Fanfic: Os opostos — Portinon | Tema: Portinon

   POV ANAHÍ

  Esperei ela sair com  o carro pra entrar em casa. Eu não acredito nisso. Beijei a capitã Savinon! Era mais do que eu poderia imaginar. Passei a língua pelos lábio, o gosto dela ainda estava na minha boca. Eu não saberia descrever a sensação que tomou conta de mim ao tocar aqueles lábios e senti-la explorar cada pedaço da minha boca.  Suspirei ao subir as escadas ainda com ela no pensamento. Por mim eu beijaria aquela garota a noite toda, sabe-se mais o quê. Sorri ao imaginar como seria senti-la por inteiro e automaticamente senti meu corpo se excitar com o menor estímulo. Tomei um banho demorado, li um pouco e adormeci em seguida.

 POV DULCE

    Acordei com a luz do Sol entrando pelo meu quarto. Franzi a sobrancelha com dificuldade pra me adaptar à claridade e olhei no relógio em cima do criado-mudo. 9:00 da manhã.  E eu achando que dormiria até depois de meio dia. Acho que não sei mais dormir até muito tarde. Eu estava até disposta, hoje. Resolvi aproveitar o Sol e dar uma corrida no parque. Meu pensamento viajou pela noite passada. Anahí... Que garota era aquela. Ela me tirava o juízo, mal sabia ela como me deixava boba. Logo eu que nunca quis nada sério com ninguém, me via agora querendo aquela garota pra mim. Só pra mim. Eu sei é meio obsessivo, mas eu a queria. Será que ela já está acordada? Busquei meu celular embaixo do travesseiro e procurei pelo número já salvo na minha agenda. No terceiro toque ela atendeu.

   - Alô.

   - Anahí? Oi, sou eu. - Esperei que ela reconhecesse minha voz. 

   - Dul? Oi, que bom que ligou.

   - Você estava dormindo? Porque se estava eu posso ligar depois e...

   - Não, que nada. Tô meio que procurando algo pra comer. Minha mãe viajou e eu fico meio perdida por aqui. - Ela riu.

   - Cuidado pra não quebrar nada, nem fazer arte por aí. - Soltei uma risada gostosa.

   - Ha ha, muito engraçada você Dulce. - Ela fingiu irritação.

   - Então, Anahí... Você vai fazer algo daqui a pouco? - Mordi o lábio esperando a resposta dela.

   - Não, por que?

   - Ah, é que ainda é meio cedo e tenho esse tempo livre... Tava pensando em dar uma corrida pelo parque e queria saber se você não quer vir junto.

   - Tá me chamando pra sair de novo? - Ela perguntou com ar divertido.

   - Tô te chamando pra uma corrida no parque. Não é nada à luz de velas ou coisa do tipo. - Desdenhei também em tom brincalhão.

   - Ai mais que chata. - Ela riu alto. - Pode ser sim, capitã.

   - Então, daqui a uma meia hora a gente se encontra lá, pode ser?

   - Pode sim. Até lá. - Ouvi o bip sinalizando o fim da ligação.

  Resolvi ir me aprontar. Tomei um banho rápido, afinal eu ia suar mesmo, e vesti roupas leves de ginástica. Um top preto, short justo também preto de tecido confortável e uma regata branca por cima do top. Passei pela cozinha só pra pegar uma maçã, eu comeria algo pelo parque. Alcancei as chaves do carro na mesinha de centro da sala e saí.

  

   POV ANAHÍ

   Eu já estava a caminho do parque. Resolvi ir caminhando pra aquecer o corpo. Eu usava um short frouxinho nas pernas daqueles de corrida azul claro, top branco e blusa branca confortável, fora os óculos escuros. Cheguei ao meu destino em poucos minutos, já que era pertinho da minha casa e sentei em um dos bancos de madeira que tinham bem no começo. Ainda não havia sinal de Dulce, então resolvi comprar uma água de côco enquanto esperava por ela. Não demorou quase nada até que eu avistasse a BMW estacionando do outo lado da rua e a figura gosto... digo, bonita vindo em minha direção. Ela estava tão sexy naquele shortinho curto que tive que respirar fundo algumas vezes até que ela me alcançou.

   - Acredita que a gasolina do meu carro estava na reserva? Tive que parar pra abastecer no caminho. - Ela abriu aquele sorriso que me tirava o fôlego se sentando ao meu lado no banco.

   - Bom dia pra você também, capitã. - Segurei o riso tomando mais um gole da minha água de côco.

   - Bom dia. - Ela disse ainda sorrindo. - E aí, vamos correr ou vai ficar aí que nem uma dondoca metida a besta tomando água de côco?

   - Dondoca, eu? Ora faça-me o favor... - Fingi indignação, o que a fez gargalhar. Eu nunca tinha ouvido uma gargalhada tão engraçada na minha vida. Sabe aquelas risadas gostosas de se ouvir? Nossa, mas parando pra pensar assim, tudo nela era gostoso, até a risada. Foco, Anahí.

   - Anda logo, Portilla. - Ela disse se levantando.

       Dulce marcou 20 minutos no relógio de pulso que ela usava e começamos a correr sem muito esforço. Pra falar a verdade nunca fui um exemplo de resistência fisica e com 5 minutos de corrida eu já estava morta. Dulce só ria da minha cara e por vezes passava por mim e me puxava pela blusa.  Resolvi sentar quando já pingava de suor enquanto ela completava sua corrida. A capitã acabou por correr quase uma hora seguida, e toda vez que passava por mim, eu me permitia olha-la de cima a baixo. Ela era um espetáculo e suada, então? Eu mal conseguia ignorar o fato de que ela estava me deixando extremamente excitada. Sentia meu corpo esquentar furiosamente só de olhar pra ela que já não corria, só andava calmamente. Enquanto ela vinha na minha direção, subiu a camiseta que vestia por cima do short e tirou. Ok Dulce Maria, se seu intuito era me deixar à beira de um colapso, está conseguindo. Nem preocupei em disfarçar meus olhares pra barriga definida, pros seios apertados dentro do top e a tatuagem na costela que só poderia ser totalmente vista se o top fosse retirado. Ela usava a camiseta pra limpar o suor da testa e das costas. Ela também estava pingando. A barriga brilhava pelas gotas de suor que caíam copiosamente. 

   - Anahí, você tá bem? - A voz dela me despertou.

    - Cala boca, capitã. - Antes que eu pudesse pensar no que estava fazendo, me coloquei de pé em frente a ela e a agarrei pela cintura. Levei minha mão à nuca descoberta pelo rabo de cavalo e a beijei com vontade. Uma vontade que era mais forte do que eu. Ela foi pega de surpresa num primeiro momento e não correspondeu de imediato, mas logo se rendeu também me puxando pra ela com as duas mãos. Passei minha mão esquerda pelas costas suadas, deslizando por toda sua extensão e minha mão parou em sua cintura. 

   - Anahí... Tem pessoas aqui. Elas estão olhando, sabia? - Ela sussurou entre um selinho e outro.

   - Não tô nem aí. Eu não ia conseguir ficar mais um segundo sem te beijar. - Falei de volta acentuando cada palavra com um selinho.

   - Escuta, vamos comigo até minha casa, eu tomo um banho e almoçamos juntas. O que acha?

   - Pode ser. - Falei me afastando dela e segurando sua mão.

  Eu mal consegui esperar que chegássemos ao prédio onde ela morava. Nem parei pra observar seu apartamento já que estava ocupada demais observando outra coisa. Vi Dulce colocar a chave sobre a mesinha de centro e se virar pra mim. Ela me olhou como se fosse me devorar e veio na minha direção. Me agarrou pela cintura e foi me empurrando até a parede me prendendo entre o concreto e seu corpo. Nos olhamos por mais alguns segundos como se algo pudesse ser dito através de um simples olhar. Quando ela atacou minha boca e introduziu sua língua quente entrando em contato com a minha, não pude deixar de gemer baixo entre o beijo. Nossas mãos se aventuravam uma no corpo da outra como se a cada toque algo novo e mais prazeroso fosse descoberto. Levantei uma das pernas de modo que ela pudesse se encaixar melhor em mim e assim ela o fez. Dulce pressionava seu quadril contra o meu e apertava minha coxa enquanto a mão livre me segurava firme pela cintura até que desceu seus beijos pela extensão do meu ombro. Ela ainda estava suada, o que fazia com que minhas mãos deslizassem pelas costas dela. Eu apertava qualquer pedaço descoberto que eu alcançasse e meu desejo estava quase tomando conta de mim por completo quando senti uma leve mordida ser depositada no meu trapézio me fazendo gemer baixo e Dulce se afastou delicadamente.

   - Como você consegue fazer isso comigo, garota? - ela sussurrou com a testa colada na minha. A essa altura, ambas já estávamos suadas e ofegantes.

   - Você que faz com que eu perca todo o juízo que eu tenho, Dul. - Sussurrei de volta. Minha voz era puro desejo.

   - Eu quero você pra mim. Eu quero poder dizer que você é minha e estourar a cabeça de qualquer filho da mãe ou qualquer mulherzinha oferecida que tentar  dar em cima do que é meu. 

   - Eu sou sua, capitã. - Ela sorriu e me deu mais um selinho demorado.

- Vou tomar um banho rápido. Você pode usar o banheiro do quarto de hóspedes. Já levo roupas pra você e vamos almoçar, certo?

   - Parece ótimo. Não demore. - Mordi de leve seu lábio inferior e fui na direção do corredor que dava nos quartos.