Fanfic: Destiny - Portinon | Tema: AyD
Para esquerda, direita, de bruços ou até de barriga para cima, era assim que Anahi movimentava-se sobre o colchão da cama de solteiro. Já estava desperta, mas ainda se encontrava de olhos fechados desejando retornar ao sono profundo. Cobriu-se ainda mais com o lençol branco, e novamente voltou a posição de bruços. Ao perceber que não conseguiria dormir novamente, decidiu parar de persistir.
"Que horas são?" Perguntou-se mentalmente ao abrir os olhos.
Observou a cama ao lado no intuito de encontrar Dulce ainda sobre ela, mas a mesma estava vazia, fazendo Anahí acreditar que estava sozinha, porém esse pensamento durou apenas em alguns segundos, ao olhar para frente logo se deparou com a ruiva, e arregalou os olhos ao reparar as costas nuas da menina. Sim, Dulce somente estava vestida com uma calça jeans, quando terminou o banho, percebeu que das peças de roupas que carregou até ao banheiro lhe faltou a principal, seu sutiã do qual já o procurava na bagagem, pois não havia arrumado ainda as roupas no closet do quarto.
Não demorou em localizar a peça lilas, fechou a mala com zíper e saiu da posição ajoelhada. Não percebera que Anahí já se encontrava desperta, e nem imaginava esta sendo observada pela mesma. Devido a isso virou-se sem pensar, sem ainda nem está vestida.
As bochechas da latina corou ao bater olhos nos seios da ruiva, a mesma não ficara diferente, rapidamente os cobriu com seus braços.
-Ah... Anahí, perdão, achei que estivesse ainda dormindo, por isso escolhi me vestir rapidamente aqui. — Dulce explicava-se envergonhada.
-Não tem problema, Dulce. — Colocou a mão sobre a visão. -Pode continuar, e avise quando terminar. — A ruiva assentiu.
Anahí pela primeira vez adimitia-se a sí mesmo o quanto se satisfez com a cena. Tanto que não continha a resistência em mater a visão totalmente coberta, disfarçadamente abriu uma pequena fresta em seus dedos. A vontade em ficar boquiaberta ou moder os lábios era imensa, porém isso estragaria seu disfarce.
-Eu já terminei. — Dulce avisou terminando de abotoar a camiseta xadrez e nem ao menos desconfiara da espionagem de Anahí.
A menina descobriu totalmente os olhos.
-Hum, pode me informar as horas?
-Claro. — Direcionou-se até a cama aonde o seu aparelho celular estava jogado. -12:10. — Disse após conferir.
-Deus, perdi o café da manhã.
-Eu também. Acordei a 11:30, estranho, não sou acostumada a acordar tarde.
-É o resultado da viagem do dia anterior. — Sorriu.
-Bom, isso é verdade. — Também sorriu.
-Vou me arrumar. — Disse abandonando a cama.
(...)
Anahí atrasou-se dez minutos para o almoço. Ao comparecer na sala de jantar, todos os presentes na mesma já estavam sendo servidos. A menina não perdeu tempo, logo se juntou a eles. O tempo de alimentação também serviu para algumas conversas, Anahí e Dulce chegaram trocar poucas palavras, mas quando é no caso de pessoas que nem ao menos se olham, o fato de falar coisas uma com a outra fazia muita diferença.
Pablo chegou a conclusão que Dulce precisaria conhecer a fazenda, e para isso um passeio a cavalo era necessário.
-Eu nunca andei em um antes, não sei cavalgar. — Dulce demostrava o seu receio.
-Anahi você poderia leva-la na garupa em seu cavalo já que o seu pai levará a Isabella? — O idoso pediu.
Mari em algum canto da sala transmitia uma expressão para que a filha desse alguma desculpa.
-Er... Tudo bem. — Respondeu ignorando os pedidos indiretos de sua mãe, mesmo ciente de que escutaria variados sermões vindo da mulher, porém inventaria uma desculpa e já havia uma armazenada em sua mente.
O Patriarca da família acompanhou todos até o celeiro, exceto Marichelo e Dona Grace que decidiram permanecer em casa.
-O lugar aonde nossas preciosidades moram. — Pablo referia-se aos cavalos, o velho mantinha um imenso amor pelos dez animais que habitavam o celeiro.
-A-Aonde es-está o Se-Se-ba-bastian? Que-Quero ver ele. — A pequena Isa perguntava sobre seu cavalo.
-Na última porta a esquerda querida.
A menina rapidamente correu até o local dito pelo avô. A pequena também obtinha o seu cavalo, só não cavalgava a sós com ele, seus pais ainda a achava muito nova, e era necessário a presença de um adulto, e Fernando na maioria das vezes era o encarregado disso.
-Anahi, não precisa me levar para cavalgar se não é de sua vontade. — Disse Dulce enquanto acompanhava a menina até o seu cavalo.
-Não se preocupe, não estou fazendo por uma obrigação, e sim porque eu quero. — A ruiva imediatamente mostrou-se surpreendida. -Bom, Dulce, esse é o Frederick. — Apresentou o cavalo abrindo a porta.
O animal rapidamente reconheceu a dona e logo deu um passo para frente e abaixou a cabeça no intuito de receber sua carícia. Frederick havia sido o presente de aniversário de dez anos de Anahí, dado pelo seus avós. Assim como a irmã caçula, cavalgou nas primeiras vezes acompanhada de seu pai, e só ganhou a liberdade de faze-lo a sós quando completou seus 14 anos. Sua pelagem é inacreditável. Um tom que varia, mas quase sempre é dourado, refletindo com intensidade a luz do Sol, a vasta e revolta crina e os músculos salientes dão ao animal uma beleza incomparável.
-Ele é muito bonito. — Dulce elogiou.
-Pode acaricia-lo, não precisa ter medo, ele é manso. —Anahi assegurou a ruiva.
A mesma deu de ombros, querendo dizer a sí mesmo o quanto o medo era bobo, porém era meio difícil, seu corpo estava um pouco trêmulo, mesmo assim sua mão já encostava no topo da cabeça do animal.
-Você tem razão. — Afirmou.
-Eu não disse? — Anahí disse e sorriam. -Vejo que faremos nossa caminhada a sós.
Ambas olharam pelos cantos do celeiro e não havia mais ninguém além delas.
(...)
Anahí permanecia guiando seu cavalo por variadas áreas da fazenda, Dulce admirava cada espaço, tomara conhecimento de outros animais, plantações e alguns trabalhadores do quais não deixava de acenar em cumprimento. Ambas pausaram a cavalgada no exato momentos que as iris castanhas e esverdeadas começaram a brilhar ao avistar uma bonita plantação de flores de todas as variedades. As meninas caminhava em meio ao campo florido, Anahí comentava que na última vez que comparecera a fazenda, aquela área não estava bonita, rica e colorida como se encontrava recentemente, e pelo jeito fizeram um bom trabalho em zela-la.
A ruiva estava apaixonada, e decidiu seguir o seu desejo em colher duas flores de diferentes cores. Ela permaneceu com a vermelha e presenteou Anahí com a amarela, a latina adorava essa cor, mas encorajou-se em fazer outra coisa, aproximou-se de Dulce, colocou uma mexa de cabelo por de trás de sua orelha e pôs a bela flor ali, a menina sorriu em agradecimento, e se deu a liberdade em repetir o ato.
Para não perderem tempo por ali, ambas as garotas retornaram até o cavalo. Anahí foi a primeira a montar sobre ele, logo em seguida Dulce.
-Vejo que pegou o jeito. — A latina comentou causando um pequena gargalhada na ruiva. -Te levarei ao local, aonde particularmente eu gosto muito.
-Então vamos nessa.
Segurou firme na cintura da garota que passou o comando ao animal, e continuaram a cavalgar. Era sua primeira experiência, e para ela estava sendo perfeito. Os seus fios de cabelo voavam livremente com a força do vento, o mesmo vento que batia em seu corpo e causava uma sensação maravilhosa. Naquele instante não tinha mais nenhum conhecimento do medo que antes a habitava.
-Estamos chegando. — A latina avisou adentrando a uma mata.
-Uau. — Dulce disse explorando cada canto com seus olhos.
-Eu sempre venho quando estou aqui. — Puxou a rédea do animal fazendo com que ele parasse.
Ambas desceram ao chegarem no local destinado. Anahí guiou Frederick até a cachoeira, permitindo o animal matar a sede bebericando a água, após isso o amarrou a uma árvore próxima ali, ao ver que o cavalo estava firme o deixou ali e foi caminhando até uma pedra aonde sentou-se para descansar, Dulce juntou-se ficando ao seu lado.
A latina cerrou os olhos, e aspirou fundo, emanando o aroma no ar.
-Adoro visitar aqui quando eu quero organizar meus pensamentos, esse ambiente me trás uma calmaria. — Anahí concluiu e ficou alguns minutos em silêncio, permitindo-se ouvir o som das águas batendo nas rochas.
-É muito bonito. — A ruiva disse observando.
-Nunca trouxe alguém junto a mim.
-Admito está surpresa com a confissão. — Disse atraindo os olhares e o sorriso da loira. -Vamos nadar nessa cachoeira?
-Está louca? — Franziu o cenho.
-Não, estou bem sã, acredite.
-Não estamos usando roupas de banho.
-Quem disse que precisa? Não me importo de ir assim mesmo. — Levantou-se da pedra dirigindo-se até a menina.
-Mas...
-Por favor. — Pediu segurando a mão da latina.
-Deus. — Ergueu cabeça pra cima olhando o céu. -Ta bom. — Deu-se por vencida.
As meninas retiraram as botas e as apoiaram na pedra, a ruiva ofereceu sua mão a latina que não exitou em segura-la. Ambas caminharam de mãos dadas até a margem, Anahí chegou a reclamar da água gelada e que a temperatura causava calafrios, mesmo assim não desistiu e mergulhou por inteiro.
Dulce demostrava o quão forte era sua empolgação em nadar em meio as águas cristalinas, Anahí repetia todo o mesmo processo do mergulho da ruiva. Ambas exploravam mais a a fundo a cachoeira, após isso retornaram a superfície encararem-se frente a frente. O contato visual durou cerca de alguns segundo, até ser quebrado por um jato de água direcionado a face de Anahí.
-Vai ter volta. — Declarou.
Rapidamente Dulce começou a nadar de pressa, gargalhando da garota Portilla possuída pelo desejo de revidar. As jovens pareciam que retornaram as raízes de sua infância.
-Não adianta, você não consegue me alcançar. — Dulce gabou-se.
-Não se engane dona Maria.
A ruiva sentiu a mão da latina agarrada em seu pé, o que a fez parar, logo em seguida pelo braço, em assim surgiu a oportunidade da garota devolver o jato de água no rosto de Dulce.
-Porra, Anahí.
-Você que começou.
-Isso é verdade e agora vou continuar.
Isso deu inicio a uma guerra aquática entre Anahí e Dulce, e não importava a vencedora, o foco era se divertir. Ambas começaram não sentir energia mais para aquilo, e optaram por sair da água.
Dulce passava as mãos pelas roupas retirando o excesso de liquido, Anahí torcia o cabelo enxarcado fazendo a água cair pelo chão. A ruiva somente observava os movimentos da menina, até que uma pergunta aleatória surgiu em sua mente:
-Como você está sobre o Alfonso? Você ainda o ama, certo?
-Er... Eu. — Olhou para o chão. -Nunca estive apaixonada por ele.— Disse a verdade. -Eu o namorava para agradar minha mãe, nunca o enxerguei mais do que um amigo.
-Mas como? Ontem você estava chorando por ele e dizendo que estava apaixonada...
-É por outra pessoa, Dulce. — Olhou para o chão meio sem jeito.
-Uau, ele deve ser um cara de sorte então. — Disse fazendo Anahí olha-la novamente com cenho franzido.
-Ele não sente o mesmo por mim.
-Impossível, você é... — Interrompeu-se.
-Sou o quê?
-Eu não quero que você me entenda errado e pense que estou dando em cima de você.
-Esqueça isso. Somos só duas pessoas conversando... Agora diga, eu sou o quê?
-Linda, inteligente e... Apaixonante.
-Vo-cê me acha... Me acha linda? — Corou.
-Acho... — Confirmou.
-Então você poderia se apaixonar por mim?
-Anahi... — Dulce era possuída por uma pequena quantidade de receio de falar mais alguma coisa e a latina pensasse que ela estivesse dando em cima dela e desperta-se o seu lado grosseiro, pois ainda tinha a visão da mesma com ódio de homossexuais.
-Dulce?! — Disse aproximando-se mais da mesma.
-Anahi... — Repetiu o nome da latina.
-O quê? — Sussurrou continuando ainda a se aproximar.
-Não faz isso...
-Porque não? — Perguntou já acariciando o rosto da ruiva.
Dulce queria resistir a essa tentação do qual estava sendo colocada, mas no momento que pôs suas mãos na cintura da menina. Ambas continuavam se entreolhando, até Anahí fechar os olhos pronta para beijar a garota.
"E agora?" Dulce pensou mentalmente, mas deixou o orgulho de lado e admitiu a si mesmo que queria aquilo, então deu de ombros e decidiu ceder.
-Anahi. — Ambas afastaram-se ao escutar uma terceira voz, mais um relinchar de cavalo que não veio do Frederick.
-Belinda. — Anahí disse entre dentes.
-Oh, Any, desculpe te atrapalhar. — Debochou. -Mas fui obrigada a te procurar porque seus avós e seus pais estão preocupados, e imaginava que estivesse aqui.
-Muito bem, e obrigada. — Agradeceu ríspida revirando os olhos.
-Só não imaginava que estivesse acompanhada... Você é a Dulce?
-Sim, sou eu.
-Uau, Anahí, não imaginava que tivesse uma irmã tão gata. — Disse aproximando da menina que ficou um pouco sem jeito. -Prazer, sou Belinda Peregrin, filha do caseiro. — Estendeu sua mão.
-Prazer. — Apertou a mão da menina.
-Aceita voltar no meu cavalo? — Anahí ficou boquiaberta com a audácia de Belinda.
-Bom, eu... — Dulce não conseguiu terminar a frase.
-Não precisa ter vergonha, será uma honra ter sua companhia. — Insistiu deixando a ruiva sem saída.
-Ta bom, eu aceito. — Belinda imediatamente abriu um sorriso e acenou para que Dulce a acompanhasse.
A ruiva olhou para latina que estava com os braços cruzado e uma expressão nada boa de incredulidade, até desviou seu olhar para não ter que encarar Dulce.
(...)
-Aonde você se meteu? — A pergunta de Mari vinha carregada de chateação.
-Que isso Mari, fica calma. — Nando pediu.
-Eu estava na mata perto da cachoeira, mama. — Anahí respondeu.
-E decidiu entrar na água com roupa e tudo? Cadê o seu juízo, Anahí Giovanna?
-A ideia foi minha, eu que a incentivei. — Dulce decidiu entrar no meio para defende-la.
-Ah, claro, da onde poderia surgir uma ideia tão imb...
-Mari, elas são jovens, estavam se divertindo, não há necessidade para escândalos aqui em minha casa. — O velho Pablo interviu. -Além disso, isso pode ser resolvido quando elas se trocarem, certo meninas?
-Certo vovô. — Anahi concordou.
Ao subirem a escadaria, a latina olhou para face da sua mãe ainda enfurecida, estava ciente de que o sermão não acabou por ali.
-Perdoe a minha mãe. — Disse a menina ao abrir a porta do quarto.
-Não é necessário, já me acostumei com a ideia de que ela nunca vai me aceitar. — Dulce disse adentrando ao cômodo e por ser a última a entrar fechou a porta.
Anahí não declarou mais nada sobre a situação, pois conhecia a mulher que lhe trouxe ao mundo, e sabia o quanto Dulce tinha total razão.
-Quem tomar banho primeiro? — Anahí encaminhou para outro assunto.
-Pode ir nesse banheiro, vou no do quarto da Isa. — A latina assentiu. -Anahi. — A chamou quando a mesma já se encontrava na porta.
-Diga. — Virou-se para olha-la.
-Você é foi uma ótima companhia para mim nessa tarde.
-Eu lhe digo o mesmo.
A declarações fizeram brotar um sorriso em ambas as faces.
Autor(a): savinonylovato
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 48
Para comentar, você deve estar logado no site.
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candy1896 Postado em 14/09/2019 - 16:20:55
Continuaa
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candy1896 Postado em 12/07/2019 - 17:14:57
Continuaaa
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candy1896 Postado em 13/01/2019 - 23:52:44
Continuaaa
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candy1896 Postado em 05/05/2018 - 21:06:24
Continua, não desiste da fic
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AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 15:17:29
Continue estou amando
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candy1896 Postado em 25/02/2018 - 20:42:18
Continuaa
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candy1896 Postado em 15/02/2018 - 21:12:17
Continua, acho que os avós vão adorar Dulce. Espero que Fernando se separe da Mari pois ela é péssima influência para Anahi que esconde seus sentimentos por preconceito e para nâo decepcionar a mãe.
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candy1896 Postado em 31/01/2018 - 20:33:05
Continua
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anahisavinon Postado em 18/01/2018 - 23:47:47
contiunua (:
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candy1896 Postado em 18/01/2018 - 01:11:07
Continua