Fanfic: Transgression ( Savirroni) mini Web — Finalizada | Tema: Savirroni

"Vejo uma menina com cerca de 5 anos, ela esta sentada em um balanço. Parece triste, ela chora. Suas roupas são estranhas, um vestidinho e uma touca pretas. Um homem se aproximou dela e pegou-a pelo braço. Ele esta levando ela para uma carruagem, a menina pede pela família, mas a família dela morreu. Ela sou eu.."

- Continue, diga-me o que mais você vê - o sábio senhor pediu apesar de perceber as lagrimas pelo rosto de Maitê.

"O homem esta bravo com ela, não quer leva-la, mas a menina não tem mais onde ficar. Ele tem cerca de 20 anos, não é um homem velho.. Meu nome é Sophie.. Agora estou maior, estou com uns 15 anos. Estou conversando com aquele mesmo homem em uma sala, a feição dele ainda é irritada, mas ele sorri de alguma coisa que eu falo ELE É O CHRISTOPHER! É meu tutor, estava prometida ao filho dele desde quando nasci, mas o garoto morreu a pouco. Vou me casar com ele.. Estou morrendo, estou bem velinha agora, fui muito feliz na minha vida com meu marido, ele morreu há alguns anos.. Vejo ele me buscando, seu espírito encontrando o meu, eu sei que é ele, mas não é a mesma imagem, é uma.. mulher. É A DULCE"

- Vou contar até três e você vai acordar, tudo estará bem - falou o senhor, notando a que ponto tinha ido a regressão. - 1, 2 e 3!

Maitê acordou sobressaltada, era sua quarta regressão. Já havia visto Christopher antes, mas nunca o reconhecera como Dulce. Estava difícil acreditar, tudo parecia nublado. Então o desejo que ela sentia pela filha, o amor estranho, para tudo havia uma explicação, assim como o senhor havia dito no primeiro dia. Mas não podia, seu marido... seu tudo. Antes que o médium amigo pudesse falar qualquer coisa, Maitê levantou-se e abriu a porta da sala em que estava encontrando Dulce, que como sempre a aguardava ali fora quietinha. Segurou sua filha pela mão levantando-a e abraçou-a com força e carinho, repetindo que a amava e pedindo desculpas por alguma coisa que Dulce não entendeu. Maitê pegou Dulce e foi embora sem mais explicações, a menina pouco entendia, apenas estava feliz pela felicidade da mãe.

- Mãe, vou sair com uns amigos hoje, ta?

- Que?

- Luca me convidou, e já estou com 16 anos. você prometeu que deixaria.

A menina estava certa, ela tinha prometido que aos 16 anos Dulce poderia sair com os amigos com um pouco mais de liberdade. Mas apesar de Luca ser seu afilhado e de Maitê  ama-lo de coração, não confiava muito sua filha a ele, muito menos aos seus amigos. Dulce era ingênua, mas Luca já era do mundo.

- Certo, mas não vai amanhecer na rua, 4 horas em casa. No máximo.

Dulce concordou feliz, mal sabia ela o que sua mãe havia descoberto hoje na regressão. Mal sabia ela o quanto sua mãe gostaria de passar o resto da tarde e a noite com ela, conversando sobre tudo. Dulce fez a mesma quantidade de regressão que Maitê, e já havia descoberto muitas outras encarnações dela, e percebeu como ela e sua mãe vinham tentando ficar juntas através do tempo. Percebeu então que apesar do tempo e da situação seu amor e de sua mãe eram eternos, e não do tipo "até que a morte nos separe". Dulce viu que foram varias as encarnações em que ela e Maitê não conseguiram ficar juntas, e que essa talvez fosse apenas mais uma. Porém conhecendo sua história melhor, hoje tinha certeza, que seus espíritos não desistiriam um do outro. E se nessa vida nasceram como mãe e filha, tinha um motivo que logo ambas descobririam. Dulcr ia viver e aproveitar a vida aprendendo com seus erros e acertos.

Já se passavam das 23 hrs quando Luca buzinou na frente da casa dela, Dulce estava linda, com um shortinho jeans, uma blusa decotada e com a barriga um tanto a mostra da cor preta e o cabelo preso. Luca disse que não iam a nenhum lugar em especial, e que não era para ela se arrumar muito. Mas Dulce apesar de simples estava linda. Entrou no carro e eles já foram se dirigindo a praia.

- Não sabia que íamos à praia, ainda bem que vim de rasteirinha. - Dulce comentou inocentemente.

- Você esta linda - falou a amiga de Luca sentada no banco de trás, e os outros meninos confirmaram. Quando chegaram no mar, estava lotado. Muitos carros, música alta, luzes, parecia uma mini reive. Dulce desceu animada com Luca e seus amigos e eles já foram dançando para a parte mais "bombada" da festa. Apenas no caminho, Luca teve que falar para pelo menos uns 4 meninos que Dulce estava com ele.

Dulce não saiu para ficar com ninguém, queria apenas se divertir e dançar um pouco. Tocava psy, ela adorava, dançava quase o tempo todo com os olhos fechados. Sorte que Luca estava com ela, e não deixava ninguém se aproveitar.

- Você é hetero? - foi a amiga de Luca quem perguntou.

- Acho que sim - Dulce respondeu confusa.

- Acha? - a mulher achou graça. Pegou na cintura de Dulce e começou a dançar mais perto dela. Dulce a observava. É, era uma loira linda. Seu cabelo tinha luzes, o corpo lembrava o seu, ela era magra mas tinha menos seios e bunda que Dulce, olhos azulados, cabelos longos com ondulações. Sorriu para loira, a bebida já a afetava. Fazia um tempo que eles haviam chegado na festa, a mulher desde o começo a observava. Dulce passou os braços pelo pescoço dela, e a mesma falou;

- Meu nome é Anahí, falando nisso. – Dulce apenas assentiu, e a menina a beijou.

Já eram 5 horas da manhã, as duas estavam em uma parte mais afastada da praia se beijando, se tocando. Dulce estava contente, Anahi parecia ser uma garota legal. As duas continuavam com os amassos sem se importar com nada, Anahi já colocava sua mão por dentro do short de Dulce, quando seu telefone tocou.

- Alo?

- Você tem 5 minutos para estar em casa, ou eu mando a policia atrás de você Dulce María.

- Mãe?

- Sem mais? Casa, A-G-O-R-A!

Dulce levantou assustada e olhou o relógio pela primeira vez naquela noite, saiu quase que correndo e se tropeçando toda, com Anahi atrás dela. 

- Luca já são 5 horas da manhã, minha mãe me ligou furiosa. - ela falou nervosa, mas Luca estava bêbado demais para ouvir alguma coisa. Por sorte Anahi já com seus 20 anos estava sóbria. Ela pegou a chave do bolso de Luca e chamou Dulce.

- Vem que eu te levo.

- Graças a Deus - Dulce deu um beijo nela e puxou-a pela mão - vamos..

Elas já estavam chegando na casa dela, quando Anahí pediu.

- Será que posso dormir na sua casa hoje? - Dulce olhou para ela sorrindo.

- Eu adoraria, mas do jeito que minha mãe esta brava, vamos apanhar as duas. E você ainda tem que buscar o Luca.

- Ela vai ficar ainda mais furiosa quando ver como você esta bêbada, eu falei para você parar de beber Dulce... - mas ela ignorou o comentário.

Quando Anahí finalmente estacionou em frente à casa da Dulce, puxou-a para mais um beijo e falou que tinha gostado muito de ficar com ela. Trocaram os números dos celulares e Dulce saiu andando ainda um pouco bamba para dentro de casa. Foi Maitê quem abriu a porta, mas nem olhou para ela, apenas mandou Dulce ir pro quarto tomar banho que ela já ia subir. Maitê foi preparar um café enquanto a menina estava no banho e subiu para encontra-la. Quando chegou no banheiro, Dulce estava sentada no chão sem roupa em baixo do chuveiro. A principio Maitê se assustou, mas sentiu novamente o cheiro de bebida nela, e notando que a água estava quente abriu todo o chuveiro até a água gelar e Dulce despertar assustada.

- Desliga isso Maitê.

- Claro que não - Dulce tentou se levantar e quase escorregou dentro do box, sua mãe que a segurou - Nunca pensei que eu passaria isso contigo Dulce, tão cedo você não me pede mais para sair. - A menina abraçou a mãe, que teve que entrar pro banho com ela. - Isso ta gelado..

- Eu falei..

- Mas você bebeu Dulce Maria Perroni Uckermann ou não. - Maitê virou o rosto de Dulce para cima, fazendo a água escorrer pelo seu rosto. - Vem, vamos sair. Trouxe café para você.

Ambas estavam molhadas, Maitê enrolou Dulce em uma toalha grande e branca que havia ali, e começou a tirar sua própria roupa. Dulce olhava-a descaradamente. Apesar dos anos, Maitê mantinha seu corpo de adolescente. Ao decorrer do tempo passou a cuidar cada vez mais da pele, do rosto e do corpo.