Fanfic: Domando o coração (ayd adaptada) finalizada | Tema: Portinon

POV Anahí

Acordei antes de Dulce naquela manhã de quarta feira, ou como ela gosta de dizer, naquela madrugada. Era cinco e meia da manhã e eu precisava tocar o gado com Harry e mais dois peões. Incrivelmente quando um ficava resfriado os outros acabavam contraindo e eu precisava dispensar todos. Hoje o dia seria puxado, primeiro os gados, depois os cavalos e depois os animais menores de nosso consumo. A maior fonte de renda da fazenda dos meus não são os gados como muitos pensam, mas sim os milhos e o algodão. Nossos milhos vão para o mundo todo, 1/3 dele é consumido no EUA, os outros 2/3 é dividido pelo mundo, claro que nós vendemos para um comprador certo e ele então distribui. Com o algodão é a mesma coisa. Antes de meu pai morrer eu havia lhe dito para pararmos de vender gado, mas ele se negou. Mesmo dando bom dinheiro, era algo um tanto desnecessário, já que o dinheiro das plantações dava e sobrava para ter uma boa qualidade de vida e ainda mais agora que eu tinha meu aras, que dava muito mais dinheiro do que vender gado.

Preparei o café da manhã de Dulce, com direito a ovos mexidos, torradas, bacon, leite fresco, suco de laranja recém espremidas e muito amor. Voltei ao quarto e ela ainda dormia tranquilamente. Dulce era um anjo dormindo, meu anjo. Eu tinha consciência de que ela era areia demais para o meu caminhão e de como eu era sortuda por ela querer ficar comigo. Me aproximei dela e lhe dei um selinho, quando me afastei vi sua bu/nda fazendo um grande volume no lençol e não consegui me segurar, passei a mão em sua bun/da e sorri. Procurei um papel e uma caneta, mas só achei pedaço de papel pardo e um marcador preto.

"Oi amor,

Deixei seu café pronto em cima da mesa. Você estava linda dormindo, te deixei um beijo!!!

Ps: Passei a mão na sua bu/nda."

Quando terminei de levar o gado para pastar, voltei para casa. Era por volta de nove da manhã e Dulce não estava lá. Pensei em ir para a casa da minha mãe, mas ouvi gritos histéricos e gargalhadas vindo de onde ficavam as galinhas. Quando chego lá vejo Lucy correndo em círculos com o balde de milho nas mãos, enquanto as galinhas corriam atrás dela.

- PAREM DE RIR OS DOIS... ME TIREM DAQUI... ELAS VÃO ME COMER VIVA.

Dulce e Harry estavam morrendo de rir da pobrezinha. Me aproximei e pulei a cerca. Bati palmas e as galinhas correram na direção oposta, deixando finalmente Lucy em paz.

- Você acabou com a brincadeira. – Dulce resmungou.

- Ela estava assustada.

- Esse é o ritual de iniciação para morar na fazenda. – Harry falou divertido.

- O que?

- Você tem que lidar com as galinhas zumbis. – Dulce desceu da cerca e pegou o balde de Lucy. – Bem vinda a fazenda Lu. – Ela falou rindo e Lucy saiu batendo o pé e falando alguns palavrões baixo.

- AINDA FALTA DAR LAVAGEM AOS PORCOS! – Harry gritou.

- Eu acho que ela vai acabar jogando vocês aos porcos. – Falei rindo. – Oi amor. – Me aproximei de Dulce, mas hesitei em beijá-la, já que estava suada e fedendo a cavalo. Ela se inclinou e eu me afastei. – Estou suada e fedendo a cavalo.

- E quando não está? – Dulce debochou. Ela então segurou meu rosto e me aplicou um longo selinho. – Me apaixonei por você assim. Toda caminhoneira, de botas e com esse chapéu ridículo.

- Eu não sou caminhoneira.

- Dedos de vergalhão. – Harry sai correndo, porque sabia que eu iria lhe bater.

- Eu não te acho caminhoneira, mas Maitê diz que você é. – Dulce deu de ombros.

- Maitê diz e eu sou?

- Ela tem o bastão se lembra.

- Minhas terras, minhas regras. – Falei firme.

- Ela virá nos visitar.

- Com o bastão? – Falei assustada. Dulce começou a gargalhar super alto.

- Não sua boba, com a Zoe. – Revirei os olhos. Puxei Dulce pela cintura e colei meus lábios nos seus. O beijo era calmo e sem nenhuma maldade, só havia saudade nele. Num determinado momento do beijo ela roubou meu chapéu e colocou em sua cabeça. – Eu adorei o bilhete. Gostaria que fizesse a parte do PS quando eu estiver acordada.

- Pode deixar. – Passei lentamente a mão na bun/da dela.

- Hummm... – Dulce mordeu meu lábio inferior e eu não me segurei. Ataquei seus lábios de maneira voraz e sedenta. Era um beijo que se fosse dado em publico acabaria nos levando para a prisão por atentado ao pudor. Ouvi algumas risadas de longe e eu sabia que eram os peões.

- Candy... os peões.

- Ani... – Ela choramingou. – Eles não tem trabalho a fazer não?

- É MELHOR ACHAREM ALGO PARA FAZER, PORQUE SE EU FOR AI VÃO LAMBER A LAMA DAS MINHAS BOTAS. – Gritei e eles rapidamente saíram. – Melhor?

- Muito melhor. – Tentei abraçar sua cintura, mas Dulce se afastou. – Acho melhor você ir voltar trabalhar.

- O que? Por quê? Pensei que queria... sabe...

- Talvez eu até quisesse transar com você no estábulo, mas você está de castigo.

- Já faz uma semana, Candy.

- Eu ainda não esqueci. – Ela se virou de costas e a abracei por trás. Beijei seu pescoço e vi seu corpo arrepiar. – Você poderia ter tudo o que quisesse, em qual posição quisesse, ainda usando aqueles brinquedos, mas... você decidiu me irritar.

- Foi uma brincadeira e fui eu quem levei a pior.

- Bem feito. – Ela saiu, me deixando na seca. Dulce era um demônio, ela dizia que eu podia tocá-la, mas depois não me deixava mais tocá-la. Esse castigo estava acabando comigo, principalmente na noite passada, quando tive que apenas assistir ela se masturbar, mas não podia tocá-la e toda vez que a tocava eu recebia um tapa ou ele aumentava o castigo em mais um dia. Foi uma das piores e melhores noites da minha vida, eu realmente não sabia definir se estava entre as piores ou as melhores. E esse castigo só estava acontecendo porque eu fui atrás das idéias de Veronica, que paga $200 dolares em um pintinho colorido, Iglesias.

FLASHBACK ON

Vero estava me dando a idéia de fazer um vídeo para o casamento, com momentos marcantes, felizes e engraçados. Então ela me deu a idéia de assustar Dulce. Eu realmente achei uma boa fazer aquilo. Comecei a preparar o terreno, escolhi um dia de chuva para fazer uma sessão de cinema, mas apenas com filmes de terror. Dulce ficou relutante no começou, mas ela acabou cedendo, quando disse que fizemos uma maratona de filmes da Sandra Bullock por escolha dela, duas semanas antes. Eu não tinha nada contra a Sandra Bullock, pelo contrario, eu gostava de alguns filmes dela, Da magia a sedução, um dos meus preferidos. Eu estranhamente esperava que ela e Nicole Kidman se beijassem nesse filme, mesmo sendo incesto, isso seria bem sexy.

- Ani eu estou com medo. – Aquela era a quarta vez que Dulce falava aquilo. Ela estava encolhida em meus braços e aquilo estava me partindo o coração.

- Amor aquilo é de mentira, não é como se a luz fosse acabar e um demônio fosse aparecer aqui em casa. Isso é tudo mentira. – Eu mal terminei de falar e as luzes se apagaram. Eu já havia planejado isso também. Eu apenas mudei a fase do relógio para uma mais fraca, deixei o ar condicionado do quarto ligado e o ventilador do escritório e algumas outras coisas puxando energia, eu sabia que o relógio iria desarmar mais cedo ou mais tarde. Dulce começou a gritar e se agarrou ao meu corpo. – Calma Candy, deve ter sido o disjuntor.

- Não! Não! É um demônio. – Ela falava chorosa. Eu espalhei câmeras pela casa com visão noturna para poder filmar a reação dela. Até porque se ficasse muito engraçada eu iria guardar aquilo para sempre.

- Eu preciso ir lá ver o disjuntor amor, eu já volto. – Era ali que tudo começaria. Quase não consegui soltar Dulce do meu corpo, mas quando fiz sai pela porta dos fundos rapidamente. Eu peguei então um grande casaco preto, baguncei os cabelos e liguei o disjuntor.

- A LUZ VOLTOU! – Ouvi Dulce gritar. Subi para o segundo andar com uma escada que havia deixado lá, como parte do plano. Tirei os sapatos para não fazer barulho e desci um pouco para ver se Dulce estava lá em baixo. Ela ainda estava sentada toda encolhida no sofá. – JÁ VOLTOU A LUZ... ANAHÍ? – Ela parecia nervosa. Voltei para o segundo andar e derrubei algo no nosso quarto e corri para o quarto que ficava na frente do nosso. Apenas encostei a porta, sabia que Dulce nem perceberia. – Ana-ana - Anahí? – Ela falou trêmula ao passar pelo corredor. – Isso não tem graça... para Anahí... – A ouvi dizer de dentro do quarto. Olhei pela fresta e ela estava abaixada pegando o abajur do chão. Andei de leve, mas rapidamente e bati a porta do nosso quarto. Dulce gritou assustada. Me segurei para não rir, apenas desci as escadas o mais rápido possível, mas sem fazer barulho. Sai pela porta de trás e fiquei olhando pela janela, para ver quando Dulce descesse. Minha ultima cartada seria entrar pela porta da frente, lhe dando o maior susto de todos. – Oh meu deus! Pai nosso que estais no seu... – Dulce estava rezando ao descer da escada e eu estava me segurando para não começar a rir. Quando ela chegou no ultimo degrau da escada, era a minha hora de brilhar. Decidi que não abriria a porta, entraria pela janela, seria mais icônico. Pulei a janela e praticamente urrei. Dulce gritou e não se por reflexo atirou o abajur que estava em suas mãos em mim e tudo ficou preto.

FLASHBACK OFF

Acordei logo depois com uma dor de cabeça sem tamanho, Dulce chorando sobre meu corpo e me pedindo para não morrer. Depois que ela comprovou que eu não iria morrer, ela me xingou, me bateu e me deixou de castigo. Um mês inteiro sem sexo, nem se quer posso tocá-la, apenas que ela permita e ela é tão bipolar com isso que me deixa confusa, frustrada e muito mais excitada, praticamente tudo ao mesmo tempo.

Peguei mais um saco de ração, que pesava ciquenta quilos e levei até o outro lado. Precisava cobri-los, porque se pegassem chuva poderia estragar e os cavalos poderiam ficar doentes. Cada um dos cavalos tinha uma ração diferente, então eu tinha que separar por raça. Eu poderia mandar um dos peões fazer, mas Dulce já havia me chamado a atenção sobre meu físico, não por conta da barriga nem nada, mas sim porque eu estava ficando sedentária segundo ela. Eu também estava me sentindo mal com meu corpo, então decidi voltar a me exercitar, nada como trabalho braçal para ajudar nisso.

- Anahí por que não pede ajuda aos peões? – Dulce apareceu atrás de mim.

- Porque... – Prendi o ar para levar o saco de ração ao outro lado, quando o coloquei em cima de outro saco soltei o ar. – Eles estão ocupados. – Eu não diria para ela sobre estar tentando voltar ao meu físico de antes porque Dulce brigaria comigo. Ela diria que estou me esforçando demais e que não é assim que se faz, que eu poderia me machucar e etc.

- Eu sei que é mentira. – Ela revirou os olhos. – Não vamos discutir sobre isso agora, porque já temos sobre o que discutir agora.

- Como assim?

- Por que está trocando mensagens com sua ex noiva? – Dulce mostrou meu celular. Coloquei as mãos no bolso, eu tinha certeza que ele estava no bolso da calça.

- Você pegou meu celular?

- Ontem eu tinha visto uma mensagem de uma tal Taylor S. Eu perguntei e você fingiu que estava dormindo. – Sim eu fingi porque não queria discutir sobre isso. – Agora você pode me explicar antes que taque esse celular em você.

- São apenas negocio.

- Negócios? – Ela falou mais alto. Ela desbloqueou meu celular, que tinha senha. Dulce deveria ser Hacker e não jornalista/escritora. – Anie, estou com saudades, adoraria te ver novamente... e dar incansavelmente para você.

- Tenho certeza que essa ultima parte não está na mensagem.

- Está nas entrelinhas... entrelinhas, Anahi. – Ela gesticulou nervosa. – Mas o pior é você respondendo. Eu também estou com saudades Tay... está com saudades de fu/der com ela Portilla?

- Não amor... Eu não falei dessa maneira...

- Entrelinhas Anahi.

- Não existe entrelinhas nessa conversa, apenas linhas normais. – Falei calma.

- Então por que está chamando ela para vir para a minha casa? – A casa era dela? Só dela? Eu não iria discutir sobre isso agora, porque Dulce era boa de mira, já tive a prova.

- Eu quero que o Trovão cruze com a égua dela para dar potros.

- Até seu cavalo vai trair minha égua com a égua dela. Você disse que o trovão cruzaria com a manchada.

- Eles já cruzaram, mas eu quero ter outro Inglês puro sangue. Ele vai nascer manchado e...

- Eu juro por tudo que é mais sagrado que se você trair com ela eu vou cortar seus dois braços e suas duas pernas, com aquele machado. – Ela apontou para um machado preso num tronco já cortado, que eu usava para cortar lenha, as vezes Dulce quando ficava estressada ia lá também, dar machadadas na lenha e não cortá-las. Eu engoli minha própria saliva.

- Ela vai ficar na fazenda da mãe dela, só virar aqui para falarmos sobre a cruza. Você pode ficar presente o tempo inteiro se quiser. – Tentei aliviar a situação.

- É claro que eu vou ficar presente o tempo inteiro e se eu ver você de safadeza para o lado dela... qualquer coisinha que seja... você vai se arrepender Portilla, pode apostar. – E da mesma forma que chegou ela se foi. Eu bati no Drew Chadwick, 1,83 cm de altura, 80 quilos e bem musculoso. Agora estou me tremendo de medo de Dulce María Savinon, 1,57 cm de altura e não devia passar dos 50 quilos. Eu sou mesmo muito frouxa por ela.