Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

Meninas têm, Capítulo com música pra vcs...

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POV Dulce

No dia seguinte Anahí deixou minha casa, sem nenhuma explicação. Eu fiquei aguardando ela voltar para casa, olhava o relógio diversas vezes, pensei até em ligar para ela, mas no fim desisti. Hoje completavam dois dias que ela havia saído de casa. E a única coisa que passava em minha cabeça era que Anahí havia desistido de nós. Talvez eu a tenha pressionado demais, mas se ela estivesse no meu lugar, ela com certeza iria querer uma prova real de que as coisas mudariam. Eu a amava, mas isso não significava que iria aceitar as coisas tão facilmente, amar a ela não significa que eu não possua amor próprio, mesmo que ficando longe dela, seja uma tortura também.

- Estou falando com você. – Senti algo me acertar.

- O que? – Revirei os olhos.

- O que você daquele restaurante que fomos jantar no outro dia?

- Maitê te levei para jantar em diversos restaurantes, seja direta.

- Aquele medieval, que podemos usar as roupas e comer com as mãos.

- Ela não é fresca é? – Maitê parecia ter ficado irritada com o que eu falei. – Não me leve a mal Mai, você disse que ela era modelo, geralmente elas são chatas para comer e tem 'nojinho' – fiz aspas com os dedos.

- Ela não é assim. Eu até me surpreendo com ela, sabe o que ela sente mais saudade do Texas? Asinha de frango. – Eu soltei uma risada.

- Leve ela nesse restaurante, ela vai adorar.

- Você pode fazer a reserva para mim? – Maitê foi até a sala, provavelmente buscar o telefone de casa.

- Faço.

Depois de fazer as reservas para maite. Ela tentou entrar no assunto sobre Anahí, mas eu mudei logo. Eu não queria falar sobre ela, porque só de pensar, vinha logo a idéia de que eu havia feito Anahí desistir.

- Dul... até eu quero saber, onde vocês erraram?

- Mai... – Eu praticamente supliquei a ela.

- Foi quando vocês iniciaram um relacionamento a distancia?

- Maitê eu a amo e eu sei que ela me ama, mesmo nosso relacionamento não sendo tradicional, não significa que foi um erro.

- Então onde vocês erraram?

- Nosso relacionamento a distancia era bom, porque estávamos onde queríamos estar, mas mesmo assim estávamos juntas.

- E...? – Maitê gesticulou.

- Nenhuma de nós estava disposta a abrir mão das suas coisas.

- Mas você abriu, decidiu ficar na fazenda.

- Mas o sacrifício só veio da minha parte entende. Anahí em nenhum momento pensou em morar aqui comigo ou simplesmente sugerir morar em outra cidade que fosse próxima a sua fazenda, para que eu pudesse a continuar a trabalhar como jornalista.

- Tipo Miami?

- Isso. Eu entendo que viajar sempre poderia ser cansativo, mas a gente poderia se adaptar e passar mais tempo próximas sabe?

- E por que você não disse isso logo a ela?

- Porque é muito fácil eu apontar algo e ela dizer que vai mudar, sem nem ao menos refletir, só porque ela me quer de volta.

- Realmente eu concordo com seu ponto de vista, mas você não disse que ela havia pedido desculpas por ter te 'pressionado' – Maitê  fez aspas com os dedos. – Depois de tudo que ela passou.

- Sim, mas nesse meio tempo, ela nem se quer conversou sobre como iríamos ficar. Maitê  se eu aceitasse ela de volta, como seriam as coisas? Anahí foi maravilhosa, fez coisas lindas, admito que eu queria fazer amor com ela naquela noite que ela passou aqui, mas eu não quero mais namoro a distancia, eu quero uma solução para que a gente passe mais tempo próxima uma da outra e não é só porque eu larguei meu emprego, que eu devo morar na fazenda, não é assim, um relacionamento deveria ser uma via de mão dupla e parece que não está sendo assim.

- Dul, você deveria conversar abertamente com ela.

- Como? Ela sumiu, foi embora. E sabe o pior, é que eu não paro de me culpar por isso. – Coloquei as mãos no rosto.

- Ei calma, algo me diz que ela vai aparecer, só está tirando um tempo para pensar.

- Ela estava machucada Maitê, ela saiu daqui machucada e se ela continuar sangrando? Anahí é muito infantil quando se trata de algumas coisas, não cuida direito da saúde, se acha o super homem. Eu quero dar um soco na cara dela, por ela ter sumido assim.

- Eu posso usar o bastão de novo.

- Não! Coitada da minha Ani, você destruiu ela. – Maitê riu e eu ri junto.

- Muita gente que diz que devemos aceitar tudo por amor, mas isso não é verdade. Eu sinceramente concordo com você, sempre concordei, mas não deixa o ressentimento pelo o que ela fez com você antes, fazer com que você complique mais as coisas. Se você só arrumar problemas, vocês nunca vão conseguir encontrar uma solução.

Maitê estava certa, talvez eu estivesse dificultando as coisas demais para Anahí. Fiquei ali na sala deitada e eu só percebi que Maitê ia sair, porque ela me deu um beijo na testa e disse que tudo iria se resolver, com um sorriso amoroso. Fiquei deitada por um tempo. O céu ainda não estava escuro, mas já passavam das cinco, logo começaria a escurecer. Ouvi música tocar do lado de fora de casa e uma pequena movimentação, logo depois a campainha tocar. Anahí estava lá na minha porta, com um sorriso discreto e do outro lado da rua, numa calçada mais larga, estava nada mais, nada menos que Anavitoria. Anahí  andou rapidamente. Elas começaram a tocar Cor de Marte. Uma das minhas músicas preferidas. Olhei surpresa para Anahí. (Dêem Play na música)

"Você deveria buscar um casaco grosso, está muito frio hoje a noite" – Ela escreveu em um dos cartazes. Eu apenas puxei o casaco grosso do cabideiro que ficava ao lado da porta. Anahí trocou de cartaz.

"Candy... se lembra do nosso primeiro beijo?" – Anahí trocou o cartaz

"Eu cantei Lacth para você, porque você realmente havia me prendido a você"

"Naquele dia eu me tornei sua, meu lado bom e infelizmente o meu pior lado também"

"Eu não queria deixar você escapar."

"Depois passamos por muitos acontecimentos, mas eu não mudaria nenhum deles, nem mesmo 'aquele'..." – Eu sabia exatamente o que ela estava falando.

"Ele nos tornou mais fortes, mesmo na época eu sendo cruel e agindo como uma completa idiota com você"

"Foram três anos juntas..."

"E só Deus e nós duas sabemos o que passamos. Saudades, compromissos, alguns problemas de comunicação e ciúmes, muitos ciúmes" – Eu ri daquela ultima parte, causando um riso em Anahí também.

"Mas mesmo por trás de um computar, quando eu via seu sorrido, meu inverno virava verão e os dias de chuva se tornavam lindos e poéticos, mesmo que estivesse com frio, seu sorriso me aquecia." – Eu estava me segurando para não chorar.

"E quando finalmente tivemos a chance de ficarmos juntas, eu te deixei escapar." – Ela desviou rapidamente o olhar. Quando eu fui percebendo, a rua estava ficando cheia, por conta da banda, mas a maioria delas estavam prestando atenção em nós.

"Mas hoje eu entendo, o porquê de tudo ter acontecido e sim... eu não descobri onde erramos, mas eu descobri onde eu errei. As decisões precisam ser tomadas medindo se ambas as partes estão feliz e eu acabei sendo egoísta, achando que sua felicidade era onde eu estava..."

"Mas isso é algo que teremos que conversar melhor, se você me disser ACEITO" – Quando Anahí se ajoelhou e pegou a aliança, eu não consegui segurar as lágrimas.

- Candy... Eu não posso prometer que todos os dias serão de verão, que iremos rir todos os dias, que todos os dias serão felizes, mas isso não significa que não vai haver amor, carinho, companheirismo e respeito entre nós, não significa que deixarei de ficar do seu lado quando precisar. – A música parou e todos ficaram em silencio. – Dulce María Savinon, você quer, pelo amor de Deus diz que sim, se casar comigo? – Eu limpei minhas lagrimas.

- Eu não sei... – Todos riram

- Candy! – Ela se levantou e eu pulei nos seus braços. Fazendo-a cair no chão comigo.

- Sim! Sim! Um milhão de vezes.

- ELA DISSE SIM, UM MILHÃO DE VEZES. – Anahí falou alto e todo mundo começou a aplaudir. Nos levantamos do chão e eu lhe dei um longo selinho. Pude notar os olhos de Anahí super vermelhos. – A surpresa ainda não acabou. – Ela piscou para mim e se afastou.

- Senhoras e Senhores, com vocês, nossa amiga, Anahí Portilla – Ana, uma das vocalista da banda deu espaço para Anahí. As pessoas aplaudiram.

You lift my heart up when the rest of me is down,

You, you enchant me even when you're not around...

Anahí iniciou a música e junto com a banda. Algumas pessoas foram saindo do meio da multidão, todas elas estavam com uma rosa na mão e elas foram entregando. Pude notar que em cada rosa, parecia ter um pequeno papel preso no caule. Admito que as rosas eram mais do que eu poderia segurar, então Ana e vitória as vocalistas da banda, depois de me darem um abraço e me parabenizar, me ajudou a segurar as rosas, enquanto eu assistia Anahí cantando. Quando a música chegou ao fim, Anahí veio andando até mim com aquele sorriso lindo, as demais pessoas estavam com toucas para se proteger do frio, mas minha Anahí não, minha Anie estava com aquele chapéu de jeca horrível e suas benditas botas de cowboy. Acabei colocando todas as rosas em cima de Ana e corri na direção de Anahí, pulando mais uma vez em seus braços, sendo que dessa vez, ela não caiu.

- Eu te amo... eu te amo muito. – Falei no seu ouvido.

- Eu te amo Dulce, mesmo muitas vezes agindo como uma idiota, eu te amo. – Anahí falou me abraçando apertado. – Eu prometo que dessa vez não te deixarei escapar, nunca mais. - Eu não sabia do futuro, mas meu coração sabia que era verdade e isso bastava para mim.