Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Anahí

Eu estava tentando sair daquele camarim, mas estava quase impossível, pela quantidade de repórteres e por Taylor me rondando.

- Oi Anie, você estava ótima – ela falou simpática

- Obrigada Tay, mas foi a ultima vez. Só pra ajudar a Lucy – falei guardando as coisas.

- Você leva jeito pra coisa...

- Eu não pertenço a esse lugar. Aqui eu sou um peixe fora d'água.

- Ou um cavalo fora da selva. – ela completou.

- Exatamente... você queria sair de lá de qualquer jeito, ganhar o mundo com sua música, eu só quero voltar pra lá, porque meu mundo é lá. – terminei de guardar tudo.

- Eu...queria ter sido capaz de ter escolhido você. – Ela tocou meu braço – É tarde demais pra nós?

- Eu passei muito tempo me perguntando porque tudo aconteceu. Agora eu entendo que nada acontece sem motivo. Taylor eu te amei, te amei muito, sonhei com uma família com você, uma menina loirinha correndo pela casa, eu a ensinando a cavalgar e você a ensinando a tocar violão e a cantar. Eu realmente queria construir uma família ao seu lado – vi suas lagrimas caindo.

- Ainda podemos – ela falou com a voz embargada.

- Acho que se tivesse aparecido a um ano atrás a gente poderia. Mas eu amo outra pessoa – as lagrimas dela começaram a cair com mais força.

- Eu me arrependi quando...

- Quando o aquele viadinho do Jonas Brother's te chutou? – falei um tanto rude. Por mais que tivesse passado anos, ainda me sentia mal por ela ter me trocado por aquele babaca maconheiro que ainda culpava outras pessoas por isso.

- Eu errei, mas eu to aqui pedindo pra gente voltar e tentar de novo.

- Taylor eu sinto muito – acariciei seu rosto – Mas eu já estou com outra pessoa.

- Quem é ela? – antes que eu pudesse sair dali ela segurou meu braço novamente. Ponderei em realmente contar quem era.

- Dulce María Savinon – falei e ela ficou surpresa

- Dulce? – eu assenti. – Desde quando?

- Há quase um ano. – ela ficou boquiaberta. Ela ficou um tempo parada me olhando – Eu realmente gosto dela.

- Dulce não vai escolher você tendo um cargo de editora em mãos.

- Mas ela disse que ficaria se eu pedisse – Taylor abriu a boca e fechou. Porque na nossa ultima antes do termino, eu pedi para ela ficar comigo e a resposta foi ela simplesmente virar as costas e ir embora. – E ela fez exatamente o contrario do que você fez. Eu preciso ir, ela está me esperando. – soltei meu braço e caminhei para a saída.

Estava saturada já de tantas discussões e confusões, só queria ter paz e eu sabia que só poderia ter paz na fazenda. Todas as vezes que eu estava na cidade minha vida se complicava, tinha autos e baixos terríveis, era quase que uma maldição. Decidi ir tomar um banho rápido antes de ir para a festa.

Quando cheguei na festa, Ucher disse que Dulce tinha ido ao banheiro e eu resolvi ir buscá-la, na verdade não estava afim de festa, queria apenas passar um tempo com ela. E quando cheguei vi aquela cena, aquele desgraçado agarrando Dulce, a minha Dulce, mas o pior de tudo é que era a força. A raiva tomou conta de mim e quando percebi, já estava montada com a mão ensangüentada que ia de encontro varias vezes ao rosto dele. Dulce me tirou de cima dele e pediu pra parar. No inicio eu pensei que ela pudesse estar defendendo ele, mas na verdade ela queria me proteger. Quando saímos de lá, levei ela até o quarto e a levei para o banheiro, depois que terminou de tomar banho nos deitamos na minha cama. Tinhamos que da parte desse desgraçado, mas Dulce estava com medo e envergonhada.

- Eles vão dizer que eu me insinuei pra ele – ela falou chorosa.

- Amor, ele fez algo muito sério. Ele ia ... ele ia... – não conseguia terminar a frase. – Ele ainda te bateu – passei a mão na maçã de seu rosto que estava meio roxa. Ela se aconchegou nos meus braços.

- Ele disse que adorava quando as mulheres se debatiam – ela falou com a voz embargada.

- Isso significa que esse desgraçado já fez isso antes – falei com raiva. – Sei que você ta com medo, receosa, mas você pode colocar esse monstro atrás das grades. – A abracei.

- Eu não sei... E meus pais? O que eles vão falar...

- Dulce – a interrompi – Não haja como se fosse culpa sua, não foi. Você é uma das vitimas de um homem doente, você não tem culpa de nada. – ela começou a chorar novamente e senti meu coração se apertar. – Não importa o que faça, saiba que ficarei ao seu lado até o fim, irei te apoiar e cuidar de você. – dei um beijo no meio dos seus cabelos. Ficamos um tempo abraçadas ali, até que Dulce se mexe.

- Amor, liga pra recepção e pede pra eles chamarem a policia.

Em menos de vinte minutos dois policiais estavam lá batendo a nossa porta. Um dos policiais era uma mulher. Conversamos com ele e não foi algo pesado, eles tentavam nos deixar confortável, principalmente Dulce. Um deles perguntou se eu havia batido no Austin e eu respondi que sim. Ele disse que talvez isso pudesse complicar algumas coisas, por conta dele usar isso para se safar. Então depois de anos, eu vesti minha capa de advogada.

- Eu sou a advogada e vou representá-la em tribunal, caso necessário – ambos abriram os olhos. – Como advogada da Senhorita Savinon quero pedir para vocês abrirem um mandado para pegar as gravações das câmeras de segurança do hotel – Dulce estava de boca aberta. Me virei para o gerente do hotel que estava ali, ele tinha que estar presente, fazia parte do procedimento, afinal aconteceu ali.

- Eu posso liberar as filmagens sem problema nenhum – ele falou com um sotaque francês. Ele retirou o celular do bolso e começou a falar francês.

- Com exame de corpo de delito, quanto tempo vocês levam pra emitirem um mandado? – peguei meu celular em cima do criado mudo.

- Meia hora. – o policial homem falou. – Você vai se representar caso ele te acuse?

- Não, vou ligar para minha advogada – disquei o número da Veronica. Depois de umas três tentativas ela finalmente atendeu.

- Anahí você é a pessoa que mais empata minhas fo/das. – ela parecia irritada.

- Vou precisar que você me acompanhe até a delegacia. – falei somente isso.

- O que aconteceu? – ela parecia nervosa.

- Preciso de uma advogada criminal.

- Certo. Vou colocar uma roupa descente e vou pra lá. Pra qual delegacia você vai? – ouvi ela cochichar com alguém. Deveria ser Lucy.

- Ainda não sei. Estamos esperando umas coisas e assim que a gravação chegar, nós vamos pra lá.

- Então eu vou pra ai. Ai você me explica o que houve.

- Tudo bem – desliguei

Levamos mais meia hora pra irmos para a delegacia. Veronica havia chegado com um terninho e até me surpreendeu. Disse que pegaria o caso de Dulce também e eu achei melhor assim. Três viaturas foram para o hotel, enquanto nós ficamos esperando. Os policiais disseram que ele já tinham uma passagem na policia por assedio sexual. Dulce só me largou para fazer o exame de corpo e delito. Mas mesmo assim pediu para entrar com ela.

No fim de tudo voltamos para o meu quarto de hotel e ficamos aguardando as noticias da policia sobre a prisão de Austin, os policiais não haviam o encontrado no hotel. Mas eles disseram que colocariam policiais nas fronteiras.

- Você está bem? – perguntei para Dulce assim que entramos no quarto. Ela balançou afirmando.

- Eu falo com vocês caso os policiais entrem em contato. – Vero falou pegando sua mala.  – Vou para o quarto da Lucy, ela deve estar subindo pelas paredes – Acho que a ultima parte não era pra gente ouvir. Dulce deu uma risadinha e eu a segui. – O que é verdade. – ela abriu os braços – á é a segunda vez que Anahí empata a gente.

- Pode ir, prometo que Anahí não vai atrapalhar – Dulce falou.

- Eu vou mesmo, mas vou ser rápida, porque daqui a pouco to casando e ainda nem consegui transar – Vero terminou de arrumar a mala e eu levantei o rosto

- Casar? – falei rindo.

- É só maneira de falar. – Ela tentou enrolar.

- Aham, sei, não tem problema querer casar com a Lucy.

- Tem sim, porque ela não quer casar, ela só quer curti – Veronica falou.

- Dá um tempo a ela. – ia me levantar, mas Vero fez sinal pra ela ficar deitada.

- Isso é assunto pra outro dia – ela saiu arrastando a mala – Boa noite meninas. – Veronica saiu do quarto.

- Elas estão tendo problemas antes mesmo de começar – Dulce falou.

- Lucy esteve num relacionamento por anos. Acho que ela não vai querer um relacionamento agora. – falei pensativa.

- Eu também não queria relacionamento. E quando eu quis parecia que a pessoa que estava comigo não queria da um passo a mais – Dulce falou com a voz abafada porque estava com a boca encostada no meu pescoço. EU sabia que ela estava falando de nós – Ai tudo começou a se complicar e eu acabei magoando a pessoa que eu amo. Ai nós duas nos magoamos e no fim, ainda quero um relacionamento com ela, mas não sei como vai ser, porque nós somos de mundos diferentes e completamente diferentes, com apenas nosso amor em comum – eu fiquei sem resposta, porque realmente era isso que acontecia. Éramos duas pessoas diferentes, tentando ficar juntas porque era o que nosso coração queria.