Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Dulce

Três dias depois de Anahí ir embora comemoramos o aniversário da minha mãe. Eu gostava de ficar perto da minha família, mas eu sentia muita falta de Anahí. Por mais que fosse um relacionamento a distância, passamos praticamente três anos nos falando todos os dias, mesmo que por mensagem.

- Dul, você já pensou no vestido e essas coisas? - Claudia perguntou.

- Ainda não, por quê?

- Queria saber, já que você deve conhecer diversos estilistas famosos.

- Conheço, mas não sei ainda se vou usar um desses. Anahí e eu planejamos de fazer algo simples.

- Simples como, tipo um casamento na fazenda?

- Exato.

- Nossa, Anahí é rica e você vai fazer um casamento na fazenda?

- Sim. Queremos algo simples e apenas para as pessoas próximas. - Dei de ombros.

- Do que estão falando? - Minha mãe apareceu.

- O casamento da Dul e o fato dela não querer um festão. - Claudia explicou e eh Revirei os olhos.

- Não vejo problema nenhum ser algo simples. Seu pai e eu nos casamos assim.

- Viu mamãe entende. - Falei terminando de folhear a revista.

O assunto morreu ali, Claudia recebeu uma ligação qualquer e saiu praticamente quase que correndo. Eu realmenre esperava que não fosse aquele homem casado com quem ela estava saindo.

- Como Anahí está? - Minha mãe me perguntou.

- Bem. Ela tem trabalhado bastante na fazenda. - Estava folheando algumas revista de design de interiores. - Sem contar que ela está resolvendo sobre algumas do meu novo escritório.

- Parece bem ocupada.

- Sim, parece que alguns peões pegaram gripe e ela está tendo que tocar o gado junto com os outros, sem contar no aras. Acho que ela vai contratar pessoas da cidade vizinha. - Soltei um suspiro, só de pensar para mim já era cansativo, imagine fazer.

- Quando pretende ir para a fazenda atrás dela? – Abaixei a revista.

- Eu disse que passaria um tempo com vocês.

- Faz alguns dias que Anahí foi embora e você já estava chorando com ela no telefone.

- Eu estou passando por uma fase difícil e meus hormônios não ajudam.

- Você nem entrou nos trinta e a não ser que esteja grávida, não pode usar essa desculpa de hormônios. – Minha mãe revirou os olhos. – Eu te amo, Dul. Amo quando está em casa, mas sei que aqui não é seu lugar – Minha mãe soltou um suspiro. –, seu lugar é com Anahí, faça logo essas benditas malas que eu te levo para o aeroporto.

- Mamãe...

- Só prometa que voltará para o natal.

- Trarei tia Mari e alguns amigos.

- Vou adorar ter a casa cheia. – Minha mãe me deu um abraço forte.

- Mamãe, eu não preciso ir.

- Filha você cresceu tão rápido, se tornou responsável e foi embora. Eu as vezes me pergunto se você me achou uma boa mãe e foi embora porque é isso que os filhos fazem ou me achou uma péssima mãe e por isso quer manter distancia. – Minha mãe tinha lagrimas nos olhos.

- Você foi a melhor mãe do mundo. – Segurei seu rosto com minhas mãos. – Se não fosse você e o papai acreditando em mim, eu jamais chegaria a lugar nenhum. Eu sou o que sou hoje por causa de vocês. – Abracei fortemente minha mãe. – Promete que vai me visitar mais vezes na fazenda? – Ela assentiu. – É melhor ir mesmo, porque eu vou precisar de ajuda com seus doze netos... não quero dizer... treze. – Minha mãe soltou uma gargalhada.

- Quando tiver a primeira, se ela puxar a você não vai pensar em ter mais nenhuma.

- MAMÃE – Falei indignada.

- Você é meu bebê, mas era levada. Se Anahí fizer qualquer coisa, saiba que pode voltar para casa a hora que quiser, não hesite em nos procurar.

- Pode deixar mãe. – Eu soltei um suspiro. – Eu acredito de verdade que Anahí está diferente e... – Eu sabia que não deveria contar aquilo para minha mãe, mas talvez aquilo a fizesse pegar mais leve com Anahí. – Anahí está fazendo terapia.

- Terapia?

- Anahí está se consultando com um psiquiatra, ela tem um transtorno que foi evoluindo com os anos, desde que ela viu a avó falecer. Ela não usa a doença dela como desculpa e me conquistou sem nem ao menos me contar sobre ela, isso mostra como Anahí é um ser humano adorável, ela poderia tentar usar isso como desculpa e sei lá, amenizar a situação, mas ela decidiu apenas lutar com as armas que tinha, ignorando isso.

- Dul, eu não tenho nada diretamente com Anahí. Admito que quando soube de vocês duas eu fiquei surpresa, mas feliz ao mesmo tempo. Marichelo e Enrique sempre foram pessoas de bem e sabia que Anahí não seria diferente, mas eu sou mãe e vou sempre te defender com unhas e dentes. Por minhas filhas eu viro uma leoa, sem pensar duas vezes. Quando você for mãe, vai entender o que eu digo. – Minha mãe beijou minha testa.

Em menos de oito horas eu já estava no carro a caminho da nossa casa. Eu desliguei o celular, queria fazer uma surpresa para minha loira. Um clarão cortou o céu e era um relâmpago, mas não ouvi barulho nenhum. Decidi dirigir um pouco mais rápido, porque daqui a pouco a chuva ia começar a cair e eu ainda estava no meio do caminho. Eu fui tomando cuidado, pois Anahí me disse que uma vez, uma vaca surgiu do nada e fez um carro sair da estrada e o motorista quase morrer. De longe avistei a fazenda da tia Mari. Então eu estava perto. Parei no portão de entrada que estava fechado e tive que descer do carro para abrir. Passei e depois voltei para fechar.

- Fazenda Portilla. – Li em voz alta o nome na placa ao lado da caixa de correios. Quando me casasse com Anahí provavelmente todos daquela cidadezinha iriam me conhecer como Dulce Portilla, a esposa de Anahí. Eu gostava de ser chamada de senhora Portilla, era por isso que sempre ia fazer compras com o cartão de Anahí, era algo tão simples, mas que me deixava muito feliz. Parei o carro alugado um pouco antes da fazenda e decidi ir o resto do caminho a pé. Ucher foi o primeiro a me ver. Harry estava cortando lenha e Ucher... Ucher estava apreciando a vista, posso assim dizer.

- Dul! – meu amigo gritou.

- Shii, quero fazer surpresa para Anahí. – Ele me abraçou forte e eu senti um volume. – Estava com saudades sapa de salto.

- Eu também senti saudades, mas não fique me abraçando assim quando estiver excitado, é nojento. – Me afastei dele e nós dois rimos.

- Tem como não ficar excitado com aquele macho todo suado, segurando um machado grande daqueles? – Fiz uma careta e ele fez uma pose de indignado. – Esqueci que você prefere ostras a salsicha.

- Prefiro mesmo. Onde está minha mulher?

- Humm mulher. – Ele debochou. – Essas lésbicas são tão possessivas, tenho até medo.

- Sério, onde Anahí está? Queria fazer uma surpresa para ela.

- Vai ficar nua enrolada no papel celofane com um copo de marguerita?

- Não! A parte do nua talvez, mas só nua mesmo.

- Ela está na casa, não saiu de lá o dia todo.

- Parece que vou ter que fazer a surpresa do jeito tradicional, com roupas. – Nós dois rimos. – Depois eu passo lá para dar um beijo em Ellie, estou morrendo de saudades dela.

- Passa sim, vou preparar alguns biscoitos, mas antes... vou da assediar meu vaqueiro gostoso. – Eu ri quando ele saiu correndo para perto do Harry.

Harry me viu depois e eu apenas acenei para ele, afinal Ucher estava agarrado a ele, quase tirando sua roupa. Andei rapidamente até em casa. Como sempre a porta estava aberta, Anahí não trancava a porta, se não era eu para ir até ela e trancar, a porta dormia aberta e por mais que nós vivêssemos numa fazenda longe de muitas pessoas, ainda assim algo poderia acontecer. Eu morava em Nova York, então é claro que eu tinha medo de alguém invadir minha casa no meio da noite. Entrei devagar e percebi que ela não estava ali, andei até a escada para ver se ouvia algum som, mas nada. Fui andando pelo corredor da parte de baixo da casa e ouvi algumas vozes.

- Isso... Assim... – Era uma voz feminina, na mesma hora comecei a andar mais rápido para o local de onde vinha a voz. – Isso... vai... vai... mais rápido. – Era uma pequena dispensa que tinha no primeiro andar da casa, a porta estava entreaberta. Abri ela tão forte que a mesma se chocou contra a parede.

- Que merda está acontecendo aqui?! – Eu falei alto assim que entrei.

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GABRIELA ALMEIDA: Sim Blanca, deveria. Mas entenda que ela é mãe, mesmo sabendo que Dulce está feliz, Blanca tem medo de Anahí magoar sua Dulce.... Bom é o que eu acho. ahahahah... bjs linda