Fanfics Brasil - Capítulo 8 - PARTE 1 Volta para Mim - Adaptada vondy TERMINADA

Fanfic: Volta para Mim - Adaptada vondy TERMINADA | Tema: Vondy - Christopher e Dulce


Capítulo: Capítulo 8 - PARTE 1

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CHRISTOPHER



O CARRO SEGUE LENTAMENTE pelo chão irregular, até que desligo o motor. O silêncio súbito em que a cabine mergulha é mais alto que estática de televisão. Observo Dulce, que está olhando pela janela, na expectativa, com uma fina ruga na testa. Sei que quer muito perguntar onde estamos, mas se contém. Acabo com o sofrimento dela apagando os faróis. Imediatamente, a escuridão nos envolve, invadindo o carro como uma onda, engolindo-o por inteiro. Dulce ofega. O céu acima de nós se acende como um lustre.



Abro a porta e saio da caminhonete.



– Espere aqui – peço, mas ela não responde. Está observando o céu com uma expressão maravilhada.



Subo na caçamba e estendo os cobertores que trouxe, me arrependendo de não ter trazido travesseiros. Não para mim – já dormi em superfícies muito mais duras do que esta –, mas para Dulce. Espero que não faça frio demais. O deserto fica congelante à noite, mesmo nesta época do ano.



Desço e dou a volta até o lado do carona. Tomo Dulce pela mão, ajudando-a a saltar. Ela não diz uma palavra sequer. Está com a cabeça virada para cima, olhando para o céu noturno. Segurando-a pela cintura, eu a ergo até a caçamba e, em seguida, subo também. Ela se ajoelha no cobertor e eu me reclino de lado, perto dela.



– É incrível – comenta, ainda fitando o céu.



– É um dos melhores lugares na Califórnia para olhar as estrelas – digo, embora eu nem tenha contemplado as estrelas ainda. Ao lado de Dulce, elas empalidecem.



– Não acredito que nunca vim aqui antes – fala ela, apoiando-se nos cotovelos e esticando as pernas.



Respiro fundo e tento desviar os olhos daquelas formas compridas, macias e tentadoras. Pego o cobertor extra, jogo-o sobre nós e me deito ao lado dela. Após um instante, Dulce rola suavemente e se apoia em mim. Eu levanto o braço e ela se acomoda ainda mais perto, descansando a cabeça no meu ombro. Durante muito tempo, nenhum de nós se mexe. Não sei quanto a Dulce, mas eu definitivamente não estou pensando nas estrelas. Só consigo me concentrar na sensação do corpo dela contra o meu, no calor de suas pernas expostas pressionadas à minha coxa, em seus seios que tocam a lateral do meu corpo e nos cabelos sedosos que roçam meu pescoço.



A tensão em seu corpo vai se dissipando à medida que acaricio delicadamente o ombro e o braço dela sob o cobertor. Sua pele se eriça e, em resposta, minha barriga se contrai. O que eu mais quero é beijá-la, mas não faço nada. Não quero que ela pense que a trouxe até aqui só para dar um amasso nela. É claro que eu quero dar um amasso nela, mas também quero ir devagar, sem pressioná-la. Se tudo o que fizermos for olhar para as estrelas, já está bom.



– Aquela é a Ursa Maior – digo, apontando para uma linha de estrelas no céu. – E aquela ali, pequena, é a Ursa Menor. Está vendo a estrela mais brilhante dessa constelação? No fim do “cabo”? Aquela é a Estrela Polar



Dulce acompanha a minha mão com a vista.



– Ela fica sempre ali, a noite toda. Não some em nenhum momento. Todas as outras ficam em torno dela. É essa estrela que procuramos quando nos perdemos. Ela nos guia para casa.



Dulce permanece em silêncio por um momento.



– Como você sabe tudo isso? – pergunta, por fim.



– Aprendemos no treinamento básico. Precisamos saber nos orientar à noite, sem bússola.



Dulcefica ligeiramente tensa e, então, encosta a mão na minha barriga. Espero que ela a deixe aí e não vá mais para baixo, porque eu já mal estou conseguindo me segurar.



– O que mais você aprendeu? – pergunta, passando suavemente as pontas dos dedos por minha camiseta, traçando as costelas e os músculos do abdômen.



O sangue lateja nos meus ouvidos como um martelo batendo numa bigorna.



– A passar roupa. Eu passo roupa como ninguém – respondo, quase gaguejando. – E também conheço todo tipo de talher.



– Muito útil no calor da batalha. – Ela ri. – Por que precisa saber o serviço de mesa?



– Nós trabalhamos numa embaixada. Protegemos diplomatas. Temos aulas de etiqueta antes de ir a campo, para não fazer papelão nas recepções de gala nem parecer trogloditas que nunca viram talheres na vida.



Dulce se ergue sobre um cotovelo e me olha de um jeito estranho, como se avaliasse se estou falando sério ou não.



– Vocês frequentam festas?



Dou de ombros, puxando-a de volta para fazê-la apoiar a cabeça no meu ombro. Gosto de sentir o peso dela ali.



– Às vezes. Recepções na embaixada, eventos sociais, esse tipo de coisa.



– E eu aqui imaginando que vocês moravam num dormitório com dezenas de caras, montando guarda a noite toda e vivendo de ração.



Eu me lembro daqueles embrulhos de alumínio que os fuzileiros navais em zonas de combate são obrigados a comer. Só mesmo o sujeito sem papilas gustativas da área de suprimentos pode considerar aquilo alimento.



– Que nada. Temos nosso próprio chef.



Ela tenta se sentar novamente, mas eu faço cócegas embaixo do seu braço e ela volta a deitar, desta vez quase em cima de mim.



– Seu próprio chef? – pergunta, incrédula. – Não é à toa que você e o Alfonso queriam tanto virar guardas de embaixada.



É verdade. Nós dois treinamos muito e nos submetemos a várias provas para prestar serviços de embaixada. O pessoal lá é bem seletivo, mas chegamos ao posto de cabo e atingimos as notas necessárias. Porém, devo dizer que, neste momento, eu não seria aprovado num simples teste de proficiência em inglês, pois Dulce passa a coxa sobre as minhas pernas e apoia a barriga no meu quadril.



Sinto meu corpo reagir automaticamente. Tento imaginar o sargento instrutor dos treinos gritando na minha cara, pensar que estou fazendo flexões na lama até ficar com cãibras em todos os músculos, mas, quando Dulce transfere o peso do corpo para os braços e me olha de cima, os cabelos caindo dos dois lados do meu rosto e os lábios a dois dedos dos meus, todas essas imagens se dissipam e são substituídas por apenas uma: ela nua embaixo de mim.




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Autor(a): dulckervondy_

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Faz quase um ano que estive com uma garota. Em geral, os fuzileiros de segurança são os que se dão melhor com as mulheres. Ficamos em cidades, protegendo embaixadas, e não participamos de missões de infantaria, então frequentamos festas, damos um jeito de entrar com garotas no dormitório, paqueramos funcionárias da emba ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 117



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  • anne_mx Postado em 09/09/2022 - 19:51:06

    Acabei de ler essa fanfic linda e envolvente e, com tantos anos nesse site, não sei como nunca tinha lido essa! Que coisa linda, cheia de sigificado, amo o fato de Vondy terem um amor tão forte e intenso, eu soube que o Poncho ia morrer no capítulo que li que a Annie tinha engravidado! Obrigada por essa história linda e sensível, a reconciliação do pai da Dul com o Christopher foi PERFEITA <3

  • rosasilva Postado em 14/12/2018 - 16:31:45

    mamae jesus chama o bombeiro

  • vondy14 Postado em 15/10/2017 - 01:26:09

    Parabéns pela história, não comentei muito mas acompanhei do início ao fim, adorei sua história.

    • dulckervondy_ Postado em 15/10/2017 - 15:54:20

      Obrigado, que bom que gostou da história, quem sabe você também não goste das outras ? hehehehe, obrigado por acompanhar, Bjus!

  • brun Postado em 15/10/2017 - 01:20:32

    ai senho, fico um dia sem ler e acabou . mais o resultado final foi muito bom amei , uma das melhores fanfics que eu ja lir , ela prende a atençao do leito . é finalmente eles voltaram e o fernando aceitou o christopher , e voltou a fala com o victor

    • dulckervondy_ Postado em 15/10/2017 - 15:53:27

      Fico tão feliz em vê que a história tenha agradado, realmente o final foi bonito ... a redenção do Fernando e a mudança dele foi linda *-*. Obrigado por ter acompanhado, Bjus!

  • erickasouto Postado em 14/10/2017 - 14:09:44

    Que lindooo!!! Sou sua mais nova fã. amei tudo. bjos.

    • dulckervondy_ Postado em 15/10/2017 - 15:52:01

      Obrigado por ter acompanhado a fic, Fico feliz que tenha gostado da história, Bjus!

  • aleaff Postado em 14/10/2017 - 01:42:27

    meu Deus.... aconteceu tanta coisa q eu to meio perdida.... amanhã eu volto ak depois de ter absorvido tudo mas aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh q maravilhoso kkkkk

    • dulckervondy_ Postado em 14/10/2017 - 13:51:23

      Sim, realmente muita coisa aconteceu mas o bom é no final tudo se acertou não é ? obrigado por comentar e sempre acompanhar a fic, espero que o final tenha te agradado. Bjus, até a próxima !!

  • julianafontes Postado em 13/10/2017 - 20:09:45

    Queria informar que essa história me viciou demais!!! Acabei de ler em um dia e não paro de chorar. Amei amei amei

    • dulckervondy_ Postado em 14/10/2017 - 13:50:16

      Nossa, fico feliz que a fic tenha te agradado tanto assim. Obrigado por comentar e acompanhar. Bjus, até a próxima !

  • deia2017 Postado em 13/10/2017 - 18:08:51

    Agoniada pra saber o desfecho dessa história

    • dulckervondy_ Postado em 14/10/2017 - 13:49:24

      Espero que tenha gostado do dessfecho de tudo, Obrigado por comentar e ter acompanhado a fic, Bjus, até uma próxima!

  • tainara_vondy Postado em 13/10/2017 - 16:59:37

    Contínua

    • dulckervondy_ Postado em 13/10/2017 - 18:06:46

      Continuando lindona,Bjus!

  • vondyastalamuerte Postado em 13/10/2017 - 16:34:57

    Aaaaaaah que história foda &#128525;&#128525;&#128525;&#128525; continuaaaaaa pena que ta acabando </3

    • dulckervondy_ Postado em 13/10/2017 - 18:05:47

      é uma pena mesmo, Continuando,Bjus!


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