Fanfics Brasil - Capítulo 6 (PARTE 2) A Dama da Ilha(adaptada)

Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 6 (PARTE 2)

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Nisso, ele a surpreendeu.



– A luz a esta hora do dia é muito fraca. Permita-me melhorar a luminosidade.



E para espanto ainda maior de Dulce, Christopher acendeu a lamparina a óleo que estava sobre o console da lareira e segurou-a no alto, diretamente sobre Lucais, que continuava deitado na mesa da cozinha.



Dulce não soube o que dizer, murmurou um agradecimento e voltou a tratar da ferida do animal. Eles ficaram em silêncio, e Dulce escutou Rob se servindo. Ele, um pequeno glutão, misturava leite e seis pedrinhas de açúcar no chá. Ela devia tomar cuidado e não deixar a jarra ao alcance dele. Lucais respirava com regularidade, mas seu dono arfava de ansiedade, sem muita fé na capacidade de Dulce.



Foi então que eles ouviram o ruído de uma gata que pulara para o chão. Eirica passeou pela sala para inteirar-se do que acontecia. Alguns instantes depois, um bater de asas anunciou a presença de Joe, o corvo de estimação de Dulce, que se empoleirou em uma das vigas mais baixas, para acompanhar as ocorrências. E Sorcha, a vira-lata de pelos claros de Dulce, estava debaixo da mesa com expressão preocupada: Lucais era um de seus companheiros preferidos.



E, apesar de tudo isso, Dulce não deixou de ficar sensibilizada pelo homem que estava ao seu lado... Isto é, um pouco mais perto do que “ao lado”. Christopher Uckermann inclinava-se sobre ela para manter bem iluminado o local do ferimento que ela suturava. Tão perto que Dulce podia sentir o considerável calor do corpo dele, apesar do manto que usava. Ela se enganara ao pensar que, vestido, o doutor Uckermann fosse menos intimidador. De qualquer forma, ele era uma presença marcante e aterrorizante. Era bastante ameaçador aquele físico volumoso inclinado sobre ela.



Ou pelo menos era o que deveria ser. Oh, ela não se sentia à vontade. Parecia estar ali a sós com um homem bonito e robusto. Relativamente sozinha. Rob e Hamish não contavam, pois os dois juntos não seriam capazes de tirar Christopher Uckermann de cima dela, caso ele resolvesse assediá-la de maneira inconveniente.



O que, infelizmente, ele não fez.



“Infelizmente?” Mas o que estava se passando com ela? Ora, estava se comportando como Maeve, que ansiara pelo jovem médico como se fosse uma colegial apaixonada. Até o perfume do sabão que o doutor Uckermann usara para se barbear naquela manhã teve um efeito perturbador sobre ela. Era um aroma penetrante, de limpeza, que ela reconheceu como o sabão de lavanda da senhora Murphy. A mulher provavelmente emprestara uma barra para o jovem médico. Não era uma fragrância provocante, no entanto, causou um ligeiro arrepio em Dulce.



Aquele odor, juntamente com o cheiro das roupas que deviam ter sido lavadas antes da viagem, era curiosamente tentador. Dulce garantiu a si mesma que isso acontecia porque fazia muito tempo que ela não ficava perto de um homem que tomava banho com regularidade, mas não adiantou. Quando terminou de suturar o ferimento de Lucais, sentiu que estava com o rosto vermelho, como num tórrido dia de verão. Teve que se desculpar e foi para o quarto.



Fechou a porta, correu até o lavatório e aplicou uma toalha molhada no rosto. O que havia de errado com ela? Estava tão enrubescida como ficava Anahí quando Lorde Glendenning aparecia na porta.



E por quê? Porque um homem – que era limpo e exalava um perfume como nenhum outro que ela encontrara ultimamente – estivera muito próximo dela.



Ridículo! Tratava-se apenas do médico jovem e irritante que o conde contratara para fazer da vida dela um inferno. Lorde Glendenning o chamara de fanático, e estava coberto de razão. Que motivo haveria para um homem com um cheiro tão delicioso aventurar-se nessas terras longínquas do norte?



O doutor Uckermann só iria se decepcionar. Em Skye ele não teria glória nem dinheiro, com certeza.



Ela asseguraria que assim fosse.



Enquanto ela se refazia da ansiedade e arrumava algumas coisas no quarto adjacente que ficava sempre trancado, Christopher passava o tempo conversando com Hamish, que vencera a antipatia pelo médico e lhe contava os detalhes do acidente com o cão, incluindo aí algumas referências nada elogiosas ao conde e a seu péssimo hábito de espalhar armadilhas por suas terras.



– Ele diz que os lobos podem comer seus cervos – Hamish afirmou –, mas eu nunca vi lobos por aqui. Só raposas.



O doutor Uckermann anuiu, sentado à mesa de jantar, apoiando o queixo em uma das mãos, enquanto com a outra acariciava a orelha direita de Lucais.



– Enquanto isso – Hamish continuou – os cães quebram as patas.



– A pata não está quebrada – Dulce disse ao voltar. – O osso pode estar machucado, mas não se quebrou.



O doutor Uckermann se levantou com cortesia, como um cavalheiro londrino, quando ela apareceu. Foi impossível não notar que o olhar escuro dele ficava brilhante ao fitá-la. Dulce desviou a vista, um pouco nervosa por descobrir que estava novamente com calor, mesmo depois de ter-se lavado com água gelada.



– Mesmo assim, vou enfaixar a perna dele com uma tala – ela explicou, aliviada por conseguir falar com naturalidade, ou pelo menos foi o que lhe pareceu. A presença do médico atraente não a afetava. Nem um pouco. – Você terá que evitar que Lucais arranque a tala. Certo, Hamish?



O menino respondeu qualquer coisa ininteligível. O que talvez se devesse ao fato de ele ter se servido, assim como Rob, de um pedaço do bolo de especiarias que ela deixara esfriando no aparador, pois os dois estavam com a boca cheia.



– Sua técnica é esplêndida – Christopher elogiou Dulce, apontando para a pata de Lucais. – Foi seu pai quem lhe ensinou a suturar?



– Foi. – Dulce se sentou, procurando não demonstrar como se sentia abalada pelo olhar do médico. Esperava que ele não começasse a se mostrar bondoso. Como continuaria a odiá-la, se ele a tratasse com bondade?



– Presumo que desde que seu pai deixou a ilha, a senhorita vem cuidando das pessoas daqui.



– Das pessoas – disse Dulce com um pauzinho na boca, enquanto enfaixava a pata do cachorro – e de seus animais, como o senhor pode ver.



– A senhorita deve estar aliviada por eu ter vindo.



Ela o olhou com espanto. De todos os arrogantes, convencidos...



– Deve ter sido um esforço excessivo para a senhorita – ele acrescentou, receoso de que suas palavras houvessem sido mal entendidas... como de fato foram. – Quero dizer, pelo fato de estar à disposição de todos na aldeia. Imagino que a senhorita tem coisas melhores para fazer.




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Autor(a): leticialsvondy

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– Na verdade, não – Dulce retrucou. – Ela falou com mais clareza por haver retirado o pequeno pedaço de madeira da boca para ajustá-lo à pata de Lucais. – Bem, apenas pensei... que... uma jovem... Todas as jovens que conheci em Londres passavam a maior parte do tempo... bem, fazendo compras, indo a festas ao ar livre e.. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43

    Já acabou? Naaaaaaaaaao

  • capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16

    Aaaaaaah,continua logoooo

  • ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04

    Vc voltou *-*

  • ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59

    Poxa, abandonou? :(

  • wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33

    OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??

  • wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31

    ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa

  • wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30

    Continua... Leitora nova e estou amando.

  • heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01

    Contt 😍😍

  • Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32

    Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^

  • millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10

    Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa


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