Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Dulce

Caminhei até Anahí que parou de escrever no celular e me olhou. Eu nada falei apenas fui montar na Manchada.

- O que houve? — ela perguntou.

- Nada — Antes de subir ela segurou minha cintura.

- O que houve Dul? — ela perguntou de novo.

- Nada, Anahí — falei séria.

- É por conta da mensagem? — eu ri debochada pra ela.

- Anahí faz o que você quiser da sua vida. — ela riu.

- Amor, você é tão ciumenta — ela tentou me abraçar, mas eu a afastei.

- E se fosse ao contrario? — falei respirando fundo para não me irritar. Ela franziu o cenho.

- Como assim? Se fosse você falando com um amigo, eu não iria me importar.

- E se fosse eu falando com alguém que já tive algo mais que amizade — ela ficou séria.

- Eu não estava falando com a Belinda Dulce!. — Eu ergui uma sobrancelha e cruzei os braços. — Eu não estava. Você acha que eu sou o que?

- Sua fama entre os peões me faz questionar as coisas. — ela trincou o maxilar.

- Minha fama é. Se eu realmente tivesse essa fama, eu teria te comido e te largado no meio da noite. — Ela segurou minha cintura mais firme. — Você acha mesmo que eu sou assim?

- Anahí ela não sai do seu pé. Vive aparecendo na fazenda do nada e ainda te manda mensagens. Eu quero que se coloque no meu lugar.

- Ah imaginar quem o Chadwick te mandando mensagem?

- Existem outros homens.

- Não pra sua forma de julgamento. Eu ainda me pergunto como você resolveu ter algo comigo, afinal sou uma caipira mal educada.

- Para de me chamar de fútil.

- E não é? Em todas as oportunidades você reclama do meu chapéu, das minhas botas e das minhas roupas. Ta masculina demais, ta xadrez demais, ta tudo demais pra você.

- Eu não vou continuar essa discussão sem fundamento — eu ia caminhar pra dentro de casa.

- Quando sou eu quem demonstro meu descontentamento com algo, vira uma discussão sem fundamento? — ela me apertou contra seu corpo. Que pegada era aquela, se normal já era boa, ela irritada era melhor ainda. — E ninguém vai te mandar mensagem nenhuma Dulce María.

- Aé? Por que? — nossos rostos estavam bem próximos. O hálito quente e com cheiro de hortelã de Anahi batia contra meu rosto. Queria saber quando essa discussão virou um jogo de sedução.

- Porque você é minha! — quando me puxou pela cintura eu soltei um gemido baixinho, mas ela deve ter ouvido porque ela estava com um sorriso prepotente nos lábios.

- Não me trate como seus cavalos — rosnei perto do seu rosto. Num ato rápido ela pegou minhas pernas e entrelaçou na sua cintura.

- Eu não consigo domar você, então você nunca será  como meus cavalos. Você é a minha vida Savinon — ela atacou meus lábios com violência e eu adorei aquilo. Senti minhas costas tocarem em algo duro e frio. Nosso beijo era selvagem e os apertões que Anahí me dava, na cintura, bu/nda e coxas, eram mais ainda. Quando o ar começou a fazer falta, eu desci os beijos para o seu pescoço. Anahí me apertava com mais força a medida que eu mordia seu pescoço. — Dul... — ela gemeu — Eu não... quero mais... brigar — ela estava ofegante.

Separei minha boca do seu pescoço rapidamente — Então para de ficar dando mole pra essas vad/ias  que ficam no seu pé Anahí! — ela sorriu, segurou minha nunca e me beijo de maneira urgente.

- Eu só...quero..você — ela falou durante o beijo. Mordi seu lábio inferior e ela soltou um longo suspiro.

- Ai Ani— soltei um breve gemido quando a boca quente dela alcançou meu pescoço. Ela foi descendo os beijos pelo meus busto exposto e foi só quando abri os olhos percebi onde estávamos. — Amor... — a empurrei, mesmo querendo muito que ela continuasse. — Os...peões... — falei ofegante e Anahí parou. Ela se virou para trás e viu que tinha alguns deles nos olhando.

- VOCÊS NÃO TEM MAIS O QUE FAZER NÃO? PORQUE SE NÃO TIVEREM EU ARRANJO RAPIDINHO. — Ela falou alto e de maneira bem rude. Eles saíram praticamente correndo. Ela encostou a testa na minha e me deu um selinho. — Não vamos mais brigar por conta da Bel, ta bom? — eu assenti — Eu quero ficar com você. — segurei seu rosto com as duas mãos e selei nossos lábios. Ela aprofundou o beijo, mas ele foi casto e sem segundas intenções.

- Eu não quero mais brigar por causa dela — Anie assentiu.

- Vamos, se não o Harry vai me matar. Terminamos o que começamos aqui mais tarde — eu assenti sorrindo e ela me colocou no chão.

O caminho inteiro fomos rindo de alguma idiotice que eu fazia ou que ela fazia. Era tão bom ficar aqui com Anahi, não existia problemas, revistas, nem precisava manter aquela pose imponente, eu só era a Dulce. Quando chegamos Harry estava lá sentado em cima do Bird falando no celular, ele parecia irritado.

- DR? (discussão de relacionamento)- Perguntei enquanto nos aproximávamos1

- Provavelmente. Ted é um cara legal, mas pisa muito na bola. Eu sinceramente acho que Harry precisa de alguém melhor — Anahi falou olhando para o amigo que gesticulava enquanto falava.

- Eu não quero saber! — Harry falou mais alto — Faz o que você quer da sua vida, acabou Theodore, depois não vem pedindo pra voltar que agora é pra sempre — ele desligou o telefone e bufou.

- Problemas no paraíso? — Anahi falou assim que paramos ao lado dele.

- Ele é um idiota, não quero falar disso. — Harry bufou.

- Então vamos fazer o que temos que fazer que ainda estou devendo um encontro a essa mocinha aqui — Anahí apontou pra mim.

- Já comeu e agora que vai levar pra encontro? — Harry falou divertido e eu corei.

- Harry! — Anahi o repreendeu.

- O que? Vocês gemem muito alto, principalmente a Dul. Ohhh vai Anahi... isso bebê... mais rápido... Hamm....hamm — ele imitou como seria meus gemidos e eu fiquei muito sem graça. Se eu pudesse enfiaria minha cara em qualquer buraco que tivesse ali.

- Cala a boca, rei do pirocoptero — Anahi deu um empurrão nele.

- Hey isso era pra ser um segredo nosso.

- Pare de falar dos gemidos da minha garota. — eu corei, mas dessa vez por ter ouvido da boca da Anahi que eu era a garota dela. — E vamos logo, antes que deixei fazendo isso sozinho. — Harry saiu na frente e Anahi se esticou pra me dá um selinho. Segurei seu rosto e dei um selinho demorado — Eu já volto amor, fica ali pra não ter perigo, se algum boi ou vaca for pra cima de você não se assusta, se não vai assustar a manchada — eu assenti dando outro selinho nela.

- Cuidado amor — dei um sorriso involuntário, porque eu sentia cosquinha no estomago quando chama ela de amor.

- Pode deixar, minha princesa — ela pegou minha mão e deu um beijo. Quem diria que aquela caipira mal educada, seria essa pessoa tão romântica e carinhosa.

Fiquei admirando ela de longe, enquanto seu cavalo ia pra lá e pra cá pra poder colocar todos bois dentro da cerca. Anahí realmente era uma mulher muito bonita. Seus cabelos esvoaçantes e seus olhos azulados que eram extremamente expressivos. Suas coxas torneadas, seus músculos do abdômen eram bem visíveis, agora que ela tirou sua blusa, seus braços não aparentavam ter músculos, mas quando os pressionava, podia-se notar os músculos. Fui desperta da minha admiração pelo meu celular vibrando no bolso do short, Manchada deu alguns passos, mas agora eu já sabia controlar ela.

- Calma garota — passei a mão por sua crina e a vi relaxar. Quando olhei o visor era Maitê. — titaaaaa— falei manhosa assim que atendi o celular.

- dullllceeee — ela gritou do outro lado — Sua desnaturada, nem me liga mais e quando eu ligo você tá com a sua priminha caipira. — ela falou ressentida.

- Não é verdade e ela não é caipira. — revirei os olhos.

- Pensei que ela fosse uma caipira mal educada — Maitê falou divertida — Acho que a caipira te pegou de jeito.

- Para de chamar ela assim — ouvi a risada dela do outro lado da linha

- Não acredito Dul, você ta realmente pegando ela?

- Ahh Mai, aconteceu — falei sem graça.

- Isso deve ser porque só tem ela ai pra você pegar, ficou carentinha resolveu abrir as pernas — ela gargalhou — Pelo menos ela tem todos os dentes?

- Cala a boca, é claro que ela tem todos os dentes, eu acho ... — fiquei pensativa. Pelo menos ela tinha os da frente, mas os de trás eu não sabia, porque ela vivia caindo do cavalo e fazendo coisas loucas e não tinha medo de entrar numa briga.

- Como assim acha?

- Ela monta em cavalos de rodeio e uma vez ela até brigou com um idiota que me ofendeu.

- Mentira?! Me conta isso melhor... espera... — ouvi passos e vozes — Emma chegou, vou colocar no viva-voz — a ouvi apertar alguns botões — Agora conta como sua caipira brigou por você.

- Vou ignorar a parte do caipira, Perroni. — revirei os olhos, por mais que eu chamasse Anahi assim, eu odiava que chamassem ela assim — Então tem um cara muito idiota que mora aqui, que é ex melhor amigo da Anie, resumindo. Ele estava dando remédio pra deixar o cavalo dela ficar doente, ai ele me ofendeu e ela partiu pra cima dele.

- Meu Deus — ouvi a voz de Emma.

- Ela deve ser toda caminhoneira, deve ter dedo de vergalhão — Maitê falou e aquilo me fez gargalhar.

- Não é. Anahí é bem feminina — revirei os olhos.

- Mas ela se machucou? — Emma perguntou.

- Não muito Watson, ela se machucou mais quando caiu do cavalo, no dia que eu a conheci. — lembrei daquele dia e meu coração se apertou. Eu de certa forma tinha desejado mal pra ela.

- Sua bruxa, você quem desejou que ela caísse —  Maitê falou de maneira divertida.

- Ai que horror Dul — Emma falou — Mas manda a foto estou curiosa

- Espera. — Quando abri a galeria percebi o quanto de foto tinha minha e da Anahí. Diversos tipos de foto, desde fazendo careta, até fotos de Anahí me encarando. Fui passando e encontrei uma dela sozinha em cima do trovão. Anahí estava linda naquela foto. Depois que enviei bateu um arrependimento de ter compartilhado aquela foto. — Enviei. — Ouvi o som de notificação do celular de Emma.

- PU/TA MERDA — ouvi Maitê falar — Car/alho quando você voltar pra cidade posso passar um tempo na fazenda dos seus tios?

- Haa — dei uma risada sem humor — Pode tirando seu cavalinho da chuva Perroni, cheguei primeiro.

- Ela é realmente muito bonita, poderia até ser modelo — Emma falou.

- Desde quando é ciumenta assim Dul? — Maitê falou tirando uma com a minha cara.

- Ihhh volta pro seu Siope e deixa minha Anahi.

- Ownnnnn — as duas falaram ao mesmo tempo. Percebi que Anahi já tinha terminado o que tinha que fazer e estava se aproximando de mim, mas quando ela percebeu que eu estava no celular, ela manteve um pouco de distancia.

- Anie  vem cá, quero apresentar minhas amigas. Bom por telefone — coloquei no viva-voz — Emma e Maitê digam 'oi' pra Anahí.

- Oi — as duas falaram ao mesmo tempo

- Olá meninas — Anahí falou rindo.

- Po/rra até a voz dela é sexy, minha calcinha ta até molhada — Maitê falou e eu coloquei a mão no rosto.

"Maitê só me faz passar vergonha" — pensei

- Ah obrigada. Imagine se eu tivesse ai falando no seu ouvido — Anahí falou e eu arregalei os olhos.

- Dá pra você parar — dei um tapa estalado no braço dela e ela se encolheu.

- Meu Deus, preciso comprar minha passagem pra ir pra essa fazenda. — Anahí gargalhou.

- Maitê vai tomar um banho gelado — Emma falou.

- E os efeitos da minha voz não te causam nada Emma? — Anahí falou sensual e eu não acreditei que ela estava fazendo isso.

- Para, vai embora — empurrei Anahi que gargalhava — Você é uma cafajeste que fica dando em cima das minhas amigas. — ela sorriu de canto e eu quase me derreti toda.

- Uau, admito que sua voz é bem... sensual — aquilo realmente me chocou. Acho que nunca ouvi Emma falar a palavra 'sensual' em todo tempo que morava com elas.

- Suas amigas gostam da minha voz, amor — Anahí falou divertida.

- ELA FALOU AMOR? — ouvi a voz histérica da Maitê. Sabia que aquela era a hora de desligar.

- Tchau meninas, nos falamos outra hora.

- Tchau Dul, Tchau Anahí— Emma falou.

- Não... espera... — antes de Maitê terminar de falar eu desliguei.

- Parece que você deixou Maitê curiosa — Anahí voltou pra perto de mim.

- Parece que você deixou ela excitada — cruzei os braços e ela gargalhou.

- Ahh minha ciumentinha — ela dei um beijo na minha bochecha.

- Nem vem Anahí — tentei empurrá-la novamente.

- Você não quer meus beijos, Candy — ela falou no meu ouvido, com a por/ra daquela voz sexy e rouca e pra finalizar a tortura, ela deu uma breve mordida no meu lóbulo.

- Para Anie... — falei de maneira manhosa.

- Casal transa em casa — Harry passou por nós e Anahi se afastou de mim.

- Ahh para de ser rabugento — Anahí reclamou com Harry — Vamos que a gente ainda vai a cidade. — Anahí esperou eu passar e me seguiu.

- Damn baby you got a bright future behind you — Anahí sussurrou e eu fiquei sem graça.

*******

Estava num sono maravilhoso quando uma gritaria me acordou. Eu sabia que eram os peões do meu tio, só pelo fato de estarem gritando super alto e falando palavras que só gente da roça fala.

Levantei um pouco estressada e entrei no banheiro. Fiz minha higiene e resolvi descer. Minha tia estava com volume da TV super alto, ela parecia irritada.

- Bom dia, tia — falei, mas acho que ela não escutou — BOM DIA, TIA — praticamente gritei.

- Bom dia, querida — ela falou no mesmo tom — Esses brutamontes não sabem falar baixo — ela resmungou — Mas isso tudo é culpa do seu tio — ela revirou os olhos.

- O que está acontecendo?

- Anahí comprou quatro cavalos e eles ficam assim quando ela vai domar esses bichos — minha tia revirou os olhos novamente — Seu tio ta lá também, gritando com os peões.

- Eu vou lá vê. — Não que eu gostasse disso, mas eu me preocupava com Anahí e ela é meio doida.

Assim que sai vi monte de homem em volta, alguns sentados nas madeiras e outros em pé. Fui me aproximando e dava pra sentir de longe a euforia deles. Essa euforia me lembrava meu pai assistindo seus jogos de futebol.

De longe vi minha Anie com o chapéu na mão e um grande sorriso no rosto enquanto o cavalo tentava de toda forma jogar ela no chão. Ela se divertia a cada vez que cavalo pulava e ela puxava as rédeas mais forte. Podia no seu rosto o quanto ela amava fazer aquilo. O suor escorrendo pelo seu corpo. Ela usava apenas um top preto e uma blusa xadrez sem mangas, uma calça jeans de lavagem clara e rasgada nas pernas e suas botas marrons. Percebi o quão diferente eu e Anahí éramos. Eu sentia prazer em escrever um artigo onde eu ditava a tendência e todos seguiam, já Anahí sentia prazer em montar cavalos e domá-los, deixá-los mansos, como se ela tivesse um poder sobre eles. Anahí queria casar e ter filhos e viver numa grande fazenda, enquanto eu queria me tornar editora chefe da revista e ser reconhecida pelo meu trabalho.