Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy
E como poderia deixar de perceber a respiração suave na nuca? Ficou toda arrepiada, mesmo antes que ele a tocasse.
Era evidente que teria de ficar arrepiada. Aquele era o homem que havia meia hora lhe dissera que a amava. Ele estava apaixonado por ela! Ela, Dulce Saviñon, certamente a jovem mais excêntrica de toda a Inglaterra. Christopher Uckermann, incrivelmente belo, um espécime perfeito de homem, a amava!
E o que ela estava fazendo a respeito desse fato?
Nada. O que ela podia fazer? Sua missão era muito importante, e seria impossível postergar sua meta.
A menos...
Aqueles ombros eram tão largos, tão fortes! Perfeitos para que uma jovem descansasse neles a cabeça.
Nisso Christopher a beijou. Um beijo leve e num ponto pouco erótico. A nuca. E foi como se um relâmpago lhe percorresse a espinha. Ela se endireitou como uma boneca no final da corda, com todos os nervos do corpo vibrando pelo choque.
E quis protestar, quando ele a puxou para si.
Mas com um simples beijo ele transformou não apenas sua coluna vertebral, mas também sua força de vontade em geleia. Ele a fazia girar, como MacAdams enrolava diariamente a carretilha. Tentou empurrá-lo, mas em contato com a pele nua – a pele nua de seu peito que ela desejou tanto sentir desde o momento em que o conheceu – a vontade de lutar a abandonou e só lhe ocorreu quando os lábios dele tocaram os seus, que a noiva dele devia ser louca para desprezar um homem como aquele...
Christopher, embora nunca houvesse experimentado néctar – que lhe lembrava melado, de que não gostava –, poderia jurar que esse era o sabor de Dulce. Já ouvira muitas poesias românticas e imaginava que o néctar fosse uma coisa tão boa quanto a que experimentava naquele momento.
Dulce Saviñon era tão deliciosa que Christopher gostaria de prová-la em porções maiores.
Tão grandes, que não seria capaz de apenas continuar beijando-a. Ele queria bem mais do que isso.
Dessa vez, não houve interrupções. Continuava a chover, e já era noite. A época de nascimento dos cordeiros havia terminado, e pelo que lembrava nenhuma mulher estava prestes a dar à luz. Se outro cordeiro caísse no rio, ninguém conseguiria salvá-lo, pois estava muito escuro. Eram apenas Christopher e Dulce, e ele pretendia aproveitar essa ocasião rara.
Por isso, obedeceu ao impulso que lhe ocorreu no momento em que a viu sair do quarto. Teria que despi-la.
Foi um ímpeto ao qual ele nem pestanejou se entregar, e começou desabotoando o corpete com dedos ágeis e precisos. De início, Dulce não pareceu perceber o que estava acontecendo, conforme era a intenção de Christopher. Ele a manteria ocupada com o beijo – tarefa que ela executava com perfeição –, enquanto completava seu objetivo com rapidez.
Beijar Dulce era simples. Tirar-lhe o vestido, nem tanto, como ele logo descobriu. Ora, de todas as roupas que ela devia ter, por que foi escolher justo aquela?– Christopher – ela murmurou, sem afastar dele os lábios, enquanto ele – um cirurgião que empunhava um bisturi com segurança – se atrapalhava com o sexto ou sétimo botão, sendo que havia muitos mais.
– Psi... – ele procurava acalmá-la e intensificou o beijo.
Pronto. Conseguiu. Esse último botão estava na altura do V entre os seios. Se Dulce se opusesse a ele continuar, deslizaria então a mão por dentro do corpete e a acalmaria de novo. Pelo que se passou entre eles no salão de baile de Glendenning, Christopher havia percebido que ela era facilmente excitável.
Dulce também sabia disso, ainda mais que ele a beijava e usava os dedos – com o máximo de eficiência – para fazer o que não devia. Como, por exemplo, tirar-lhe a roupa.
Dulce não queria ser despida, se fosse para sentir o calor imenso que o peito de Christopher irradiava. Ela estava convencida que desapareceria numa onda de fumaça. Bastava um sopro, e ela se desintegraria como um graveto na fogueira.
Por que deixar que Christopher a beijasse daquela maneira? Era um erro. Os beijos de Christopher Uckermann afastavam de sua mente qualquer outro pensamento que não fosse... Christopher Uckermann. E isso não podia ser uma boa coisa. Podia?
Assim como os dedos que ela sentiu roçar nas laterais de seus seios. Ali não era o lugar deles, era? Quando estava a ponto de protestar, aqueles dedos fizeram algo que não lhe pareceu justo. Mergulharam dentro do corpete e acariciaram a pele alva de seu peito. Aquilo não podia estar certo, podia?
Nisso ela achou que havia acontecido um milagre. Christopher soltou mais um botão do corpete, e os seios de Dulce se revelaram diante do brilho das chamas e daquelas mãos ansiosas. A partir daí, tudo lhe pareceu perfeito. Era como se as palmas das mãos de Christopher houvessem sido feitas para envolver seus seios, levantá-los e acariciar um e outro, inclusive os mamilos. As restrições de Dulce quanto aos carinhos íntimos ainda não estavam esquecidas, mas era tão bom, então por que pedir para que Christopher parasse? Ainda mais depois de ouvi-lo emitir um gemido e entender que ele desejava tocá-la tanto quanto ela queria que ele o fizesse.
Santo Deus, a sensação dos dedos de Christopher em sua pele nua fez que Dulce encolhesse os dedos dentro dos sapatos. Era como se seus cabelos formigassem e ganhassem vida, embora continuassem sendo os mesmos cabelos de sempre. A maneira como o restante de seu corpo reagia teria apavorado as meninas do Seminário Londrino para Jovens da senhorita Laver. Os lóbulos de suas orelhas intumesceram novamente e seus seios, ah, como haviam desejado ser tocados por Christopher!
E não era só isso. Aquela tensão inconfundível na região entre as pernas fez que Dulce notasse, com interesse mas também com a imparcialidade de uma verdadeira cientista, que havia uma correlação direta entre essa tensão, os beijos de Christopher e o local onde ele punha as mãos. Essa constrição parecia aumentar com as carícias exploratórias de Christopher e liberava, sob os vários graus de intensidade, uma umidade sedosa que parecia se acumular na nesga de reforço de sua calcinha. Essa parte de seu corpo era a que parecia desejar mais o toque de Christopher. E ela, embora fosse virgem, não ignorava que parte do corpo dele corresponderia a essa área particular que se inflamava de tentação. Dulce sentiu no abdome a forte pressão do membro de Christopher, através do tecido de seu vestido e da lã do calção dele.
Dulce supôs que devesse ficar assustada. Era uma situação em que não tinha a menor experiência pessoal para fazer uma avaliação objetiva. Mas sua sede de conhecimento suplantava qualquer trepidação que pudesse estar sentindo, e o desejo preponderante de experimentar o corpo desnudo de Christopher contra o seu ultrapassava qualquer outro receio.
Por isso ela fez aquilo que lhe pareceu natural e que os dois queriam. Através do tecido do calção, encostou a mão na parte rígida dele que desabrochava. Essa pareceu a Dulce uma maneira correta de proceder, pois Christopher deu um gemido gratificante, afastou os lábios dos dela e passou-os, quentes e úmidos, pelo pescoço e desceu até atingir um dos mamilos pálidos.
Dulce, num esforço para demonstrar o quanto apreciava aquela generosidade, desabotoou a frente do calção de Christopher, enfiou dentro dele a mão e segurou aquela parte que tanto se esforçava para alcançá-la.
Ela se surpreendeu com o comprimento e a grossura de seu membro, sem mencionar o calor que ele emitia. Christopher, surpreso – mas não ressentido – com a atitude de Dulce, abraçou-a pelos quadris e jogou-a, como fez naquela tarde, sobre um ombro e caminhou, sem a menor cerimônia, em direção à porta do quarto. Dulce começou a ficar nervosa, de modo nada científico, com a perspectiva bastante intimidadora que na certa a esperava.
Era possível que a inquietação se devesse ao fato de os lábios de Christopher não estarem mais em cima dos seus. Ou talvez fosse o calor excessivo das costas dele sobre as quais os seios de Dulce estavam pressionados. Ou quem sabe não seria a memória do que ela estivera segurando por um instante que parecia ameaçadora. Independentemente do motivo, Dulce escolheu aquele momento para dizer, em pânico, como se estivesse sufocada por estar de cabeça para baixo.
– Christopher, acho que não devemos prosseguir. Consideremos o assunto mais um pouco. Isso pode levar a complicações das quais nenhum de nós está precisando agora...
A resposta de Christopher foi deitá-la na cama e, quando ela tentou se erguer, ele a prendeu com o próprio corpo.
Autor(a): leticialsvondy
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– Christopher, estou falando sério – Dulce afirmou, com uma ansiedade cada vez maior. Aliás, uma ansiedade que provou ser transitória, já que sumir no momento em que Christopher pressionou mais uma vez com seus lábios a boca de Dulce. Um fator coadjuvante, sem dúvida, foi Christopher retomar a manipulação d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43
Já acabou? Naaaaaaaaaao
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capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16
Aaaaaaah,continua logoooo
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ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04
Vc voltou *-*
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ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59
Poxa, abandonou? :(
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wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33
OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??
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wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31
ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa
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wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30
Continua... Leitora nova e estou amando.
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heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01
Contt 😍😍
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Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32
Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^
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millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10
Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa