Fanfics Brasil - Capítulo 21 (PARTE 2) A Dama da Ilha(adaptada)

Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 21 (PARTE 2)

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– No fim tudo deu certo. Ah, vi o garoto agora mesmo. Ele deixou um buquê de margaridas na sua porta.


Dulce ficou surpresa e sorriu. Afinal, Hamish não fora tão mal-agradecido pela ajuda deles no dia anterior! Christopher ficaria satisfeito ao saber disso.


– Tive de chutá-las para poder entrar – Lorde Glendenning, continuando: – Uckermann foi embora porque Mackafee é um camarada nojento. Várias vezes eu mesmo tive vontade de dar um soco na cara dele.


– Sério? – Dulce ironizou. – Então milorde deve ter exercido um notável autocontrole durante todos estes anos.


Lorde Glendenning se mostrou ofendido.


– Um par do reino como eu não pode andar por aí batendo nos súditos. Não daria certo. Além disso, um golpe meu pode matar um sujeito.


– Ah, claro. – Dulce fez pouco-caso. – Suponho que eu deveria cumprimentá-lo por ter poupado o pobre infeliz.


– Deveria mesmo. – Lorde Glendenning olhou a lareira apagada. – O quê? – disse de modo jocoso. – Não temos chá hoje?


Dulce manteve os olhos na água com sabão.


– Ainda vou fazer.


– Perdeu a hora, hein? – O conde a ironizou. Ele parecia achar engraçada a preguiça incomum dela. – Eu também gostaria de dormir mais. Mas aqueles sujeitos das Terras Baixas não deixaram.


Dulce pôs apenas uma xícara no escorredor de madeira. Duas xícaras fariam o conde supor que ela havia recebido uma visita. Deixou a outra de molho e pegou a colher.


– Que sujeitos?


– Ora, os que apareceram hoje de manhã procurando Uckermann. – O conde levantou a cabeça para as vigas, irritado. – Você não pode calar o bico desse corvo? Se quiser, faço isso por você.


– Milorde não fará nada. – Dulce foi até a porta, levantou a ponta da saia e balançou-a. – Joe – ela fitou a ave nervosa. – Para fora. Já.


O pássaro, depois de vários grasnidos insatisfeitos, desceu das vigas, se empertigou e, indignado, saiu da cabana. Dulce fechou a porta atrás dele.


– Quem veio procurar o doutor Uckermann? – Dulce perguntou, procurando não demonstrar o interesse que as palavras do conde haviam despertado nela.


– Dois camaradas, ou cavalheiros, melhor dizendo. Muito bem vestidos, na última moda de Londres. Um deles tem uma bengala com cabo de prata e o outro não parava de fumar o charuto mais fedido que já cheirei.


– Que horror – disse Dulce com suavidade, supondo que Christopher estava escutando a conversa do quarto, isto é, que não havia dormido. – O que eles queriam?


O conde deu de ombros.


– Creio que trazem notícias para Uckermann.


– Espero que não seja nada ruim.


– Não creio que fizessem uma viagem dessas, se fossem boas. – Glendenning empurrou a cadeira para trás, deixou-a levantada na frente e ignorou o rangido perigoso dos pés de madeira posteriores. – Quer saber, Dulce? – continuou ele, divertido –, nunca a vi lavando louça.


Dulce bateu um prato no escorredor.


– Não é tão desafiador como lancetar um hematoma – ela observou –, mas eu me ajeito.


– Gosto disso. – O conde não notou a ironia.


Dulce percebeu a indireta e fitou-o de relance por sobre o ombro.


– Imagino – disse Dulce, nervosa, ao notar o brilho astuto no olhar azul do conde – que isso deve fazê-lo se lembrar de Anahí.


– Não estou falando de Anahí – ele enfatizou, com voz mais profunda que a habitual e deixou que as pernas dianteiras da cadeira voltassem para o chão.


O coração de Dulce disparou, e ela pegou o pano de prato para secar as mãos, caso precisasse usá-las para outra coisa que não fosse lavar louça. Ah, por que não calçou os sapatos?


Não conseguiria escapar do conde de pés descalços, pois ele poderia pisar neles com aqueles seus pés enormes.


– Anahí – ela disse depressa – lava louças muito melhor do que eu.


– Mas ela não é tão bonita quanto você, Dulce.


O conde se levantou bruscamente. A cadeira em que ele estava sentado caiu para trás com um estrondo, mas ele pareceu não notar.


– Dulce – disse Glendenning com voz um tanto rouca, dando um passo à frente. A expressão de desejo no rosto másculo teria tocado o coração de qualquer garota. Imune à atração do conde, Dulce observava o aparador com atenção. Ela precisava de uma faca.


Não houve necessidade de nenhuma. Assim que Lorde Glendenning se aproximou mais, a porta do quarto se abriu, e Christopher Uckermann, todo vestido, entrou na sala como se fosse o dono da casa.


– Olá – ele disse para o conde. – Milorde estava à minha procura?


Se o momento não fosse tão sério, Dulce teria caído na risada. Ela estava a centímetros da faca de pão com que pretendia atingir o conde, se ele tentasse agarrá-la. Ele estava parado, com as mãos estendidas, pois pretendia pegá-la pelos ombros e beijá-la, como sempre ameaçava fazer. Mas sua expressão embasbacada era algo que ela jamais ia esquecer. Lorde Glendenning estava tão atônito, como se alguém o houvesse atingido com uma paulada.


– Suponho que meus amigos estão esperando por mim no castelo, não é? – Christopher ajustou casualmente a gravata. – Milorde, perdoe-me. No começo, quando escrevi para eles, contei onde eu estava hospedado. No castelo, quero dizer. Na última carta, esqueci de dizer que eu havia me mudado para o dispensário. Agora que está tudo explicado, podemos ir?


Lorde Glendenning ainda não havia abaixado as mãos. Dulce, sem saber o que fazer, mas ciente de que não queria ficar perto daqueles punhos enormes caso houvesse uma briga, passou por baixo dos braços estendidos e correu até a outra ponta do aparador, onde se encostou na parede, aflita para descobrir como evitaria um derramamento de sangue.


– O que – Lorde Glendenning perguntou com voz mais normal – o doutor está fazendo aqui?


– Eu? – Christopher arregalou os olhos negros. – Eu poderia lhe perguntar a mesma coisa, milorde.


– Eu? – A resposta do conde foi um eco inconsciente e cômico do que Christopher dissera. – Vim à sua procura.



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Autor(a): leticialsvondy

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– Muito bem, agora que milorde me achou, creio que podemos deixar a senhorita Saviñon sossegada. Nós já a aborrecemos bastante, não é? Vamos embora. – Mas o doutor... – o conde olhou para a porta pela qual Christopher acabara de passar. – Aquele é o quarto de Dulce! – É – disse Dulce, adia ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43

    Já acabou? Naaaaaaaaaao

  • capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16

    Aaaaaaah,continua logoooo

  • ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04

    Vc voltou *-*

  • ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59

    Poxa, abandonou? :(

  • wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33

    OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??

  • wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31

    ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa

  • wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30

    Continua... Leitora nova e estou amando.

  • heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01

    Contt 😍😍

  • Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32

    Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^

  • millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10

    Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa


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