Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Dulce

O avião pousou algumas horas depois. Tive problemas para retirar minha mala, o que acabou atrasando também as outras pessoas. O motorista levou tudo para o carro, fui caminhando digitando no celular, revendo os compromissos e para marcar com a equipe de filmagem. Acabei pisando em falso e cai no meio do aeroporto. Não sei se era pior a dor que eu estava sentindo por causa do tombo ou a vergonha. Quando levantei o olhar vi que estava caída nos pés de alguém e como o destino adora brincar comigo, eu estava caída aos pés de Anahi. Ela apenas levantou a cabeça  novamente e voltou a seguir seu caminho. Soltei um longo suspiro e uns seguranças do aeroporto vieram me ajudar.

Depois da grande vergonha que passei no aeroporto, cheguei ao hotel e me instalei. Ucher e eu ficaríamos no mesmo quarto, como sempre.

- Se arruma logo que a recepção já começou e a Angelina disse que tem uma pronunciamento. – Ucher já estava com um terno azul caneta e uma blusa social branca sem gravata. Peguei um vestido vermelho de mangas, porque estava frio e um grande casaco de pele sintética e coloquei.

- Acho que só faço isso porque estou ganhando hora extra – falei sorrindo.

- Você faz isso porque ama, mentirosa – Ucher abriu a segurou meu braço e saímos do elevador. Chegamos ao salão do hotel onde haviam muitas pessoas reunidas. A maioria estilistas e jornalistas. Fiquei um tempo me socializando, mesmo sem vontade.

- Boa noite – Angelina tomou a frente a atraiu a atenção de todos. – Eu gostaria de fazer um anuncio muito importante, peço que todos peguem uma taça de champanhe – ela falou com a taça de champanhe. O garçom me serviu – É com grande prazer – ela deu um sorriso falso – Que eu quero anunciar que a Magazine Styles estará abrindo uma filial em Berlim, junto com apoio do Senhor Mahone – ela apontou para o homem que estava um pouco atrás de mim – e sua equipe de empresários. Nós também chegamos a um consenso sobre a editora chefe da filial de Berlim. É com grande prazer que lhes apresento Dulce María Savinon, a nova editora chefe da Magazine Styles Berlim – todos estavam surpresos assim como eu. Mas algumas palmas viam do fundo da sala, fazendo todo se virar, inclusive eu. Era Anahí. Ela tinha um sorriso sarcástico nos lábios. O clima estava tenso, depois todo mundo começou a bater palmas. Todos começaram a bater palmas sem graça também, eu comecei a caminhar até Anahí, mas antes que eu pudesse chegar Austin apareceu na minha frente.

- Meus parabéns – ele falou sorrindo.

- Obrigada – tentei passar por ele, mas ele segurou meu braço.

- Não vai falar comigo direito.

- Austin eu tenho que falar com outra pessoa, com licença – soltei meu braço e vi que Anahí estava caminhando para a porta de saída do salão. Comecei a correr atrás dela. – Anahí espera. – segurei seu braço.

- Ah senhora editora chefe da revista de Berlim. O que trás sua incrível presença – ela falou completamente debochada. – Agora eu sei porque você subiu tão rápido na sua carreira – ela cruzou os braços. – Você realmente deve ser muito competente em abrir as pernas. Foi uma bela escalada profissional – ela começou a aplaudir sarcasticamente.

- Você não tem o direito de falar assim comigo – as lagrimas começaram a cair.

- Ah desculpe estou te ofendendo, não foi minha intenção, só queria dizer que você realmente é uma profissional eficiente, você cobra por hora – eu ia virar a mão no rosto dela, mas ela segurou meu braço.

- Eu sei que eu errei, mas você não tem o direito de me tratar como uma...

- Pu/ta? – ela falou raivosa – É isso que você é Dulce. Quando estava sozinha na fazenda se fez de boa moça pra se chegar em mim e quando voltou me jogou fora, porque aquele merdinha tinha poder de te colocar onde você queria chegar.

- Eu não sou assim – eu praticamente gritei e puxei meu braço. – Eu não sou...assim – comecei a chorar sem forças. Eu não conseguia rebater mais o que ela dizia. Ela saiu caminhando para o elevador e me deixou ali, depois de alguns minutos Angelina passou por mim, mas antes de completar seu caminho ela parou.

- Você nunca ouviu a frase "Nunca deixe seu passado mandar no seu futuro"? – ela deu um risinho de canto – Bom acho que pelas coisas que fez, tenho certeza que não – ela voltou a andar, mas meu sangue estava fervendo. Comecei a caminhar rápido e segurei fortemente o braço dela.

- Foi você não foi? Não podia aceitar a rejeição e ai você armou tudo aquilo, o coquetel, Berlim, toda essa palhaçada. – ela deu um sorriso de canto.

- Ah Dulce quanta imaginação. Da forma que você fala eu sou quase o Coringa do Batman. Eu posso ter feito algo pra atrair o Mahone pra nossa revista, mas não obriguei você a beijá-lo ou a fazer qualquer outro servicinho com ele, você mesma se cavou sua cova. Eu só te dei a pá.

- Você não presta. Você é suja.

- Supere Savinon, eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo seus choros pelos corredores. Vá fazer algo de ultil. Vá trabalhar.

- Eu me demito. – falei raivosa.

- Ah você se demite? – ela se virou furiosa – Faça isso e eu te garanto que nunca mais vai pisar numa revista ou em qualquer lugar decente. Não me provoque Savinon, porque você não tem idéia do que eu sou capaz. Agora anda vai fazer seu trabalho, porque você está sendo paga pra isso – ela falou autoritária e saiu.

Fiquei ali encostada na parede sem saber o que fazer. Eu queria simplesmente sumir, queria desaparecer para sempre.

- Dul Meu Deus, o que houve? – Ucher apareceu na minha frente.

- Me tira daqui Ucher, por favor – eu me agarrei a ele.

- Austin estava te procurando.

- Eu quero que ele e Angelina se fo/dam – falei chorando mais ainda – Eu quero que eles se fo/dam – a segunda vez saiu como um sussurro.

- Vem, vamos subir. Você precisa descansar – Ele me ajudou até chegar no meu quarto.

- Eu vou me demitir – falei assim que entrei no quarto

- Dul, não faz isso agora – ele me fez carinho nos cabelos – Você não pode continuar assim, da ultima vez foi o beco, imagine se eu não chegasse?

- Eu sei Ucher, mas Anahí não me escuta e quando eu chego perto dela, ela só me fala coisas terríveis. – voltei a chorar nos braços dele. – Eu não sei mais o que fazer, pensei que essa distancia de quatro meses ia fazer ela ficar mais calma só pra pelo menos me ouvir direito, mas parece que não adiantou nada. Ela está tão magoada que não está medindo palavras pra me magoar.

- Ain Dul, meu amor, você precisa abrir o jogo com ela. Joga ela num quarto, tranca a porta e obriga ela a te ouvi.

- Anahí não é assim, ela tem que está disposta a ouvir se não é como falar para as paredes. Eu quero ela de volta, eu quero a minha Anie.

- Eu sei pequena, as coisas vão se resolver. Mas até lá você tem que ser forte e não pode sair abandonando tudo assim. Você vai ser nova editora chefe.

- Eu não quero – falei irritada – Não quero nada que venha daqueles dois. Nem que eu tenha que ficar traduzindo livros numa porcaria de editora, eu não quero mais trabalhar pra Angelina e nem quero nunca mais me encontrar com Austin.

- Você tem um contrato Dul – Ucher falou preocupado

- Meu contrato foi pra cumprir os sete dias em Paris, depois disso eu posso pedir demissão. Cristopher eu vou te da um conselho de amiga, pessoas como Harry e Anahi, nunca vão viver na cidade, porque eles são bicho do mato, gostam de sentir a lama nas botas, gostam de acordar quando galo canta e sair cavalgando sem rumo. Eu só demorei demais pra perceber que Anahi abriu mão disso pra ficar comigo, não seja como eu, se você gosta mesmo do Harry começa a pensar em todas as possibilidades.

- Eu não sei se conseguiria viver assim – Ucher falou sincero

- Eu também não, mas se Anahi me aceitasse de volta não pensaria duas vezes em fazer isso.

Ucher ficou pensativo e eu resolvi da um tempo pra ele pensar. Sabia que Desde que o desfile da Lucy, ele e Harry estavam saindo. Quando Harry voltou para a fazenda ele ficou todo triste e as vezes eu ouço eles se falando pelo telefone. Eu super apoio os dois juntos, mesmo o Harry não querendo me vê nem pintada de ouro, mas acho que os dois merecem a felicidade. Coisa que pra mim parece algo distante.

- Você pode me devolver minha foto? – ele soltou uma risada nasal e assentiu.