Fanfic: Complicado Am💔r!! AyD Finalizada. | Tema: Anahí, Dulce **Portiñón**

(Foto da Any com Marichello pq achei linda e tudo a ver com a parte q ela fala da mãe, de como são, foram importantes uma para a outra...) 

Pov. Anahí°°

Notícias boas na vida são realmente difíceis de acontecer. Eu sei bem disso, desde de criança aprendi que coisas ruins sempre vão aparecer, agora vai de você saber como lidar com certas situações... Quando tinha seis anos meu pai decidiu que não queria mais viver comigo e com minha mãe, confesso que nunca a vi chorar tanto na vida como foi aquele dia... Mamãe ajoelhou-se, se humilhou, mas a única coisa que ele fez foi pegar sua mala e nos dar as costas... Assim sem nem ao menos pronunciar um: não quero mais esse “casamento”, e não se preocupe vou arcar com as suas e as despesas da menina.

Não, ele simplesmente foi e nunca mais nos procurou. Veja bem citei a palavra casamento com aspas porque de fato casados eles nunca foram, soube dessa informação quando depois de sua morte li o diário de minha mãe, ainda não terminei, no entanto, nas primeiras páginas ela registrou o quanto desejava casar, mas ele nunca tocava no assunto.

Quando completei os dezessete anos me mudei de casa, fui aceita na melhor faculdade do México e lá eles ofereciam alojamentos... Consegui a bolsa de estudos completa pra cursar direito e depois fazer o concurso para o cargo de delegada, sim aprendi a gostar de filmes policiais com ele e não me orgulho disso, meu pai só nos trouxe dor e tristeza. Mamãe adoeceu um pouco antes de eu ir embora... Porque tinha descoberto através de uma revista que ele casaria em breve. Com uma mulher deslumbrante.

Não sei o que mais lhe afetou, saber do casamento ou ver a bela mulher de braço dado com ele. Minha mãe se descuidou depois que ele foi embora e nunca mais fora a mesma. Nunca mais!

Meu rancor por aquele homem só fez aumentar ao que levei mamãe ao médico, mas nenhum deles sabia dizer o que de fato lhe causava enfermidade, mas eu sabia... Enrique Portilla é o nome do culpado. E nada, nada que eu fizesse ou que os médicos fizessem mudaria aquela situação, minha fortaleza, meu porto seguro estava perdendo a vida... Morrendo aos poucos de amor, dor e muita tristeza... Eu adiei o quanto pude minha ida para o alojamento, mamãe já ficava extremamente fraca e pálida. Eu estava ali o tempo todo com ela e morria aos poucos também... Meu coração chegava a doer toda vez que ela apertava os olhos e derramava lágrimas chamando o nome dele. O nome do maldito homem que destruiu sua vida. Autor da minha, mas que estava tirando a vida da mulher que esperou por mim, ficou feliz com minha chegada e me amou... Todos os seus cuidados, todas as suas preocupações de mãe... Eu queria ter feito algo por ela. Algo grandioso. E quando chorando baixinho eu pedia a Deus por ela, mamãe segurou fracamente minhas mãos e olhando-me nos olhos sussurrou: um último pedido: meu amor... Prometa que vai fazer de tudo pra ser feliz??

Eu afirmei entre lágrimas, mamãe suspirou e percebi sua mão perder vida... Seu pescoço pendeu para o lado esquerdo, oposto de onde eu estava sentada na cama de hospital... Seus olhos fechados. Meu lábio tremeu violentamente, o barulhinho irritante daquele aparelho indicava que o pior tinha acontecido... Sua vida havia se esvaído, seus sorrisos foram junto, seu amor, sua vontade de ser feliz. Gritei desesperada e uma enfermeira entrou correndo, outros vieram em seguida. Tentaram reanimá-la, mas não era necessário.... Minha rainha tinha dito adeus, deixando para trás sua princesa e um reino de injustiças... O qual não era mais merecedor de sua presença. 

A&D

Hoje oito anos depois de sua morte uma notícia me deixou feliz, apesar de tudo, Dulce Maria está de volta. Faz três anos que não a vejo e já não aguento de ansiedade para abraçá-la, sentir seu cheiro tão embriagante. Ela me vê somente como amiga, mas em algum momento vai acabar percebendo a atração forte e incontrolável que existe entre nós duas. 

São exatamente 7:50AM da manhã. Perroni tem vida própria? É, acho que não. 

– Any vem cá me ajudar a pendurar isso aqui!

– O quê está fazendo? 

Perguntei olhando ao redor. Ela conseguiu transformar a grande sala do meu apartamento, numa bagunça digna de um Oscar. 

– Festa de boas vindas sem cartaz, não é festa. — Disse como se eu fosse uma retardada e não soubesse daquilo.

– O importante é que vou estar aqui pra receber minha Dulce. — Afastei uma mínima parte da bagunça de cima do sofá e me sentei.

– Pelo amor Anahí! Vê se quando ela chegar tire esse “minha” da frase, senão vai assustar a garota.

Revirei os olhos.

– Eu sempre tratei ela assim... Ok!  Ficou perfeito. — Fiz sinal positivo pra ela que descia da cadeira...

A Perroni insistiu pra usar meu pequeno mural, onde tinha espalhadas por ele fotografias minha com minha mãe, e várias da Dulce. Acho que foi uma boa ideia utilizá-lo, ela na certa estranharia.

Tenho fotos suas comendo, dormindo e babando em meu ombro... Numa daquelas tarde que ela queria conversar e eu tinha muita coisa para resolver. Dulce bufava de tédio encostando a cabeça em meu ombro e logo estava dormindo. Foi um momento bom de distração dela e eu amei.

– Ahh... Tem razão, ficou ótimo. — Ela sorriu satisfeita olhando suas letras firmes e bonitas onde estava escrito:

♡Seja bem vinda Dul, com amor Any e May.♡

Houve um pequeno desentendimento, ela queria o nome dela primeiro eu também. Perroni me olhou feio cruzando os braços, daquele jeito que normalmente me faria temer um pouquinho, mas bati o pé firme afirmando que era meu apartamento a ser usado não o dela, então sua vontade ali não valia de nada.

– Sei lá Any, você acha que já está pronta pra contar que ama a Dul? — Perguntou sentando ao meu lado.

– Nós nunca sabemos o momento certo dessas coisas, não vou ter medo de arriscar, medo do que vou ter como resposta. Esse papel de mocinha indefesa e insegura não combina comigo... Eu já convivi com a dor, posso lidar com ela quantas vezes mais. E logicamente que vou tentar agir com calma, ela é tão linda... Tão meiga... Tão... 

– Hétero! Não se esqueça!

– A sua onda de otimismo me comove Perroni. — Voltei a revirar os olhos.

– Largue a mão de ser injusta amiga! Eu quero muito que fiquem juntas. Só tô te lembrando que a Dul não é lésbica. 

– Mas ela pode muito bem curtir a duas coisas. — Dou de ombros.

Tentando não imaginar ela nos braços de algum cara forte e rude. Abraçando e quase esmagando o pequeno corpo daquela mulher que me tem nas mãos... Mesmo sem saber.

– Bem provável que não.  — A minha amiga estraga prazeres se pronunciou.

– Que seja. Não desistirei tão fácil, escreva o que estou falando Perroni. Dulce Maria será minha namorada. — Levantei levando comigo um quadro que estava sobre a mesinha de centro. 

Eu e a Dulce juntas... Ela sorrindo com os olhinhos apertados, enquanto eu me ocupava beijando a bochecha dela.

– Pra onde está indo?

– Quarto. Vou descansar um pouco, toda essa bagunça me cansou. — Cocei uma das têmporas com a mão livre.

– Mas falta menos de uma hora pra Dul chegar.

– Quando estiver próximo me chama. Essa é a vantagem de morar perto do aeroporto. — Pisquei.

– Tá bem então, bom descanso.

– Obrigada. — Fui me afastando com o porta retrato em mãos. – Ah! E May?

Ela me olhou esperando que eu terminasse.

– Arruma a bagunça aí ok? Sei que vai se sair bem.

Ela pressionou os lábios com ambas as mãos em cada lado da cintura... Não esperei o que quer que fosse e continuei o caminho até meu quarto. 

Chegando lá, deitei relaxadamente em meu colchão e fechei os olhos, meus pensamentos estavam tanto em Dulce, que acabei sonhando com ela... A linda mulher vinha em minha direção seus cabelos com mais brilho e movimento, sorrindo pra mim. Dulce foi se aproximando e quando estávamos prestes a nos beijar... Escuto alguém me chamar, alguém não, Perroni, claro. Incrível como ela adivinhou que era a melhor parte do sonho, eu só resmunguei do mesmo jeito, tentando voltar de onde tinha parado.

– Anahí acorda! Já tá na hora de buscar a Dul... Anyyy!!! Hey acorda Any!!! — Continuou batendo, mas me recusei a levantar.

Perroni ficou quieta, então suspirei aliviada.

– É! Vou ser obrigada a fazer isso... — Franzi a testa não entendendo o que quis dizer e dei de ombros. – Acorda Anahí!!! 

Ela entrou e puxou o edredom de cima de mim... Resmunguei frustrada. Perroni nunca deixa essa mania ruim de usar as chaves reservas da minha casa!

– Olha se não tirar esse seu traseiro preguiçoso daí agora, vou te jogar um balde de água fria!!

Ameaçou com determinação na voz e preferi não desafiá-la.

– Olha só não precisa se dar ao trabalho. Pronto, já acordei. — Sentei antes que ela estragasse meus lençóis molhando-os.

– Ótimo tô te esperando na sala. — Avisou saindo, com aquela pose de madrasta ruim.

Enfim, vinte minutos mais tarde estávamos a caminho do aeroporto, e como eu disse por morar perto, não demoramos a chegar. Depois de estacionar corretamente o carro seguimos caminho pra área de desembarque. Cinco minutos depois vi Dulce caminhando em nossa direção... Tão linda que temi deixar uma baba escapar. E acabei por levar um cutucão da Perroni.

– Disfarça que ela tá chegando perto. — Disse minha querida amiga.

May é bonita, tive um breve momento de encantamento quando a conheci... Seus olhos grandes e expressivos, rosto com traços de anjo, cabelos negros na medida dos ombros e sorriso pequeno encantam qualquer um. Revirei os olhos e ela bufou.

– Eu sei Perroni, tô tentando.

– Faz melhor então. — Coçou a nuca pra disfarçar sem tirar o sorriso do rosto.

– Oi amigas!! — Disse Dulce assim que chegou perto de nós. 

– Oi Dul. Como foi de viagem? — Perroni a abraçou. 

– Bem, adorei o curso May, foi incrível. E você Any? Não vai me dar um abraço? 

– Vou claro, é que eu estava distraída olhando... Hãn... Ér... A quantidade de malas que você trouxe! 

Que ridículo! Por quê eu tinha que me embolar toda?? Pigarreei e senti minhas bochechas corando. 

– Então vem cá me abraçar! 

Ela abriu os braços e não teve como não percorrer os olhos por aquelas belas curvas. Dentro de uma blusinha seda vermelha de alças, calça jeans escura e salto Christian Louboutins... Louis Vuitton, não sei ao certo, a única certeza que tenho é que é preto. Quebrei o pouco espaço que nos separava, e puxei-a para mim por sua cintura... Deslizei o nariz na pele do pescoço dela e dei uma fungada leve, não sei se ela percebeu, mas onde toquei arrepiou. Dulce se afastou e deixou um beijo no meu rosto.

– Sua mãe sabe que você chegou Dul?

– Não May, eu quis fazer uma surpresa!

– Que bom porque te convido pra passar essa noite no meu apartamento. O quê acha? — Ofereci.

– Ótima ideia nós três né? Lembram da época do colégio? Eu sempre dizia que éramos como as três mosqueteiras. — Ela sorriu.

– Pena que não vou poder ficar com vocês! — Disse a Perroni piscando disfarçadamente pra mim.

– Ah... Por quê May? — Dulce perguntou cabisbaixa.

– Porque combinei de dormir com o Will hoje.

– Mas vocês não dormem juntos todos os dias? — A ruiva franziu o cenho.

– É... Só que ele ficou um mês fora, voltou faz poucos dias e já tínhamos combinado, desculpa meninas. — Encolheu os ombros fazendo carinha de inocente.

Ah minha amiga querida lembre-me de te agradecer depois.

– Tudo bem Perroni, vai ser até melhor! – Sorri.

– Any!! Que horror! — Dulce me repreendeu. 

– Não tem problema não Dul, já me acostumei. É assim que essa ingrata me trata! Por aguentá-la todos os dias.

– Pára de drama, acho que sinto alguma coisa por você. 

Puxei-a de lado e baguncei seus cabelos... Ela grunhiu se afastando e ajeitando suas mechas negras, em seus devidos lugares.

– Tá bom! Belo jeito de dizer que me ama hein... — Olhou rapidamente dentro da bolsa e voltou a nos encarar. – Will já deve está me esperando. Vou indo meninas beijinhos pra vocês! 

– Tchau May. — Disse Dulce vendo-a se afastar.

– Se manda Perroni. — Ela me olhou por cima do ombro e fez um gesto inapropriado.

Essa carinha de anjo que engana e muito bem, mandou um belo dedo do meio bem na minha direção. 

– E aí? Vamos pro meu apartamento? — Sorri de canto olhando Dulce e erguendo a sobrancelha. 

– Hum... Tem caipirinha? — Estreitou os olhos com aquele jeitinho fofo.

– Ah pode saber que sim. Com bastante limão e açúcar. 

– Então vamos. — Dulce abriu aquele sorriso encantador afirmando em seguida.

**Começamos! Espero q tenham gostado e se sim digam o quê acharam desse comecinho ok? Beijocas e até sábado!**

Dul_Love♡Vida: Obg por vir e continuando.