Fanfic: Duque Apaixonado AyA | Tema: Adaptada Ponny
—Meu baú sofreu um acidente em Liverpool. Os marinheiros o deixaram cair no mar quando o estavam tirando do navio. Esta foi a única roupa que me restou.
Eles tinham chegado a um belo riacho encoberto pelas sombras das árvores. Alfonso conduziu Anahi até um tronco caído que lhe serviu de assento, enquanto ele preferiu permanecer com um pé sobre o galho e o corpo apoiado sobre o joelho.
— Como você foi parar no meu quarto? — indagou. Anahi ajeitou a saia.
—- Não tem nada de tão misterioso, na verdade. Cheguei à estalagem tarde da noite, sem acompanhante e sem bagagem. O estalajadeiro me olhou desconfiado e estava me pondo para fora quando o seu amigo... meu primo... apareceu. Percebi que Christopher estava embriagado, mas estava cansada demais para fazer perguntas. Tudo que eu queria era uma cama para me deitar. — Ela suspirou. — Não gosto de navios. Não dormi nada durante a viagem, e a noite passada seria a primeira, depois de dois meses, que eu dormiria em uma cama que não se movia.
Alfonso sorriu.
— Pobre menina. Quando entrei no quarto, tentei acordá-la. Mas então percebi que dormia profundamente e fiquei com pena de perturbar seu sono.
Anahi agradeceu com um sorriso terno, mas não havia mais como fugir de algo que a estava atormentando.
— Eu... preciso saber de uma coisa.
— Pois não? —Alfonso sorriu. — Espero que não seja mais nada sobre camisolões de dormir.
— Bem, não exatamente. — Ela mordeu o lábio inferior. — Promete que não vai rir?
— Prometo que farei o possível.
— Sua tia disse que minha reputação está comprometida.
— Sim, é verdade.
— Mas quão comprometida? — Alfonso riu.
— Muito. Acho que terá de se casar comigo. —Anahi engoliu em seco.
— Isso quer dizer que estou esperando bebê?
— O quê? — Alfonso ficou boquiaberto. Em seguida arregalou os olhos e levou a mão à boca, enquanto os ombros balançavam de tanto rir.
— Você prometeu que não ia rir!
Ele balançou a cabeça com veemência.
— Sei que pareço uma tola por não saber dessas coisas, especialmente sendo filha de um médico, mas eu não sei. Quero dizer, tenho uma vaga idéia. Bem, de qualquer maneira, dormimos na mesma cama e estávamos sem roupa. Você me beijou. Isso não é o suficiente?
Alfonso negou com um aceno de cabeça.
— Se não estou grávida, como posso estar com a reputação comprometida? —Anahi franziu o cenho. — Ainda sou virgem, não sou?
— Você não perdeu a virgindade.
— Se não estou grávida e ainda sou virgem, então não preciso me casar com você, preciso?
— Não é tão simples assim.
— Por que não? Não fizemos nada de errado, por que deveríamos ser punidos?
— Não é uma questão de termos ou não feito algo errado,Anahi. O simples fato de aparentemente termos feito é que não está certo.
— Mas isso é ridículo.
— Pode ser, mas é assim que o mundo funciona... pelo menos por aqui. E não creio que na Filadélfia as coisas sejam muito diferentes. —Alfonso fitou-a. — E então, o que pretende fazer?
Anahi endireitou os ombros.
— Honestamente, não sei. Meu pai insistiu que eu viesse para cá. Acho que ele esperava que o conde pudesse me ajudar. Mas acho que Christopher não é casado, é?
— Não.
Anahi suspirou.
— Bem, não vejo muita saída, então. Não posso me hospedar na casa do meu primo, se ele não tem uma esposa. Preciso arrumar um emprego. Tenho alguma experiência como professora. Posso trabalhar em uma escola para moças ou como governanta em alguma casa de família.
Alfonso se sentou ao lado dela e tomou-lhe uma das mãos.
— Anahi, uma professora precisa ter a reputação intacta. Não acredito que alguma mãe seria capaz de confiar a educação do filho a uma moça que tem um segredo no passado — e você agora tem um. Nós sabemos o que aconteceu, e o que não aconteceu, naquele quarto, mas tente explicar isso para os que estavam de fora. Se pretende permanecer na Inglaterra, precisa considerar a sua reputação. Casar-se comigo seria uma punição tão grande assim?
Anahi olhou no fundo dos olhos acastanhados de Alfonso. Punição? Com certeza ele sabia que era o homem dos sonhos de qualquer mulher.
— Como posso saber? Não o conheço. Talvez você seja um jogador inveterado, ou daquele tipo de homem que gosta de bater na esposa.
— Não me enquadro em nenhuma das duas categorias. — Alfonso sorriu. — O jogo não me atrai, e posso lhe garantir que nunca agredi fisicamente uma mulher.
Ele segurou-lhe a mão e acariciou-a. Anahi virou o rosto.
— Preste atenção, Anahi, este arranjo será bom para nós dois. Você precisa de um lar. Se casar comigo, terá o seu lar e uma família. Tia Gladys, que tem um coração de ouro, e minha irmã Lizzie. Algum dia, se tivermos sorte, teremos filhos. E você irá morar perto do seu primo. Christopher mora praticamente na porta ao lado.
Anahi corou só de se imaginar dando à luz os filhos daquele homem. Mas não havia como negar que a oferta era tentadora. Ela não tinha mais ninguém no mundo. A mãe morrera dando à luz ao irmãozinho de Anahi, que também falecera poucas horas depois de nascer, e o pai sempre estivera tão ocupado com o trabalho e suas causas que ela acabou sendo criada pelas irmãs Abington. Fora uma infância carente de amor.
Mas Alfonso não a amava, nem ela a ele. Por que um duque iria querer se casar com uma americana sem dinheiro?
— O que você ganha com esse arranjo?
— Uma esposa. Preciso de uma. — Ele sorriu. — Na verdade, eu estava a caminho de Londres para procurar uma noiva. Você me poupou de um grande trabalho.
— Não posso imaginar que tipo de trabalho você teria para encontrar uma noiva.
Alfonso ficou surpreso.
Autor(a): ponnyayalove
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Comentários da Fanfic 3
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jhulya__ Postado em 03/09/2019 - 14:39:24
Coont, pensei que havia abandonado
hittenyy Postado em 03/09/2019 - 16:34:04
Abandonei não gata,é que eu tinha me esquecido da senha do site kkk ai nao tinha como eu postar
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melportilla Postado em 01/03/2018 - 12:48:55
Continua plis