Fanfics Brasil - Capítulo-03 Duque Apaixonado AyA

Fanfic: Duque Apaixonado AyA | Tema: Adaptada Ponny


Capítulo: Capítulo-03

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Alfonso tocou-a no ombro. A pele era macia e quente. Ele vislumbrou então a linha dos ombros delicados, e imaginou-se depositando ali pequenos beijos.


Embora, na verdade, ele esperasse que ela não acordasse naquele momento. Podia ser uma prostituta, mas mesmo assim poderia se assustar, se abrisse os olhos e contemplasse o corpo de um homem à sua frente, nu e excitado.


A jovem se mexeu e afundou no travesseiro. Quem seria ela? Será que Ucker a teria mandado vir de Londres? Alfonso achava que não, mas obviamente era um desperdício uma mulher daquelas numa estalagem como o Green Man. Ela poderia muito bem passar por amante de um homem rico. Sua amante?


Alfonso pensou na idéia e ficou surpreso ao descobrir que era tentadora. Mas a decisão poderia ficar para a manhã seguinte, pois estava claro que a pobre mulher estava exausta. Ele se deitou do outro lado da cama.


Primeiro, Alfonso inalou o perfume doce, delicado e feminino. Em seguida, respirou fundo e sentiu um peso suave sobre seu peito, e um calor agradável ao longo do corpo. Então algo redondo e macio roçou em seu braço direito. E ele se lembrou que era a mulher, ao lado de quem se deitara na véspera.


Ela ainda dormia, e Poncho engoliu em seco, tentando se controlar para não se comportar como um animal.


Saboreie o momento, disse a si mesmo.


Lentamente, ele abriu os olhos e percebeu que as cobertas tinham escorregado um pouco durante a noite. O braço delicado da jovem descansava sobre seu peito. Alfonso divisou a linha do pulso e do braço, o ângulo macio formado pela dobra do cotovelo. Uma cortina de longos cabelos ruivos escondia a face da misteriosa mulher e o pequeno seio que lhe roçava o braço.


Alfonso ergueu a mão com todo o cuidado, pois não queria que ela acordasse ainda, e tocou de leve nos cabelos. Eram macios, com tons variados de Loiro e Castanho. Seus dedos deslizaram então entre as mechas sedosas, levantando-as para que pudesse ver o rosto. A pele da mulher era rosada como um pêssego, não sardenta como a de algumas Loiras. Parecia uma princesa de conto de fadas. Com certeza, era a prostituta mais bela que ele já vira.


Alfonso não fazia a menor idéia de onde Christopher tinha encontrado aquela beldade, mas, no momento, isso não importava. Afinal sua mente estava ocupada com pensamentos bem mais interessantes.


Ele sorriu, pousando os lábios sobre a boca da mulher.


Anahi-


Anahi teve o sonho mais estranho de toda a sua vida. Estava em uma cama enorme e não fazia a menor idéia de como tinha ido parar ali, sem uma peça de roupa. Mesmo assim não estava frio. Não, na verdade, estava bem quente. Havia algo grande e quente próximo ao seu corpo, e ela se aconchegou um pouco mais. Era muito bom.


Em seguida, sentiu uma pressão suave contra os lábios. Firme e ao mesmo tempo macia. Como veludo. Sedutora. Seus lábios se moveram então para explorar a nova sensação e foram recompensados com um calor úmido.


Acorde, disse uma vozinha dentro dela. Algo tão gostoso assim não podia ser boa coisa. Mas Anahi ignorou a advertência.


Ouviu então um estranho gemido e a pressão sobre os lábios cedeu. Ela suspirou, na esperança de que voltasse, e aconteceu, só que desta vez no pescoço, mais especificamente embaixo da orelha. Anahi ergueu o queixo para que o doce contato deslizasse com mais facilidade ao longo da pele, parando bem acima dos seios arfantes.


Mas, então, algo quente e rígido cutucou a parte baixa de suas costas, e desceu um pouco mais até os quadris, deslizando e deixando um rastro de calor por onde passava. Céus, seu corpo estava em chamas. Ela se curvou, ofegante.


— Minha nossa, você é uma delícia, docinho...


Uma voz masculina.


Anahi abriu os olhos e se deparou com um par de olhos cor de esmeraldas cabelos escuros e lábios esculpidos... descendo até seu mamilo.


Ela gritou e empurrou as duas mãos contra um peito desnudo. Gritou mais uma vez, tirando as mãos como se tivessem tocado em fogo.


— O que...


O homem se sentou, com o cenho franzido. Anahi aproveitou a oportunidade para apanhar o travesseiro e jogar contra o estranho.


— Afaste-se, seu, seu... indecente!


— Indecente?


O sujeito se desviou, mas Anahi deu outra investida, acertando-o na orelha, desta vez.


— Foi isso mesmo que eu disse! Saia da minha cama. Saia do meu quarto ou gritarei até derrubar este lugar!


— Você já está gritando.


— Pois gritarei mais alto ainda.


Ela se sentou, erguendo o travesseiro como se fosse uma arma poderosa e ameaçadora, mas os olhos do homem tinham um brilho estranho. Ele não olhava para o seu rosto. Anahi acompanhou então a direção do olhar e quando se deu conta atirou o travesseiro, ofendida.


Nesse instante a porta do quarto se abriu e outra mulher gritou.


— Alfonso!


— Maldição — murmurou o homem. — Tia Gladys... O que a senhora está fazendo aqui?


Anahi olhava horrorizada para a multidão de rostos que estava à porta. Entre eles o mal-humorado estalajadeiro, ainda mais carrancudo, dois lacaios com um sorriso malicioso no rosto, o bêbado da noite passada tentando sem sucesso conter o riso, e duas senhoras de rostos enrugados, olhinhos curiosos e a cabeça emoldurada por elegantes toucas de tecido.


— Alfonso — a mais alta disse novamente, mas dessa vez não gritou.


Ela e a companheira olhavam para o travesseiro que Anahi segurava, o único obstáculo entre aplatéia e sua completa nudez.


Anahi corou e escorregou na cama, puxando a fina coberta até o pescoço.


— Tia, que prazer em vê-la. Perdoe-me, mas não posso me levantar. — Alfonso sentiu o rubor subindo pelo rosto. Nem ficaria surpreso se constatasse que todo o seu corpo estava vermelho, incluindo uma parte que insistia em manter erguida a coberta fina. Ele mudou de posição.


— Alfonso... — A tia parecia ter perdido as palavras.


Mas tudo que Alfonso conseguiu fazer foi dar um leve sorriso, enquanto olhava para os rostos à porta. Gladys Runyon Herrera, a irmã mais velha de seu pai, o encarava do alto de seus setenta anos, tão ruborizada quanto ele. Amanda Wallen-Smyth, a sempre presente amiga, estava ao lado dela. Amanda, que tinha em torno de sessenta anos, era baixa e delicada. Uma ilusão apenas, pois, ao primeiro sinal de fofoca, ela saía farejando como um ratinho para se inteirar das novidades.


Ucker, que finalmente deixara o riso escapar, olhava sobre o ombro de Gladys. Os lábios do rapaz se moviam como um peixe fora d'água, sem soltar nenhum ruído, enquanto uma das mãos ia e voltava na horizontal, na altura do pescoço. Alfonso não sabia ao certo o que ele estava tentando dizer, mas cortar a garganta de alguém, de preferência a de Christopher, lhe parecia uma ótima idéia.


— Christopher, faça a gentileza de acompanhar tia Gladys e lady Amanda até o andar de baixo. E feche a porta, por favor.


— Alfonso...


— Sim, tia. Descerei logo em seguida. Agora, por favor, acompanhe Ucker.


Alfonso suspirou aliviado quando a porta finalmente se fechou. Virou-se então para a jovem que ainda estava encolhida sob a coberta. Certamente aquela era uma reação incomum para uma prostituta.


— Por favor, não grite. Meus pobres ouvidos já sofreram o suficiente.


— Se o senhor não se mexer, eu não grito. —- Os olhos dela pousaram sobre o peito másculo e em seguida se fixaram no rosto. — O senhor não está vestido?


Ele sorriu.


— Não, e você?


As poucas partes do corpo de Anahi que estavam à mostra ficaram tão vermelhas quanto os cabelos. Alfonso ficou curioso para saber se o rubor se espalhava tanto quanto o seu, mas não havia tempo para isso. Tia Gladys não esperaria pacientemente. Se não descesse logo, ela poderia subir novamente, e dessa vez o arrancaria da cama, nu ou não.


Alfonso contraiu as sobrancelhas. Agora que não estava sendo atacado por um travesseiro pôde prestar um pouco mais de atenção na voz da mulher, e percebeu que era doce e suave.


— Você tem sotaque americano.


— Eu sou americana. — Os olhos da moça estavam atentos. Estranho, mas ela era a prostituta mais tímida que ele já vira. — Sou da Filadélfia.


— Fez uma longa viagem para visitar o Green Man, docinho. Temos orgulho do local, mas me espanta saber que a fama tenha se espalhado além do Atlântico.


— Não vim visitar o Green Man — ela retrucou. — E não posso dizer que esteja bem-impressionada com uma estalagem que não tem trinco nas portas.


Alfonso s riu.


— Verdade, mas se não está aqui para aproveitar a questionável hospitalidade do Green Man, então a que veio?


— Vim visitar meu tio. A carruagem chegou muito tarde, ontem, para eu ir bater à porta do meu tio.


Alfonso s julgava conhecer bem toda a vizinhança, mas não se lembrava de ninguém que tivesse uma sobrinha americana.


— Quem é o seu tio?


— O conde de Westbrooke. — Alfonso ficou boquiaberto.


— Westbrooke é seu tio?


— Sim.


Alfonso era capaz de jurar que vira fagulhas escapando dos olhos da mulher.


— Meu nome é Anahi Portilla, e meu pai era o irmão mais novo do conde.


— Sim, David. Ele se mudou para a América — Alfonso concordou. — Então você veio visitar o conde de Westbrooke.


Ele sorriu. Em seguida o sorriso se transformou em risada, e então ele caiu de costas sobre o travesseiro às gargalhadas.


— O conde de Westbrooke! Não acredito!


— Não vejo qual é a graça.


— Nem teria como ver, mesmo. — Alfonso se sentou, ainda sorrindo. — Na verdade, eu deveria estar chorando, não rindo. Não que eu esteja infeliz. Este incidente talvez seja a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo!


Anahi tentava não desviar o olhar do rosto do homem. Ajudaria um pouco se ele demonstrasse o mínimo de pudor e encobrisse um pouco a nudez, mas depois que as senhoras se retiraram, ele parecia bastante à vontade como estava.


— Docinho, eu adoraria poder permitir que você fizesse seja lá o que esteja pensando, mas se eu não me vestir logo e descer, tia Gladys irromperá por aquela porta como um furacão.


— Não tenho idéia do que o senhor está falando.


— Não? Bem, talvez seja minha mente depravada que esteja imaginando as coisas maravilhosas que você poderia fazer caso eu não precisasse descer. Alfonso se levantou.


Anahi admirou as costas largas e musculosas antes de se esconder embaixo das cobertas e ouvir a movimentação do homem no quarto.


— O campo está livre — ele avisou. — Eu a esperarei do lado de fora até que se vista.


Assim que ouviu o estalo da porta se fechando, Anahi puxou a coberta e respirou fundo. Bem, pelo menos agora ela sabia o nome do misterioso homem:


Alfonso . Mas, e o sobrenome? Como poderia chamá-lo? Nunca tinha tratado um cavalheiro pelo nome de batismo. Por outro lado, nunca tinha dormido com nenhum outro homem antes. Muito menos nua!


Anahi respirou fundo. Será que ainda era virgem? Com certeza saberia se não fosse mais... Ou não? Será que a pessoa se sentia diferente quando perdia a virgindade? E por que será que o homem rira tanto quando ela contara quem era?


O melhor que tinha a fazer era se vestir logo e averiguar o quanto antes o que estava acontecendo.


Anahi se vestiu o mais rápido que pôde, prendeu os cabelos em um coque apertado na nuca e estudou o resultado no espelho. Não estava muito elegante, mas pelo menos a cabeleira loira estava domada.


Ela abriu a porta. Alfonso esperava no corredor, como prometera. Vestido, parecia elegante e respeitável.


— Finalmente. — Ele estendeu o braço. — Vamos descer e enfrentar os dragões.


Anahi se aproximou. Agora que estava em pé, percebia como ele era alto. Alta acima da média das mulheres, estava acostumada a fitar os homens olhos nos olhos, mas mal chegava ao ombro de Alfonso.


 


 


 


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Autor(a): ponnyayalove

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— Você não pretende apresentá-la à sua tia, pretende, Alfonso? Posso acompanhá-la e acertar tudo para você. Anahi olhou para o lado, assustada. Não tinha notado a presença de outra pessoa. Era o homem Moreno da noite anterior. Ela franziu as sobrancelhas. Por que ele a colocara no quarto do amigo? Quando ia abrindo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • jhulya__ Postado em 03/09/2019 - 14:39:24

    Coont, pensei que havia abandonado

    • hittenyy Postado em 03/09/2019 - 16:34:04

      Abandonei não gata,é que eu tinha me esquecido da senha do site kkk ai nao tinha como eu postar

  • melportilla Postado em 01/03/2018 - 12:48:55

    Continua plis


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