Fanfic: Destiny - Portinon | Tema: AyD
Anahi encontrou a sala vazia, em um completo silêncio. Seus pais já estavam dormindo, ambos não preocuparam em espera-la. A jovem havia mentido para sua mãe, afirmando que passaria na casa de Camila. Mari confiava bastante nas amizades da filha, e assim não via alguma problema, ela sempre repetia que sobre a filha ela havia ensinado uma ótima educação, e ela não se misturaria com qualquer gentinha.
O silêncio do ambiente foi quebrado pelos soluços do choro de Anahi. Estava sendo como una tortura, a cena do beijo entre Dulce e Demi não saia de sua mente, deixando mais perceptível para ela o seu sentimento pela dona dos olhos amendoados.
Uma hora passou como um vento, e não ouve nenhum sinal de Dulce em passar por aquela porta. A latina percebeu que tão cedo Dulce não voltaria, e sua madrugada de repouso seria, nada mais e nada menos na casa de Demi.
Anahi imediatamente levantou-se do sofá, e cada degrau de escada que subia, sentia sua raiva e fúria tomar conta de sí. Já no segundo andar, parou em frente a porta do quarto da ruiva, ficou encarando por alguns segundos, até arrumar idéia sobre o que fazer.
Abriu a porta lentamente, e avistou o belo quarto com seus pertences organizados.
-Pelo menos essa imunda sabe deixar as coisas no seu devido lugar. — Falou para sí mesmo.
Aproximou-se de uma das prateleiras decorada pelos objetos da ruiva, delicadamente começou a toca-los um a um com seus dedos, até tomar a devida coragem e afasta-los todos com a mão. Os pequenos itens foram ao chão, por um momento a latina preocupou-se ao ver um porta retrato de vidro se quebrando, mas resolveu deixar de lado e seguir em frente desarrumando os lençóis da cama de Dulce.
A lanita repetia todo o ato pelo local, sem se preocupar em quebrar objetos ou não, já com tudo revirado. Seu próximo alvo foi no closet, a garota tirava as peças de roupas do cabide e derrubava todas ao chão, pisoteava deixando a marca dos seus pés e até cuspia. Abaixou-se e verificou o que havia nas gavetas abaixo, a primeira coisa que avistara, chamou logo sua atenção, era uma caixa branca com adesivos de banda colados em sua volta. Sem nenhuma cerimônia a abriu descobrindo que a mesma habitava disco de vinil dos Rolling Stones.
-Quem é que guarda uma porcaria dessa? — Capturou um deles, e o retirou de sua capa, e com toda força o lançou no chão, vendo o enorme disco partindo em pedaços.
Não satisfeita, decidiu aumentar o estrago pisoteando os cacos com os seus saltos, e repetir o mesmo processo com os outros.
(...)
Dulce ao abrir os olhos, tocou a testa com a palma da mão, queixando com o pouco de dor de cabeça. Percebeu o lado esquerdo da cama vazio, concluindo que Demi já não estava mais ali, visualizou o horário do relógio em seu iPhone, e já apontava ser meio dia.
Demi saia do banheiro, deparando-se com a ruiva acordada. A mesma dizia que estava tarde e precisaria ir embora, a dona dos cabelos azuis insistiu um pouco mais pela sua companhia, pelo menos até fazerem suas refeições. Demi concordou. As jovens foram pra cozinha, aonde alimetavam-se com uma lasanha de micro-ondas.
-Seus pais ainda estão dormindo? — Dulce quis matar a curiosidade sobre nenhum dos responsáveis de sua amiga ter aparecido, e soado nenhum outro barulho além do delas.
-Bom, eles não estão aqui. — Respondeu dando uma garfada em seu alimento, pensou em coloca-lo na boca, mas desistiu, decidindo contar tudo de uma vez. -Minha mãe morreu já faz anos. — A ruiva mudou de expressão, poderia ser interpretada como um "sinto muito". -E meu pai... Ele nunca está por perto, mora em outro lugar devido ao trabalho, e só vem me visitar algumas vezes.
-Entendo. — Dulce mostrou-se compreensiva, e até mesmo sentida ao notar o desconforto da companheira em contar um pouco de sua história.
Decidiu não aprofundar-se mais no assunto, entendia mais que qualquer pessoa, o quanto era difícil tocar em problemas delicados.
(...)
Por mais educada fosse em dizer que não precisava, Demi insistiu em deixar Dulce em frente sua casa. Segundo a dona dos cabelos azuis, seria injusto após ter aceitado passar a noite junto a ela. A ruiva despediu-se selando os lábios da jovem.
Adentrou a casa, ninguém mais além de Manfred, do qual cumprimentou com um simpático boa tarde. A ruiva direcionou-se ao quarto, não tinha nenhum apetide, aquela lasanha realmente havia sido suficiente em satisfazer seu estômago. Seu único desejo era ligado em relaxar as costas em sua cama, selecionar uma playlist em seu celular, e permitir o som da música preencher sua audição através dos seus fones de ouvido.
-Ai meu deus. — Sua mão na fechadura gelou assim como o resto de seu corpo estático. -O que aconteceu por aqui? — Disse encarando boquiaberta o estado lastimável de seu quarto.
Correu ao encontro de seus objetos derrubados no chão, a chance de encontrar algum pertence em seu devido lugar, eram mínimas. A tristeza começava a tomar conta de Dulce quando via um objeto quebrado e não havia mais concerto, e ainda mais seu porta retrato que carregava uma foto sua antiga no escorregador, consequentemente os estilhaço dos vidros infelizmente não a deixou intacta.
Dulce resolveu andar até seu closet para verificar ao menos suas roupa, entre outros pertences continuava em sua ordem, mas suas esperanças em poucos segundos foram desmanchadas. Se antes encontrava-se um pouco triste, agora tudo começou a lhe corroer.
-Não. — Ajoelhou-se ao chão, desejando não acreditar no que estava diante de seus olhos, e suas roupas nem era a razão. -Meu discos. — Capturou um dos seus estilhaçado, e por alguns segundo ficou o encarando. -Não pode ser.
Flashback on
E lá estava a menina Dulce no seu auge do seus quatro anos de idade, ainda não tinha conhecimento das maldade que rodeavam a vida, a essência de sua mente era de pensamentos mágicos e bonitos. Tipico de uma criança pura, feliz e sorridente.
A pequena criança estava acompanhada de sua avó, que relaxava-se em sua poltrona aquecendo seu corpo a um cobertor vermelho e xadrez. Por um instante, a velha olhou em sua prateleira, sorriu, e surgiu a ideia de quebrar o silêncio daquele ambiente com uma bela música agitada. A adorável senhora já obtinha um de seus discos na mão, olhou para sua neta que se distraia brincando com uma de sua bonecas que havia a presentado uma semana atrás.
Dona Angélica, retirou o enorme objeto escuro da capa de um dos álbuns do Rolling Stones, o mesmo iniciou a melodia após ter começado a girar no toca disco.
[Paint It Black]
"I see a red door and I want it painted black No colors anymore I want them to turn black"
A pequena Dulce mostrou-se interessada quando começou a escutar o refrão, abadonou o seu brinquedo de lado, foi para o meio da sala e começou a cantarolar no ritmo.
"I see a line of cars and they're all painted black
With flowers and my love both never to come back
I see people turn their heads and quickly look away
Like a new born baby it just happens every day"
A mais velha soltou uma risada, sentindo-se boba, reação de qualquer avó orgulhosa quando uma neta demostra esse tipo de coisa fofa. Não resistindo com a total lindeza, a pegou no colo. Pequena Dulce nem debateu em ter sido interrompida, pois adorava a avó o bastante. As duas sentaram juntas na poltrona da velha.
-Fico impressionada como você tem os gosto parecidos com o do seu avó. — Dona Angélica referia a seu falecido marido. -Ele amava essa música, e quando tocava ele também gostava de dançar até cansar.
-Eu entendo, vovó, pois ela é muito linda. — A pequana comentou arrancando risadas da mais velha.
"Maybe then I'll fade away and not have to face the facts It's not easy facin' up when your whole world is black. — Dulce novamente entrara na sintonia da canção, mas dessa vez acompanhada da bela voz da senhora ao seu lado. -"No more will my green sea go turn a deeper blue... — Mas foi no momento que dona Angélica começou a tossir.
-Vovó, vovó, você está bem? — A pequena mostrou-se preocupada, pois a tosse não parava.
-Estou sim minha querida. É porque está frio. — Confortou a neta. -É só tomar um chá e tudo passará.
(...)
Mas infelizmente um simples chá não resolveu, e nada passou. As tosses na doce senhora continuaram persistindo, ela foi obrigada a ir no médico, e descobriu ter sido vítima de pneumonia, do qual o estado foi se agravando e agora ela se encontrava deitada na cama de um hospital, fraca, pálida. Era triste, nem Blanca queria que a pequena Dulce visse a vó daquele estado, porém a dona Angelica não queria partir sem antes ver a neta.
-Dulce minha querida. — A chamou segurando a mãozinha da pequena que com a outra começou a acariciar a sua. -Lembra daquela coleção dos meus discos de vinil? — A menina assentiu. -Você sabe o quanto é importante pra mim, pois havia dito antes, era do seu avô e muito deles embalaram nossa historia de amor. E também sei o quanto e pra você, pois me demostra gostar muito.
-E eu adoro vovó.
-Então, minha neta. Eu quero que fique com você e que um dia você passe pro seu filho. — Completou.
Flashback off
"I wanna see it painted, painted black Black as night, black as coal I wanna see the sun blotted out from the sky." — Dulce cantarolava o refrão da canção com a voz embargada, acompanhada de um sofrimento intenso. -I wanna see it painted, painted, painted, painted black" — Eram exatamente vinte discos presenteados por sua avó, e mais dez que comprara em lojas com o dinheiro do fruto do seu antigo emprego, no intuito de completar a coleção, em consideração em sua avós.
Por mais que fossem peças raras, não as venderiam por nada, nem se tivesse morrendo de fome, do qual já lhe aconteceu. O valor do dinheiro não era de sua importância, e sim o grande valor sentimental e esse jamais poderia se comprado.
Dulce levantou-se do chão, jogou a capa rasgada para o lado, e saiu do quarto com o foco de descontar toda sua raiva na grande causadora daquele estrago, pois ele não havia dado fim somente a vários objetos, e sim muito mais do que isso.
Não se importando se Anahi estivesse dormindo, acordada, ou até mesmo no quarto, Dulce adentrou sem importância de bater antes na porta.
-O que veio fazer aqui? — A latina que antes estava penteando seus cabelos lisos com a escova, se assustou e abandou o objeto cor branco em cima da cama. -Desaprendeu a bater na porta? — Cruzou os braços.
A ruivaa soltou uma risada acompanhada com nenhuma gota de humor.
-Você só pode está fazendo piada não é, Anahi? Tenho certeza que foi você a responsável pelo estado do meu quarto.
-Foi eu mesmo. — A latina tentava transparecer nenhum pouco intimidada.
-E porque você fez isso? — Dulce deixava cada vez mais sua fúria falar mais alto.
-Porque você merece sua lésbica imunda, a noite foi boa? Demi te deu prazer que um homem deveria te dar? .... Aiii. — Gritou. -Não venha com sua mão imunda pra cima de mim novamente. — Tentava retirar as da ruiva, que realmente estava apertando bem forte, ao ponto de cravar as unhas em sua pele.
-Porque você me odeia tanto? O que eu te fiz?
-Porque eu odeio você sua nojenta... E repito, tire sua mão imunda do meu braço.
-Não ouviu o que ela disse? — A voz de Mari entrou no meio da discussão, assustando ambas as garotas e fazendo com que dessa vez a hispânica realmente a soltasse. -Sua imunda.
-Imunda mais que a sua filha eu nunca fui e nunca serei. — Cuspiu palavras pra mais velha.
-Minha filha imunda, tem certeza? — Soltou uma risada debochada. -A lésbica asquerosa aqui é você, e não ela. — Dulce iria debater, mas imediatamente foi interrompida. -E além do mais filha de uma vadia drogada, você acha que me engana? Sei o tipo de gentinha suja que você é. Não chegue perto da minha filha, você só vai contamina-la. Não suporto a ideia de ter uma sapatona dentro da minha casa. — A última não atingiu só a menina Dulce que já se encontrava com lágrimas em seus olhos, como também em Anahi que assistia toda a humilhação feita por sua mãe. -Porque está chorando se ainda não teve o que merece? — A latina abriu a boca em um perfeito "o", e a ruiva passava a mão na bochecha esquerda aonde um tapa forte foi acertado.
Dulce sentia-se que estava pagando todos seus pecados com o preço daquela humilhação, o sentimento de culpa por não ter feito sua autodefesa aquelas ofensas também era maior, e relembrou tudo aquilo que um dia foi obrigada a aguentar, e a única pessoa que a pobre garota culpava, era ninguém mais além de sua mãe.
Autor(a): savinonylovato
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
A menina Dulce encontrava-se enterrada em uma tristeza profunda, que parecia soterra-la ainda mais quando as palavras de Mari ecoava em sua mente, e o grau de ódio pela mulher só fazia aumentar com a lembrança daquele tapa ardente em seu rosto. Ela se perguntava cada vez mais, porque a vida só a tornava vítima dessas humilhaçõ ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
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candy1896 Postado em 14/09/2019 - 16:20:55
Continuaa
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candy1896 Postado em 12/07/2019 - 17:14:57
Continuaaa
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candy1896 Postado em 13/01/2019 - 23:52:44
Continuaaa
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candy1896 Postado em 05/05/2018 - 21:06:24
Continua, não desiste da fic
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AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 15:17:29
Continue estou amando
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candy1896 Postado em 25/02/2018 - 20:42:18
Continuaa
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candy1896 Postado em 15/02/2018 - 21:12:17
Continua, acho que os avós vão adorar Dulce. Espero que Fernando se separe da Mari pois ela é péssima influência para Anahi que esconde seus sentimentos por preconceito e para nâo decepcionar a mãe.
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candy1896 Postado em 31/01/2018 - 20:33:05
Continua
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anahisavinon Postado em 18/01/2018 - 23:47:47
contiunua (:
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candy1896 Postado em 18/01/2018 - 01:11:07
Continua