Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy
– Muito bem, agora que milorde me achou, creio que podemos deixar a senhorita Saviñon sossegada. Nós já a aborrecemos bastante, não é? Vamos embora.
– Mas o doutor... – o conde olhou para a porta pela qual Christopher acabara de passar. – Aquele é o quarto de Dulce!
– É – disse Dulce, adiantando-se para evitar que Christopher pronunciasse mais uma palavra e afundasse ainda mais a própria cova. – Isso mesmo. O doutor Uckermann veio aqui para me ajudar a resolver um assunto de pouca importância.
Lorde Glendenning fitou Dulce, depois Christopher e voltou-se para ela.
– Mas em seu quarto? – ele gritou.
– Na verdade – Dulce se afastou da parede e endireitou os ombros para mostrar que nada tinha a esconder – , trata-se de um assunto pessoal. Assunto médico.
Lorde Glendenning juntou as sobrancelhas negras numa carranca.
– Você não parece doente!
O que devia ser verdade. Dulce supôs que seu aspecto nunca estivera mais saudável, considerando-se como passou a noite e a manhã. No entanto, ela persistiu na história.
– Bem, trata-se de um assunto médico que não posso... esclarecer.
O conde não era alguém fácil de enganar.
– Está querendo me dizer – ele a acusou com veemência – que apesar de seus conhecimentos de medicina, pediu a esse sujeito para dar uma espiada... no que tratava?
Ela anuiu com um gesto de cabeça.
– É verdade. Sabe como é, milorde, eu não podia... alcançar...
A frase foi infeliz, pois o conde explodiu.
– Mas que droga é essa, afinal?
Christopher não se abalou.
– Calma, milorde. Trata-se de uma mancha de nascença. Nada fora do comum. A senhorita Saviñon fez bem em pedir a opinião de um profissional. Essas coisas podem se tornar nocivas se não forem tratadas. Embora, no caso dela, não haja o menor perigo de se tornar grave. Graças a Deus.
Lorde Glendenning ainda não se convencera.
– Onde fica essa marca de nascença?
– Francamente, milorde. – A vermelhidão de Dulce não era fingida. Não acreditava que estavam tendo essa conversa. Preferia que o chão a engolisse, a continuar com a cena teatral.
O conde não foi nem um pouco sensível diante da sutileza feminina.
– Dulce, o que devo pensar? Você afirmou que ele não estava aqui e de repente ele sai de seu quarto? Gostaria de saber o que diria o reverendo Marshall sobre isso.
– E eu gostaria de saber o que o reverendo Marshall diria ao saber que milorde entrou em minha casa para me acusar... ah, nem sei do quê! – A indignação de Dulce era tão legítima quanto seu enrubescimento. – Agora que já me insultou bastante, milorde, tenha a bondade de se retirar!
– Eu irei – disse Glendenning, franzindo o cenho, com desagrado –, se ele – e apontou para Christopher – também for.
Christopher tirou o chapéu do bolso do casaco – onde o havia enfiado – e procurou dar-lhe aforma original. Dulce calculou que ele jamais conseguiria.
– Muito bem – disse Christopher com naturalidade. – Senhorita Saviñon, foi um prazer, como sempre. Espero vê-la em breve.
– Claro – Dulce sussurrou. – Em breve.
– Milorde – disse Christopher se dirigindo ao conde, que os olhava com suspeita –, se estiver pronto...
– Estou pronto. – O conde fez uma mesura diante de Dulce. – Um bom dia para você, Dulce.
– Um bom dia para milorde também.
Educada, ela indicou a porta. Christopher teria que pegar o cavalo na estrebaria, onde o deixou junto com a égua dela. Esperava que Lorde Glendenning não achasse estranho Christopher ter tirado os arreios do animal, se veio para um simples atendimento.
Ela fechou a porta e voltou para o quarto. E apesar de horrorizada com os vestígios dos pecados noturnos, notou que Christopher esqueceu a maleta.
Levantou-a e estava se preparando para correr até a porta e chamá-lo para dizer que ele a esqueceu, quando um pequeno livro caiu do bolso lateral da maleta e, ao bater no chão, abriu-se numa folha na qual ela viu escrito seu próprio nome.
Curiosa, Dulce levantou o volume e descobriu que se tratava do diário de Christopher Uckermann.
Na página que atraiu sua atenção estava escrito: “Não consegui salvar a vida de um homem ontem à noite. Ele ressuscitou diante de toda a aldeia por obra de uma amazona de calças. Ela se chama Dulce, mas é diferente de todas as Dulces que conheci”.
Depois disso, é claro, ela não se lembrou de que teria que entregar a Christopher a maleta esquecida e se sentou no chão.
E leu.
Autor(a): leticialsvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43
Já acabou? Naaaaaaaaaao
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capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16
Aaaaaaah,continua logoooo
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ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04
Vc voltou *-*
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ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59
Poxa, abandonou? :(
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wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33
OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??
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wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31
ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa
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wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30
Continua... Leitora nova e estou amando.
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heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01
Contt 😍😍
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Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32
Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^
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millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10
Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa