Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Anahí

Minhas mãos suavam, minha garganta estava seca e meu coração batia tão rápido que parecia mais uma bateria no show de rock. Eu não esperava que tia Blanca fosse tão direta assim. Bebi os dois copos de sucos que estavam em cima da mesa em menos de um minuto. Pigarreei e tomei fôlego, como se fosse mergulhar.

- Eu não trai fisicamente a Dulce. – Foi a única coisa que consegui dizer. Dulce colocou os copos em cima da mesa e veio para o meu lado.

- Não precisa...

- Deixe-a falar. – tia Blanca falou.

- Não mãe! Você está tentando deixar Anahí constrangida.

- Calma amor! – Falei baixo. – Sua mãe está certa, eu causei tudo isso, então eu tenho que resolver.

Eu fiquei um tempo em silencio. Eu não fugia da minha culpa, sabia que tinha errado e desde o momento que admiti isso para mim, não menti, nem fingi que não fui culpada. Passei as mãos no cabelo e o joguei para trás.

- Blanca, eu jamais tentei fugir da minha responsabilidade. Eu posso ter demorado para procurar Dulce e pedir desculpas, mas tive meus motivos por isso. Eu errei ao deixar Claudia se aproximar de mim, acabei dando esperanças para ela, mas em momento algum trai sua filha. Não nesse sentido. Eu a trai quando fiz a promessa de que a trataria bem e acabei indo contra meus próprios princípios e ferindo o amor da minha vida.

- Eu não te acho boa o suficiente para minha filha. – tia Blanca foi direta.

- Mamãe! – Dulce tentou repreendê-la.

- Todos os dias eu acordo e a vejo dormindo ao meu lado,
acredite eu também não me acho boa suficiente para ela. Todos os dias eu penso em como a feri e como destrui nosso relacionamento de 3 anos. Eu já me sinto mal o suficiente por isso...

- Ani... – Dulce segurou minha mão, mas eu pedi com o olhar para ela me deixar falar.

- Erros são dolorosos, mas foi apenas por causa deles que eu descobri quem eu era. – Soltei um suspiro. – E descobri a coisa mais valiosa da minha vida é a minha família. – Apertei a mão de Dulce. – Camila é a minha família.

- Então você vai abandonar sua mãe?

- O que? Não! – Falei surpresa. – Minha mãe é minha família... o que eu quis dizer...é que... Dulce é minha mulher.

- Ta bom, já chega. – Dulce falou. – Mãe se você não acha anahir boa o suficiente para mim, não temos mais nada o que fazer aqui.

- Candy... – Tentei acalmá-la. – Blanca, Fernando, eu cometi um erro... um grande erro... mas estou tentando, de verdade, consertar as coisas, viver os planos que fizemos... ter filhos, se ela quiser... viver numa casa com jardim no subúrbio de Miami, se ela quiser. O fato é que eu quero Dulce do meu lado, para sempre, não vou dizer que nunca mais vou errar, mas vou me esforçar ao máximo para fazê-la feliz.

- Eu sei que vai. – Dulce deu um beijo na minha mão.

- Eu sou mãe Anahí, realmente não fico contente com essa situação, mas é Dulce quem decide e o que eu posso fazer é aceitar. – tia Blanca se levantou do sofá e foi para a cozinha.

- Pai você pode nos levar para o hotel do centro...

- Não! – Cortei Dulce. – Converse com sua mãe. Sei que se você estivesse no lugar dela faria pior e sei que eu faria pior também. – Dei um rápido beijo na sua testa e Dulce se levantou do sofá indo atrás da mãe.

Tio Fernando, e eu ficamos em silencio. Ele estava lá, mas em momento nenhum havia se manifestado. Eu juro que fiquei esperando um soco, mas ele pegou apenas um pedaço da sobremesa e comeu. Comecei a tamborilar os dedos no sofá. Estava nervosa e não tinha como esconder.

- Por favor, me da um soco e acaba logo com isso. – Eu pedi para meu tio.

- Eu não vou te socar, até porque você parece sofrer mais com meu olhar. – Ele sorriu. Soltei um suspiro. – Anahí eu li em algum lugar que não basta ser perdoado, mas tem que se perdoar.

- Eu sei senhor, mas eu não consigo... Minha terapeuta disse isso... Ela disse que preciso me perdoar, mas saber que causei grande dor em Dulce me afeta também. Eu fico calada tentando deixar pra lá, mas isso não quer dizer que não me atinja ou que não me importe. – Abaixei a cabeça. – Todo o santo dia esse assunto é jogado na minha cara, não de maneira direta, mas indiretamente... não que seja a Dulce, mas parece que as pessoas ao redor fazem isso... Essas pessoas nem se quer me conhecem...

- Eu te entendo. – meu tio falou. – Eu passei por isso Anahí...

- Quer dizer que você...

- Quero dizer que eu cometi um erro... que todos me julgaram como te julgaram... Foi uma das piores épocas da minha vida e eu não conseguia superar, mesmo depois de ser perdoado, eu ainda me sentia culpado, sujo, julgado. – tio Fernando colocou o prato em cima da mesa. – Eu pedi o divorcio, porque não conseguia me perdoar...

- E como superou?

- Não superei... Apenas aceitei que sou humano e posso errar. Eu aprendi com meu erro Anahí, e o levo como experiência, nunca pensei que um dia fosse conversar sobre isso com alguém, ainda mais com minha sobrinha e supostamente minha nora, mas acredito que tudo na vida aconteça por um motivo e se aconteceu com você, talvez seja para te mostrar que por mais lindo que pareça ser o amor, ele é frágil e precisa ser cuidado. Sua tia não quer que Dulce passe o que ela passou, eu também não quero, mas diferente dela, eu já estive do outro lado e sei como é. Por isso... não jogue fora o amor da minha filha, faça valer a pena, porque Dulce está tentando fazer, posso ver isso nos olhos dela.

- Muito obrigada tio, eu realmente... muito obrigada. – Eu apertei a mão dele e me levantei do sofá. – Eu vou respirar um pouco de ar fresco. – Ele assentiu e eu sai da casa.

Em muitos momentos eu senti falta do meu pai. Ele sempre foi um homem forte, de palavra e de bom coração. Não era perfeito, um pouco ignorante as vezes, mas ele saberia o que falar. Ele sempre soube. Eu sentia muita falta dele, muita mesmo, ele era meu melhor amigo. Diversas vezes éramos os primeiros a acordar e ficamos sentados olhando para o céu clarear, ele me perguntava sobre minha vida e eu contava. Eu nunca fui boa em lidar com a perda, mas das duas primeiras vezes que perdi pessoas importantes, tanto no sentido de morte, como termino de relacionamento, meu pai estava lá, me dando tapinhas nas costas e me colocando para capinar. Hoje eu entendo o porquê dele me fazer capinar. Era mais do que trabalho braçal, era uma forma de extravasar.

"Que saudade de capinar com você pai" – Olhei para o céu.

Peguei meu celular e disquei para minha mãe. Eu sentia saudade dela, mesmo ela sempre implicando comigo e falando aquelas coisas com Dulce.

- Oi mãe. – Falei assim que ela atendeu.

- Aconteceu alguma coisa Anahí? – Ela perguntou preocupada.

- Não, só estava com saudades da sua voz. – Soltei uma breve risada nasal.

- Eu também estou com saudades de você bebê. – Eu sempre odiei esse apelido, mas hoje eu não me importava com o apelido, porque hoje eu não me importava em ser o bebê dela. – Como estão as coisas com Dulce?

- Estão muito bem.

- Então o que aconteceu?

- Estou com saudade do papai. – Falei um pouco mais baixo.

- Anahí? – Ouvi a voz desesperada de Dulce e a vi abrir a porta. Ela correu em minha direção e pulou, literalmente, em mim. Dei três passos para trás, mas logo me mantive firme.

- O que houve? – Perguntei preocupada.

- Eu pensei... que... você tivesse desistido de nós.

- Por que eu faria isso? – A abracei um pouco mais forte.

- Eu só achei que tinha se cansado...

- Seu coração é meu lar, eu não posso ir embora e não quero ir. – Beijei sua bochecha. – Opa... minha mãe está no celular. – Voltei a colocar o celular no ouvido. – Mãe eu vou precisar desligar, mas te ligo quando chegar no hotel.

- Tudo bem, bebê. – Nós duas rimos e eu desliguei o celular.

- Acontece algo com a tia Mari? – Era engraçado mesmo depois de todos esses anos, Dulce chamar minha mãe de tia. Não que eu não chame os pais dela da mesma forma, mas Dulce era muito mais ligada a minha mãe, do que eu com os pais dela.

- Só liguei para dizer que estava com saudade.

- Eu também estou com saudades e você nem me deixou falar com ela. – Dulce fez biquinho.

- Depois você mata saudade dela. – Dei um rápido selinho nela. – Agora quero matar a saudade de você.

- Você vai matar saudade de mim, mas só quando chegarmos no hotel. – Dulce saiu dos meus braços.

- Ah qual é! – Ela riu sapeca e correu para entrada da casa. – No hotel você não me escapa. – Falei mais alto.

- Espero mesmo que você não me deixe escapar. – Ela sorriu com a língua entre os dentes e entrou dentro da casa. Dulce era meu oposto em muitos aspectos, mas era a minha combinação perfeita na cama. Os oposto se atraem e algumas vezes se complementam.

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GABRIELA ALMEIDA : Eu tbm, quero ver o que raios irá acontecer kkkkkkk, Blanca colocou a loira na parede em ahahahahahah. bjs linda

DUDA KAKIMOTO : Sim, sim vcs super dariam super bem juntas hahahahahaha....
eu sou foda mesmo, somos fodasticas, kkkkkkk juntas seríamos uma dupla incrível. kkkkk eu e minha modesta kkkkkk.
esse é o jantar pra loira ... NEM ME LEMBRE DE JUÍZ. CARA ELE AINDA ESTÁ, ENTALADO VELHO....MAS FAZER O QUE. AMANHA EU DETONO DE NOVO. KKKKKK SOU FODA.... BJS LINDA.....