Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Dulce

Todos os peões entraram, inclusive Drew, mesmo com o rosto inchado. O pessoal estava animado gritando e vibrando bastante. Eu estava roendo minhas unhas esperando a vez de Anahí, até que o homem anunciou ela. Meu coração começou a dançar loucamente dentro do peito. De longe eu pude vê seu chapéu branco e ela falando com alguém. Depois da contagem o homem abriu o portão. O cavalo preto saiu pulando que nem doido de um lado para o outro e eu não agüentei, fiquei de pé. Todo mundo gritava, vibrava, o próprio Harry se esgoelava mandando a Anahí segurar firme, mas Anahí estava fazendo outra coisa e eu sabia o que. Deu pra perceber ela afrouxar um pouco as rédeas e o cavalo girou com ela, depois ela puxou com força e ele marchou pra trás

- O que ela está tentando fazer? – deu para ouvir o homem falar com o outro que estava do lado de fora, que apenas deu de ombros. O cavalo bufava nervoso, mas ele parou de pular, agora só marchava nervoso – Ela está domando o cavalo? – O homem falou surpreso. Mas alguns segundos e Anahi passou a mão pela crina do cavalo que começou a pular novamente, mas depois ele desistiu e voltou a galopar – Eu não sei como julgar isso – o homem falou nervoso. Os gritos antes histéricos pararam, só se ouvia pequenos murmúrios. Anahí então começou a correr um pouco com o cavalo em círculos e no fim ela parou no centro do palco. O homem correu até os outros que estavam do lado de fora. Ela desceu do cavalo e eu pulei aquela cerca de madeira que protegia a arquibancada e fui andando rápido na direção dela, ela fazia o mesmo. De repente todos começaram a gritar mais ensandecidos, pareciam ter gostado do show.

- Eu consegui – ela estava ofegante.

- Sem mais delongas, vou te dá seu premio – tirei seu chapéu e aproximei meu rosto do seu rosto. Olhei para os seus lábios carnudos e chamativos. Ela colocou as mãos na minha cintura e eu envolvi com um braço seu pescoço. A outra mão eu coloquei o chapéu na frente, sem mais demora eu selei nossos lábios em um longo selinho. Então senti Anahí pedir passagem e sem mais demora eu cedi, já tinha passado da hora daquele beijo acontecer e eu sabia disso. Quando a língua aveludada e um tanto dominadora tocou a minha milhares de borboletas se libertaram e começaram a voar dentro do meu estomago. Não havia sensação melhor que aquela. Ao fundo era possível ouvir as pessoas gritando.

- Calma pessoal! – o homem falou. Anahí  e eu terminamos o beijo com um selinho. Ela fez sinal com a cabeça – O que aconteceu aqui hoje foi algo realmente inédito – o homem parecia nervoso, tinha aberto alguns botões da blusa e estava bastante suado. – Nunca vimos ninguém domar um cavalo no meio do rodeio. Mas infelizmente a regra é para ficar em cima do cavalo pelo maximo de tempo possível. – Eu ia lá falar com o homem, até porque Anahi ficou muito tempo em cima do cavalo, não da maneira que os outros ficavam, mas ela fez até mais do que eles.

- Deixa ele termina – ela falou sorrindo segurando minha cintura.

- Portanto ela foi considerada desclassificada – muitas vaias surgiram. Copos, garrafas e outras coisas começaram a voar. Anahí me colocou atrás dela – O vencedor do rodeio desta semana é Drew Chadwick – ele levantou sorrindo e vindo buscar o pequeno troféu. Muitas vaias pairavam no ar.

- Portilla! Portilla! Portilla!– As pessoas começaram a gritar. O homem fez sinal com as mãos.

- Hoje... – o pessoal se acalmou – Como foi feito algo único e inédito, ela domou o cavalo tão rápido como eu nunca vi ninguém fazer. – ele falou brincalhão – Como é final do mês e sempre entregamos a fivela de ouro ao melhor peão. Hoje Anahí Portilla recebe a fivela mais uma vez, mas não por ter os melhores tempos durante o mês, mas por ser uma das melhores domadoras que já passaram por essas terras – o homem pegou uma caixa de veludo com um fivela grossa que tinha algumas coisas escritas, eu não consegui ler direito. Ela me deu a mão e fomos até lá. A morena que estava segurando a caixa que o homem tinha pego estava rindo para Anahí. Quando Anahí pegou a fivela, todo mundo gritou e então ela levantou a fivela e todos a aplaudira. Antes de sairmos de lá, ela me deu um selinho rápido, me deixando completamente sem graça – O amor é lindo – o homem falou cumprimentando a gente. Saimos de lá indo em direção ao estábulo. Anahí disse que iria ver o cavalo e conversar com um dos responsáveis por deixar os cavalos sozinhos.

- ISSO SÓ PODE SER BRINCADEIRA – Drew esbravejou com um dos homens – Ela não pode chegar mudando as regras do nada e ainda receber a fivela de ouro. O pai dela deve ta pagando um bom dinheiro pra vocês, não é possível – ele andava de um  lado para o outro.

- Com licença Hank – Anahí  falou alto o suficiente para os dois ouvirem – Eu vim conversar com você sobre os cavalos.

- Eu estou conversando com ele – Drew falou grosseiro – Vá embora Portilla.

- Então Hank, será que posso falar com você algo sério? – Anahí apenas ignorou o homem que estava super vermelho.

- Eu já falei que estou conversando com ele – ele veio andando rápido parando na frente de Anahí.

- Suas asneiras podem esperar – Os dois ficaram se encarando. O homem que tinha quase o dobro do tamanho de Anahí, mas ambos pareciam ter a mesma altura enquanto se encaravam.

- Anahí vem – eu a puxei pela mão.

- Vai mesmo ou vai ser pior? – ele falou debochado.

- É to morrendo de medo que você bata seu rosto no meu punho. – Eu entrei no meio e afastei Anahí. Seu rosto estava vermelho como o de Drew.

- Vai embora Drew, já conversamos sobre isso e a decisão já foi tomada – O homem mas velho com um cavanhaque chegou tocando o ombro dele. Ele se afastou a contra gosto.

- O meu pai vai saber disso – ele murmurou antes de sair.

- Oh céus!! – o homem negou rindo – Meu irmão mimou demais esse garoto. Então Anahí o que era tão importante?

- Meu cavalo. Quando cheguei aqui eles estavam sem supervisão e Drew estava dando alguma coisa pra ele comer. Depois ele admitiu que deu algo pra ele ficar doente – o homem fechou fortemente os olhos

- Se você for tomar providencias contra isso eu vou entender – o homem falou com um pesar.

- Hank por respeito a você e até mesmo seu cunhado, não farei isso – o homem soltou um suspiro – Mas isso não pode continuar assim, ele se acha o dono da cidade, se acha no direito de insultar as pessoas e ainda envenena meu cavalo, imagina se eu não chego aqui. Se ele desse algo pra infectar todos os meus outros cavalos, sabe o prejuízo que eu teria perdendo todos meus cavalos de raça por conta de um garoto mimado?

- Eu realmente sinto muito. Drew tem passado da conta em muitas coisas, fiquei sabendo que vocês brigaram perto do estábulo e a versão dele foi você partindo pra cima dele sem motivo nenhum. – Anahí negou com a cabeça riu – Eu sei que isso não é verdade, te conheço desde menina pra saber que você nunca foi de arrumar encrenca, mas os dois passaram do ponto.

- Eu estava já com ele engasgado na garganta desde do dia que o peguei tentando agarrar a minha prima...

- Prima? – o homem riu olhando pra mim.

- De consideração – falei sem graça.

- Ele não sabe tratar uma dama e foi por isso que eu briguei com ele. Mas isso é passado, não é algo que me orgulhe, mas também não me arrependo. Agora sobre meu cavalo, como vai ser das próximas vezes? Ele vai chegar aqui e fazer o que quiser ou...

- Não claro que não. Eu vou tomar as providencias sobre seu cavalo, levá-lo pra fazer exames e oferecer todos os tratamentos para ele. Vou aumentar a segurança no estábulo também. Peço novamente desculpas pelo comportamento do meu sobrinho. – O homem estendeu a mão e Anahí pegou.

- Tudo bem Hank – ela sorriu.

- Belo show hoje – ele puxou ela pra um abraço. – Deixo todo mundo doidin – ele gargalhou.

- Foi idéia dela – Anahí apontou pra mim.

- Moça se você tiver mais ideias boas como essa venha até mim, precisamos da uma incrementada nesse lugar – ele coçou a cabeça sorrindo.

- Eu percebi na arquibancada que vem gente até de outras cidades próximas pelos torneios, que tal começar a fazer algo maior. Divulgar em outras cidade e usar um fornecedor de cavalos para os torneios – Olhei pra Anahí que sorriu de canto.

- Não seria uma má idéia – o homem coçou a barba – Mas como cobrar a entrada de um espaço aberto.

- Fecha o local, você pode fazer muito mais que rodeios aqui, pode conversar com o Zayn, ele disse que queria abrir um bar, algum comerciante local pode querer entrar com a comida e você cede o local por uma quantia que eles podem pagar todo mês. Sem contar que você pode fazer outras coisas, festas nos finais de semana, convidar bandas locais pra tocar, seria bem legal.

- Não temos isso na cidade e seria muito legal mesmo. Se estiver interessado podemos conversar sobre os cavalos, mas também me interesso por entrar como sócia do local – Quando Anahí falou isso o homem abriu um sorriso grande.

- Obrigado Anahí, ter um Portilla nisso vai me ajudar e muito pra conseguir as licenças – ela assentiu sorrindo – Amanhã tu vai a cidade?

- Vou sim, vou levar a Candy para conhecer o local.

- Também estarei lá e quero conversar melhor sobre isso, leve ela, a moça das ideias com você – ele sorriu apertou nossa mão e saiu.

Anahí me arrastou para o estacionamento, eu sabia que ela queria se afastar do pessoal que não parava de cumprimentar ela. Quando chegamos ela me encostou no carro e ficou de frente pra mim.

- Finalmente – ela falou rindo. Passei os braços por seu pescoço e a puxei para mais perto.

- Agora você é só minha – falei bem perto dos seus lábios.

- Serei só sua sempre que quiser – ela selou nossos lábios. Eu nunca me acostumaria com a maciez, o gosto e as sensações. Era tão bom e único, me sentia uma adolescente conhecendo a paixão. Deixei Anahí aprofundar o beijo e quando nossas línguas se tocaram suas mãos agarraram mais forte minha cintura. Ela juntou ainda mais nossos corpos e era possível sentir todas as suas curvas. Minhas mãos arranhavam de leve sua nuca, enquanto ela tentava cada vez colar nossos corpos. Quando o ar começou a fazer falta ela desceu os beijos para o meu pescoço. Suas mãos agora subiam e estavam por baixo da minha blusa, tocando minhas costas.

- Anahí, alguém pode aparecer –falei com um pouco de dificuldade.

- Não...vai – ela voltou a beijar minha boca de uma forma voraz e cheia de desejo. Não estava diferente dela, mas não podia me deixar levar, estávamos num lugar aberto. As mãos dela desceram pra minha bun/da e ela deu um forte apertão. – Candy, a sua bun/da... me leva a loucura – ela falou ofegante separando o beijo rapidamente.

- Com licença – uma voz masculina, fez com que eu empurrasse Anahi de leve pra ela se afastar de mim. Nossas respirações estavam ofegante e a sua boca estava inchada e vermelha, a minha não deveria estar tão diferente. – Desculpe atrapalhar, mas eu realmente precisava falar com você, Anahi certo? – ele esticou a mão e Anahí o cumprimentou.

- Sim. Em que posso ajudar? – ela estava na minha frente, mas depois veio chegando pra trás e se encostou no meu corpo.

- Eu venho de longe, vou pra todos os lugares buscando pessoas que saibam montar em cima de um touro ou cavalo, mas o que eu vi hoje foi muito além disso. Você dominou aquele cavalo e ele era o azarão da noite – o homem riu negando. Ele não era tão mais velho que Hank, as roupas eram iguais as que usavam aqui, mas o sotaque era de quem vivia na cidade. Eu sabia que conhecia aquele homem de algum lugar, só não lembrava de onde – Quantos anos tem?

- Posso saber seu nome primeiro? – Anahí cruzou os braços. Ela era desconfiada de natureza, dava pra perceber isso a quilômetros.

- Chad Willis, empresário – Foi como um estalo. Eu o vi na revista Forbes, com um titulo um tanto chamativo para sua matéria “O homem que consegue achar uma agulha no palheiro”.

- Empresário? – Anahí sorriu – Mas o que um empresário pode querer comigo, não tenho fazenda e meu pai nunca está disposto a negociar com gente de fora. – ele colocou as mãos no bolso.

- Eu conheço bem seu pai, ele já me colocou pra correr da fazenda de vocês...

- Eu sei – Anahí completou. Então ela o conhecia.

- Eu vim até você, porque eu tenho uma oferta pra fazer. Quero te patrocinar para montar no rodeio nacional. – Anahí desencostou do meu corpo – Eu sei que você sabe que eu tenho uma equipe e que invisto muito nisso, mas eu só gosto de trabalhar com os melhores. E você minha querida é uma das melhores que já vi, eu preciso de você na minha equipe – Eu queria dizer pra ela não aceitar que era loucura, mas que poder eu tinha sobre isso? Nós não tinhamos um relacionamento oficial.

- Chadwick quem ganhou, por que não ele? – Anahí falou séria.

- Ele é um menino que vive se escondendo atrás das botas do pai. Você é uma mulher, uma grande advogada – Anahí pareceu se incomodar com aquilo – Mas pode ser ainda mais do que isso, eu estou te oferecendo a chance – ele esticou o cartão – Não precisa me responder agora. Os torneios começam daqui a seis meses. Passar bem senhoritas – ele acenou com o chapéu e saiu.

- Você vai aceitar? – Anahi olhava o cartão e parecia pensativa.

- Esse mundo não é pra mim, ele envolve mais de que montar em cavalos ou touro e eu não quero isso – ela jogou o cartão dentro do carro e me abraçou – Onde a gente estava? – Algumas pessoas começaram a sair da “festa” e vir em direção ao estacionamento.

- Vamos pra casa – falei dando um selinho rápido nela – Cadê o Harry?

- Vou ligar pra ele – ela retirou o celular do bolso e fez a ligação. Peguei meu celular e vi que estava sem sinal – Harry estamos indo, vai ficar com Ted? – ela sorriu pra mim de uma forma tão linda – Ta bom, nos vemos amanhã. Eu darei sim, mil beijos nela. Ok beijos – ela desligou.

- Por que você consegue fazer ligações e eu não? – mostrei meu celular pra ela.

- Sua operadora. Ela não cobre completamente essa região, então é difícil ter sinal.

- Só agora você me diz isso? – revirei os olhos.

- se eu tivesse dito antes você iria ficar o tempo todo trabalhando no celular e não iria aproveitar esse lugar maravilhoso – Anahí abriu os braços.

- Mas as vezes eu quero falar com meus amigos e meus pais e só consigo do telefone da sua casa, não quero ficar gastando do dinheiro dos meus tios.

- Tudo bem, me desculpe por querer um pouco da sua atenção – Anahí falou de maneira manhosa e eu segurei seu rosto com minhas mãos e selei nossos lábios.

- Hmm que ciumenta mais fofa – Ela sorriu e me abraçou.

- Te beijar é tão viciante sabia? – ela começou a distribuir leves beijos por meus rosto e pescoço.

- Eu sabia – falei brincando e ela soltou uma risada nasal.

- Modesta essa mulher. – Anahí voltou para minha boca, mas antes que iniciássemos o beijo ouvimos algumas pessoas falando alto.

- Ela acha que vai ficar assim, mas não vai mesmo – vi Drew passando de longe junto com seus amigos.

- Ele não aprende – Anahí no falou negando com a cabeça.

- Por que vocês se odeiam tanto? – eu realmente não entendia o porque daquilo tudo.

Anahí soltou um longo suspiro e olhou para baixo – Vamos pra casa e no caminho eu te conto.

Anahí ligou para o Harry que disse que não iria para casa com a gente. Entramos no carro e eu queria perguntar o por que da Anahí  e do Drew brigarem tanto, mas parecia que era algo que incomodava a ela. Por isso resolvi ficar na minha.

- Drew já foi um dos meus melhores amigos... – ela falou baixo, mas foi possível ouvir.