Fanfics Brasil - Capitulo 8 O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada

Fanfic: O laço vermelho (adaptada AyD) Finalizada | Tema: Portinon


Capítulo: Capitulo 8

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02 de Novembro de 2017 - Primeiro ano da



As semanas se passaram rapidamente e com elas o mês de novembro que, para Dulce, se tornava mágico pelo simples fato de ser natal. Sim, ela era clichê ao ponto de ser apaixonada por luzes natalinas, bonecos de neve, árvores de natal e a família reunida em volta da mesa para a ceia. É assim que foi criada, em uma família grande onde todo ano era comemorado o natal de forma simples, mas em união. Dulce amava estar em volta das pessoas, amava a forma protetora de seus pais e sabia que devia tudo o que tinha a eles que sempre acreditaram em seus sonhos, especialmente Fernando que a incentivou a se inscrever em Juilliard desde que, aos dezesseis anos, anunciara na mesa de jantar que seria musicista.



O dia era 02 de Novembro de 2017. Giants havia perdido o jogo da última temporada do ano para o Chicago Bears. Anahí estava uma fera assim como a maioria dos estudantes que tinham marcado de assistir ao jogo no Blue Note, um bar de Jazz muito frequentado pelos alunos de Juilliard localizado entre a 6th Avenue e o MacDougal Street. Agora a maioria deles apenas resmungava pagando as apostas perdidas enquanto uma jovem DJ subia ao pequeno palco e iniciava a atração daquela noite.



– Nunca subestime os ursos, baby! – dizia Emma eufórica enquanto virava seu quarto copo de uísque. – Passe a grana, chica.



Anahí passou de má vontade sessenta dólares e logo se virou em direção ao palco ignorando qualquer comemoração que viesse de Emma e Zoe vnaquela mesa. Maitê e Dulce estavam alheias ao jogo conversando sobre o lançamento do novo álbum de uma girl group americana.



A DJ havia iniciado a playlist com Dark Horse da cantora Katy Perry fazendo alguns estudantes gritarem animados e a ovacionarem, a maioria já bêbada demais para manter-se sentado. Apesar de o local ser um bar de Jazz, o dono sempre cedia noites especiais aos estudantes liberando pequenas baladas como a da aquela noite, para a alegria de todos em Juilliard que adoravam aquele lugar.



– Não vai deixar que isso estrague sua noite, não é? – ouviu Dulce comentar cutucando sua perna por baixo da mesa. – Emma está apenas sendo Emma, o jogo não foi grande coisa de qualquer forma.



– Você ouviu música o tempo todo. – retrucou Anahi olhando para o lado e encontrando os olhos castanhos cheios de culpa. – Eu vou ficar bem, daqui a pouco a raiva passa.



As duas tinham se tornado uma dupla inseparável desde o passeio no chalé de Zoe. Anahí não a via apenas nos dias de estágio, mas também quando estava livre de estudos na faculdade, era quando a buscava em Juilliard e passava o resto da tarde na casa da família Savinon sentindo-se incluída como filha. Dulce trancou-se na própria negação nesse meio tempo, por fora agia como sempre agiu com Anahí, mas nos momentos mais íntimos conseguia uma forma de escapar e enrolar a loira quando o assunto sobre sentimentos vinha à tona. Ela sabia que era ridículo agir de tal forma, Maitê fazia questão de jogar esse fato no ar a cada cinco minutos e talvez até Anahí estivesse cansada de suas infantilidades, mas o medo era maior quando se tratava de estar amando alguém. Não era uma brincadeira, para Dulce, o amor era algo muito além de apenas segurar a mão e trocar beijos carinhosos; o amor era o conhecimento da alma da pessoa, entregar-se totalmente a alguém sem medo do amanhã, era jogar-se de uma montanha sem se importar com o que encontraria lá embaixo.



E seu maior medo era que Anahi não a estivesse esperando no final daquela queda livre.



Maitê acenou em direção à porta onde um grupo de estudantes entrava no bar tirando as capas de chuva devido ao mal tempo. Dulce virou-se e, para sua decepção, Rachel fazia parte de um dos grupos. Não que a pequena não gostasse de Rachel, elas eram boas colegas em Juilliard e a ruiva sempre se provara uma boa pessoa, mas sua paixonite por Anahi incomodava Dulce que fazia de tudo para não transparecer.



– Ora, vejam só se não são os perdedores da casa. – brincou Rachel aproximando-se da mesa e descansando a mão no ombro de Anahí que a principio assustou-se com o toque. Dulce cerrou os olhos. – Acho que agora devem respeito aos ursos.



Emmy apontou alegre para Rachel indicando que a ruiva estava certa e zombou da cara de Anahí enquanto Zoe segurava o riso.



– Pegamos vocês na próxima. – rebateu  Anahí enchendo o copo de Emma com uísque.



– Espero que sim. – Rachel ergueu as sobrancelhas em duplo sentido, o que fez Dulce engolir em seco e Maitê sentir que era hora de salvar a pátria.



– Boa noite, Rachel. – pigarreou acenando para a ruiva que abriu um sorriso quando a viu.



Anahí continuou bebericando sua bebida sem se dar conta do assassinato mental que acontecia ao seu lado por parte de Dulce.



– Maitê, Dulce! Eu não as vi sentadas ai, me desculpem. Eu estava distraída.



– Aposto que estava. – comentou Dulce bebericando seu refrigerante e recebendo o olhar de todos na mesa. Corou forte quando se deu conta que tinha sido direta demais. – A música...tira a concentração de todos...



Rachel olhava Dulce com confusão estampada no rosto enquanto Maitê, Zoe e Emma seguravam-se para não rir. Anahí era a única alheia a tudo o que acontecia ao seu redor e isso enfurecia mais ainda Dulce.



– De qualquer forma - continuou a ruiva depois de balançar a cabeça ainda confusa e voltar-se para Anahí. – é a sua primeira vez no Blue Note, não é? Eu tenho certeza que ainda não experimentou o shot bazooka Joe, a maior especialidade da casa.



O clima na mesa ficou pesado a partir do momento em que todas se deram conta de que Rachel estava dando em cima de Anahi descaradamente e a mesma não percebia, mesmo com Dulce rasgando o guardanapo ao seu lado com violência e pigarreando alto a cada cinco segundos.



– Não. Isso é ilegal? – perguntou Anahí com o cenho franzido.



Rachel sorriu puxando-a pelo braço para que ficasse em pé.



– Mesmo se fosse, digamos que eu tenho alguns contatos aqui dentro. – piscou ajustando a jaqueta jeans de Anahí e virando-se para as outras garotas. – Eu a devolverei em breve.



Anahí apenas deu de ombros para as garotas na mesa, em sua cabeça a ruiva estava apenas sendo simpática. Ou pelo menos queria acreditar nisso já que era boa demais para recusar qualquer coisa. Mas, ao contrário do que imaginava, Dulce observou a cena com sangue nos olhos e um aperto no coração que fez seus olhos marejarem, mas segurou-se para não chorar ou se arrependeria pelo resto de sua noite.



– Você é muito mole, amiga. – acusou Maitê recostando-se no ombro de Zoe. – Deixou Anahí ir com Rachel sabendo as reais intenções dela.



Emma mudou de lugar sentando onde antes estava Anahi. Ela abaixou o tom de voz para que apenas elas ouvissem, como se outras pessoas pudessem escutar algo com aquela música alta.



– Anahí é uma frouxa que se deixa levar pela bondade dos outros. – disse com o maior bafo de álcool que fez Dulce se retrair. – Você precisa criar coragem e ir lá pegar a Portilla, porque sério, eu não ouvi um mês inteiro ela falando sobre um laço vermelho que você nem usa direito para tudo acabar assim. Se ela quer uma experiência lésbica, que seja com você, não concordam?



Olhou para Maitê e Zoe que não responderam, apenas analisaram a reação de Dulce ao afastar-se do abraço de Emma com o olhar confuso.



– Experiência lésbica? – perguntou pedindo a Deus que não fosse o que estava pensando.



Emma olhou de Dulce para Maitê, e de Maitê para Dulce novamente como se tivesse entregado o ouro.



– Você não acha que Anahí é lésbica, não é? – perguntou divertida, mas quando viu a expressão séria de Dulce, logo tratou de ficar séria também. Ou tentar. – O que? Gente, ela sempre ficou com garotos, no mínimo pode ter se tornado bissexual, mas os pais dela a controlam tanto que provavelmente vai acabar se casando com um o filho de algum advogado famoso.



Aquele foi o estopim para o coração de Dulce avisar que estava sendo pisoteado. A pequena levantou-se da mesa pedindo licença e saiu às pressas esbarrando nas pessoas que dançavam na pista. Maitê pulou por cima da mesa e agarrou a gola do moletom de Emma trazendo-a mais perto com uma expressão letal.



– Você não tem noção do que fala não, sua babaca? – grunhiu empurrando a baixinha com força de volta ao banco. Emma ficou paralisada com a reação da amiga  – Vem, Zoe.



Maitê agarrou a mão da namorada e a arrastou pelo caminho que Dulce tinha feito que só depois de rodarem a pista de dança toda descobriram ser o do banheiro. Zoe ainda reclamou com Maitê dizendo que sua política sobre não se meter em relacionamentos ainda estava de pé, mas aquela altura do campeonato era de se esperar uma intervenção antes que aquela relação bonita entre Dulce e Anahí fosse pelos ares.



As duas garotas entraram no banheiro de mãos dadas, ignorando os olhares que receberam de outras mulheres que não eram estudantes, isso era constante e Zoe e Maitê já não se importavam mais, tinham escolhido ficar uma com a outra a separar-se por pensamentos hipócritas dos outros.



Dulce estava curvada em uma das pias encarando o próprio reflexo, o rosto molhado de água, a torneira da pia ligada e sua mão direita massageando o pescoço. Para o alívio de Maitê, ela não estava chorando e seus olhos não estavam vermelhos como esperava, apenas perdidos no próprio reflexo.



– Dul... Emma está bêbada e não sabe o que fala. Você a conhece, ela não tem noção das coisas.



Dulce olhou com uma expressão divertida para Maitê tentando ao máximo esconder que, estava sim, machucada por dentro, mas ninguém precisava saber disso.



– Eu só precisei vir ao banheiro, Maitê. – sorriu forçado, algo que até mesmo Zoe notou. – Vamos voltar ao bar, ok?



Maitê sabia que a pequena estava procurando maneiras de fugir do assunto até de si mesma e isso a irritava, ela odiava que Dulce escondesse os próprios sentimentos, que se escondesse deles quando era algo tão claro quanto o dia.



– Hm, ok. Tem certeza de que não quer conversar? – murmurou quando uma garota completamente bêbada entrou no banheiro. – Você disse que Anahi vai dormir na sua casa hoje, não seria legal ter um clima estranho entre vocês.



A pequena franziu o cenho pegando o papel toalha e enxugando a mão.



– E porque existiria algum clima estranho? Somos apenas duas amigas fazendo uma pequena festa do pijama, Maitê. – riu. – Não se preocupe comigo, eu estou bem.



Garantiu abraçando a amiga divertida. Zoe revirou os olhos para cena e anotou mentalmente de acreditar mais na namorada quando dizia que Dulce poderia ser uma porta quando queria. As três garotas saíram do banheiro e se concentraram na pista de dança onde vários estudantes e clientes dançavam ao som da música eletrônica.



Dulce rolou os olhos pelo local à procura de Anahí enquanto Maitê conversava com um colega de classe na porta do banheiro, mas não havia nem sinal de Anahi e de Rachel em seu campo de visão.



– Nós vamos dançar um pouco. Você vem? – disse Maitê alto o suficiente para que Dulce a ouvisse.



A pequena negou com a cabeça oferecendo um sorrio amarelo à Maitê e observou as amigas se afastarem até a pista de dança. Mesmo que mostrassem preocupação com Dulce, elas sabiam que seria perda de tempo insistir em um assunto que a pequena insistia em manter longe de sua razão.



Dulce aceitou uma garrafinha de água do garçom e caminhou despreocupadamente pelo bar procurando por um lugar onde o som não estourasse seus tímpanos. Ela encontrou uma escada que ligava ao segundo andar onde o ambiente era mais calmo, com mesas e cadeiras de madeira e lustres de cristal; um lugar mais íntimo para os casais que preferiam a privacidade. A pequena subiu agradecendo aos sete ventos pelo som da música ser mais abafado na parte superior e por estar vazio, a não ser, talvez, por um jovem casal mais ao fundo, estavam tão colados um ao outro que poderiam se fundir a qualquer momento. Logo a frente havia uma sacada que dava vista para o bar todo e foi lá que Dulce se debruçou, observando as pessoas dançarem divertidas e bêbadas, pelo menos as caixas de som estavam longe e não queimariam mais o seu cérebro.



Espere, isso seria possível? Nah, no máximo afetaria sua audição mesmo que ainda se perguntasse como as pessoas lá em baixo não tinham notado o quão alto e estridente aquele som estava. Talvez fosse apenas a realidade delas, assim como a sua era apenas uma melodia suave de cordas.



As pessoas são mesmo diferentes, gostos tão distintos que as tornam ainda mais intrigantes.



– Achei você! – surpreendeu-se ao ouvir a voz arrastada e rouca de Anahí. A loira vinha caminhando com uma margarida em mãos e um sorriso cintilante. – Não deveria estar dançando?



Dulce esperou até que a loira estivesse próxima o suficiente para certificar-se de que não estava sóbria, e o fedor de álcool comprovou isso.



– Você está bêbada. – afirmou ironicamente vendo a jaqueta desabotoada e os longos cabelos caramelos desengonçados. – Rachel deu um trato em você, pelo visto.



Houve uma troca de música onde Anahí desviou os olhos para a pista de dança lá em baixo e depois se voltou para Dulce novamente, ela precisava fazer uma coisa de cada vez, então deu mais um passo a frente.



– Sabe que eu estive me perguntando se você estava com dor pela sua careta quando Rachel chegou. Mas foi só então quando ela me arrastou para o bar, me embebedou e tentou me beijar que eu me dei conta de que na verdade você estava era com ciúmes. – e com um sorriso cínico, tirou uma pétala da margarida. – Ela me quer.



Dulce revirou os olhos não acreditando no que estava ouvindo; somente uma criança de três anos não teria percebido Rachel quase abrindo as asas em cima de Anahí.



– É muita presunção sua achar que eu estava com ciúmes. – cruzou os braços erguendo todas as suas barreiras. – E você anda assistindo muito Glee.



Anahí riu. Ela definitivamente amava esse seriado e sempre quis fazer a cena da margarida.



– Não? Nem mesmo quando Emma falou sobre minha possível bissexualidade e você correu ao banheiro? Ela me contou. – Dulce abriu a boca surpresa e Anahí sorriu mais ainda, tirando outra pétala. – Ela não me quer.



A pequena desviou os olhos para o lustre que parecia muito interessante naquele momento.



– Eu não sei sobre o que está falando, Anahí. – retrucou batendo o pé esquerdo firmemente no chão. Sentia-se encurralada. – Você bebeu demais e agora não está assimilando bem as coisas.



O casal que estava aos amassos ao fundo passou por elas cambaleando, ambos escorados um no outro e rindo de qualquer coisa que um deles tenha dito. Anahí esperou até que eles longe o suficiente para continuar:



– Eu não sei mesmo, Dulce? – sua expressão ficou mais séria, os olhos azulados estavam escuros. Dulce pode jurar que sentiu seu coração petrificar com aquele olhar. – Eu posso não ser a expert em relacionamentos ou ter ficado com garotas antes...mas basta reparar a maneira como age perto de mim, como me olha...até um tolo perceberia que assim como eu, você quer me beijar. – tirou outra pétala. – Ela me quer.



O coração de Dulce errou a batida com tantas verdades sendo lançadas contra ela. Agora suas pernas pareciam gelatina e seu coração uma batedeira elétrica de última geração. Ela não sabia por quanto tempo poderia aguentar Anahí tão próxima a si dizendo coisas tão significativas como aquelas.



– Anahí... – tentou, mas sua voz morreu porque não havia nada que pudesse contestar a loira.



Tudo o que pode fazer foi abaixar a cabeça com vergonha. Então Anahí tirou a garrafinha de água das mãos de Dulce deixando-a em cima da grade de proteção e entrelaçou seus dedos de forma carinhosa.



– Você tem procurado por alguém que dance Billie Holiday pela sala com você de meia e pijama; alguém que assista filmes antigos ao seu lado sem reclamar, porque esse é o seu gosto também. E eu estou aqui, ouvi o CD de Billie que me emprestou, pesquisei mais sobre ela na internet e aluguei Moulin Rouge, um ótimo filme, devo admitir, mas tirando o final que me deixou bem deprimida por alguns dias. – riu para si mesma e balançou a cabeça. – Eu estou aqui, Dulce. Você não precisa ter medo de que eu encontre um cara por quem eu vá me apaixonar porque ninguém lá fora me faz sentir o que você faz. Eu te encontrei naquela sala por uma razão, e eu estou aqui para descobrir qual. – mais uma pétala. – Ela não me quer.



Dulce só queria sair correr para longe de todo aquele jogo de sentimentos e chorar no escuro de seu quarto pelo resto da noite. Estava cansada de lutar contra o que estava sentindo e mais cansada ainda de ter medo, mas ela sabia que não suportaria ser machucada por Anahí ela estava tão entregue, mesmo que Anahí não soubesse.



– Você não deixou Rachel beijá-la? – perguntou erguendo os olhos para encontrar os azuis mais lindos que já vira na vida outra vez.



Anahí negou com a cabeça e deu mais um passo a frente.



– Como eu poderia? Eu estou apaixonada por você e nada pode mudar isso, nem mesmo você. – agora as duas estavam próximas o suficiente para sentirem as respirações alteradas uma da outra. – Sei que você também me quer como eu te quero, então para quê adiar mais? – tirou mais uma pétala. – Ela me quer.



Dulce permaneceu em silêncio digerindo aquelas palavras, sentindo seu corpo ser magneticamente puxado para Anahí como se pertencesse a ela desde sempre.



– Você me quer? – Anahí sussurrou com a voz rouca fazendo Dulce suspirar. – Porque se quiser, eu sou sua. – tirou uma pétala. – Ela não me quer.



Anahí inclinou-se pronta para selar aquele momento com um beijo, mas foi barrada pelas mãos de Dulce em seu peito. A pequena tinha lágrimas nos olhos ao mesmo tempo em que encostava a testa no queixo de Anahí suspirando pesadamente.



– Eu preciso de um tempo. – pediu fazendo círculos com o dedo indicador na pele  exposta pela fresta do colarinho. – Eu tenho medo de ter o coração partido, Anahí. Por mais que eu queira acreditar em suas palavras, o mundo não é um conto de fadas e nós sabemos disso.



No instante seguinte, as mãos de Anahí puxaram a cintura da pequena colando seus corpos em um abraço apertado, confortante, apaixonado, passando toda sua proteção para a pequena que não segurava mais as lágrimas.



Por que Anahí precisava ser assim? Outra pessoa não teria suportado seu drama e nunca mais ligaria outra vez, mas ali estava Anahí Giovanna Puente Portilla mostrando que estaria ao seu lado até mesmo nos maus momentos.



Quando se separaram, Anahí limpou as últimas lágrimas de seu rosto com o polegar e deu um beijo carinhoso na testa da pequena acompanhado de um sorriso meigo.



– Eu vou estar aqui. – garantiu com um sorriso doce e torto pela embriaguez.



O relógio marcava nove e quarenta quando Anahí decidiu que estava sóbria o suficiente para dirigir naquela noite. Sendo assim, deixou Zoe, Maitê e Emma em suas respectivas casas – Emma dormiria na casa de Maitê aquela noite –, e logo seguiu com Dulce para a casa dos Savinon debaixo de uma forte tempestade. Ambas conversaram sobre Taylor, a irmã de Anahí, que tinha confessado estar com Bulimia na última visita da irmã. Enrique não ficou nada feliz em saber que sua filha estava vomitando a comida e, como sempre, tratou o assunto com estupidez enquanto Maritchelo forçou Taylor a ir ao médico antes que piorasse. Anahí estava preocupada com a irmã, e agora Dulce também.



Anahí estacionou o carro na garagem ao lado da Picape de Fernanda e, antes que Dulce pudesse fechar o portão, agarrou-a por trás correndo com a garota no colo até o gramado da casa recebendo toda a chuva. Dulce quis gritar quando sentiu o banho de água gelada, mas acordaria seus pais e ambas levariam uma bela bronca.



– Anahi! – exclamou praticamente pulando do colo da loira e a empurrando enquanto Anahí apenas ria. – Você tem quantos anos? Cinco?



– Seis, ok? Tenho seis. – afirmou voltando a correr atrás de Dulce que não perdeu tempo em pular as escadas da varanda fugindo da chuva e de Anahí.



– Sh! Fique quieta. – pediu vendo uma Anahí toda ensopada chegar atrás de si com um enorme sorriso malandro. – Meus pais vão me matar quando encontrarem o rastro de água pela manhã. – sussurrou fechando a porta quando entraram.



Subiram as escadas abafando o riso das piadas sem graça que Anahí tentava fazer. O estado em que estavam era engraçado para as duas, elas pareciam duas crianças ensopadas, mas isso já era de se esperar vindo de Dulce e Anahí.



Dulce abriu a porta do quarto, mas foi empurrada por Anahí que correu até o banheiro implorando um banho quente enquanto Dulce fechava a porta com cuidado e procurava seu pijama. Anahí saiu devidamente trocada em sua calça de moletom e uma camisa da faculdade dando um sorriso enorme à Dulce que ignorou passando por ela e entrando no banheiro.



– Obrigada pelo sorriso, Anahí. Ele é realmente lindo. – disse Anahi a si mesma tentando imitar voz de Dulce.



– Eu ouvi isso! – arregalou os olhos com o grito de Dulce.



Anahí deu de ombros quando ouviu o chuveiro sendo ligado e se jogou na cama sentindo todo o cansaço daquela noite se manifestar em seu corpo. Passou os olhos pelo quarto tomando cuidado em analisar cada objeto com cuidado e sorriu quando viu algumas fotos de Maitê, Zoe, Fernando, Blanca, Cláudia e Dulce penduradas por um fio de náilon que ligava uma parede à outra. Notou também o violão de Dulce esquecido no suporte da parede, então ela sorriu para si mesma lembrando-se do quão clichê a pequena era.



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Dulce terminou de vestir seu pijama do Mickey ainda dentro do banheiro e pegou uma toalha para enxugar o cabelo molhado que, graça à Anahí, precisou ser lavado àquela hora da noite. Depois de escovar os dentes, pegou uma toalha extra no banheiro e abriu a porta procurando por Anahí para ajudá-la a enxugar-se também, mas o que encontrou a fez paralisar na entrada do banheiro.



– Vem aqui. – pediu Anahí sentada na cama com seu violão em mãos e uma camisa velha do Johnny Cash na cor cinza. Confusa, Dulce obedeceu e sentou-se de frente para Anahí sentindo seu coração retomar a orquestra em seu peito. – Eu sei que prometi deixá-la pensar, mas quando vi o violão uma música me veio à cabeça, uma música que pode dizer tudo o que eu não sei expressar em palavras. Eu acho que no final de tudo é Billie Holiday quem pode me ajudar a lhe dizer isso.



O som da chuva lá fora era o único audível agora. Dulce tinha emudecido completamente, tudo o que conseguia fazer era encarar Anahí sentindo todo o corpo tremer, as mãos apertando a toalha com força desnecessária.



Estava chovendo lá fora.



E Anahí estava em seu quarto.



Era quase madrugada.



Tinha um violão.



E Billie Holiday também.



– Apenas ouça. Ok? – Anahí pediu com um sorriso singelo nos lábios, e então sua concentração caiu no violão quando iniciou os primeiros acordes. – Someday when I'm awfully low. When the world is cold, I will feel a glow. Just thinking of you and the way you look tonight. Oh, but you're lovely with your smile so warm and your cheeks so soft...There is nothing for me... – Anahí sussurrou como uma oração, alto o suficiente para que apenas Dulce a ouvisse. – But to love you, just the way you look tonight. With each word, your tenderness grows tearing my fear apart...



Naquela altura do campeonato Dulce sentia-se vencida pelos olhos intensos e verdadeiros de Anahí. Ela estava fraca e de certa forma desejava que isso não estivesse acontecendo. Existiam esses fogos de artificio explodindo dentro dela incapazes de serem contidos. Uma voz gritava em sua cabeça que ela estava bem ali, a pessoa com quem passaria o resto de seus dias, bem à sua frente, com um violão em mãos e olhos de cristais.



Anahí deixou o violão de lado na cama com cuidado e continuou cantando aos sussurros enquanto sua mão esquerda deslizava suavemente pelo lindo rosto de Dulce.



– And that laugh that wrinkles your nose touches my foolish heart. Lovely, never never change, keep that breathless charm, won't you please arrange it. Cause I love you, just the way you look tonigh.



Terminou permitindo que sua fraqueza também fosse exposta. Dulce observou uma lágrima escorrer dos olhos de Anahí acompanhada por um trovão lá fora, como se fosse um ato ensaiado.



Tudo estava tão silencioso agora, a chuva formava a trilha sonora perfeita para aquele momento íntimo.



– Isso foi lindo, Anahí. – Dulce forçou-se a dizer com um pequeno sorriso. Suas mãos tremiam, era verdade, assim como todo seu corpo, mas ela precisava se controlar. Então se aproximou com a toalha em mãos pronta para fugir outra vez. – Talvez o gesto mais lindo que já fizeram por mim.



Anahí sorriu fechando os olhos quando sentiu a toalha em sua cabeça.



– Agora vamos enxugar essa cabeleira antes que você pegue um resfriado... – mudou de assunto entregando a toalha para Anahí  a sua frente.



03 de Novembro de 2021. - Broadway, NY.



Há tanto tempo que não tocava seu antigo piano. Mantinha-se sempre concentrada em sua carreira como pianista que não se permitia pensar em coisas do passado, como aquele velho móvel que lhe trazia lembranças demais.



O ensaio começara com as trombetas, e seus olhos focaram na garota que tocava violão; ela usava uma camisa cinza do Johnny Cash e uma calça de moletom, o que faz sua mente viajar sem permissão para a lembrança daquela noite.



O primeiro beijo.



03 de Novembro de 2017 - Primeiro ano da faculdade.



(Play na música Tattle Tale - Glass Vase Cello)



Anahí levou os olhos para uma Dulce que observava concentrada seu trabalho com a toalha. Amahi ainda estava sentada de frente para a garota quando terminou de secar os cabelos, abandonando a toalha na cama e aproximando-se um pouco mais de sua mais nova adoração. Dulce previu o ato e deixou seus olhos perderem-se nos cristais azulados  que agora tiravam tudo dela outra vez. Podem chamá-la de covarde, ela não liga, pois prefere seu coração são e salvo enquanto está dedicando-se a carreira.



Mas existem coisas que não planejamos, não é mesmo? Dulce sabia do risco de estar perto demais de Anahí, e mesmo assim estava desafiando as leis de Newton. Algumas coisas simplesmente precisam ser, e nem suas aulas de yoga quando criança ajudou na concentração quando sentiu as mãos firmes de Anahí repousarem em sua cintura.



03 de Novembro de 2021. - Broadway, NY.



Quatro anos. Há exatos quatro longos anos, Dulce e Anahí trocavam seu primeiro beijo de amor, e era quase uma necessidade estar trancada no auditório ensaiando para sua grande apresentação.



Mas aquela garota com o violão...



Violão lembrava Anahí e os dias em que a loira tocava para ela.



Somente para ela.



03 de Novembro de 2017- Primeiro ano da faculdade.



Foi automático os olhos castanhos sentirem as faíscas dos azuis. Anahí era um imã que fazia seu corpo reagir de várias formas possíveis, o magnetismo a impregnava, havia sensações que Dulce experimentava pela primeira vez, algo como um despertar, as veias em seu pulso martelando, sua respiração ficando quase nula quando suas mãos foram atraídas para o pescoço da loira. Anahí puxou seu corpo forçando Dulce a se inclinar os centímetros que precisavam para estarem com as testas coladas, respirações se chocando, alteradas, olhos nos olhos.



– Anahí... – suspirou Dulce, fechando os olhos quando os lábios de Anahí estavam a centímetros dos seus, era impossível se manter em sã consciência a partir daquele momento. – Eu quero você.



Não foi preciso pedir duas vezes. Dulce sentiu seus lábios serem tocados gentilmente pela maciez dos lábios de Anahí, só esse ato fazendo todo o seu corpo perder a força e sua sanidade ser mandada ao inferno. Com necessidade, Dulce rapidamente pressionou seus lábios novamente prendendo o inferior de Anahí, chupando-o, aproveitando aquela explosão em seu coração. Pela primeira vez, Dulce não estava pensando racionalmente; seus atos eram puramente instintivos, não controlando os suspiros pesados, invadindo a boca de Anahí como se fosse um costume. A loira soltou um gemido baixo quando suas línguas quentes se entrelaçaram, e lá estava uma bomba atômica atingindo direto o peito de Dulce.



Anahí agarrou ainda mais a cintura da pequena e inclinou-se sobre ela fazendo-a deitar-se na cama, a toalha sendo esquecida no chão, os relâmpagos iluminando o necessário para que pudessem se encontrar em uma só alma naquele momento. Então assim era beijar uma garota, lábios macios como veludo, descargas eletromagnéticas percorrendo suas veias e atravessando seu corpo como um raio veloz.



03 de Novembro de 2021. - Broadway, NY.



Deixou toda a frustração ser descontada nas teclas daquele piano sem esconder as lágrimas. Ela merecia isso, afinal, depois de tempos afastada dos palcos, um pouco de desabafo na música era tudo o que precisava.



Dulce não se importava mais, já não seria mais um incômodo se voltar a tocar a fizesse lembrar-se de Anahí.



03 de Novembro de 2017- Primeiro ano da faculdade.



A mão direita de Dulce agarrou a camisa de Anahí trazendo-a mais para si enquanto mergulhava os dedos da mão esquerda na imensidão carameladas que eram cabelos de Anahí. O beijo não era o suficiente, Dulce precisava do contato físico, precisava sentir o peso do corpo da loira pressionado ao seu, cada centímetro de seus corpos moldados perfeitamente para pertencerem um ao outro. As línguas se amavam com paixão, se acariciavam com ganancia disputando por espaço em suas bocas famintas. As mãos da pequena automaticamente se agarraram ao pescoço de Anahí deixando que as unhas fizessem um carinho gostoso que provavelmente deixaria marcas mais tarde e enquanto anahivmaltratava os lábios de Dulce, os chupava, mordia e então voltava a acariciá-los como se tivessem o melhor néctar do mundo. Ela não precisava mais esconder de si mesma que estava se perdendo por aquela garota, que estava pronta para pular daquele precipício sem fim que era estar apaixonada ou se jogar na frente de um carro para salvá-la.



Era o extinto protetor, era aquela garota de olhos azuis que a atraía como um viciado é atraído pela sua heroína.



O beijo de Anahí era como êxtase e ambas sabiam que se não parassem, roupas começariam a ser tiradas. Quando o ar foi preciso, Anahí sugou o lábio inferior da pequena finalizando com um pequeno selinho. Anahi suspirou enfiando o rosto na curva no pescoço de Dulce e plantando pequenos beijos na pele quente. Os livros estavam certos a final, beijar uma garota se tornava mágico. E tinha gosto de morango. Primeiramente Anahí pensou que poderia ser chiclete, mas depois de passar minutos beijando aqueles lábios carnudos, teve certeza de que aquele era o gosto do beijo de Dulce. Era incrível que aquela fosse a união que Anahí mais gostava no mundo, morango e Dulce.



03 de Novembro de 2021. - Broadway, NY.



Fechou os olhos quando a música foi encerrada e os patrocinadores aplaudiram. Dilce esperou até que todos os músicos saíssem do auditório e deixou as lágrimas quentes abraçarem sua face.



Já fazia tanto tempo.



03 de Novembro de 2017- Primeiro ano da faculdade.



Novamente o som da chuva se fez presente enquanto o silêncio era testemunha do nascimento de um sentimento desconhecido para ambas adolescentes. Os dedos que antes estavam pressionando a nuca de Anahí, agora lhe faziam carinho um carinho lento, quase preguiçoso. As pernas estavam entrelaçadas e as respirações ofegantes, talvez até frustradas por serem obrigadas a parar.



– Fale alguma coisa. – pediu Anahí com a voz abafada pelo pescoço de Dulce.



– Eu não sei o que estou fazendo. – admitiu a pequena sem parar o carinho, sua mão direita descendo e subindo pelas costas de Anahí levantando um pouco a barra da camisa.



Anahí levantou a cabeça com uma expressão confusa e Dulce a olhou carinhosamente, talvez a troca de olhar mais intensa que já tiveram desde que se conheceram. Anahí agora tinha as duas mãos de cada lado do rosto da pequena e a sobrancelha direita arqueada.



– Nós acabamos de nos beijar.



– Não é isso... – suspirou Dulce.



– Estamos abraçadas.



– Eu acho que me apaixonei. – disse como se tirasse o que estava preso em sua garganta, impedindo que respirasse direito.



Continuaram a se olhar apaixonadamente, o pequeno sorriso de Anahí fez Dulce sentir que estava no lugar certo e com a pessoa certa. Ela seria feliz porque Anahí a fazia sentir-se assim.



Talvez fosse assim que o destino quisesse.



– Anahí? – chamou timidamente com voz falha.



– Hm?



– Não quebre meu coração. – pediu quase infantilmente levando sua mão direita até a face da loira tirando uma mecha de cabelo que pendia entre elas e prendendo-a atrás da orelha de Anahí.



– And then there suddenly appeared before me - Anahí cantarolou outra música de Billie fazendo Dulce sorrir gostosamente contra seu rosto. - The only one my arms will ever hold.



– Anahí? – Dulce chamou outra vez, esfregando o nariz contra a bochecha da loira.



– Sim, pequena? – foi a resposta de Anahí.



O que Dulce poderia fazer? Ela estava perdidamente apaixonada por sua garota de olhos azuis.



– Me beije.



Anahí sorriu daquela maneira que fazia as estrelas perderem o brilho.



– Com prazer.



E aquela foi à noite em que Dulce e Anahí tornaram-se apenas uma. Não sexualmente falando, mas dizem que quando dois corações apaixonados finalmente se encontram e se aceitam; o céu entra em festa. Então talvez fosse esse o motivo dos relâmpagos e trovões, uma pequena comemoração divina sobre o descobrimento do amor.



Nada mais que sábias palavras.



O amor deve ser tratado como algo eterno, mesmo que não seja bem assim.



***********



Música que Anahí toca: The way you look tonight - Frank Sinatra



Música: Tattle Tale - Glass Vase Cello Case




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Primeiros encontros. Nunca sabemos se o primeiro encontro vai durar uma hora, meses ou anos talvez. Quem sabe a vida toda? Nunca se sabe com quem vamos nos encontrar de verdade, então quais são as expectativas? No primeiro encontro nos disfarçamos e usamos algum tipo de máscara, mas, é como dizem, o tempo sempre apresenta o que temos por ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 19:25:00

    Emii eu to lendo o começo todoo, na parte fofa, QUANDO ELAS NÃO ESTAVAM MAGOADAS E NADA ACONTECIAA, estou bem happy, porem quando chegar na parte da dor e sofrimento, eu paro de ler KKKKK

    • Emily Fernandes Postado em 06/10/2017 - 05:29:54

      Ai Duda, CV e b+, kkkkk mas mesmo sabendo que a história mexeu com os seus nervos vc vai ler de novo. Cara, queria estar no seu lado só pra ver a sua reação, dentro da sala de aula. Kkkkkkkkk mas eu te entendo, eu chorei horrores com uma história Portinon tbm. Cara é sério pq CTA. Acabou comigo. A Tammy Portinon acabou comigo literalmente kkkkk.E tipo eu tbm estava lendo na sala de aula, tive que mentir até o pq do choro. Mas valeu a pena não é. Bjs

  • Kakimoto Postado em 05/10/2017 - 16:07:41

    EMILYYYY EU NUNCA SOFRI TANTO EM UMA FANFICCCCCCC, EU ESTAVA LENDO NA AULA, QUANDO A DULCE MORREUUU EU TIVE UM ATAQUE DE ''não pelo amor de deus, nnnnnnn'' MDS, Eu sofri junto com a Dulce, e com a Anahi, ri da doçura do Ethan. MASS ELA MORREEUUUUUU AAAAAA NNNNN MDSS, EU TO MT DEPRESSIVA DPS DISSO. eu te convido para meu velorio, quando eu ja estiver morta por n ter aquentado um tiro desse. Te amo <3

  • lika_ Postado em 02/10/2017 - 14:33:24

    parabens Emily Fernandes a sua Fanfic foi perfeita o fim me fez segura muito para nao me debulhar em lagrimas

  • Kakimoto Postado em 01/10/2017 - 11:52:23

    MEUU DEEEUUUSSS AAAAAAAA, eu to no cap 32, em que esta a Dulce, Anahi, Ethan, Santana e Logan na sala de musica AAAAAAAA MEEUU DEEUUSS, EU TO MORRENDOOO

    • Emily Fernandes Postado em 01/10/2017 - 16:52:46

      Bem se vc está estética assim, e pq vc está gostando Dudinha. Ahahaha Mas é agora que as coisas ficam mais intensa. Bjs mi amor te.quero.... Quero ver o seu comentário assim. Que terminar.

  • ester_cardoso Postado em 19/09/2017 - 17:46:27

    Obrigada sério mesmo, não tem como não te agradecer por nos proporcionar mais uma história maravilhosa dessas. Cara chorei muito tanto com o fim da fanfic, tanto com suas palavras. Vc não sabe o quão importante isso foi pra mim, sentir isso é realmente forte e saber q tem mais pessoas que compartilham desse sentimento nos dá força. Bebê vc é inspiradora, além de ser uma das pessoas mais perfeitas q conheço. Essa fic foi realmente muito lindaaa, me surpreendi muito. Claro q as vezes dava vontade de jogar o cell na parede, mas o amor q encontrei aqui é muito maior q eu imaginava. O final acabou comigo obviamente, mas essa é uma daquelas histórias q marcam, aquelas q guardamos no coração. Assim como guardamos pessoinhas especiais como vc, saiba q sempre q quiser estarei aqui, mesmo não nos conhecendo muito me importo com vc e importante é que estejamos sempre felizes. Beijos bebê <3 <3 Amo vc

  • siempreportinon Postado em 17/09/2017 - 14:18:42

    Simplesmente maravilhosa!!! Chorei bastante no decorrer da história, me tocou profundamente. Sem dúvida se tornou um dos meus xodós. Parabéns pela história, obrigada por nos presentear com belíssimas fics, espero que escreva muitas outras Portinon, acompanharei sempre!!!

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:57:06

    PS apesar de não te conhecer pessoalmente, eu estou orgulhosa de você, continue assim você é uma linda,é muito especial vou sentir saudades da história, parabéns por mais uma fic finalizada anjo bjs

  • Gabiih Postado em 17/09/2017 - 12:55:19

    Meu Deus do Céu, eu meu Deus que história linda eu chorei demais lendo esses últimos capítulos,os votos de casamento delas foi a coisa mais linda do mundo,as lembranças os flash back né tudo, Deus Meu eu me sinto tao feliz apesar de tudo, porque tive um privilegio de conhecer essa história você nos deu as honra, de nos apresentar a ela e isso foi maravilhoso, eu queria ter dito tantas coisas sobre a história mas não dá não consigo porque enquanto escrevo cada palavra aqui, é uma lagrima a mais, foi uma linda história um amor tão lindo e magico foi maravilhosa Emy não consigo escrever mais chega rs. só mais uma coisa obrigada.

  • Kakimoto Postado em 16/09/2017 - 13:32:12

    Mdss, to acomulando mt, eu só vejo os comentarios falando que choraram mt e que eh mt emocionante, e eu já to gritandoo, mdsss, ME DA SPOILER EMII PFFF AAAA. ti amu

  • laine Postado em 15/09/2017 - 14:36:10

    Parabéns, estou sem palavras realmente foi muito lindo


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