Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

Pov Dulce

"Quem nunca errou que atire a primeira pedra" Isso era o que eu pensava dia após dia, depois que Anahí irada pela porta do meu apartamento. Naquele dia tudo ficou tão claro como água. Anahí queria um futuro comigo, planejava ter algo mais sério, enquanto eu interpretava suas ações como algo casual que em breve ela iria enjoar de mim e voltaria para a fazenda. Ela disse "Em duas semanas eu estou voltando para a fazenda" E o que podia esperar? Quem não me garantiria que ela estava com aquela loira ou com qualquer outra mulher? Sei que isso nunca vai justificar o que eu fiz. Depois daquela noite nunca mais tive nenhum contato com Austin, ele já fu/deu minha vida duas vezes. A primeira quanto me comeu e foi embora e a segunda, quando me deixei levar e ele me beijou, fude/ndo completamente com um futuro relacionamento estável com a Anahí, minha Anie. Durante duas semanas tentei mandar presentes, não numa forma de comprá-la, mas sim pra tentar pelo menos conversar com ela. Alguns desses presentes voltavam com bilhetes mal criados que eu sei que foram escritos por Veronica.

Depois das fotos de Anahí e Angelia eu praticamente surtei no trabalho. Eu invadi a sala da Angelina e falei tudo que estava engasgado. E não sei se foi sorte minha porque não tinha ninguém na empresa ainda ou Angelina parecia mais amigável, mas ela apenas me mandou tirar alguns dias de folga e disse pra eu pensar melhor nas minhas atitudes a partir daquele dia e que esqueceria o acontecido porque estava de bom humor. Quando cai na real, realmente fiz o que ela falou e fiquei cinco dias trancada no quarto chorando. Emma e Maitê tentaram me animar, mas era quase impossível. Eu queria me reconciliar com Anahí. Por isso eu tomei a decisão de ir no apartamento de Veronica. Ao chegar na portaria ele ligou para pedir autorização para eu subir e eu rezei para que fosse Anahí a descer, mas foi Veronica, que praticamente me jogou para fora do seu prédio e disse que se eu procurasse Anahí de novo, as coisas ficariam feias pra mim. Eu voltei lá mais duas vezes e admito que fiquei com medo dela me bater, mas Harry chegou na hora e não deixou. Ele apenas pegou Veronica e me deu as costas. Até para a casa dos meus tios eu tentei ligar pra perguntar de Anahí, mas eles não disseram nada, também não me trataram mal, talvez Anahi não tenha contado nada a eles.

- Está demorando assim é porque vai vir alguma surpresa – Ucher falou animado.

- Nós vimos a preparação do desfile, acha mesmo que ela colocaria algo surpresa assim em cima da hora? – perguntei duvidando.

- Sim – Ele falou e Harry entrou na passarela. – Nossa – Ucher mordeu o lábio inferior olhando para o Harry – Ele não é bombadão, mas tem um arquétipo bem sexy e esse volume?

- Ele não é modelo – falei quando ele virou para sair da passarela

- Ele deve ser novo no mercado – Ucher falou

- Não, ele é amigo da Anahi. Ele cuida dos cavalos dela.

- Me de o endereço desse aras que to indo pra lá agora mesmo – Ucher se abanou e eu revirei os olhos. – Vou até escreve sobre a surpresa maravilhosa que deve ter no mínimo uns vinte centímetros. Abençoada seja a Lucy. – Foi só o Harry sai que Veronica entrou na passarela e os flashes explodiram em cima dela. – Uau Veronica ta gostosa, nunca reparei que ela tinha esse corpão todo – Ucher começou a anotar – Lucy trocando ela por aquele franguinho do noivo dela. Se eu gostasse da fruta, não ia nem deixar sair do quarto – Ucher falou de maneira tão gay que eu fiquei com medo da bandeira colorida cai e a parada gay de Nova Iorque entra. Quando Veronica ia sai, Anahí entrou. Meu coração errou a batida, ela estava extremamente linda e com o chapéu, o mesmo que ela havia tomado de mim no dia em que foi embora. Quando ela parou na minha frente, meu bloquinho caiu, o olhar dela rapidamente encontrou o meu, mas ela desviou, voltando a desfilar e sair da passarela.

- Nossa você viu os olhos dela? Eram maravilhosos – ouvi um homem ao meu lado comentar.

- A pele dela era branquinha, nem parece que ela gosta de morar no campo, que linda. – ouvi outra pessoa falar.

- Anahí estava maravilhosa – Ucher se limitou a falar isso, porque ele sabia de tudo o que aconteceu.

- Foi uma surpresa e tanto. Elas estão voltando para a passarela – anunciei me levantando para aplaudir Lucy. – Ela realmente merece – falei sincera. Lucy quando descobriu o que aconteceu entre Anahí e eu, me tratava de maneira completamente profissional. Mas mesmo assim nunca deixei de torcer por ela e quando a Angelina disse que iria lançar Lucy no mercado, eu sabia que havia sido Anahí quem mostrou os desenhos da amiga pra ela. Eu fiquei completamente irritada em saber que as duas ainda se encontravam, mas eu nada podia fazer, eu mesma cavei a cova onde estou.

- Você vai para a recepção depois? – Ucher perguntou se levantando para ir ao camarim.

- Acho que não e nem vou no camarim, Anahí não quer me encontra – abaixei a cabeça.

- Ela vai estar na festa, quem sabe lá vocês não conversam e tentam se entender. – ele me deu um abraço – Amiga todo mundo erra, mas você ta arrependida, tenta mostrar isso pra ela.

- Eu estava confusa – ele me puxou pro canto quando viu que eu comecei a chora – eu não queria ter feito aquilo, eu agi como uma idiota. Ela iria embora novamente em duas semanas e poderia sumir de novo por um mês, dois, três, sei la por quantos meses e eu ficaria aqui sofrendo por ela, sem noticias, sem saber se ela se matou naqueles rodeios. Quando Austin apareceu com seu terno de linho e sua pose de homem maduro, foi uma atração momentânea. Eu disse que iria embora sozinha e quando chegamos a minha porta ele começou a falar aquelas coisas e me beijou, eu fiquei confusa, acuada, sem saber o que fazer. Anahí nunca definiu o que a gente tinha e eu dei oportunidade dela fazer isso a primeira vez que ela veio aqui. Não estou culpando ela, porque a culpa é minha, mas eu realmente estava confusa.

- Se fosse ao contrario você perdoaria? – ele perguntou me olhando nos olhos.

- Eu acho que não – abaixei a cabeça.

- Você acha, mas não tem certeza. Quando a gente ama, as coisas mudam, as vezes o orgulho fica um pouco menor. Vai na festa amiga e tenta conversar com ela. Mostra pra ela seu ponto de vista, diz pra ela que você nunca mais viu o Austin depois daquela noite e que você até gritou com a malévola por causa dela. Anahí parece ser cabeça dura, mas Savinon mole e Portilla dura, tanto bate até que fura – eu soltei uma gargalhada com o fato dele ter mudado o ditado. – Queixo pra cima, retoca essa maquiagem e vai pegar sua caipira, porque eu to indo lá pegar o meu – ele piscou e eu sorri.

- Como sabe que ele é gay? – falei antes dele sai.

- Meu gaydar foi de zero a cem em dois segundos quando ele pisou naquela passarela. Super gay – ele estalou os dedos e saiu.

Fui para o banheiro lavei o rosto e retoquei a maquiagem. Ucher me mandou uma mensagem dizendo para ir na frente. Avisei que levaria o motorista e fui para a festa. Me sentei perto de alguns colegas jornalistas. De longe eu podia vêr Anahí rindo e como eu sentia falta daquele sorriso.

- Então Dulce vai escrever uma nota destruindo o chapéu dela? – Paul falou rindo.

- Não – eu o cortei. Geralmente essa era eu. Escrevia notas detonando certas coisas nas pessoas, mas dessa vez eu não faria isso.

- Ah não vai dizer que você gostou daquele chapéu horendo dela – ele bebeu seu cosmopolitan e gargalhou junto com os outros.

- Ficou bem, foi diferente.

- Diferente brega. – Regina falou.

- Quantos de vocês já estudaram a história do chapéu? – Angelina chegou. Todos ficaram completamente sem graça. – Existe muito mais por trás disso, antes de criticarem alguma coisa estudem, avaliem seu contexto. Savinon venha comigo. – ela saiu e eu a segui até uma parte mais reservada do local da festa – Você e o Tomlison vão para o Fashion week, você também vai ser responsável pelo making off dela em Paris, como estamos lançando ela quero ela em todas as matérias possíveis. – Dulce ia anotando tudo. – O Fashion Week é daqui a um mês, você já pode conversar com a Lucia sobre isso. Ela já me mostrou a coleção que vai apresentar, ainda falta alguns reparos, quero você e o Ucher tomando conta disso também.

- Sim senhora – Dulce respondeu.

- Ah e mais uma coisa, nosso filial em Berlim será inaugurada em seis meses. Parabéns, o senhor Mahone escolheu você como a editora chefe, você realmente deve ter mostrado pra ela como é competente – ela deu um sorriso debochado – Farei o anuncio amanhã – Ela saiu.

"Quando for promovida é porque sua vida pessoal está completamente destruída" – lembrei de Ucher falando isso. Minha vida pessoal no momento nem existia. Quando estava em casa não saia do quarto, não saia a não ser pras festas da Revista, mas ficava pouco e ia embora.

Voltei para o meu lugar e continuei olhando Anahí de longe. Em um determinado momento da noite resolvi ir até lá. Mesmo com a música alta eu podia ouvir meu coração bater 'tumtum tumtum tumtum'. Toquei de leve seu braço.

- Anahí, podemos conversa? – ela se virou e parecia surpresa.

- Não – ela falou quando voltou a si.

- Por favor...

- Eu já disse que não – ela virou pra frente.

- Eu sei que eu errei Anahí, mas só me deixa te pedir desculpa apropriadamente...

- Parece que a velha Dulce apareceu – ela virou com um sorriso debochado.

- Eu fui uma idiota...

- Olha eu to muito ocupada fazendo nada, então não tenho tempo pra ouvir, vai embora – ela fez gesto com as mãos.

- Ele me beijou de surpresa naquele dia, mas eu sei que não deveria ter dito que não tinha ninguém – Anahí levantou furiosa do banco e eu fiquei com medo que ela me batesse. Vi as veias de sua testa saltitarem. – Você era a ultima pessoa no mundo que eu queria magoar. – ela passou por mim, mas eu fui atrás dela. – Anahí? – toquei seu braço, mas ela puxou fortemente. – Eu não queria...

- Então por que fez? – ela falou rude.

- Eu não retribui – de certa forma isso era verdade. A única coisa que eu realmente me sentia culpada era por ter dito que não tinha ninguém.

- Ah Dulce pelo amor de Deus, vai vim com esse papinho de merda agora? Você é uma mulher de vinte e três anos, assuma a po/rra dos seus erros.

- Eu assumo que errei em dizer que não tinha ninguém.

- E o beijo – Anahí me pegou pelos braços e começou a me sacudir – Você acha que eu sou idiota, po/rra.

- Anahí você está me machucando – eu tentei afastar ela, mas ela era forte.

- Acha que pode chegar assim, falando manso que eu vou voltar pra você com o rabo entre as pernas?

- Ai Anahí – choraminguei porque ela estava apertando mais forte. – Você está me machucando. – Ela soltou meu braço. Eu sabia que ficaria roxo – Eu só queria me desculpa – agora as lagrimas vinham sem que eu conseguisse impedir – Eu estava com medo, confusa, sem saber o que fazer. Eu mesma me dei uma rasteira, acabei com tudo que nós tinhamos.

- Esquece esse nós. Ele nunca mais vai existi. – Anahí falou raivosa.

- Anie...

- NÃO ME CHAMA ASSIM – ela berrou – NUNCA MAIS.

- Me da uma chance, eu prometo que vou fazer tudo diferente dessa vez. – Anahí deu um sorriso debochado e se aproximou de mim.

- Dulce você não é o tipo de mulher que se possa levar a sério ou ter um compromisso, você é mulher de uma noite só. Eu não sei como não percebi isso antes – ela me deu as costas e saiu. Eu não conseguia ter reação sobre o que ela falou. Meu corpo tremia, meus olhos ardiam, minha boca estava seca e comecei a sentir minhas pernas falharem e eu sentir meu corpo tocar o chão sujo daquele beco.