



– Você é você. Um livro a ser interpretado por um estranho qualquer. – disse a pequena com um sorriso meigo, os dedos desenhando círculos na pele gélida da mão de Anahí. – O mundo vai se ajustar a isso.



O silencio caiu sobre elas como de costume. Às vezes apenas pela troca de olhares as duas já podiam dizer tudo o que sentiam vontade, e isso era algo reconfortante para as garotas. Há momentos na vida em que palavras são desnecessárias, desgastantes.



Dulce aproximou-se um pouco mais e puxou Anahí delicadamente até o meio do coreto trazendo-a para mais perto de si.



– Você pode fazer qualquer coisa no mundo, como dançar sem música. – e lentamente começou a mover o corpo com os dedos ainda entrelaçados com os de Anahí. Pouco a pouco, elas começaram a dançar lentamente sem nunca abandonar os olhos da outra.



Dois corpos se movimentando como um. Duas almas colidindo uma à outra, centenas de vezes até sentirem-se totalmente conectadas. Era isso que acontecia dentro daquele simples coreto. Não eram duas garotas dançando, eram dois corações batendo em apenas um ritmo.



– Não seria estranho se eu me apaixonasse por você. – sussurrou Dulce sentindo seus olhos ancorados pelos de Anahí em meio à dança sem música que compartilhavam em uma noite qualquer, em um coreto qualquer, e como duas pessoas qualquer em um mundo infinito.



Anahí girou Dulce  e a trouxe de volta fazendo seus corpos se chocarem de forma que as encaixou perfeitamente, deixando-as enxergar pela primeira vez como eram perfeitamente imperfeitas uma para a outra.



– Não seria estranho se eu já estivesse apaixonada por você – respondeu Anahí com tranquilidade, seus olhos desafiando a pequena que já se encontrava rendida em seus braços.



Dulce mordeu os lábios e apoiou o queixo no ombro de Anahí, fugindo de seu mais novo ponto de fraqueza, aqueles dois pontos azulados que marcavam a noite.



– Não seria estranho se um dia eu namorasse você.



– Não seria estranho se um dia eu pedisse a você vivesse para sempre ao meu lado.



Dulce sorriu com seu coração comandando a própria rapsódia no lado esquerdo do peito.



– E por fim, não seria nada estranho se eu aceitasse.



Elas voltaram a se olhar e um sorriso malandro nasceu nos lábios de Anahí.



– Então você quer?



– Não enquanto você não se render a Billie Holiday. – respondeu orgulhosa de sua própria resposta e da expressão ofendida de Anahí.



– Mas-



– Nada de mas, apenas dance.



– Não tem música. – resmungou girando a pequena outra vez.



– Quem disse que não? – Dulce ergueu as sobrancelhas sugestivamente e fez Anahi sorrir apaixonadamente. – Tudo no seu tempo, Anahí. Tudo no seu tempo. – as duas voltaram a se abraçar e continuaram a dança lenta pelo antigo coreto tendo a lua como espectadora. – Blue moon, you saw me standing alone. Without a dream in my heart, without a love of my own...



E naquela noite, não havia espetáculo mais lindo a ser assistido.



*********



Música que Dulce murmura: Blue Moon - Billie Holiday




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  Dulce estava concentrada em seu velho livro à beira da janela de Juilliard enquanto Maitê praticava algumas notas no piano, e resmungava palavrões audíveis quando falhava. Tinham acabado de voltar do almoço com Zoe e aguardavam o professor na sala de ensaios, cada uma presa em seu próprio mundo. Era mais uma tarde ensolara ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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