Fanfic: Destiny - Portinon | Tema: AyD

A taça transparente de cristal era preenchida pelo vinho da garrafa que Fernando segurava em sua mão. Desgustaria da bebida a sós, pois sua esposa Mari não era muito fã de bebida alcoólica, Anahí não havia atingido sua maior idade, assim como Isa que era muito nova, e Dulce preferiu não ingerir bebida alcoólica naquela e noite, contentando-se com suco de laranja.

O banquete para o jantar daquela noite era de comida Mexicana, o que há algum tempo não era servido no jantar, mas Nando anunciou ser uma noite de comunicados importantes, e não os passariam sem acompanhamento de algo especial. O homem bateu um garfo em sua taça, atraindo atenção das mulheres para sí.

        -A primeira coisa que quero lhes dizer é sobre minha filha, Dulce. — Mari foi a primeira a revirar seus olhos, e Anahi olhou para a garota sentada no outro lado da mesa a sua frente, causando o encontro dos azuis com os castanhos amendoados.

Nenhum dialogo era mais trocado entre ambas desde o ocorrido da ruiva com as amigas lideres de torcida da latina. Dulce apresentava nenhum interesse, e Anahi não possuia coragem de lhe dirigir qualquer palavra. O contato visual foi quebrado entre as garotas que voltaram suas atenções no que o pai tinha para anunciar.

         -Meu advogado passou hoje de manhã no meu escritorio. — Nando levantou-se e capturou a pasta antes apoiada em seu colo. -E ele me entregou sua nova certidão. — Disse olhando pra Dulce que sentava na cadeira ao seu lado. -Isso que dizer que você agora é oficialmente a mais nova Savinon. — A ruiva ergueu o semblante deixando perceptível o quanto ficou supresa.

Recebeu a pasta cor preta em sua mão, e a abriu para verificar seu novo documento.

        -Dulce Maria Espinoza Savinon. — Leu o novo nome em voz alta, e percebeu uma outra mudança, no lugar do "pai desconhecido" habitava o nome do homem que ajudou a lhe dar vida: Fernando Savinon.

A ruiva não reagiu de outra forma, a não ser envolver seu pai em um forte abraço, logo retribuido. Isabela observava a emoção entre os mais velhos, se animou e começou a bater palma. Mari mostrava entediada, classificando a cena como nada agradável diante de seus olhos, fez o sinal a Anahi que entendeu perfeitamente, e não fez cerimônia em obedecer sua mãe, e levantou da cadeira. Ambas abandonaram a mesa por causa da mesma pessoa, porém por motivos distintos.

A cada atitude mal educada de ambas as mulheres acabavam com as poucas expectativa de Fenando em que o preconceito de sua esposa, e da filha em relação a Dulce terminasse. Como esperado o homem ficou sem jeito, e mentalmente decidiu em não forçar mais nada, e aceitar as coisas como são.

Dulce parecia não se importar, e Isa resolveu ir ao encontro do pai e da irmã ainda abraçados.

(...)

O celular da menina Camila soava em um volume extremamente alto durante a aula de história. A garota sentia-se um pouco intimidada em ter atraido a atenção de seus colegas de classe para si, e percebendo o professor um pouco incomodado. O homem lhe cedeu duas proposta, ou desligava o aparelho, ou sairia da sala para atende-lo lá fora. Esse segunda não poderia ser recusada, pois sua vida ultimamente tem ficado de ponta cabeça, e era impossível manter-se despreocupada demais para recusar aquela ligação.

Camila já se encontrava fora da sala, e avistou o nome de sua mãe na tela do seu IPhone, com as mão um pouco trêmula o atendeu, posicionou o aparelho em seu ouvido sem nenhuma expectativa de escutar uma ótima notícia.

        -Como assim mãe? Então realmente estamos falidos?

        -Sim, Camila, teremos que deixar a casa hoje. — A mulher afirmou.

A garota encerrou aquela ligação nada agradável, não estava afim de ouvir nenhuma notícia ruim. Seu desejo era que aparecesse a oportunidade de torna aquela realidade que estava vivendo em algo inexistente.

        -Como assim, Camila? — A garota se ao ouvir a voz de Lauren, que saiu de sua sala para ir ao banheiro e no caminho encontrou a menina ao telefone e foi inevitável não escutar sua conversa ao telefone. -Sua família está falida?

Camila reagiu a pergunta com o sentimento de vergonha, vendo-se constrangida diante a situação não se deu a liberdade de responder a pergunta de Lauren, e sim correu para não ter mais que encarar a garota ciente do seu "fracasso".

(...)

O sinal do intervalo começou a soar, anunciando a chegada de um dos horários satisfatórios para qualquer aluno, o intervalo. Dulce intencionada a esvaziar a sala junto aos seus colegas de classe teve seu braço segurado por Demi pedindo para que ela não saísse. A dona dos cabelos, agora loiros com mexas rosas, terminou a copia do texto escrito no quadro, fechou o caderno e começou a guardar seus materiais na mochila, porém não a fechou e pôs a bolsa sobre a mesa.

A garota juntou suas mãos com a da ruiva, demostrando uma pequena tremedeira causada por um pequeno nervosismo.

        -Você está tremendo. — Dulce comentou ao perceber. -Aconteceu alguma coisa? Porque se atrasou hoje?

       -Bom... — A garota se interrompeu. -Você tem alguma novidade? Conta primeiro enquanto eu tomo coragem de falar a minha. — Dulce ficou um pouco confusa, mas assentiu e resolveu da um pouco de espaço a garota.

       -Ontem recebi o sobrenome do meu pai. — Falou. -Agora sou Dulce Maria Savinon, pode parecer estranho, mas já me adaptei a esse novo sobrenome.

        -Fico feliz por você. — Demi afirmou abraçando a ruiva.

       -Agora me conta, o que está acontecendo, senão sou eu que ficarei nervosa. — Sorriu.

Demi capturou a mochila, e por dentro, retirou uma caixa cor vermelha e entregou a ruiva, continha vinte chocolates com recheio de morango.

       -Nossa. — Disse Dulce observando a caixa. -Muito, obrigada, de verdade. — Demi sorriu. -Foi por isso mesmo que se atrasou? — Perguntou surpreendida, e teve a confirmação da garota. -Meu Deus...

        -Mas as coisas não param por aqui... Abra-a. — E assim Dulce obedeceu e abriu a caixa, encontrando um cartão. -E leia em voz alta. — pediu.

        -Certo. — Sorriu e iniciou a leitura. -Sei que podemos ser felizes juntas, e não imagino felicidade longe de você, então lhe pergunto... — No instante pausou.

Flashback on

Cara e Dulce encontravam-se sentadas sobre um galho forte de uma árvore que conseguia suportar firmemente o peso corporal de ambas as meninas. A garota adorava subir em árvores, mantinha uma forte paixão por natureza, na primeira vez que expressou o tal gosto Dulce, incentivou a morena subir junto a ela em uma macieira localizada no Central Park, motivando a ruiva perde o medo por altura.

A macieira estava preenchida por seus frutos vermelhos naquela época. Cara com uma incrível habilidade incrível, ficou de pé sobre o galho sem nenhum medo.

       -Senta, por favor, você pode cair. — Dulce pedia vendo a menina arrancando um dos frutos da árvore.

      -Relaxa. — Sentou-se novamente ao lado da ruiva preocupada. -Olha como é bonita. — Referia-se a maçã em sua mão.

      -Você é louca. — Disse negando com a cabeça.

       -É saudável ser louca. — Começaram a sorrir.

       -Vou anotar isso.

A menina mordiscou a maçã e ofereceu a garota que aceitou, Cara matinha seus olhos iluminados admirando a menina que mastigava o fruto. Podia-se ser comparada a tentação, do qual não conseguiu resistir. A garota já segurava suavemente o queixo da ruiva, aproximando seus lábios nos dela, não era primeira vez, o primeiro beijo entre ambas havia acontecido a algum tempo.

        -Preciso de dizer algumas coisas.

        -Pode falar. — A ruiva permitiu transmitindo confiança a menina.

       -Faz meses que nos saímos juntas e a cada dia isso tem significado muito pra mim. — Pegou na mão de Dulce, e de repente percebeu um hematoma em seu antebraço. -Se machucou novamente? — Cara ergueu o semblante aguardando a resposta da morena que engoliu a seco e pensava na desculpa que pudesse convence-la.

       -Me machuquei, não lembra quando eu escorreguei no chão da padaria? — Isso realmente havia acontecido enquanto passava pano no chão.

      -Você disse que não havia se machucado.

      -Não queria te preocupar. — Mentiu.

      -Dulce, eu sempre disse que estaria com você? Não disse? — A garota assentiu. -Não me encomodaria em nada em cuidar de um simples machucado em seu braço.

       -Desculpa, OK? Realmente você tem me provado isso, você cuida de mim desde que causei susto em vocês...

      -Não vamos falar sobre isso. — Interrompeu a menina que mostrou-se incomodada em tratar sobre o assunto. -Não precisa se desculpar, entendo que você não queria me incomodar. E quero que saiba definitivamente que não precisa esconder nada de mim, você nunca me incomodará.

      -Ok. — Assentiu.

     -Como eu antes dizia, os dias que saímos tem significado bastante para mim, então, decidi oficializar o que temos. Dulce Maria...

Flashback off

         -...Espinoza Savinon. — Demi continuava -Quer namorar comigo?

(...)

       -O William na mesa dos fracassados? — Anahí perguntou referindo-se a Ucker, Normani, Dinah, Lauren e Chris. Os únicos presentes no momento. -O que deu no seu namorado May?

       -Ele também é amigo do Ucker. — A latina fez expressão enojada. -E também simpatiza com os outros, ao contrário de você não temos preconceito, Anahi, eles são gente como nós.

Anahí revirou os olhos e optou não debater com a amiga "seladora da paz."

        -Camila, meu amor. — Disse para amiga que acabara de chegar pondo a bandeja sobre a mesa e sentou-se ao seu lado. -Você saiu no meio da aula e não voltou mais, e eu conheço quando você esta estranha. Quer desabafar? — Gritarias puderam ser ouvidas, impedindo a menina de justifar qualquer resposta.

Anahi e seus amigos verificaram de onde partia a agitação, e não lhe agradou em assistir a cena de Dulce e Demi abraçadas lado a lado, a ruiva demostrava uma expressão tímida. Will levantou-se da cadeira e apertou a mão de ambas as meninas, e disse algo do qual Anahi não conseguiu indetificar.

         -Amor, o que aconteceu para eles estarem tão alegres? — Maite perguntou ao namorado que voltou para mesa.

         -Demi e Dulce estão namorando. — O loiro respondeu, e Anahí começou a se engasgar com o alimento em sua boca atraindo atenção dos seus colegas.

        -Elas formam um bom casal até. — Poncho pela primeira vez se pronunciou.

A latina centrou novamente seu olhar para mesa ao lado, e dessa vez, percebeu que Dulce parecia realmente feliz, devido ao seu sorriso. Anahí encarou seu prato e tentou voltar a digerir o alimento em seu prato, porém não conseguia.

        -Eu vou ao banheiro. — Levantou-se -Preciso retocar minha maquiagem. — Deu sua desculpa, e saiu.

(...)

        -Precisamos fazer nosso primeiro programa juntas como namoradas. — Demi comentou com Dulce ao chegarem perto estacionamento do automóvel da dona dos cabelos loiros.

Somente existiam dois carros que separavam o carro de Demi do de Anahí, por isso era possível que a latina escutasse a interação entre ambas as garotas a sua frente.

      -Eu busco você, então. — Dulce disse e deu um selinho em sua atual namorada.

Dulce montou em sua moto, ajeitou o capacete e saiu do estacionamento a fora, Demi fez o mesmo dirigindo seu carro.

Anahi olhava para o recente corte em seu antebraços, e o tocava com a ponta de seu dedo sentindo a pequena ardência.

      -Anahi. — A mesma se espantou quando Camila a chamara, no instante cobriu o antebraço com a manga de seu casaco.

      -Quer me matar mais do coração? — Disse para amiga.

       -Mais? — Perguntou confusa.

       -Sim, você me assustou, e fico observando outras coisas também. — Suspirou. -Mas isso não lhe vem ao caso. Você quer falar alguma coisa?

       -Sim, eu vim desabafar, como você disse que eu poderia lá no refeitório.

        -Prossiga.

        -Meu pai sofreu um golpe na empresa e consequentemente o encaminhou para a falência, minha família esta cheia de divida, teremos que vender nossa casa, e outros bens materiais, por isso está muito difícil para mim. — Tudo o que Camila esperava por um abraço, mesmo tendo conhecimento dos comportamentos de Anahí, matinha esperanças de ser compreendida por sua amiga de anos.

        -Você agora é nada mais e nada menos que uma fracassada. — A latina respondeu.

       -Mas Anahí...

       -E o que você ouviu, trata-se de procurar uma outra turma, porque na minha você não anda mais. — Virou as costas, deixando sua ,agora ex-amiga, horrorizada.