Fanfics Brasil - Capítulo 28 (PARTE 2) A Dama da Ilha(adaptada)

Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 28 (PARTE 2)

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– Está bem – Dulce concordou, confusa. – Talvez seja melhor.


Assim que Dulce se afastou, Christopher se sentou na beira da cama imunda e sorriu para o doente.


– Olá – disse ele, amável. – Lembra-se de mim?


Mackafee esbugalhou os olhos remelentos. Uma evidência de que se lembrava de Christopher.


– O senhor! – ele resmungou por entre os lábios rachados.


– Eu mesmo – Christopher garantiu, animado. – Está surpreso? Pensou que houvesse me matado? Sinto desapontá-lo. Os Uckermann não morrem com tanta facilidade.


Mackafee virou a cabeça no travesseiro achatado.


– Não fui eu – Mackafee gritou, e sua voz pareceu um uivo de dar pena. – Eu não sabia quem o senhor era...


– Foi o senhor, sim. O senhor prometeu que eu me arrependeria do que havia feito e não perdeu tempo. – Christopher tornou a sorrir. – Mas houve um engano lamentável. O senhor não me matou, o que não foi uma atitude muito inteligente.


O medo de Mackafee era palpável. Christopher podia até sentir seu cheiro, como sentia o de cólera, parecendo que o pavor saía dos poros do sujeito.


– O... que o doutor pretende fazer? Vai me entregar às autoridades? Isso não se faz em Skye. Aqui, os homens resolvem sozinhos seus problemas. Eles não gostam da lei...


– A lei? Oh, não. O que as autoridades poderiam fazer? Se o senhor sobreviver à doença, ficará preso. Sua pobre esposa, sem condições de tornar a se casar, morrerá de fome. Não, tenho em mente uma punição bem pior do que a que a lei seria capaz de lhe atribuir. Mackafee lambeu os lábios secos e rachados.


– E... que punição é essa?


– Já ficará sabendo. – Christopher tirou outro frasco do elixir de ópio do bolso da capa. – Está vendo esta garrafa? O senhor vai beber tudo isso.


– Mas... – Mackafee esbugalhou novamente os olhos.


– Não me importo se tiver ânsia de vômito. E quando terminar esta garrafa, tomará outra que vou lhe trazer. O senhor fará tudo o que a senhorita Dulce mandar e, sobretudo, esqueça a morte, mesmo que a deseje. – Christopher falou com dureza, sem sorrir. Sua expressão fez Harold Mackafee tremer na cama, embora isso nada tivesse a ver com a doença. – Posso lhe garantir, Mackafee, que não vai morrer – Christopher continuou no mesmo tom gélido. – E quer saber por quê? Por que é assim que a senhorita Dulce deseja. Ela não vê o que eu vejo quando olho para o senhor. Um desperdício imundo de humanidade. Ela quer que o senhor viva para que possa se redimir, largando o uísque, e para se tornar a espécie de marido e pai que sua família merece. O que quer dizer, Mackafee, que o senhor vai obedecer a todas as ordens da senhorita Dulce, mesmo as que lhe pareçam absurdas. O senhor terá que se recuperar de qualquer maneira.


– É mesmo? – Mackafee o olhou com ansiedade.


– Ficará muito bem, com certeza. Não vai mais beber, vai construir uma casa decente para sua família, começará a tomar banho e a frequentar a igreja...


Apesar do medo, o lábio de Mackafee começou a se curvar para cima.


– O senhor não pode...


– Não posso? – Christopher o fitou com determinação. – Acredite, Harold, eu posso e o farei.


– Não se ... – Mackafee usou o último trunfo –... eu morrer.


– Harold – disse Christopher, num tom de doce censura. – Acha mesmo que eu o deixaria morrer? Jamais!


Mackafee o encarou.


– O senhor não pode me impedir.


– Claro que posso. Não ouviu falar como impedi que Hamish MacGregor morresse? Fiz um buraco na cabeça dele. – Christopher sorriu, satisfeito. – Direto no crânio, para alcançar o cérebro. Foi bem desagradável. Mas, como deve imaginar, esse não é meu único truque. Por exemplo, se de repente o senhor resolve parar de comer e de beber, sabe o que farei, Harold?


Mackafee não mais o desafiava, pois não parava de tremer.


– O quê? – no mesmo instante o homem se arrependeu da pergunta.


– Com minha faca farei um buraco bem aí – Christopher tocou levemente na garganta de Mackafee na junção com a clavícula. – Enfiarei nesse buraco um tubo oco, por onde a comida passará. Claro que o senhor – Christopher sorriu com pesar – não poderá mais falar. Desse modo, teremos que passar um mingau pelo tubo, para que não engasgue. O que também não importa. Uma vez feita a incisão e colocado o tubo, ele não poderá mais ser retirado, ou o senhor morrerá de fome antes que a ferida cicatrize e o senhor volte a comer. Como pode ver, seus dias de embriaguês estão terminados, meu amigo.


Christopher fitou o camarada e pôs-se a imaginar se Mackafee havia acreditado na história bizarra ou se seria preciso inventar outra, ainda mais revoltante.


– Eu... vou tomar o que está na garrafa. – O sujeito o olhou sem piscar.


– Muito bem. – Christopher deu uma pancadinha no ombro do paciente. – Eu sabia.


– Farei... tudo o que a senhorita Dulce mandar.


– Sim, sim.


– Sinto... muito por ter tentado matá-lo. – Eu... não pretendia fazer aquilo. Foi o uísque. Eu estava transtornado.


– Claro que sim. Mas agora o senhor não terá mais esse problema. Abra a boca – Christopher ordenou, e Mackafee obedeceu. Christopher despejou uma boa quantidade da solução pela garganta do enfermo.


Mackafee engoliu e deu um sorriso hesitante para Dulce, que se aproximava.


– Vejam só – disse Christopher em tom amistoso. – O remédio da senhorita Dulce faz muito bem, não é, Mackafee?


O homem concordou, olhando para Dulce.


– Viu, Dulce? – Christopher sorriu com afeto para o paciente. – Ele gostou.


– Isso é bom – Mackafee confirmou com um sorriso pastoso.


– Não acredito – disse Dulce, vinte minutos depois, enquanto desmantelavam a destilaria de Mackafee.


– É mesmo inacreditável – Christopher assegurou. – Ele me pediu para fazer isso. “Por favor, acabe com minha destilaria.” Você devia ter visto. Parecia um penitente.


– Ele tem essa destilaria há mais de vinte anos – Dulce comentou.


– Mas chega uma hora na existência de um homem em que ele entende que terá que mudar. Doenças que ameaçam a vida estão entre esses casos, o que para você não deve ser novidade, pois deve ter visto mudanças semelhantes em pacientes de seu pai.




capitania_12: Postando, amore!!



Reta final da fic, amores. Hoje mesmo termino de postar!



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Autor(a): leticialsvondy

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– Nada tão ameaçador quanto a cólera – Dulce explicou. – Impressionante, ele bebeu quase todo o conteúdo da garrafa com a solução de ópio antes de irmos embora. Terei que mandar outra à tarde. – E quando um homem decide mudar de vida, ele geralmente gosta de recomeçar da maneira certa. &n ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43

    Já acabou? Naaaaaaaaaao

  • capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16

    Aaaaaaah,continua logoooo

  • ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04

    Vc voltou *-*

  • ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59

    Poxa, abandonou? :(

  • wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33

    OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??

  • wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31

    ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa

  • wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30

    Continua... Leitora nova e estou amando.

  • heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01

    Contt 😍😍

  • Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32

    Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^

  • millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10

    Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa


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