Fanfic: Destiny - Portinon | Tema: AyD

Anahi procurava se divertir na tentativa de de escapar daqueles pensamentos. O acontecimento entre ela e Dulce fazia ela se perder nos campos do martírio, da autoculpa, por quase ter caído em tentação em beijar uma garota. A latina escolheu despreencher a mente com a companhia de seu namorado, porque segundo ela, era a única solução para esquecer o momento do qual ela julgava ser repugnante.

A latina concentrara seu campo de visão nas iris esverdeadas de Poncho, acariciara com palma de sua mão naquele rosto suave, aproximando ambas as faces e encostando no do rapaz. O dono dos cachos não entendia porque Anahi o beijava tanto, isso não era comum na relação deles. Para Alfonso estava sendo complicando, só aceitou o convite da namorada para ir no parque de diversões porque estava sendo muito atormentado pelos pais sobre como se comportar no próximo evento em que eles foram convidados na semana passada pelos seus amigos de classe média alta. Parecia que essa era a única importância deles, pois nem ao menos perguntava ao filho o que aconteceu durante seu dia. Se não fosse o tal caso, Poncho não aceitaria sair com Anahi, muito pelo contrário ele queria evita-la desde que soube de um certo acontecimento.

Flashback on

Poncho enviou uma mensagem no whatsapp de Chris, e no mesmo instante o garoto o respondeu:

Chris: Olá, Pompom — As covinhas de Poncho transpareceram ainda mais com seu sorriso bobo, e o brilho de seus olhos poderiam ser comparados a uma constelação. A muito tempo não era chamado desse apelido pelo garoto.

Poncho: Vim lhe entregar as fotos. — Não perdeu tempo em direcionar o toque em sua galeria, e selecionar a tais fotos pedidas. Por algumas fontes Poncho sabia que sempre depois da aula Eddy costumava tomar banho em uma cachoeira, portanto o seguiu, escondeu-se em uma área aonde não poderia ser visto e bateu as fotografias em seu telefone.

Imagem

Seu amigo vai conseguir autodestruir as mensagens mesmo né? Não se esqueça que o pai do Eddy é delegado. Ele pode lhe investigar, ainda acho que não deveria ser passado aqui.

Chris: Fiquei tranquilo, Richard é um dos meus melhores amigos hackers que eu já conheci, se depender ele invade o sistema do FBI e depois nem deixa rastros, nada vai nos acontecer.

Como soube que Eddy estaria na cachoeira nu?

Poncho: Zoraida, a ex namorada do Eddy, ela me contou.
Ela é minha grande amiga.
Depois que terminou com ele saiu da escola, e ela nunca me disse o motivo do término e nem porque saiu.
Ai me pergunto, será que foi por isso?

Chris: Eddy é um cretino e safado mesmo.
Agora estaremos nos vingando por ela também.

Poncho: Sim.
E também eu não gosto dele.
Não gosto como ele trata você. — Corou em perceber o que dissera.
-... E aos outros. — Disfarçadamente completou, mas Chris sabia o que o garoto quis dizer.

Chris: Entendi.

Poncho: Me diz uma coisa.

Chris: Fale.

Poncho: Como a Anahi foi ridícula com que o Eddy fez com a Dulce no final?

Poncho: Disse que se ela não fosse uma lésbica nojenta, Eddy não teria feito aquilo com ela.
Ou seja, ela a culpou por quase ter sido estuprada.
Você tem noção? Além de ser homofóbica é uma completa machista e nojenta.
Como você aguenta Poncho? — O garoto arregalara os olhos, por mais que fosse acostumado com os comportamentos, e se machucado com vários em relação a homofobia, esse profundamente também o feriu, e agora machista também foi o que pesou mais.

Flashback off

Poncho saiu de seus devaneios e afastou a garota que apresentou-se confusa, mas tentou deixar passar.

     -Amor, é quase nossa vez. — Anahi avisou a Poncho, quando haviam três pessoas na frente de ambos na fila da montanha russa. Ele negou com a cabeça e decidiu que não iria mais ficar calado.

     -Eu fiquei sabendo de uma coisa que não gostei, Anahi. — Desabafou, deixando a namorada ainda mais confusa. -Achei absurdo você ter culpado a Dulce por quase ter sido abusada. — Por um momento passou pela mente da latina, como o garoto sabia daquilo, mas resolveu deixar passar e se defender:

      -Ela é uma lésbica nojenta que está atrapalhando a minha vida, meus pais brigaram por causa dela, você está discutindo comigo por causa dela...

      -Não tente culpar a Dulce pelo seu comportamento homofobico e idiota, a única culpada é você. — Não resistiu e cuspiu toda as palavras presas.

Não o importava mais se havia pagado ingresso para montanha russa, só não queria ficar mais ali, então Poncho saiu, deixando Anahi só e de boca aberta, também cessando sua vontade de se divertir no brinquedo.

(...)

Dulce recebia surpresa um buquê em sua mão, flores, brancas, suaves, e com aroma bastante agradável a qualquer um. A ruiva curvou seus lábios em um sorriso, e suspirou, relembrando o número de dias que não recebia algo igual.

      -Não preciso perguntar nada, seu olhar já revela o quanto você gostou. — Demi comentou, contente com a reação da menina em relação ao seu presente.

      -São belas, Demi. — Agradeceu depositando o beijo no rosto da garota. -Fazia tempo que não recebia algo assim. — Disse com sinceridade.

      -Fico feliz em te agradar. — A dona dos cabelos azul-turquesa, pediu permissão para pegar uma das flores do buquê. -Essas são gardênias, como você já deve ter percebido, e uma flor bem perfumada e seu nome significa agradecimento. — Comentou sobre todo seu conhecimento conseguindo impressionar ainda mais Dulce. -Eu tenho uma paixão por elas. — Girava uma flor, que havia retirado do buquê, em sua mão. -E elas me lembram você. — Olhou para Dulce que se encontrava com as bochechas coradas e com o copo de água paralisado em sua boca.

Demi sem nenhum pudor, aproximou-se ainda mais perto de Dulce, pegou em sua mão, e começou a acaricia-la. A ruiva ficava sem nenhuma ação, só aceitava o ato. Anahi observava toda a cena ocorrida no sofá branco da sala de estar, se tudo antes estava mal, agora pra ela ficou pior. Trincou a mandibula, e forçou os passos, batendo propositavelmente o salto sobre o chão, intesionada em chamar atenção de ambas as garotas. Fez toda sua caminhada até a escada sem falar ou criticar, como era de sua vontade.

Demi revirou os olhos, segunda vez que a latina atrapalhava um momento entre as ambas. Dulce acomodou seu copo já vazio em cima da comoda, e continuou somente com buque na mão. Pigarreou atraindo novamente a atenção da garota ao seu lado.

       -Você disse que tinha alguma coisa pra falar. —  Mudou de assunto.

       -Sim. — Confirmou. -Vim saber se aceitará mesmo o convite do Chris para esse sábado. — Dulce abaixou a cabeça e olhou para o chão. -Sabia, essa foi a mesma expressão que você fez quando ele te convidar.

      -Eu disse que iria pensar.

      -Porque tanta dúvida? Você está com medo de que? Você não tem problemas de idade, assim como eu, Chris e Lauren. — Disse lembrando a Dulce que ela não era a única mais velha da turma. Demi, era também aluna repetente, a causa era pelo seu mau comportamento e rebeldia, já se encontrava na faixa dos dezenove. Lauren e Chris eram atrasados na escola, mas a diferença de idade era um pouco maior, enquanto Lauren ainda tinha seus dezoito, o rapaz chegou a pouco tempo em seus vinte. -E mesmo quem é mais novo terá acesso, pois o dono do bar é o tio do Ucker.

       -Não é medo, são questões de lembranças. — Confessou.

       -Sua ex-namorada, não é? — Dulce assentiu. -Entendo que vá trazer uma lembrança, até porque você costumava a frequentar esses tipos de lugares com ela.

      -Exatamente, fico feliz por me entender. — Sorriu.

      -Mas eu não concordo. — A ruiva arqueou as sobrancelhas. -Não é justo que você se prenda por quem te largou, você precisa se divertir. Por favor, vamos, vai ser legal, prometo te distrair bastante e você nem irá lembrar dela, juro. — Dulce não resistiu em conter a risada, sua amiga conseguia lhe fazer bem. -Vamos, por mim, pelo Chris, é um grande passo dele, e ele quer os amigos estejam lá.

       -Com certeza irei. — E assim Dulce mostrou-se convencida pelas palavras da garota.

(...)

Dulce estava aproveitando seu tempo livre jogando Xbox junto a sua irmã Isabela, segundo a pequena, a ruiva mandava bem no Just Dance, um de seus jogos favoritos. A partida terminou. Dulce jogou-se na cama da menor, graças ao cansaço. A pequena Isabela se mostrava completamente diferente, sua energia não parecia acabar, tanto que pedia uma outra partida, mas Dulce avisou que não poderia, pois o relógio do celular havia apontado o horário para ela se arrumar. Isabela abaixou a cabeça um pouco triste, porém compreendeu, recebeu de sua irmã um beijo no topo da cabeça antes de sair de seu quarto.

Dulce adentrou seu quarto e foi direto para o banheiro, libertou-se de todas suas roupas, entrou no boxe, e ligou a ducha, permitindo a água morna limpando o suor sobre seu corpo durante dez minutos.

Enrolada na toalha branca, adentrou no closet preenchido por suas roupas novas, mais um dos presentes dado pelo seu pai. As peças coincidiam realmente com seu estilo, o que lhe fazia crer que o homem realmente foi observado nesse quesito.

      "Qual me cairia bem para essa noite?" A garota parecia pensativa em sua escolha.

Era todas tão maravilhosas e perfeitas, por isso estava sendo tão difícil para a ruiva. Ela experimentou varias opções, até chegar a conclusão de que não poderia demorar muito, pois Demi ficou de lhe buscar as 20h 21h.

(...)

Demi dificilmente conseguia manter-se menos atraída com a beleza diante de seus olhos. Admirava a hispânica da cabeça aos pés, e pensando o quanto aquelas roupas lhe caíram bem. A blusa preta como a noite, mais a jaqueta da mesma cor, seu short jeans curto acompanhado por uma meia calça da mesma tonalidade que os dois itens anteriores, por ultimo sua touca cor vinho, foram suas perfeitas escolhas.

As duas meninas já se encontravam dentro do automovel de Demi do qual ela ainda não havia dado a partida, pois sua mente dizia o quanto ela necessitava dizer as seguintes palavras antes que ela o fizesse.

       -Preciso dizer o quanto você esta gata? — Dulce abaixou a cabeça, como sempre, ficar sem jeito era sua reação. -O que foi? Acredite, nunca vi uma beleza igual.

       -Acho que você esta exagerando. — Disse Dulce ainda olhando pra o chão.

Demi não perdeu a oportunidade de tocar no rosto alvo e guia-lo para o seu olhar, e perceber o coramento das bochechas da ruiva.

       -Você não faz ideia o quanto você é linda? — Disse olhando para boca de Dulce na intenção de aproximar-se, mas acidentalmente a palma de sua mão encontrou na buzina do carro, fazendo-a soar forte, causando um grande susto em ambas.

(...)

      -Você veio mesmo? — Chris saiu pulando quando avistou Dulce e Demi na entrada da boate. - Eu estava duvidando que viria, Espinoza. Você não parecia nenhum pouco animada quando te convidei.

     -Querido, ela foi convencida pelo charme da Demi aqui. — A garota de cabelos azuis se gabou e os dois reviraram os olhos gargalhando.

Eles foram para perto do palco onde o resto da turma se encontrava, todos dançando e rindo com um copo de bebida na mão, e Ucker se aproximou da morena de olhos verdes a tirando para dançar. Demi aceitou o convite e Demi fuzilou o rapaz com o olhar, desaparecendo entre as pessoas em seguida. Até porque todos sabiam do sentimento que o loiro tinha pela ruiva, porém ele sabia da orientação dela, e respeitava isso, não nutria a expectativa de algum dia ser correspondido.

       -Parece que tem alguém morrendo de ciúmes de você. — ele sussurrou no ouvido da ruiva que imediatamente correu os olhos por todo o salão à procura da amiga. -Vai dar uma chance pra ela?

       -Eu... Eu não sei, Ucker. Demi é legal e eu tenho um carinho enorme por ela, mas eu ainda penso diariamente na minha ex-namorada.

        -Acho que não custa nada você tentar seguir em frente... Só deixe claro desde o começo que ainda está confusa. Creio que Demi entenderá.

      -Quando é que você virou um cupido tão esperto e romântico assim? — A ruiva o encarou com as sobrancelhas arqueadas e o rapaz riu.

     -Sempre fui... Vou abrir um site na internet com o slogan "Uckermann - O Cupido Que Você Respeita".

    -Idiota. — Dulce deu um tapa no braço dele e os dois finalizaram a dança. - Eu... Vou procurar a Demi.

O loiro assentiu e a ruiva foi atrás da garota de cabelos azuis com a certeza de que iria dar uma chance a ela. Ucker tinha razão, era hora de seguir em frente.

(...)

        -Anahi? — Poncho arregalou os olhos ao ver a namorada na fila para entrar na boate. A latina parecia ansiosa e até um pouco amedrontada, já que se encolhia cada vez mais quando alguém gritava perto dela. Tocou o braço da morena que o encarou incrédula. -O que você está fazendo aqui?

      -Eu... Eu... - Anahi não sabia o que responder. Estava ali por causa de Lauren, mas o namorado nunca a entenderia se ela tentasse explicar. -Eu é que te pergunto... O que você veio fazer nesse lugar?

Poncho também não sabia o que dizer. Ele queria ver Chris cantar e nunca havia imaginado que Anahi apareceria em uma boate de  rock, a qual não fazia nenhum pouco o estilo dela. Os dois se encaravam esperando uma resposta plausível, mas tiveram seus pensamentos interrompidos por uma terceira voz.

      -Vocês vão entrar? - O enorme segurança perguntou com um olhar desconfiado. Poncho imediatamente assentiu. -Os ingressos e os RG, por favor.

O rapaz entregou um documento falso no qual constava que ele tinha vinte anos. Ao passar pela porta de vidro que dava acesso ao interior da boate, Poncho notou que Anahi encarava o segurança assustada e voltou para ajudá-la.

       -Ela está comigo. Eu me responsabilizo. — Disse com firmeza e o homem assentiu liberando a passagem da latina.

(...)

Chris já se encontrava com os pés no palco, e olhos brilhando com o público. Seria eufemismo dizer que o rapaz sentia-se orgulhoso, era algo maior, e nem o mesmo poderia medir o tamanho de sua alegria. Não era um show em uma turnê, era em um bar, mas quem disse que isso não tinha um valor? Era mais um degrau para sua banda, "Direction" formada a um ano e meio, por ele e mais três de seus amigos. Chris era o vocal e guitarrista, Diego era o guitarrista base, Jack baixista e Richard o baterista.

Ambos também ficaram orgulhosos ao serem informados da notícia, que Chris havia conseguido esse emprego no "Rock in Bar" aonde o tio de Ucker era o dono, com a ajuda do amigo, claro. Chris deixou asseguro que um dia o agradeceria da melhor forma, só não sabia como.

Richard soou com as baquetas uma contagem regressiva, ao chegar no três, todos os começaram a tocar seus instrumetos, Chris aproximou sua boca ao microfone e estreou cantarolando uma de suas primeiras composições, No Control.

"Stained coffee cup
Just that fingerprinted lipstick's not enough
Sleep, where you lay
Still a trace of innocence on the pillow case"

O público gritava, tiravam os pés do chão, alguns até cantavam junto, o que indicava que tudo estava no agrado deles. Exceto Anahi, a garota do laço vermelho, mantinha os braços cruzados, expressão fechada, achando tudo muito desinteressante, bizarro, a maioria das pessoas cobertas por tatuagens no braço, pernas ou no rosto, pirching perfurando algum local do corpo. Internamente a latina se perguntava, o que passava na cabeça dessas pessoas em fazerem isso consigo mesmo, enfeitando seus corpos com essas coisas estranhas.

Anahi saiu do lado de Poncho que mantinha sua atenção no palco, assim como a latina, ele também encontrava-se menos agitado, só que sem nenhum preconceito, na realidade estava bastante centrado no palco, como se somente Chris estivesse nele.

Mas essa visão tornou-se impossível quando Diego, aproximou-se de Chris, dedilhando as cordas de sua guitarra, o rapaz sorriu e continou cantando, olhando para o guitarrista.

Poncho sentiu uma pontada de ciúmes, porém decidiu classificar como se fosse nada demais, e sim somente colegas de banda empolgados no palco.

"The battle's down my eyes are closed"

"No control"

A parte final da música foi cantada, todos começaram a bater palmas, e os integrantes agradeciam bastante alegres. Sem perder tempo iniciaram outra:

[Magic]

"B-b-b-baby c'mon over I don't care if people find out They say that we're no good together And this never gonna work out."

Dulce sorria com Demi cantarolando ao seu lado, menina já se encontrava um pouco "altinha", o álcool em seu copo era o responsável por isso.
  
         -Você canta bem. — A ruiva elogiou ganhando um sorriso em troca da dona dos cabelos azul-turquesa. A mesma surpreendente enfrentou sua timidez e tomou iniciativa em por seus braços sobre os ombros da ruivaa.

        -Acho que você está exagerando, baby. — Disse perto do ouvido da ruiva, que incrivelmente pôs as mãos em sua cintura.

      -Tenho certeza que não estou. — Respondeu perto da boca da garota, a deixando impressionada, não era impressão, Dulce estava lhe dando liberdade.

      -"Cause you, you've got this spell on me" — Demi voltou a cantarolar a parte que coincidentemente dava clima ao momento, passando o polegar na bochecha da ruiva, quebrando qualquer distancia existente entre ambas faces.

Dinah, Normani, Ucker e Lauren, avistavam a cena do beijo mais esperado, acontecer.

      -O que nos resta é entrar no clima. — Disse Dinah e Mani concordou, também inciando um seguinte beijo.

      -Nem vem, você sabe que essa não é a minha praia. — Disse Lauren enquanto Ucker a olhava. O rapaz somente riu.

    -Na verdade eu ia comentar que estamos sobrando. — Lauren acompanhou a risada junto com o amigo, decidiram pegar mais bebidas e não continuar "segurando vela" para os casais.

Enquanto isso, Anahi desejava que o acontecimento fosse somente um pesadelo, e que pudesse acordar dele e o considerar um susto. Piscava seus olhos diversas vezes, mas nada adiantava, tudo aquilo era real.

Demi e Dulce ainda continuavam com o toque suave de lábios, sorriram uma para outra, selaram e o iniciaram um mais profundo novamente.

A latina empurrou a porta do banheiro feminino, e o adentrou sentindo seus olhos pesarem, suas tentativas de não cair nas lágrimas era falhas, as observavam ser traidoras diante ao espelho. Passava a palma da sua mão no rosto tentando conte-las mas xingou-se internamente ao espalhar um pouco mais do seu rímel borrado em suas bochechas. Abriu a torneira passou água no rosto, e em seguida o secou. Pensou logo em sair dali, classificou ser o pior ambiente que havia frequentado, o responsabilizava por ter feito parte de uma de suas piores noites.

Anahi virou-se para sair deixar o local, e acabou assustando-se ao bater de frente com Dinah, que a olhou preocupada ao ver o estado de seu rosto.

         -Anahi? — A mais alta perguntou surpresa. -Você por aqui?

        -Er... Eu, vim acompanhar meu namorado. — Mentiu, e Dinah sabia disso pois a conhecia muito bem. Porém a mais alta não sentia-se na liberdade de perguntar algo mais a prima, pois estavam brigadas desde a época de certos acontecimentos.

Ambas escutaram risadas vindo da porta, a mesma foi aberta permitindo a entrada de Dulce e Demi. Lauren acidentalmente derramou cerveja na roupa da ruiva. Os sorrisos cessaram e o clima ficou um pouco estranho, as quatro garotas se entreolhavam sem saber o que dizer, porém os olhares de Anahi pertenciam mais a Dulce, incomodando Demi e despertando curiosidade em Dinah e na morena.

A latina saiu não querendo ficar ali mais nenhum minuto.

      -Porquita por aqui? — Demi perguntou.

     -Isso foi novidade até para mim, mas ela disse que só veio acompanhar o namorado. — Dinah respondeu.

    -E porque ela estava chorando? — Dulce perguntou, nem a própria sabia o porque se incomodava com isso.

      -Deixa ela, Dulce, deve ser porque ela esta vendo os gays felizes. — Demi alfinetou.

(...)

A banda havia dado uma pequena pausa, e Chris tomou liberdade em pegar bebidas no barzinho, fez o seu pedido ao barman, e encostou no balcão aguardando as garrafas de cerveja.

Poncho andava um pouco lento e nervoso em ir falar com o rapaz e elogia-lo.

       -Chris? — O chamou, ganhando a atenção do rapaz, que se surpreendeu ao ve-lo. O mesmo havia comentado sobre seu novo trabalho, não imaginou que ele estaria ali.

      -Poncho, você aq...

      -Chris, amor. — Diego chegou interrompendo a fala do parceiro de banda, depositando um selinho em seus lábios e o abraçando. -Só pra avisar que os meninos e eu combinamos de dá um role depois daqui.

      -Er... Di...

      -Você topa?

      -Aqui estão. — Avisou o barman entregando as quatro garrafas cheias.

Chris olhou para o lado, e Poncho já não se encontrava mais ali, ficou cabisbaixo em relação a isso, Diego, sem querer, não apareceu em uma boa hora.

Chris foi beijado, e chamado de amor por outra pessoa, e Poncho não conseguia suportar, isso corruía, e tornava-se fortemente doloroso em seu coração.

         -Ai. — Queixo-se ao tombar em alguém, nada mais e nada menos que Anahi. -Desculpa.

       -Eu quero ir embora, não suporto mais aqui. — A garota soltou logo de uma vez.

       -Eu também não aguento. — Suspirou. -Vamos. — Concordou.

(...)     

O bar encontrava-se quase vazio, e os adolescentes decidiram ir embora, pois já estava tarde e cansados. A saída foi carregada de brincadeiras relacionadas ao novo casal "Dulvato", comentavam o quanto "shippavam" e torciam tudo dessem certo, e Ucker era um bom cupido para as relações.

Ambas mantinha o abraço, e alguns beijos.

      -Usem camisinha. — Lauren gritou.

      -Não estamos preparadas para ser tias ainda. — Dinah também entrou na onda.

Todos riam descontroladamente, enquanto Dulce encontrava-se corada, mas também gargalhava da situação.

Demi ligou os motores do carro, e o mesmo dava partida, Dulce olhava para trás observando os amigos dando o seu sinal de despedida enquanto o carro de distanciava.

      -Dorme na minha casa hoje. — A dona dos cabelos azuis pediu, olhando para as estradas vazias.

      -Você não acha que esta cedo demais pra isso? — Dulce engoliu a seco.

       -Não é o que você está pesando. — Demi achou engraçado a reação da garota. -É só dormir mesmo.... E alguns beijinhos.

        -Tudo bem. — Sorriu.