Fanfics Brasil - Capítulo 27 (PARTE 2) A Dama da Ilha(adaptada)

Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 27 (PARTE 2)

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– Você disse a ela que tinham vindo a Skye para me levar para Londres?


– É lógico. – Shelley se surpreendeu com a questão. – Ora, ela poderia ter descoberto isso sozinha. Era só somar dois mais dois. Afinal, você estava aqui por causa da senhorita Teles. E se ela se casou, não havia mais motivos para você permanecer em Sky e.


Christopher teve a impressão de que um buraco se abria sob seus pés, embora isso não fosse algo comum num píer. Contudo, nenhuma onda causaria o tremor que ele sentiu.


– Você disse a ela que veio me buscar – Christopher repetiu lentamente. – Será que lhe ocorreu mencionar que recusei sua oferta bondosa?


Christopher percebeu o rápido olhar de culpa dos dois... Agora ex-amigos?


– Foi mais do que óbvio que você recusou, meu caro. – Shelley deu uma risada nervosa. – Afinal, você veio apenas para nos acompanhar até a balsa. Com certeza, ela já deve ter descoberto que você não voltará conosco.


– Então ela não tem ideia do que eu disse...– Christopher comentou no mesmo tom contido.


– Christopher, ela não está aborrecida por isso – Shelley insistiu. – Ela até brincou a respeito do assunto, não foi, Chas? Disse que o visconde desbancou o médico...


– Pelo amor de Deus, Uckermann – Pearson insistiu, severo. – Você pediu para mantermos seu título em segredo. E foi o que nós fizemos. Você não deve...


Felizmente, o assobio de Stuben se tornou audível.


– Agora que o balseiro chegou – Christopher não escondia a irritação –, meus caros, terei que deixá-los. Tenho muito trabalho à minha espera.


– Christopher... – Pearson começou.


– Vocês poderiam me compensar pelo que fizeram, ficando aqui para me ajudar.


– Não, obrigado – Shelley recusou. – Prefiro que você fique com raiva de mim para sempre do que encurtar minha vida com uma epidemia de cólera.


Christopher os fitou com olhar duro.


– Seria interessante que vocês se lembrassem de algo que dissemos na escola. Creio que foi o juramento de Hipócrates...


– Não me venha com esse maldito juramento. – Pearson estava com tanta raiva – ou medo – que empalideceu, e o bigode se destacou no rosto branco como um ferimento. – É uma loucura ficar aqui. Loucura. Essas pessoas vão morrer, quer fiquemos ou não. Vá buscar Dulce e venha conosco.


Christopher pôs uma das mãos no ombro de Pearson.


– Não posso, meu camarada. Os aldeões precisam de mim. Tenham uma boa viagem e não esqueçam de providenciar meus pedidos. Precisaremos de muitas provisões.


Pearson, com ar distante, batia a mão no bolso do colete. Em meio ao nevoeiro, tentava avistar a balsa que tiraria Shelley e ele daquele inferno no qual haviam se metido.


– Não foi... – disse ele, evasivo.


Christopher arqueou as sobrancelhas, sem entender.


– ...insensatez – Pearson explicou – você tirar a licença médica. Você se importa com as pessoas e creio que, na verdade, até gosta delas.


– Suponho que sim. – O sorriso de Christopher não foi agradável.


– Se vocês dois sobreviverem à epidemia, convide-nos para o casamento, e nós viremos. Christopher os deixou no píer à espera de Stuben, pois não havia tempo a perder.


A primeira coisa a fazer seria parar na taverna e fazer uma tentativa para consertar o estrago feito pelos amigos.


Não adiantou. Dulce só queria falar a respeito de sua paciente.


– Ela sobreviveu à noite – Exausta, Dulce o informou do lado de fora do minúsculo quarto caiado de Anahí. – Para quem está tão doente como ela, já é alguma coisa.


Christopher espiou a moça, muito debilitada após vinte e quatro horas de febre alta. Não parecia a mesma jovem que minutos antes de dar à luz uma criança que viera de nádegas, estava calmamente sentada, folheando revistas de moda e tagarelando sobre as novidades parisienses.


Anahí estava largada na cama, insensível, com os cachos louros espalhados no travesseiro, pálida como a morte. Havia um odor característico no quarto, que Christopher somente então aprendia a reconhecer.


Era o cheiro de cólera.


O odor da morte.


Ao lado da pequena cama de Anahí havia um banco de ordenha sobre o qual estavam frascos contendo líquido. O cólera deixava as vítimas com muita sede. A opinião dos colegas de Christopher variava acerca do que era melhor ministrar ao paciente. Christopher achava que a melhor bebida era a que agradasse ao doente, por ser talvez seu último pedido.


Dulce seguia os conselhos do pai e ministrava água com ópio aos enfermos, embora a cerveja da senhora Murphy servisse numa emergência, quando o estoque de ópio ficava baixo.


Christopher foi informado de que os pacientes do doutor Saviñon haviam apresentado o dobro do índice de recuperação dos de aldeias vizinhas, o que o levou a pensar que o doutor Saviñon devia estar certo. De qualquer forma, Dulce ministrou durante a noite inteira ópio com água para Anahí, e a moça não morreu... ainda.


Christopher achou que seria melhor nada comentar com o homem que estava largado ao lado da cama. Lorde Glendenning parecia muito maior na cadeira raquítica onde se sentou, aos pés da cama de Anahí. Ele ficou com Dulce a noite toda e, com certeza, não abandonaria o quarto até que Anahí sarasse, ou morresse. Era um tributo comovente, embora tardio, à mãe de suas quatro filhas. Era uma lástima que Anahí não pudesse comprovar o fato.


Dulce seguiu o olhar dele e exibiu um sorriso cansado.


– Sim, ele adormeceu – Dulce explicou. – Graças a Deus. Eu ficaria louca se tivesse de ouvir mais uma vez o quanto ele sempre amou Anahí.


– É mesmo? É conveniente para ele, agora que você está comprometida.


Ela não sorriu, como ele esperava que fizesse, e desconversou.


– Seus amigos já embarcaram?


– Logo estarão se afastando de Skye. Escute, Dulce. Quero falar sobre meus amigos. Entendo que eles...


– Você foi ver Seumas MacGregor? – Dulce o interrompeu.


– Ah, fui e você estava certa. A prostração não foi por causa do mirtilo. Ele também está...


– Oh, Deus. – Dulce levou uma das mãos à testa. – Eu devia ter imaginado, apesar de o verão estar apenas no início...



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Autor(a): leticialsvondy

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– A esposa de MacAdams está doente e também uma das meninas dos Abercromb que levei ao dispensário. Ela não está nada bem. – Christopher desejou nada ter dito ao notar a palidez de Dulce. – Por que não volta para a cabana e tenta dormir um pouco? – Sugeriu com gentileza. Explicações e recrimina&c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43

    Já acabou? Naaaaaaaaaao

  • capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16

    Aaaaaaah,continua logoooo

  • ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04

    Vc voltou *-*

  • ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59

    Poxa, abandonou? :(

  • wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33

    OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??

  • wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31

    ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa

  • wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30

    Continua... Leitora nova e estou amando.

  • heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01

    Contt 😍😍

  • Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32

    Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^

  • millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10

    Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa


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