Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Dulce

Estava correndo por uma campina, era tão verde que chegava a machucar os olhos, mas aquilo não me incomodava, porque sentia uma súbita felicidade em meu peito. A paisagem linda de flores coloridas ao redor, passava como borrões pelos meus olhos. Sentia minhas bochechas doerem, mas sabia que era por conta do largo sorriso que estava em meu rosto. Num determinado momento senti o cansaço me vencer e me joguei no chão de braços abertos, encarando o céu azul, com algumas nuvens brancas e o sol bem brilhante. Minha barriga estava doendo, as risadas não pararam, mesmo com meu cansaço. Alguns minutos depois ouvi mais passos, eram rápidos, bem rápidos por sinal.

- Ali está ela. – Uma voz estridente e infantil falou. Os passos foram se aproximando e quando virei a cabeça, meu sorriso, se possível, se alargou ainda mais. Uma menina de longos cabelos castanhos, pele branquinha e olhos tão azuis quanto aquela campina, se fez presente. – MAMÃEE! – ela gritou. Suas pernas eram pequenas, mas eram rápidas. Quando se aproximou de mim, não fez cerimônia em pular na minha barriga. – Eu venci, eu achei você...

- Você venceu minha linda. – Segurei seus bracinhos, a puxei para mais perto e a enchi de beijos. Eu estava tão feliz.

- Para mamãe... você está fazendo cócegas... – Ela gargalhava.

- Eu ouvi cócegas. – E como se fosse possível o dia havia ficado ainda mais feliz. Anahí apareceu, com o rosto vermelho e cabelos esvoaçantes. Se sentou ao nosso lado e começou a fazer cocegas em nossa pequena.

- Para mamãe Ani... para... – A pequena nem tinha fôlego para pedir.

- Tudo vou parar... mas só se você ficar do meu lado para fazermos cócegas na mamãe Candy.

- SIIM! – Minha pequena gritou. As duas me atacaram.

Comecei a sentir algo molhado no meu rosto. Passei a mão para tentar afastar. Eu queria voltar para o sonho, estava muito bom.

- Candy... acorda amor. – Ouvi a voz manhosa de Anahí no meu ouvido.

- Hummm... – Resmunguei e me virei.

- Para de ser dorminhoca, eu fiz seu café da manhã.

- Eu quero voltar para o sonho. – Eu ainda tinha esperanças de voltar a sonhar com aquele momento maravilhoso.

- Que sonho? – Ela me abraçou por trás. Eu não iria conseguir mais dormir, ainda mais porque​ Anahi deveria estar entediada. Esse era um dos principais motivos para ela me acordado. Me virei na cama sorrindo e capturei seus lábios, num beijo casto e cheio de carinho.

- Nossa filha. – Os olhos de Anahí se arregalaram e depois que a surpresa passou, ela sorriu lindamente.

- Como ela era?

- Ela parecia com você. Tinha seus olhos. – Passei a mão por seu rosto. – Era tão linda. – Senti meus olhos arderem. Eu queria tanto que aquele sonho fosse real. – Eu quero que aquele sonho seja real Anahí.

- E será meu amor. – Ela deu um beijo na minha testa. – Você só tem vinte e seis anos, ainda temos tempo para termos filhos. – Eu desci minhas mãos até minha barriga. Por mais que antes eu achasse Anahí louca por estar planejando ter 13 filhos, eu realmente achava lindo o fato dela planejar o nosso futuro.

- Eu sei, mas... eu acho que é meu instinto materno.

- Eu vou amar ter um bebê com você, mas não quero fazer isso sem antes estar casada. – Ela me deu um longo selinho. – Eu quero que você seja mãe dos meus filhos, mas eu primeiro quero que seja minha esposa. – Ela colocou suas mãos por cima da minha. – Tudo bem?

- Sim. – Puxei seu rosto para beijá-la mais uma vez. – Eu amo você.

- Eu também te amo. – Ela aprofundou o beijo, fazendo sua língua tocar gentilmente a minha. Anahí logo começou a explorar todos os cantos da minha boca sem nenhum pudor. Suas mãos desceram para minhas coxas e apertaram.

- Humm.. – soltei um gemido baixo. – Pensei que tinha preparado o café o da manhã.

- Sim... – Mordi seu lábio inferior e suguei. – humm... mas antes você de comer, vou te da uma comida. – Anahí era a rainha dos trocadilhos e apelidos, para a hora do sexo, ruins. Eu cai na gargalhada com aquele trocadilho e ela ficou me olhando com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Ahh Anahi... acabou com o clima. – Ela saiu de cima de mim e se sentou ao meu lado. – Ah ta chateadinha. – Me sentei na cama também.

- Eu queria fazer amor com você. – Ela fez um biquinho tão fofo.

- Eu também, mas depois daquele trocadilho, eu não ia conseguir parar de rir.

- Você é uma péssima noiva. – Ela saiu da cama e pegou a bandeja. Quando virou ela estava rindo. – Espero que goste.

- Hummm... que bandeja bonita, tem até uma rosa. – Ela colocou na cama e sentou ao meu lado novamente. – Nem parece que foi uma caipira quem preparou.

- Você adora meu lado caipira, acho que foi isso que te conquistou.

- Ah pode ter certeza que sim. – Nos beijamos novamente, mas foi bem rápido. – Me acompanha?

- Claro. – Ela se sentou ao meu lado e começamos a comer.

Naquele dia, Emma decidiu sair com Maitê e Zoe. Maitê queria a opinião de Emma sobre a Zoe. Nem Maitê sabia que Zoe era uma PhD e quando descobriu ficou surpresa. Quando eu fiquei a sós com ela a única coisa que eu disse foi "não a deixe escapar", afinal Zoe era o tipo de mulher que não se achava em qualquer lugar. Anahí estava sentada no sofá da sala com meu notebook no colo.

- Mããããeee... – Anahí choramingou. – Eu estou me alimentando bem, Dulce o tempo inteiro fica me empurrando comida. Eu já devo estar com uns dez quilos a mais. – Tia Mari quando soube da noticia que nós reatamos, ficou super feliz, chegou até a fazer uma dancinha.

- Eu não posso evitar, você é muito irresponsável. – Tia Mari falou.

- Eu sei mãe, mas eu estou bem.

- Oi tia. – Me sentei no colo de Anahí e acenei para ela.

- Oi querida, como você está? Anahí está te tratando bem?

- Que pergunta é essa mãe?

- Não tia, ela é muito teimosa, adora pular refeições, acho que quando ela for para a fazendo você deveria puxar a orelha dela.

- Que isso? Você está contra mim agora? – Anahí falou surpresa.

- Eu sabia. – Tia Mari falou.

- É mentira mãe, Dulce quer me dar comida de cinco em cinco minutos. – Anahí tentou se defender.

- Ela não gosta de verduras e nem de legumes.

- Eu prefiro carne. – Anahí falou.

- Se ela não comer legumes, negue sexo a ela, que ela irá comer. – Eu admito que fiquei surpresa com que minha tia disse, mas logo depois cai na gargalhada. Anahí estava estática, olhando para a tela do computador.

- Mãe, você não pode falar essas coisas, pais não transam. – Anahí parecia uma criança falando.

- Claro que transam, acha que você foi concebida como?

- Oh meu Deus. Tchau mãe! – Ela fechou meu notebook. – Isso nunca mais vai sair da minha cabeça, acho que estou traumatizada.

- Todo mundo transa Anie. – Dei um sorrisinho e sai do seu colo.

- Você é muito má Dulce Savinon, muito má. – Ela semi serrou os olhos e me encarou.

Depois ficamos na sala assistindo a alguns filmes antigos abraçadinhas. Depois de um certo tempo comecei a notar que Anahi parecia um pouco inquieta. Me virei para lhe encarar e ela estava séria.

- Aconteceu alguma coisa amor? – Perguntei preocupada.

- Na semana que vem nós vamos viajar para Miami. – Eu assenti e ela passou a mão no cabelo, algo que denunciava que estava nervosa. – Acho que quando tomamos a decisão de morar lá, não pensamos em certos detalhes.

- Você não quer mais morar lá?

- Não é isso amor, é que... – Ela engoliu a seco. – Seus pais moram em Miami.

- Sim, você acha que meus pais vão ser um empecilho na nossa vida?

- Não... não... é que... Sua irmã mora com eles amor, ela mora em Miami também. – Eu realmente não havia pensando naquele fator. Cláudia morava em Miami e uma hora ou outra, nós três ficaríamos frente a frente e o que aconteceu na fazenda, acabaria voltando a tona.