Fanfics Brasil - Miami Destiny - Portinon

Fanfic: Destiny - Portinon | Tema: AyD


Capítulo: Miami

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Na chegada ao aeroporto, Fernando devolveu o carro que alugara para ida até a casa de Blanca buscar a garota que conhecia recentemente como sua filha, pois havia imaginado que ao se mudar, ela teria várias coisas além de uma simples bagagem, e seria difícil carregá-las em um táxi. Após devolver o veículo na locadora de carros que localizava-se dentro do próprio aeroporto, o homem direcionou-se, junto a hispânica, até o balcão de embarque, apresentaram todos os seus documentos de identificação, mais os bilhetes das passagens. Como Fernando sempre costumava ser adiantado, assim facilitava a vida de qualquer atendente. Após feito o check-in e entregue as malas, ambos procuraram o salão de embarque, e obrigatoriamente passaram pelo detector de metais, ao ver que não havia nenhum problema, foi permitida a entrada dos dois para o portão de embarque aonde esperariam o avião durante meia hora.



Em absoluto, Fernando já escutara a história de que a primeira impressão é aquela que permanece, cuidadosamente zelava pela própria imagem para não fazer papel de pessoa fria, sem sentimentos que não se importava com o próximo, não era uma tarefa nada fácil agir com naturalidade quando se descobre que tem uma filha do dia para noite, era necessário um tempo de adaptação, além de muita informação conjunta, não havia ainda se acostumado com isso, e acreditava que a garota ao seu lado, completamente silenciosa, também não. Clima desconfortável de vinte minutos em que o avião estava sobre o céu, Fernando arriscou terminá-lo puxando algum assunto, mas foi sem sucesso, a menina respondera de forma educada, porém limitada e continuou olhando para o céu azulado, através do vidro transparente, observando a paisagem que parecia tão pequena. Voar no céu dentro de um avião era algo novo para Dulce, porém nenhuma sensação de medo tomava conta de seu ser, parecia ser consequência de suas experiências da vida que não permitia mais temer.



(...) 



Após descerem as escadas do avião e pegaram as malas, Fernando e Dulce caminharam até ao aeroporto e avistaram um senhor, com cabelos grisalhos e calvos, olhos da cor de mel, vestindo um terno bem engomado.



-Bem vindo de volta, Senhor Fernando. - O motorista o cumprimentou. - Essa é a menina? - O homem assentiu a cabeça em confirmação.



-Carl essa é a Dulce, e Dulce, esse é o Carl, meu motorista. - Apresentou um ao outro, e educadamente o senhor estendeu a mão e disse o quanto era um prazer conhecê-la, a garota o retribuiu apertando a mão coberta por um luva branca.



Ambos entraram no carro, era um modelo mais luxuoso e espaçoso do que o anterior.



Há poucos minutos que conhecera a filha percebera a conduta tímida e fechada dela, mesmo a entendendo não desistiu, tentou mais uma vez puxar um assunto da garota que no momento enxergava as ruas de Miami através da janela semi aberta. Dessa vez ganhara os olhos atenciosos de Dulce, talvez fosse um bom começo.



Os minutos do trajeto transcorreu com diálogos rápidos e objetivos, o suficiente para que Dulce soubesse que Fernando é ainda casado com sua primeira esposa com quem teve duas filhas, que a mais velha tem dois anos de diferença de sua idade, e se chama Anahi, e a mais nova, Isabela, de dez anos.



Apesar de Anahi ser somente filha de Marichelo, Fernando a considerava como uma filha legítima, sentimento recíproco vindo da latina, vide que nem conheceu seu verdadeiro pai, pois o mesmo chegou a falecer antes de seu nascimento.



        -Finalmente chegamos. - Carl falou parando o automóvel diante de um enorme portão escuro, automaticamente foi aberto, revelando a enorme e bem arquitetada mansão.



Dulce não esperava por nada simples, já soubera que aquele senhor era um dos empresários mais bem-sucedidos, dono de uma enorme rede de supermercados em Miami e algumas partes dos Estados Unidos. Obviamente sua transparência não lhe permitia esconder sua fascinação, nem de longe já esteve perto de algo tão extravagante.



(...)



      -Onde está Anahi? - Fernando logo perguntou ao notar a ausência da filha, as únicas presentes no local eram Marichelo e uma menininha com um belo olhar meigo, parecendo uma boneca de porcelana, essa era Isabela.



A garota havia ido para escola, pois era época de provas, e hoje eram suas últimas, mas normalmente naquele horário ela já estava em casa.



      -Ela me ligou avisando que sairia com o namorado. - Marichelo naturalmente respondeu.



Fernando esbravejou, não ficou nada contente com a atitude antipática da filha, Anahi foi devidamente informada sobre a chegada de Dulce, e optou por sair, não fez questão de estar ali recepcionando sua agora irmã, agiu com total falta de respeito. O homem nada falou sobre, apenas guardou para si, queria manter as aparências, mesmo estando meio envergonhado, seu objetivo foi contornar a situação.



-Bom, essa aqui é a Dulce, minha filha. - Apresentou colocando a mão no ombro da menina. Marichelo não teve qualquer boa vontade ao observar a garota, a olhou da cabeça aos pés pausadamente, causando nervosismo na garota.



-Seja bem vinda, Dulce. - Marichelo falou, seca, estendeu sua mão com sorriso falso no rosto. Dulce não se iludiu com a falsidade, raramente deixava se enganar por alguma, mas apertou a mão da mulher educadamente, com sorriso e agradeceu suas boas vindas forçadas.



-E-eu, lhe di-digo, o mesmo. - Foi a vez da Isabela se pronunciar, com sua dificuldade na fala. -Vo-você é muito bo-bonita. - Dulce sorriu para grande gentileza da pequena, que por sinal, era a mais transparente daquele meio, não forçou nada, suas bochechas estavam um pouco coradas e as mãos atrás das costas.



-Muito obrigada, você também é linda. - Depositou um beijo no rostinho da menina e a abraçou.



Fernando lembrou que Dulce deveria estar cansada dessa longa viagem, e assim a chamou para apresentar o seu quarto, subindo a enorme escada, passando pelo enorme corredor, até chegar em uma porta, abriu e apresentou-lhe o enorme cômodo e sinalizou que ela poderia entrar.



-Sinta-se a vontade, Dulce.



-Obrigada. - A garota agradeceu, sentado-se na cama, vendo uma de suas bagagens já postas no quarto pelo motorista, Carl, com a ajuda de outro empregado. 



-Caso precise de alguma coisa, não hesite em me chamar.



-Pode deixar, Seu Fernando. - Dulce o tratou com toda formalidade, sem tentar ser cruel e impiedosa, apenas cedo demais para acomodar-se em chamá-lo​- de pai.



-Pode me chamar somente de Nando. - Foi compreensivo, e Dulce somente assentiu, observando o homem retirar-se do quarto.



Assim que estava a sós começou a analisar cada canto daquele cômodo, graças a curiosidade, a menina parou em frente a sacada enorme perto de sua cama, direcionou-se até lá já estando com o vidro aberto, acabou de esbarrando sem querer em uma das cadeiras posta ali. A vista do céu já sendo tomado pela noite estrelada.



Às lembranças desagradáveis caíram sobre sua mente, era difícil contê-las diante o silêncio. O sentimento de solidão e saudade era doloroso, estava longe das pessoas que mais lhe faziam bem, e principalmente da que realmente ganhou seu sentimento de entrega.



"Isso será apenas mais um peso para sua lista de sofrimentos, Dul." Sussurrou consigo mesmo já sentindo seus olhos pesarem. A menina os revirou, e fez negativo com a cabeça, impedindo suas lágrimas de caírem.



Ela voltou novamente ao quarto, e retirou o celular do bolso das calças, e o ligou, estava lotado de mensagens, a maioria ela deixaria para ler depois, somente uma pessoa lhe importava no momento.



Dulce: Oi



Cara: Hey, como você está? Chegou bem?



Dulce: Fisicamente sim. - Suspirou. -Já o meu interior, péssimo.



Cara: Fizeram alguma coisa com você?



Dulce: Não, Fernando pareceu ser uma pessoa maravilhosa, a filha dele mais nova me recebeu muito bem, uma graça, só a esposa dele que não gostou de mim, mas não achei muito problema.



Cara: Entendo porque está assim.



Dulce: Mais uma vez minha mãe estragando a minha vida.



Cara: Se ela entrou em uma clínica de reabilitação, não é o que ela está querendo fazer, ela tá querendo mudar e você tá sendo o motivo disso.



Dulce: Fez e acabou me afastando de vocês, estou morando com pessoas estranhas.



Cara: Eu também estou mal com a distância, mas tudo isso é para o seu bem, pense nisso.



Dulce: Não importa, da mesma forma ela estragou minha vida como sempre fez.



Cara já conhecendo Dulce, sabia que aquela conversa estava sendo em vão, a garota não mudaria de opinião, principalmente naquele instante, era orgulhosa demais em relação a mãe, levaria tempo para que ela realmente pensasse com a cabeça fria, sem qualquer ressentimento.



(...)



Dulce retirava os resíduos de água do seus fios de ruivos, com a toalha branca que encontrara no banheiro, já havia vestido sua roupa ali mesmo.



-Entre. - Disse ao ouvir batidas na porta.



-Licença. - Nando pediu após abri-la, colocando a metade do seu corpo dentro do quarto. -Passei só para avisar que Anahi já chegou, e o jantar está servido.



-Ah sim, já estou descendo. - Dul afirmou, e Nando assentiu, e logo fechou a porta.



A verdade era que a moça não queria descer, pensou em dizer algo como desculpa e ficar quieta no seu canto, demorou uns minutinhos até decidir ir.



Dulce já estava no corredor, encostou-se na parede e digitou algo como "Agora eu vou conhecer a minha outra irmã." para um grupo de whatsapp aonde os participantes eram ela Joshua e Cara. No momento em que enviou, coincidentemente, ou não, ouviu um som de porta sendo fechada, e girou seus calcanhares para verificar quem era, deparando-se com uma garota.



"Só pode ser ela." Pensou encarando a menina de cima a baixo.



A garota usava vestindo evasê colorido com detalhes em azul e uma sandália de salto da mesma cor. Seus longos cabelos loiros estavam amarrados em um rabo de cavalo e uma leve maquiagem completava seu visual típico de uma patricinha.



-Você é a Dulce? - Anahi perguntou.



-Sim, sou eu. - Confirmou.



Anahi olhava a garota a sua frente totalmente incrédula. Dulce fugia completamente dos padrões impostos pela alta sociedade na qual a latina vivia. Seus longos cabelos eram rebeldes, a camisa xadrez dava um visual de interior que a latina achava cafona, a calça surrada com alguns detalhes rasgados, e um par de tênis escuros, Dul vestia um dos perfis que Anahi mais odiava: o de uma pessoa sem qualquer gosto para moda.



-Você já deve saber que eu sou a Anahi, não é? - Dulce assentiu e ao tentar dizer algo, foi logo cortada. -Ah então, meu pai está nos esperando na sala de jantar. - Somente disse e saiu, sem prolongar muito as coisas, segundo seus ideais, essa "gentinha" não merece sua atenção.



Dulce ficara meio boquiaberta, parecia não acreditar na forma que foi recebida e sub julgada.



(...)



O jantar seguia em silêncio, era possível escutar somente o barulho dos talheres batendo nos pratos. A pequena Isabela parecia incomodada com isso, começou a contar sobre a peça de teatro que participaria em sua escola, Anahi só ignorava, bebendo seu suco de laranja, Marichelo revirava seus olhos, somente Dulce e Fernando lhe davam atenção.



-Isabela, você pode comer em silêncio hoje, por favor? Eu estou com dor de cabeça e sua gagueira está começando a me irritar. - Marichelo falou, sem muita paciência, e Isa encolheu-se com seus olhinhos cheios d'água.



Dulce abandonou seu garfo e faca, engolindo o seu último pedaço da refeição e se mostrou indignada com a atitude grosseira da mulher, uma das coisas que a ruiva mais detestava era ver uma criança sendo maltratada. A imagem de Isa despertou-lhe pena, não poderia deixar isso ficar assim.



-Isso parece interessante, Isa. Quando terminar de comer, podemos ir para o quarto e você continua a me contar. - Soltou uma piscadela, e a menina retribuiu com um sorriso contente ao ver alguém lhe dando atenção, que não fosse seu pai.



-Isabela tem horário para dormir. - Foi a vez de Anahi se pronunciar, parecendo mesmo uma tentativa de ataque e provocação, Dul teve ainda mais absoluta certeza que não errou em ter chegado na conclusão de que a menina era arrogante.



-Dulce recém chegou, não está adaptada aos horários, nem à nossa companhia, acho que não faz mal elas conversarem um pouco. - Fernando defendeu, também não gostando da atitude de ambas as mulheres, deixando-as com expressões de poucos amigos.



-E-Eu já ter-termi-minei de comer... Po-podemos ir?



-Como eu também já terminei, podemos sim. - A pequena se encontrava feliz, saltitante, pegou na mão de Dulce, e foi a guiando até seu quarto, aonde contou tudo sobre a peça e até mostrou como seria sua fantasia.



(...)



Sair com sua camiseta favorita do Bob Marley, era um detalhe importante para Dulce, sua touca cinza também não poderia faltar, era um objeto essencial. Poderia atrair atenção de qualquer garoto ou garota com suas pernas expostas, já que resolveu usar um simples short.



-Não é implicância com a sua maneira de se vestir, mas você terá que trocar esse short. - Se fosse possível, poderia ser encontrado um ponto de interrogação no rosto de Dul para o que Fernando acabara de dizer. -Lá as coisas costumam ser muito formais e não é permitido.



-É porque no meu antigo colégio eles permitiam. - explicou.



Ao passar uma semana, Fernando resolvera tudo sobre as questões do colégio de Dulce, não era mais matriculada no seu antigo colégio público em New York. Agora seria matriculada em um dos maiores em Miami, Elite Way School era o nome do lugar.



Dulce virou-se para cruzar o corredor, acidentalmente esbarrou-se em Anahi que estava com seu celular iPhone 7, agora jogado no chão, a latina abaixou-se imediatamente para pegá-lo e sentiu-se aliviada ao ver que não causara nenhum dano à tela, graças a uma película protetora.



-Não olha mais por onde anda? - Anahi disse grosseiramente. 



-Me desculpe. - Dulce pediu sincera e educada. - Eu realmente não te vi.



-Meninas, sem estresse! Está muito cedo para gritaria e pancadaria. - Fernando falou impedindo a discussão.



Enquanto isso, Anahi percebeu o short justo e curto de Dulce, não evitando olhar para suas pernas fartas com a pele lisa.



-Esse short não está nada adequado, o ambiente lá é respeitável caso você não saiba, eles não toleram esse tipo de traje. - Anahi implicou, não aceitava que no fundo estava adorando e apreciando aquilo, apesar de ser errado.



-Anahi, eu já avisei isso a ela, deixe-a em paz. E não se atrase, Dulce, não quero levar as duas em cima da hora para o colégio. - Fernando disse. Dulce saiu caminhando para trocar sua roupa silenciosamente, e Anahi sentou-se acompanhado Fernando, o único presente na mesa, pois Marichelo havia saído para um compromisso de suas amigas da alta sociedade, e o motorista da casa já levara a pequena Isabela para seu colégio.



-Comigo o senhor não precisa se preocupar papai, o Poncho vem me buscar. - A garota comentou sobre o seu namorada, enquanto preenchia sua xícara com café quente.



-Ele já está a caminho?



-Não, ele me avisou que demoraria uns dez minutos.



-Então dá tempo de cancelar a carona, hoje eu levarei você.



-Não precisa.



-Por acaso algum problema?



-Não há nenhum. - Na verdade o problema era com Dulce, Anahi parecia não suportar a presença da outra, seu preconceito não lhe permitia isso. Só que Fernando não era bobo, não nasceu ontem, sabia exatamente tudo o que estava rolando.



-Então sem mais, Anahi, desmarque e ponto, fim de papo. - Fernando usou seu tom autoritário, e Anahi não debateu, sabia que as coisas ficariam sérias, não encontrou outra alternativa a não ser mandar uma mensagem desmarcando com Alfonso.




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Autor(a): savinonylovato

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • candy1896 Postado em 14/09/2019 - 16:20:55

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 12/07/2019 - 17:14:57

    Continuaaa

  • candy1896 Postado em 13/01/2019 - 23:52:44

    Continuaaa

  • candy1896 Postado em 05/05/2018 - 21:06:24

    Continua, não desiste da fic

  • AnBeah_portinon Postado em 23/03/2018 - 15:17:29

    Continue estou amando

  • candy1896 Postado em 25/02/2018 - 20:42:18

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 15/02/2018 - 21:12:17

    Continua, acho que os avós vão adorar Dulce. Espero que Fernando se separe da Mari pois ela é péssima influência para Anahi que esconde seus sentimentos por preconceito e para nâo decepcionar a mãe.

  • candy1896 Postado em 31/01/2018 - 20:33:05

    Continua

  • anahisavinon Postado em 18/01/2018 - 23:47:47

    contiunua (:

  • candy1896 Postado em 18/01/2018 - 01:11:07

    Continua


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